Yoon Suk-yeol é detido, mas recusa-se a cooperar.
Seul - Investigadores sul-coreanos coseguiram prender o atual presidente da Coréia do Sul, Yoon Suk-yeol, na manhã desta quarta-feira, 15 de janeiro. Yoon está sendo interrogado pela justiça, mas ele está se recusando a cooperar. O presidente enfrenta acusações de insurreição por sua breve declaração de lei marcial em dezembro. Ele também pode ser julgado de impeachment pelo tribunal do país.
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A polícia da Coréia do Sul conseguiu prender o presidente do país, Yoon Suk-yeol, na manhã desta quarta-feira, 15 de janeiro. Yoon está sendo interrogado, mas ele recusa-se a cooperar com os agentes. Ele enfrenta acusações de insurreição por sua breve declaração de lei marcial em dezembro. Ele também corre o risco de sofrer impeachment. Foto: NHK News. |
Yoon se encontra no Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários, localizado na província de Gyeonggi, perto da capital Seul. O presidente está sendo interrogado nesse local, onde ele fica numa sala fechada com um equipamento para gravação de vídeos.
No entanto, Yoon se recusa a falar e ser filmado, segundo a agência de notícias Yonhap da Coréia do Sul. Próximo da sala de investigação, há um espaço de descanso com um sofá e onde também as refeições são servidas ao presidente.
Enquanto era levado para o interrogatório, Yoon permaneceu imponente, dizendo: "Não posso deixar de me sentir desapontado ao ver que os investigadores estão avançando com um mandado de detenção inválido. Mas decidi aceitar o pedido, apesar de ser uma investigação ilegal, para evitar derramamento de sangue enquanto os investigadores forçaram a entrada na residência. Sou contra essa investigação."
Recuado, o presidente Yoon acabou cedendo, depois que aproximadamente 1.000 policiais invadiram sua residência na manhã de hoje. Os oficiais contornaram as barricadas, no entorno da casa, usando escadas.
Os advogados de Yoon disseram em uma declaração que o presidente os instruiu a negociar com os investigadores com sua presença voluntária. Os mesmos advogados pediram para que as pessoas do país "tornem-se seus advogados e enfrentem forças ideológicas da Coréia do Norte e de poderes antigovernamentais, com o intuito de reogarnizar a liberdade, a democracia e a nomocracia."
Não houve relatos de confrontos entre policiais e os seguranças do presidente. A equipe de proteção tinha bloqueado a entrada da residência presidencial na primeira tentativa de detenção do presidente.
De acordo com a Yonhap, Yoon poderá ser colocado numa cela solitária de cerca de 10 metros quadrados, em um centro de de detenção que fica 3 quilometros de distância do escritório de investigação.
Autoridades do país estariam discutindo como proteger Yoon e outras questões políticas e sociais. Esta é a primeira vez que um presidente sul-coreano em exercício é detido e colocado em um centro de detenção.
A lei sul-coreana estipula que o mandado de prisão permite que as autoridades mantenham o presidente sob custódia por até 48 horas.
Se as autoridades quiserem continuar detendo o presidente excendo o limite de tempo, eles deverão pedir a um tribunal um novo mandado de prisão. Se houver êxito, o presidente poderá ficar detido por até 20 dias. Se o tribunal rejeitar a emissão de um novo mandado, Yoon deverá ser posto em liberdade.
Além de tudo isso, o presidente Yoon também está sendo julgado de impeachment no tribunal constitucional da Coréia do Sul. Cabe saber se a detenção de Yoon vai afetar a próxima audiência do tribunal.
Fonte: NHK News.