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sábado, 8 de março de 2025

Casais do mesmo sexo não têm direitos?


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Tribunal Superior de Justiça do Japão decide que a recusa do casamento homoafetivo é inconstitucional.


Nagoya - O Tribunal Superior de Justiça de Nagoya decidiu na sexta-feira, 7 de março, que o não reconhecimento do casamento de pessoas do mesmo sexo é inconstitucional. Esta já é a quarta decisão de segunda instância de inconstitucionalidade em casos semelhantes no Japão.

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Tribunal Superior de Justiça do Japão decide que a recusa do casamento homoafetivo é inconstitucional.
Na última sexta-feira, 7 de março, o Tribunal Superior de Justiça de Nagoya decidiu que o casamento de pessoas do mesmo sexo é inconstitucional no país. Foto: NHK News.

Um casal de homens na faixa dos 30 anos, moradores da província de Aichi, entrou com uma ação de indenização contra o estado. Eles alegam que as disposições que não reconhecem o casamento de pessoas do mesmo sexo são contrárias da Constituição do país.

O governo central japonês argumentou que o casamento de pessoas do mesmo sexo não está previsto na Constituição.

Em 2023, o Tribunal Distrital de Nagoya decidiu que as disposições são inconstitucionais, mas rejeitou a reividicação de danos morais. Os autores da ação apelaram da decisão. E na última sexta-feira, o Tribunal Superior de Justiça de Nagoya confirmou a decisão do tribunal inferior sobre a inconstitucionalidade das disposições.

O juiz presidente, Nobuhiro Katada, explicou que os casais do mesmo sexo não podem receber benefícios legais e sociais. Katada observou que, especialmente em cuidados médicos, as desvantagens podem afetar diretamente as vidas dos casais e também das crianças que eles podem estar criando.

Katada ressaltou que as disposições em questão carecem de fundamentos razoáveis à luz da dignidade dos indivíduos. Além disso, as disposições discriminam casais do mesmo sexo com base na orientação sexual.

Em relação a ação do casal de homens, o tribunal rejeitou o pedido de indenização, dizendo que a Suprema Corte ainda precisa tomar uma decisão unificada.

Seis ações semelhantes já foram movidas no Japão. Todos os quatro tribunais superiores de justiça decidiram por inconstitucionalidade.


Fonte: NHK News.


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domingo, 19 de janeiro de 2025

Contra o presidente Trump.


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Grande protesto é realizado em Washington antes da posse de Trump.


Washington - Pessoas que se opõem às políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, se reuniram na capital Washington, organizando uma grande marcha de protesto e um comício no sábado, 18 de janeiro. O ato aconteceu dois dias antes da posse de Trump.

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Grande protesto é realizado em Washington antes da posse de Trump.
Em Washington, um grande protesto foi realizado por pessoas que se opõem às políticas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O protesto aconteceu no sábado, 18 de janeiro, dois dias antes da posse de Trump. Foto: NHK News.

O republicano Donald Trump está prestes a fazer mudanças drásticas nas políticas do presidente Joe Biden. Isso tem gerado preocupações entre os apoiadores do Partido Democrático Liberal.

Os manifestantes marcharam pelo centro da cidade. Eles defendiam medidas contra as mudanças climáticas, o direito das mulheres ao aborto, os direitos dos imigrantes e das minorias sexuais.

Uma participante da marcha disse ao repórter que está profundamente preocupada com Trump. Suas políticas podem representar uma ameaça a ela e às pessoas próximas a ela.

Um homem que também estava no protesto disse que se importa com os direitos dos transgêneros e a igualdade de gêneros. Embora estivesse preocupado com novas mudanças de Trump, ele tem esperanças de que todos da América ainda possam levar uma vida segura e equitativa. 


Fonte: NHK News.


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domingo, 8 de dezembro de 2024

Tensão política na Coreia do Sul.


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Moção de impeachment contra o presidente Yoon Suk-yeol fracassa.


Seoul - Neste sábado, 7 de dezembro, os congressistas da Coreia do Sul votaram a moção de impeachment contra o atual presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol. Após a votação, o presidente da Assembleia Nacional afirmou que o número de votos não atingiu o quórum necessário, inviabilizando o impeachment.

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Moção de impeachment contra o presidente Yoon Suk-yeol fracassa.
Manifestantes sul-coreanos protestam em frente da Assembleia Nacional, local onde ocorreu a votação da moção de impeachment do presidente Yoon Suk-yeol. O número insuficiente de votos do congressistas inviabilizou o impeachment, gerando mais protestos nas ruas de Seoul. Foto: AFP.

Os deputados do Partido do Poder do Povo (PPP), aliados do presidente Yoon, deixaram a câmara e não votaram, boicotando a sessão. O orador do plenário informou que menos de 200, ou dois terços, dos membros da assembleia votaram. 

Não conseguindo apoio suficiente para remover Yoon do cargo, dias após ele tentar um autogolpe na Coreia do Sul, o presidente da Assembleia declarou que a votação sobre o tema era inválido. Portanto, Yoon continuará com suas funções como presidente do país.

Os partidos de oposição querem que Yoon seja destituído da presidência. O Partido Democrata e outros cinco partidos apresentaram a moção contra o presidente.

Na manhã do sábado, o presidente Yoon apareceu publicamente na mídia e pediu desculpas para a nação, por impor a lei marcial na noite de terça-feira, 3 de dezembro. Essa foi a primeira declaração ao público desde o levantamento da lei marcial.

Yoon também disse que não fugirá da responsabilidade legal e política, incluindo sua posição como presidente. Ele afirmou que deixará seu partido decidir como estabilizar a situação política, incluindo sua posição como presidente.

Uma multidão de manifestantes encheu as ruas em frente ao prédio da Assembleia Nacional de Seoul, antes da votação da moção de impeachment de Yoon.

A agência de notícias Yonhap informou que a polícia estimou cerca de 149.000 pessoas reunidas nas ruas próximas da Assembleia até as 17h30. Os manifestantes erguiam cartazes e gritavam pelo impeachment de Yoon.

A moção de impeachment do presidente Yoon faz críticas de suas políticas tomadas, incluindo sua diplomacia, dizendo que ele se concentrou demais nas relações com o Japão. Além disso, a oposição também aborda várias alegações relacionadas à primeira-dama Kim Keon-hee.

Se resistir à pressão por sua renúncia, Yoon poderá governar a Coreia do Sul até 2027, sem possibilidade de reeleição que não é permitida pela Constituição sul-coreana.


Fontes: NHK News / Folha de São Paulo.


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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Turbulência política na Coreia do Sul.


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Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, pode sofrer impeachment após tentativa de lei marcial.


Seoul - Os partidos de oposição sul-coreanos apresentaram um projeto de lei à Assembleia Nacional para impeachment do presidente Yoon Suk-yeol. Yoon está sob crescentes críticas por sua declaração de lei marcial de emergência, na terça-feira, poucas horas antes de reverter o curso e revogar o decreto.

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Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, pode sofrer impeachment após tentativa de lei marcial.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, pode sofrer um impeachment após declarar e reverter sua declaração de lei marcial de emergência na noite de terça-feira, 3 de dezembro. Foto: NHK News.

Seis partidos de oposição apresentaram o projeto de lei, dizendo que a declaração foi emitida apesar do fato de que a lei marcial de emergência não é necessária. Além disso, assim que Yoon declarou a lei marcial de emergência, ele violou a Constituição do país com um ato de traição contra o povo sul-coreano.

A moção deverá ser apresentada em sessão plenária nesta quinta-feira, 5 de dezembro.

O projeto de lei será colocado em votação entre 24 e 72 horas após ser relatado na sessão plenária. Se mais de dois terços dos legisladores aprovarem, o projeto será aprovado e o presidente será temporariamente suspenso de suas funções.

O Tribunal Constitucional decidirá se o impeachment é necessário dentro de 180 dias.

Os partidos de oposição obtiveram uma vitória esmagadora na eleição geral em abril deste ano. Mas eles não representam dois terços da assembleia. O foco estará nos movimentos dos legisladores do partido governante sobre o impeachment.

A Coreia do Sul já foi abalada por pedidos de impeachment contra presidentes em exercícios, nos anos 2004 e 2016.

A turbulência política veio de repente depois que Yoon fez a declaração de lei marcial de emergência na noite de terça-feira. Ele criticou uma série de respostas de partidos de oposição, como a não concordância dos rascunhos de orçamento.

O presidente sul-coreano disse cadeia nacional que a lei marcial era necessária para proteger a ordem do governo constitucional, já que a política nacional está paralisada.

O quartel-general da lei marcial emitiu uma ordem proibindo todas as atividades políticas. Alguns militares invadiram o prédio da Assembleia Nacional para controlar os legisladores.

Mas os 190 legisladores que compareceram à reunião plenária aprovaram por unanimidade uma resolução pedindo o levantamento do decreto da lei marcial.

Ao reagir à adoção da resolução, Yoon disse que levantaria o decreto em uma reunião do Gabinete. Foi oficialmente rescindido por volta das 5 horas da manhã de quarta-feira.

Na tarde do mesmo dia, o Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, revolou sua intenção de renunciar. Kim disse que lamenta ter causado problemas e que realmente se sente responsável pelo ocorrido.

Kim acrescentou que a culpa é sua, acrescentando que todos os militares que realizaram tarefas relacionadas à lei marcial apenas seguiram suas ordens.

Mais cedo, o gabinete presidencial disse que todos os altos funcionários, incluindo o secretário-chefe, anunciaram sua intenção de renunciar.

É a primeira vez que o governo sul-coreano impõe lei marcial de emergência, desde que o país declarou democracia em 1987.

Manifestantes se reuniram do lado de fora do prédio da assembleia, pedindo que o presidente Yoon deixe seu cargo. Vários deles disseram que estavam protestando para proteger o país e por uma mudança na liderança.

A turbulência política vem afetando o mercado de câmbio e os mercados de ações do país.

Os investidores tentaram vender a moeda sul-coreana nesta quarta-feira, fazendo com que ela caísse brevemente para o nível de 1.440 wons em relação ao dólar. Este é o menor nível, em cerca de dois anos, desde outubro de 2022.

No mercado de ações da Coreia do Sul, os investidores fizeram ordens de venda para uma ampla gama de setores, incluindo automóveis, semicondutores e aço. Isso derrubou temporariamente o principal índice de ações do país, o KOSPI, em 2,3% em relação ao fechamento do dia anterior.


Fonte: NHK News.


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sábado, 15 de junho de 2024

A polêmica da banda Mrs Green Apple.

Vídeo de uma banda pop japonesa é retirado da internet, após críticas negativas sobre o conteúdo.


Tóquio - Uma gravadora japonesa precisou interromper a divulgação de um videoclipe da banda "Mrs. Green Apple", depois que o público criticou o conteúdo das imagens como discriminatório.

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Vídeo de uma banda pop japonesa é retirado da internet, após críticas negativas sobre o conteúdo.
Videoclipe polêmico da banda J-pop "Mrs Green Apple". O vídeo da música "Columbus" gerou revolta dos usuários nas redes sociais, considerando o conteúdo das cenas como discriminatório e racista. Foto: imagem capturada do YouTube. 

O grupo J-Pop "Mrs. Green Apple" tinha lançado um videoclipe de sua nova canção, chamada "Columbus", na última quarta-feira, dia 12 de junho.

O vídeo mostra os três integrantes da banda fantasiados de personagens da história do século XV, baseados na figura de Cristóvão Colombo. Em uma parte do clipe, os músicos aparecem visitando uma ilha das Américas e interagem com os habitantes do local. Todos os habitantes da ilha são macacos, algo parecido com os personagens do filme hollywoodiano "Planeta dos Macacos". Algumas cenas do clipe também mostram a banda ensinando os macacos a andarem  a cavalo e a operarem "riquixás" (carroças tracionadas por pessoas).

Os usuários das redes sociais, que assistiram ao lançamento do videoclipe, não perdoaram a banda. Várias pessoas consideraram o conteúdo das cenas como discriminatório e racista.

A gravadora retirou o vídeo da exibição pública, notificando os usuários que o clipe da música continha expressões que careciam de compreensão, a respeito dos antecedentes históricos e culturais.

Além disso, a gravadora informou que as verificações, antes do lançamento do videoclipe, foram insuficientes. Tanta a gravadora como os integrantes da banda pediram suas sinceras desculpas por causa das cenas polêmicas no clipe.

A banda "Mrs. Green Apple" tem um grande público de seguidores na internet. Segundo o site oficial do grupo, suas músicas já foram tocadas mais de 7,3 bilhões de vezes, em sites de serviços de streaming.


Fonte: NHK News.

 
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quarta-feira, 12 de junho de 2024

Bloqueia a vista do Fuji-san.

Prédio recém-construído deverá ser demolido por causa das reclamações do bairro.


Tóquio - A incorporadora de um novo condomínio em Tóquio, cujo os apartamentos seriam entregues no próximo mês, está querendo demolir todo o prédio devido às reclamações dos moradores do bairro.

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Prédio recém-construído deverá ser demolido por causa das reclamações do bairro.
Prédio residencial recém-construído na cidade de Kunitachi, Tóquio, está envolvido numa polêmica com os moradores do bairro. Devido às reclamações de que o condomínio atrapalha a visão do Monte Fuji, a incorporadora tomou uma decisão radical: o edifício todo será demolido. Foto: NHK News.

A proprietária do empreendimento, a Sekisui House, decidiu em 3 de junho que o novíssimo condomínio na cidade de Kunitachi, região oeste de Tóquio, será demolido. A incorporadora citou o impacto do edifício nas áreas vizinhas, notificando o município no dia seguinte da decisão.

A Sekisui House informou que, em resposta aos pedidos e opiniões dos residentes do bairro, tomou essa decisão por causa de uma pertinente reclamação: o prédio bloqueia a visão do Monte Fuji no horizonte.

A possibilidade de descartar todo o prédio já pronto foi discutido intensamente pela incorporadora, tomando a decisão final no mês passado, em maio.

A construção do prédio foi iniciada em janeiro de 2023. A empresa ressaltou que o condomínio foi planejado e construído de acordo com as leis e portarias pertinentes, não havendo qualquer violação legal no projeto.

Em relação aos compradores dos apartamentos, a Sekisui House disse que fará de tudo o que puder para atender aos "ex-futuros moradores" lesados, incluindo (obviamente) o pagamento de indenizações para cada caso.

Espantada com a decisão de demolir um prédio totalmente novo, a assembléia municipal de Kunitachi exigiu que a cidade fizesse com que o incorporador do empreendimento explicasse aos moradores do bairro, em detalhes, o porquê da demolição.

As autoridades municipais disseram que os moradores locais souberam que o condomínio será demolido, mas a empresa não deu explicações sobre a decisão. O pedido de explicações, dos moradores para a incorporadora, foi entregue ao prefeito da cidade, Kazuo Nagami, na segunda-feira, 10 de junho. O prefeito prometeu tomar as providências necessárias para uma resposta rápida.

Nikkey ON!: Os moradores do bairro não estavam reclamando que o prédio bloqueava a visão do Monte Fuji? Pois bem, a empresa tomou a providência e vai demolir todo o condomínio para não atrapalhar a vista panorâmica dos moradores. Devido à decisão radical, o bairro todo ficou incrédulo com a forma que a empresa vai resolver essa situação e quer explicações? Será que os moradores locais estão achando que pegaram muito pesado nas reclamações e agora eles estão com dor na consciência? Vai entender os japoneses e suas formalidades... 


Fonte: NHK News.


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domingo, 9 de junho de 2024

Universitários terão que pagar mais.

Estudantes de uma universidade japonesa protestam contra o plano de aumento das mensalidades.


Tóquio - Na última quinta-feira, 6 de junho, cerca de 400 pessoas participaram de uma reunião-protesto no campus universitário de Hongo, em Tóquio. Os estudantes da Universidade de Tóquio estão revoltados com o aumento das mensalidades dos cursos.

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Estudantes de uma universidade japonesa protestam contra o plano de aumento das mensalidades.
Estudantes da Universidade de Tóquio se reuniram para discutir sobre o aumento das mensalidades da instituição, na quinta-feira, 6 de junho. Foto: NHK News.

De acordo com a Universidade de Tóquio, o aumento das mensalidades segue conforme o máximo permitido pelo estado. Em números, o acréscimo poderá chegar a cerca de 100 mil ienes (cerca de 640 dólares a mais), criando um grande peso no custo de vida dos estudantes. Atualmente, cada estudante paga em média 535.800 ienes (valor da anuidade "Tuition", fora outras taxas obrigatórias), cerca de 3.400 dólares.

Alguns participantes do protesto disseram que o aumento das mensalidades irá desencorajar futuros candidatos do ensino universitário, incluindo estudantes de áreas rurais. Isso poderá prejudicar a diversidade de corpo discente.

Os alunos aprovaram uma resolução exigindo o cancelamento do plano de aumento das mensalidades dos cursos superiores da Universidade de Tóquio. Eles também querem que a universidade explique os motivos do aumento e divulgue informações sobre os programas de ajuda financeira para os estudantes. Os participantes do protesto estão solicitando que a universidade marque uma reunião com o grupo, para maiores explicações.

Uma estudante sênior, originária de Osaka, disse que entende que a universidade precisa de dinheiro. Entretanto, os 100.000 ienes adicionais é uma quantia enorme e ela se sente pressionada.

Um estudante de doutorado disse: "O fato de tantas pessoas terem participado da reunião mostra que este é um problema sério. Eu desejo que a universidade nos escutem."

A Universidade de Tóquio afirmou que está discutindo o aumento das mensalidades. No entanto, ainda não há informações a divulgar porque o plano continua sendo analisado pela instituição de ensino. 


Fonte: NHK News.


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quarta-feira, 5 de junho de 2024

Pichou e fugiu para o exterior.

Em sinal de protesto, estrangeiro picha um monumento de pedra de um santuário japonês.


Tóquio - Na noite do dia 31 de maio, um cidadão chinês decidiu pichar, com tinta vermelha, um pilar de pedra no Santuário Yasukuni, bairro Chiyoda, em Tóquio. Além de vandalizar o monumento, o homem ainda fez questão de fazer um vídeo com ele pichando o pilar, postando posteriormente a gravação nas redes sociais.

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Em sinal de protesto, estrangeiro picha um monumento de pedra de um santuário japonês.
Em sinal de protesto contra o Japão, um homem chinês picha um pilar de pedra do Santuário Yasukuni, em Chiyoda, Tóquio. O vândalo usou uma tinta vermelha e escreveu a palavra "toilet". Fotos: Kyodo News.

O Departamento de Polícia de Tóquio informou que o chinês acabou fugindo para outro país. O homem vandalizou o pilar por volta das 22 horas do dia 31 de maio e deixou o Japão algumas horas depois.

O crime só foi descoberto por um transeunte às 5h50 do dia seguinte. O vândalo utilizou uma tinta spray vermelha e pichou o pilar de pedra com a palavra inglesa "toilet", que significa "banheiro". O pilar  é o cartão de entrada do santuário, onde pode-se ver o nome do santuário (em kanji) esculpido na pedra. Uma equipe de limpeza já removeu a pichação no início desta semana.

O vídeo, que aparece nas redes sociais, mostra um homem pichando a palavra "toilet" no meio da noite, e protestando contra o Japão em língua chinesa. Na filmagem, ele se diz contra a decisão do Japão em despejar as águas residuais da usina nuclear de Fukushima no oceano. A polícia também encontrou alguns pedaços de papeis com mensagens de protestos, em chinês, em outra parte do santuário.

A polícia tenta investigar o homem que aparece no vídeo pichando o pilar de pedra, e também a pessoa que gravou o ato de vandalismo em vídeo. Acredita-se que a pessoa que gravou a cena da pichação esteja no exterior também.

O Santuário Yasukuni é visto pela China e pela Coréia do Sul como um símbolo do militarismo do Japão durante a guerra. Nesse local, quatorze criminosos de guerra (Classe A) do Japão estão ali consagrados, juntamente com os 2,46 milhões de mortos de guerra do país. Toda vez que alguma autoridade japonesa visita esse local para orar pelos mortos da Segunda Guerra Mundial, chineses e coreanos protestam, considerando uma falta de respeito às vítimas de seus países mortas pelos militares japoneses.


Fontes: The Asahi Shimbun / Kyodo News.


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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Realocação da base dos EUA gera polêmica.

Contra a vontade do governo de Okinawa, governo do Japão aprova nova base americana em Nago.


Naha - Nesta quinta-feira, 29 de dezembro, o governo japonês aprovou, em lugar do governo da província, os trabalhos de melhoria do lugar onde será a nova base da marinha dos EUA em Okinawa.

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Contra a vontade do governo de Okinawa, governo do Japão aprova nova base americana em Nago.
O governador de Okinawa, Denny Tamaki, se opõe à decisão do governo central do Japão, que permitiu a mudança de local da Base Aérea dos EUA da cidade de Ginowan, para Nago. Foto: NHK News.

Autoridades do governo central pretendem transferir a Base Aérea Americana do Corpo de Fuzileiros Navais da cidade okinawana de Ginowan, para um novo local em Henoko, na cidade okinawana de Nago. O governo de Okinawa é contra a decisão.

Nos últimos tempos, as autoridades de Okinawa vinham desafiando uma decisão do tribunal superior do Japão. O governo provincial tinha a obrigação de aprovar os trabalhos de melhoria do solo em Henoko, no local onde será a futura base americana.

Na manhã desta quinta-feira, o Ministério da Terra deu sinal verde para o início dos trabalhos na região, que começará em meados de janeiro. Esta foi a primeira vez que o governo central derrubou uma decisão do governo provincial.

O governador de Okinawa, Denny Tamaki, disse aos repórteres que a decisão do governo central viola a autonomia e a autossuficiência dos governos regionais.

"Okinawa deve mais uma vez deixar claro que este não é problema apenas da província", disse Tamaki, referindo-se à forte reação negativa do povo okinawano sobre as bases americanas na ilha.


Fonte: NHK News.


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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Greve no Japão.

Empregados da Sogo & Seibu entrarão em greve nesta quinta-feira.


Tóquio - Notícia rara de se ouvir no Japão: greve de funcionários. O sindicato do grupo lojista Sogo & Seibu afirmou nesta semana que prosseguirá com uma greve de um dia, marcada para quinta-feira (31 de agosto). 

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Empregados da Sogo & Seibu entrarão em greve nesta quinta-feira.
O sindicato da cadeia de loja de departamentos Sogo & Seibu afirmou na última segunda-feira, 28 de agosto, que os funcionários entrarão em greve de um dia nesta quinta-feira. Espera-se que grande parte dos funcionários participem da paralisação. Foto: NHK News.

A paralisação será realizada na principal loja da empresa, localizada no distrito de Ikebukuro, em Tóquio. A ação do sindicato é em resposta à venda planejada da empresa. A expectativa é que cerca de 900 funcionários participem da greve.

Esta será a primeira ação desse tipo, vinda de uma grande cadeia de loja de departamentos do Japão, em cerca de 60 anos.

Em novembro do ano passado, a empresa-mãe da Sogo & Seibu, que é controlada pela Seven & i-Holdings, decidiu vender a cadeia de loja de departamentos para uma empresa de investimento norte-americana.

O parceiro do fundo de investimento, a grande varejista japonesa de eletrônicos Yodobashi Holdings, está planejando abrir novas lojas, no lugar de três das 10 filiais da Sogo & Seibu.

O sindicato expressou preocupações com a segurança de empregos dos funcionários com a venda da loja de departamentos. A greve foi anunciada na segunda-feira, 28 de agosto, depois que a controladora Seven & i-Holdings manteve inalterada seu plano de venda da Sogo & Seibu.

A empresa controladora está planejando uma reunião de conselho em breve, com a intenção de fazer uma votação final sobre a venda.


Fonte: NHK News.


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terça-feira, 29 de agosto de 2023

Chineses furiosos com os japoneses.

Japão protesta contra o assédio da China sobre Fukushima.


Tóquio - Nesta segunda-feira, 28 de agosto, um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Japão convocou o embaixador da China para protestar. Motivo: o governo do Japão está preocupado com uma série de telefonemas de assédio vindos da China.

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Japão protesta contra o assédio da China sobre Fukushima.
Governo japonês apresentou sua nota de protesto ao embaixador da China no Japão, nesta segunda-feira. Setores públicos e privados do Japão estão recebendo ligações vindas da China, protestando contra a liberação da água tratada de Fukushima no mar. Foto: NHK News.

As ligações telefônicas recebidas no Japão, vindas da China, começaram a incomodar algumas instalações públicas, empresas e outros setores japoneses. Todas as ligações têm falas de protestos sobre a liberação no mar da água radioativa tratada, da usina nuclear de Fukushima Daiichi, iniciada na semana passada. Outras organizações relacionadas com o Japão, localizadas na China e em outros países, também estão sendo alvos do público inconformado.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Japão, Masataka Okano, apresentou a nota de protesto ao embaixador da China no Japão, Wu Jianghao.

Okano disse que não há sinais de melhora da situação, chamando-a de "extremamente lamentável". Ele pediu para que o governo chinês tomasse medidas adequadas, mas procurando resolver a situação com calma.

Além disso, Okano pediu ao governo chinês a garantia de segurança da embaixada japonesa e dos expatriados japoneses na China. Finalizando, ele solicitou às autoridades chinesas que divulgassem informações verdadeiras sobre a situação, evitando o aumento da ira do público.

Na semana passada, o governo chinês tinha anunciado a suspensão de todas importações de frutos do mar do Japão, após o governo japonês dar o aval para a liberação da água tratada de Fukushima no mar.

Voltando a reiterar os argumentos do Japão ao embaixador da China, Okano disse que a liberação da água no mar só foi tomada após provas científicas de segurança serem comprovadas. Ele também exigiu que o governo chinês suspendesse imediatamente a proibição de comércio de frutos do mar do Japão na China.


Fonte: NHK News.


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sábado, 26 de agosto de 2023

Os chineses não apoiam a decisão do Japão.

China proíbe empresas chinesas de processarem frutos do mar originários do Japão.


Beijing - O governo da China informou nesta sexta-feira, 25 de agosto, que a indústria alimentar do país está proibida de comprar e utilizar mariscos originários do Japão, tanto no processamento como na venda no mercado chinês. A decisão chinesa veio um dia depois que, o próprio governo do país, suspendeu todas as importações de produtos marinhos vindas do território japonês.

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China proíbe empresas chinesas de processarem frutos do mar originários do Japão.
Jornais chineses desta sexta-feira, 25 de agosto, mostram matérias sobre a liberação no mar, da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima. O governo chinês é totalmente contra a decisão do Japão, preocupada com uma possível poluição radioativa no Oceano Pacífico. Foto: Kyodo News.

O Japão começou na quinta-feira o processo de liberação no mar, da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima. O governo chinês opõe-se veementemente à decisão japonesa, de despejar a água tratada da usina nuclear no Oceano Pacífico.

A Administração Estatal Chinesa de Regulação dos Mercados afirmou que irá reforçar o monitoramento dos produtos marinhos importados de outros países, para garantir a segurança alimentar dos chineses.

A operadora da usina nuclear de Fukushima, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO), disse à mídia, na sexta-feira, que amostras coletadas no mar não detectaram trítios (isótopo de hidrogênio radioativo que continua presente na água tratada da usina). As amostras foram coletadas no mesmo dia do anúncio para a imprensa, e um dia depois do início da liberação da água radioativa tratada no mar.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, não quis comentar sobre os resultados do monitoramento da TEPCO, durante uma coletiva de imprensa. Ele apenas reafirmou que a liberação da água tratada de Fukushima no mar é um ato extremamente irresponsável e egoísta do Japão. Wang também disse que o Japão está transferindo o risco de poluição nuclear para outros países.

"A China e outros países têm o direito de tomar medidas legítimas, com o intuito de garantir um ambiente marinho saudável e a saúde e o bem-estar das pessoas", defendeu Wang.

Desde o desastre nuclear de 2011, a água da central de Fukushima tem sido tratada, através de um sistema avançado de processamento de líquidos. Esse sistema é capaz de remover a maioria dos radionuclídeos, exceto o trítio, na água contaminada da usina. Por mais de 10 anos que a TEPCO vem armazenando a água radioativa tratada em enormes tanques, ocupando um enorme espaço no terreno da central nuclear. E só agora, mesmo com muito protestos no país e internacionalmente, que a operadora da usina está jogando, cuidadosamente, a água tratada no mar.


Fonte: Kyodo News.

 
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sábado, 19 de agosto de 2023

Anonymous protesta!

Contra o lançamento da água radioativa tratada no mar, grupo de hackers ataca sites de energia nuclear do Japão.


Tóquio - Os japoneses nunca imaginaram que lançar a água radioativa tratada no mar de Fukushima provocaria tanta polêmica. Agora, o grupo de hackers Anonymous vem intensificando ataques cibernéticos, contra empresas ligadas à energia nuclear no Japão, desde o mês passado.

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Contra o lançamento da água radioativa tratada no mar, grupo de hackers ataca sites de energia nuclear do Japão.
Foto tirada em janeiro de 2023. Um grande número de tanques contendo água radioativa tratada espera, talvez um dia, ser descartadas no mar. Muitas pessoas, ao redor do mundo e no Japão também, estão protestando com a decisão do governo japonês. Foto: Kyodo News. 

Logo depois que a Agência Internacional de Energia Atômica mostrou seu relatório final, comprovando que o descarte da água tratada no mar cumpria os padrões internacionais de segurança, muita gente não se convenceu de que isso é realmente seguro. Muitos estão preocupados com a contaminação radioativa no meio ambiente e futuras consequências graves para a saúde humana.

O Anonymous realizou ataques distribuídos em negação de serviços (ou DDoS), sobrecarregando as redes e liberando uma enxurrada de dados de várias fontes em um curto período de tempo. Os ataques foram liderados por um grupo de hackers com sede na Itália.

A NTT Security do Japão informou que um outro grupo de hackers, situado no Vietnã, também atacou empresas relacionadas à energia nuclear. As organizações mais visadas pelos hackers foram a Japan Atomic Energy Agency, a Japan Atomic Power Company e a Atomic Energy Society of Japan.

A Japan Atomic Energy Agency (ou Agência de Energia Atômica do Japão) comunicou que seu site teve cerca de 100 vezes mais tráfego na rede do que o normal. Embora os profissionais de segurança de rede tenham percebido a anormalidade, os usuários conseguiram continuar navegando normalmente no site pois contra-medidas foram tomadas.

Segundo a NTT Security, o grupo Anonymous divulgou uma lista de alvos de seus ataques, após o governo japonês decidir, formalmente em 2021, na liberação da água tratada da usina nuclear de Fukushima no mar.

Além das três organizações relacionadas à energia nuclear, outras entidades também estavam na lista dos hackers: a TEPCO; o Ministério da Economia, Comércio e Indústria; e o Partido Liberal Democrata do Japão.

Um membro do Anonymous disse, recentemente à Kyodo News, que a política do governo japonês de liberar a água radioativa tratada carece de transparência. O grupo afirma que os cidadãos não puderam participar do processo de tomada de decisão.

"Devemos acabar com o ato sem sentido, fazendo do mar um depósito de lixo para benefício econômico", afirmou o membro do Anonymous.


Fonte: Kyodo News.


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terça-feira, 16 de maio de 2023

Queria jogar uma bomba para protestar?

Mulher é presa perto do consulado dos EUA, após dizer que tinha um artefato explosivo.


Naha - Nesta segunda-feira, 15 de maio, uma mulher de 44 anos foi presa próxima do consulado geral dos EUA, em Okinawa. Segundo a polícia, a mulher afirmou, ao guarda de plantão, que ela carregava um cano de metal com pólvora dentro. 

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Mulher é presa perto do consulado dos EUA, após dizer que tinha um artefato explosivo.
Fachada do consulado geral dos Estados Unidos em Urasoe, província de Okinawa. Foto: Kyodo News.

Imediatamente, a polícia local restringiu temporariamente o tráfego na área. O artefato não explodiu e ninguém ficou ferido no incidente em Urasoe, cidade vizinha à capital Naha.

A mulher manifestante, chamada Akino Miyagi, é moradora da vila de Higashi, na região sul de Okinawa. Ela foi presa na hora pela polícia, por obstruir os deveres oficiais e ameaçar o policial de guarda do consulado, dizendo que iria jogar o cano de metal no local. Ela negou a acusação.

Miyagi já esteve envolvida em protestos em Okinawa. Em um deles, ela esteve em uma manifestação pedindo a remoção de resíduos tóxicos no arquipélago, deixados pelos militares dos EUA . Nessa época, os militares americanos tinham devolvido ao Japão, parte das instalações da Área de Treinamento Militar do Norte.

Em um comunicado, o consulado americano (em Urasoe) agradeceu à polícia local pela ação imediata contra a mulher. 

O incidente ocorreu no mesmo dia em que a província de Okinawa completou 51 anos da reintegração do arquipélago ao domínio japonês. Okinawa foi ocupada pelos norte-americanos no final da Segunda Guerra Mundial, domínio que durou 27 anos.


Fonte: Kyodo News.


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domingo, 22 de janeiro de 2023

Queremos a paz na Ucrânia.

Vivendo no Japão, grupo de russos vai até Shibuya e protesta contra o governo Putin.


Tóquio - Neste sábado, 21 de janeiro, cerca de 20 cidadãos russos se reuniram no distrito de Shibuya, na região central de Tóquio, para protestar contra o governo russo.

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Vivendo no Japão, grupo de russos vai até Shibuya e protesta contra o governo Putin.
Neste sábado, 21 de janeiro, um grupo de 20 cidadãos russos foi até Shibuya, região central de Tóquio, para protestar contra a invasão russa na Ucrânia. Foto: NHK News.

Os participantes, todos residentes no Japão, organizaram a manifestação através das redes sociais. Muitos deles seguravam cartazes com os dizeres "Pare a Guerra", "Queime no inferno Putin" e outras mensagens. 

Bandeiras, nas cores "branca-azul-branca", eram agitadas pelos manifestantes durante o protesto. Essa bandeira tornou-se símbolo da oposição, usadas por aqueles que são contra a invasão russa na Ucrânia.

Em Shibuya, os manifestantes russos gritavam "Paz na Ucrânia" e "Parem o presidente Putin". Falando para que todos ouvissem seus apelos, o grupo pedia a retirada imediata do exército russo na Ucrânia, para por um fim a essa guerra que já dura quase um ano.

Uma participante russa, que mora no Japão há 5 anos, disse: "Para mim, a morte de civis ucranianos é a pior coisa que pode acontecer durante a guerra. Como cidadã russa, me sinto responsável por essa atrocidade. Quero continuar expressando minha oposição contra o governo russo e, também, o meu apoio ao povo ucraniano".

Um outro participante russo, que trabalha no Japão há 6 anos, disse que a repressão, das autoridades do Kremlin, está dificultando a realização de protestos contra a guerra dentro da Rússia. Convicto de seus ideais, o homem quer representar seus compatriotas no Japão. Proibidos de expressar suas opiniões sobre a guerra em solo russo, ele deseja que o mundo também saiba que muitos cidadãos russos são contra o presidente Vladimir Putin. 


Fonte: NHK News.


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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Protestos e vandalismo em Brasília.

Imprensa japonesa noticia a invasão, dos manifestantes pró-Bolsonaro, na capital do Brasil.


Na manhã desta segunda-feira, 9 de janeiro, os principais canais de notícias do Japão mostraram a repercussão internacional da invasão, dos manifestantes pró-Bolsonaro, nos principais prédios do governo federal brasileiro em Brasília. Leia abaixo a reportagem, sobre o assunto, que saiu no site do jornal Asahi. 

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Imprensa japonesa noticia a invasão, dos manifestantes pró-Bolsonaro, na capital do Brasil.
Manifestantes pró-Bolsonaro protestando sobre o Congresso Nacional, depois de invadir o local neste domingo, 8 de janeiro, em Brasília. Foto: AP.

Rio de Janeiro - Nesse domingo, 8 de janeiro, os apoiadores de Jair Bolsonaro, que se recusam a aceitar a derrota eleitoral do ex-presidente brasileiro, promoveram uma invasão, sem precedentes, nos principais prédios do governo de Brasília: o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio Presidencial. A confusão generalizada aconteceu uma semana depois da posse do atual presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Milhares de manifestantes contornaram as barricadas de segurança, subiram no Congresso Nacional, quebraram janelas e vandalizaram as salas dos três prédios do governo. Acredita-se que os manifestantes aproveitaram o recesso, de fim de semana do funcionalismo público, para invadir os locais citados acima. 

Durante a invasão, os manifestantes pediram a intervenção militar para restaurar o poder do ex-presidente Bolsonaro, ou tirar o atual presidente Lula do poder.

Horas de protestos se passaram, até que o controle dos prédios, na vasta Praça dos Três Poderes de Brasília, fosse restabelecido pelos agentes policiais. Centenas de manifestantes foram presos.

Em entrevista coletiva, o presidente Lula acusou Bolsonaro de encorajar a revolta dos "fanáticos fascistas". No momento da coletiva, Lula leu um decreto recém-assinado para que o governo federal assuma o controle da segurança do Distrito Federal.

"Não há precedentes para o que os manifestantes fizeram. Essas pessoas precisam ser punidas", disse Lula.

Bolsonaro, que viajou para Flórida (Estados Unidos) antes da posse presidencial de Lula, repudiou a acusação do atual presidente brasileiro no final do domingo. O ex-presidente escreveu em sua conta no Twitter: "Protestos pacíficos fazem parte da democracia, mas vandalismo e invasão de prédios públicos são exceções à regra". 

A polícia de Brasília disparou gás lacrimogêneo nos manifestantes para restaurar a ordem nos locais depredados. Nas imagens mostradas pelos canais de TV do Brasil, vários manifestantes caminhavam por uma rampa do Palácio Presidencial com as mãos presas nas costas.

No início da noite de domingo, o controle das autoridades federais foi restaurado sobre os prédios invadidos. O Ministro da Justiça do Brasil, Flávio Dino, disse em entrevista coletiva que cerca de 200 pessoas haviam sido presas. No lado de fora dos prédios do governo, o ministro disse que os policiais continuavam disparando mais gás lacrimogêneo no público, para afastar os manifestantes remanescentes.

Lula afirmou que houve "incompetência ou má-fé" por parte da polícia. Os agentes policiais também foram complacentes, quando os apoiadores de Bolsonaro se revoltaram em Brasília, há uma semana atrás. O presidente prometeu que esses oficiais serão punidos e expulsos de suas corporações.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse aos repórteres que os distúrbios no Brasil foram "ultrajantes". Seu conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, deu um passo adiante no Twitter e escreveu: "Os EUA condenam qualquer esforço para corroer a democracia no Brasil".

Mais tarde, o presidente americano Biden escreveu em sua conta no Twitter, dizendo que espera continuar trabalhando com Lula. Biden chamou os distúrbios em Brasília de "ataque à democracia e à transferência pacífica de poder no Brasil".

O secretário de Relações Exteriores Britânico, James Cleverly, escreveu o seguinte no Twitter: "As tentativas violentas de minar a democracia no Brasil são injustificáveis. O presidente Lula e o governo do Brasil têm o total apoio do Reino Unido".

Vídeos brasileiros, nas redes sociais, mostraram uma presença limitada da polícia militar de Brasília, durante a invasão dos manifestantes. A secretaria de segurança da capital não respondeu a um pedido da Associated Press, para comentar a relativa ausência da polícia nos locais das manifestações.

Segundo Maurício Santoro, Professor de Ciências Políticas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, as autoridades brasileiras tiveram dois anos para aprender as lições da invasão do Capitólio (em Washington, Estados Unidos), preparando-se para algo semelhante no Brasil.

"As forças de segurança em Brasília falharam de uma maneira sistemática: deixaram de prever e responder as ações extremistas na capital. E as novas autoridades federais do governo Lula, como os ministros da Justiça e da Defesa, não foram capazes de agir de forma decisiva", explicou Santoro.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, confirmou no Twitter que demitiu o chefe da segurança pública da capital, Anderson Torres. A mídia brasileira informou que Torres está atualmente nos Estados Unidos.

A Procuradoria-Geral de Lula pediu ao Supremo Tribunal Federal que decretasse a prisão de Torres.

"Dois anos desde 6 de janeiro, o legado de Trump continua a envenenar nosso hemisfério. Proteger a democracia e responsabilizar atores malignos é essencial", twittou o senador americano Bob Menendez, que preside o comitê de relações exteriores do Senado dos EUA. Menendez culpou Bolsonaro por incitar os atos de vandalismo ocorridos em Brasília.


Fontes: The Asahi Shimbun / Associated Press.


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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Povo vs. Governo chinês.

Em meio a protestos, China começa a relaxar parcialmente as restrições anti-COVID.


Pequim -  A partir desta segunda-feira, 5 de dezembro, as autoridades chinesas começaram a afrouxar algumas medidas da política restritiva contra a COVID-19, em todo território chinês.

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Em meio a protestos, China começa a relaxar parcialmente as restrições anti-COVID.
Nesta segunda-feira, 5 de dezembro, o governo da China iniciou o relaxamento das restrições da política do "Zero-COVID" em várias cidades chinesas. Depois de protestos em todo país, as autoridades chinesas decidiram atender parcialmente ao desejo do povo, aliviando um pouco a insatisfação pública. Foto: NHK News.

A medida de relaxamento ocorre quando o governo da China indicou sua intenção, na semana passada, de otimizar as medidas anti-coronavírus. Recentemente, a estrita política do "Zero-COVID" provocou protestos da população, em várias cidades chinesas.

Na cidade de Xangai, os requisitos de teste PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para transportes públicos (em trens e metrôs) e instalações públicas ao ar livre (em parques públicos) foram suspensos nesta segunda-feira.

Em Pequim, os requisitos de teste PCR também foram suspensos para o acesso de ônibus e metrô.

No entanto, as pessoas em ambas as cidades ainda devem fazer testes PCR, de tempo em tempo. O resultado negativo deve ser mostrado em diversos lugares, para ter acesso a instalações comerciais e prédios de escritórios.

A cidade de Guangzhou, no sul da China, também facilitou significativamente suas medidas de bloqueio, após confrontos ocasionais entre moradores e a polícia.

O governo chinês, aparentemente, espera que o afrouxamento das restrições ajude a aliviar a insatisfação pública, impulsionando lentamente a recuperação econômica do país.


Fonte: NHK News.


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