Morre Osamu Suzuki.

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Ex-presidente da montadora Suzuki morre aos 94 anos.

Tóquio - Nesta sexta-feira, 27 de dezembro, a empresa Suzuki Motor Corp. informou à mídia que o ex-presidente da marca Suzuki faleceu na quarta-feira, 25 de dezembro, de linfoma maligno. Ele tinha 94 anos.

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A empresa Suzuki Motor Corp., informou nesta sexta-feira, 27 de dezembro, que o ex-presidente Osamu Suzuki faleceu aos 94 anos de idade. Ele morreu na quarta-feira, 25 de dezembro, de linfoma maligno. Foto: NHK News.

Osamu Suzuki esteve no comando da companhia por mais de 40 anos, atuando como presidente, chairman (CEO) desde 1978. Ele deixou o comando dos negócios definitivamente em junho de 2021, aos 91 anos.

Nascido em 30 de janeiro de 1930 na província de Gifu, Osamu se junto à empresa em 1958, quando se casou com uma integrante da família Suzuki. Ele adotou o sobrenome da esposa, que era filha do presidente da companhia, Shunzo Suzuki.

Depois de se tornar presidente em 1978, Osamu esteve determinado a remodelar a empresa. Ele concentrou recursos na produção de miniveículos no Japão e na produção de carros compactos em economias emergentes, como Índia e países do Sudeste Asiático. 

Sob a orientação de Osamu Suzuki, a empresa viu suas vendas consolidadas, que era em torno de 300 bilhões de ienes (US$ 1,9 bilhão) em 1978, aumentarem 10 vezes mais a partir dos anos 2000. Em 2006, as vendas consolidadas ultrapassaram 3 trilhões de ienes.

De acordo com a Organização de Comércio Exterior do Japão, a subsidiária Maruti Suzuki Índia Ltd. controlava 41,7% do mercado de automóveis no ano fiscal de 2023. Sua rival mais próxima, a Hyundai Motor Co., da Coréia do Sul, tinha uma participação de 14,6% do mercado.

Em 2019, a companhia Suzuki formou uma aliança de capital com a Toyota Motor Corp., em uma tentativa de desenvolver em conjunto veículos autônomos.

O filho de Osamu, Toshihiro Suzuki, assumiu o cargo de presidente da companhia em 2015. A partir desse ano, o ex-presidente Osamu passou o chairman da Suzuki Motor, aos 85 anos.

Fonte: Kyodo News.

Inocente após 5 décadas.

Tribunal do Japão absolve homem acusado de um crime ocorrido há 58 anos.

Shizuoka - O Tribunal Distrital de Shizuoka absolveu nesta quinta-feira, 26 de setembro, um homem de 88 anos que foi condenado à morte pelo assassinato de uma família em 1966.

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Tribunal Distrital de Shizuoka absolveu Iwao Hakamada, 88 anos, acusado de um assassinato ocorrido em 1966. Foto: NHK News.

O veredicto saiu no período da tarde, onde Iwao Hakamada foi inocentado de todas as acusações que o condenaram há mais de 5 décadas. A defesa alegou que evidências importantes foram fabricadas pelos investigadores da época.

Hakamada foi acusado de matar um gerente sênior da fábrica de pasta de missô onde ele era empregado. Além do gerente, a família do empresário (a esposa e os dois filhos) também foi assassinada. O acusado sempre alegou inocência, mesmo depois de sua sentença de morte ser finalizada em 1980.

Um total de 15 audiências foram realizadas, desde que o novo julgamento de Hakamada começou em outubro do ano passado.

O principal ponto de discórdia, no novo julgamento, foi a cor das manchas de sangue em cinco peças de roupa encontradas em um tanque de missô perto da cena do crime, 14 meses após os assassinatos. Os itens serviram como evidência crucial que levou à condenação de Hakamada na década de 60.

Na nova decisão, o juiz presidente Koshi Kunii disse que as roupas encontradas não manteriam a tonalidade vermelha do sangue, depois de ficarem enterradas na pasta de missô por mais de um ano.

Kunii acrescentou que os primeiros investigadores do caso colocaram as roupas no tanque, depois de um período considerável de tempo desde os assassinatos. As cinco peças de roupa foram forjadas pela investigação de 1966, mais a confissão falsa que afirmava que Hakamada havia se declarado culpado.   

Em 2014, um tribunal distrital havia concedido um novo julgamento para Hakamada, mas a decisão foi cancelada após a promotoria apresentar uma queixa. Em março de 2023, o Tribunal Distrital de Tóquio ordenou um novo julgamento.

Esta é a quinta vez, no Japão pós-guerra, que um tribunal profere uma absolvição de um réu cuja setença de morte havia sido finalizada. A última decisão desse tipo foi realizada há 35 anos.

Fonte: NHK News.

Morre Kabo-chan, a famosa "Doge".

Cachorra da raça Shiba Inu, internacionalmente conhecida pelo meme "Doge", morre no Japão.

Tóquio - A famosa cachorra japonesa chamada "Kabosu", cuja sua imagem numa foto criou uma geração de piadas on-line e inspirou o nome da criptomoeda  "Dogecoin", morreu na última sexta-feira, 24 de maio, informou sua dona nas redes sociais.

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A famosa Shiba Inu Kabosu, conhecida mundialmente pelo meme "Doge", morreu na última sexta-feira, 24 de maio, na cidade de Sakura, leste de Tóquio. Na foto acima, Kabosu já está nos seus últimos tempos de vida e, na tampa de bueiro, a célebre foto que deixou a cachorrinha famosa internacionalmente. Foto: AFP. 

"Ela faleceu silenciosamente, como se estivesse dormindo, enquanto eu a acariciava", escreveu em seu blog Atsuko Sato (62 anos), dona da cachorra.

"Acho que Kabo-chan era a cachorra mais feliz do mundo. E eu era a dona mais feliz também", escreveu Sato, agradecendo a todos os fãs de sua cachorra da raça Shiba Inu.

A data de nascimento de Kabosu era desconhecida, mas a senhora Sato estimou a idade de sua cachorra em 18 anos (até o dia de sua morte), muito além da expectativa de vida de um Shiba Inu. O "aniversário de Kabosu" era sempre comemorado em novembro, data em que sua dona a adotou num canil.

Em 2010, dois anos depois de adotar Kabosu, Sato decidiu tirar uma foto de seu animal de estimação. Na imagem, Kabo-chan aparece repousando num sofá, com as patas dianteiras cruzadas e com os olhos arregalados de espanto.

A senhora Sato pegou a foto de Kabo-chan e a publicou em seu blog pessoal com a seguinte observação: "A fofa Shiba Inu está diante da câmera com uma aparência sedutora". Algum tempo depois da postagem de Sato, a foto de Kabo-chan acabou se espalhando pela internet, indo parar até no fórum online Reddit, e se tornou uma das imagens de meme mais famosa do mundo. A partir daí, surgia o meme "Doge".

A foto da cachorrinha foi parar em quartos de universitários e até em redes de e-mail de escritórios de trabalho. Em alguns memes de Kabo-chan, os usuários de redes sociais tentavam adivinhar quais eram os pensamentos íntimos daquela imagem viral, descrevendo coisas de humor.

Mais tarde, a imagem de "Doge" se tornou uma obra de arte digital NFT, que foi vendida por 4 milhões de dólares. A fama desse meme acabou inspirando o surgimento da criptomoeda "Dogecoin", que foi iniciada como uma piada por dois engenheiros de software. De piada para um negócio lucrativo, a moeda digital "Dogecoin" se tornou a oitava criptomoeda mais valiosa do mundo, com uma capitalização de mercado em torno de 23 bilhões de dólares.

No início, a moeda "Dogecoin" teve vários apoiadores famosos como: o cantor americano de hip-hop Snoop Dogg; o empresário do "Shark Tank", Mark Cuban; e o baixista da banda Kiss, Gene Simmons. 

Mas o maior defensor do "Dogecoin" é, provavelmente, o bilionário Elon Musk. O famoso empresário sempre escreveu de forma divertida sobre essa moeda digital em seu microblog "X" (ex-Twitter). Ele descreve a "Dogecoin" como a "criptografia do povo", fazendo com que o valor de mercado da criptomoeda suba de repente.

 A "Dogecoin" também inspirou uma infinidade de outras "memecoins" (baratas e altamente voláteis), incluindo o spin-off Shiba Inu e e outras baseadas em cães, gatos ou Donald Trump.

Retornando a história de Kabosu: No final de 2022, a famosa cachorra adoeceu, sendo diagnosticada com leucemia e doença hepática. Em uma entrevista recente à AFP, a senhora Sato disse que o "poder invisível" das orações de fãs de todo mundo a ajudou a superar a doença de Kabo-chan.

Acostumada com as coisas inacreditáveis das redes sociais, Sato afirmou que nem se surpreendeu quando o Elon Musk mudou o ícone de seu microblog "X" no ano passado, usando a foto de Kabo-chan.

"Nos últimos anos, eu acabei me adaptando com a versão on-line de Kabosu. Todas essas coisas inesperadas vistas à distância, acabaram se tornando a vida real para mim", disse Sato.

Uma estátua de Kabosu em seu sofá, com um custo de 100 mil dólares, foi financiada coletivamente pela Own The Doge, uma organização criptográfica dedicada ao meme "Doge". A estátua foi inaugurada em novembro de 2023, num parque na cidade de Sakura, leste de Tóquio, terra natal de Kabo-chan. 

Por causa da monetização do meme "Doge", Sato e a Own The Doge já doaram grandes somas de dinheiro para instituições de caridade internacionais, incluindo mais de 1 milhão de dólares para a organização "Save the Children" (Salve as Crianças). A ONG afirmou que essa foi a maior contribuição criptográfica que já recebeu até hoje.

"A Doge é a cachorra mais popular da era moderna", disse Tridog, membro pseudônimo do Own The Doge. Ele descreve a Shiba Inu Kabosu como "a Mona Lisa da internet".

Descanse em paz Kabo-chan.

Fonte: AFP.

Luto no mundo da moda.

Morre a estilista japonesa Yumi Katsura.

Tóquio - Os canais de notícias do Japão informaram nesta terça-feira, 30 de abril, que a famosa estilista japonesa Yumi Katsura faleceu aos 94 anos de idade. De acordo com a imprensa, ela morreu no dia 26 de abril, mas as causas da morte não foram reveladas ainda.

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Nesta terça-feira, 30 de abril, a imprensa japonesa noticiou a morte da estilista Yumi Katsura, aos 94 anos. Ela faleceu no dia 26 de abril. Katsura é conhecida no Japão como a primeira estilista a trazer a moda nupcial ao país, na década de 60. Foto: NHK News.

A estilista é conhecida por ser a primeira designer a trazer a moda nupcial para o Japão. A sua história de persistência e dedicação, ao introduzir a moda dos vestidos de noivas na cultura japonesa, virou até um livro. 

Yumi Katsura nasceu em Tóquio, no dia 24 de abril de 1930. Quando criança, ela era fascinada por histórias de contos de fada e livros ilustrativos, onde sua mente era repleta de personagens como princesas e príncipes que viviam em belíssimos castelos. Já adulta, a aprendiz de estilista foi estudar moda na Universidade Feminina de Kyoritsu, em Tóquio. Depois de formada, ela lecionou moda na escola de costura de sua mãe. 

Em 1960, Katsura resolveu ir mais longe: ela viajou para Paris, na França, para estudar moda na École de la chambre syndicale de la couture parisienne.

De volta ao Japão, Katsura resolveu empreender, abrindo sua primeira loja exclusiva de vestidos de noiva no Japão em 1965, no bairro de Akasaka, Tóquio. A estilista foi a primeira profissional da moda a realizar um desfile de noivas no Japão, na década de 60.

Com designs elegantes, que realçava a beleza da mulher, Katsura influenciou muito a forma como os casamentos eram realizados pelas famílias japonesas. Nessa época, as noivas japonesas tinham preferência por quimonos de casamento. A estilista enfrentou um longo caminho para popularizar a cultura dos casamentos ocidentais no Japão.

A partir da década de 80, a estilista japonesa já realizou desfiles em mais de 30 centros de moda ao redor do mundo, incluindo Nova York e Paris. Atualmente, a marca Katsura é reconhecida mundialmente, sendo reconhecida como a principal designer de moda do Japão.

Em 1993, Katsura teve uma missão diferente a cumprir: criar a vestimenta formal do Papa João Paulo II. O sacerdote católico vestiu a criação da estilista na missa de Páscoa do mesmo ano.

Em março deste ano, Katsura realizou seu último desfile de moda em Tóquio. Ela exibiu cerca de 70 novos itens para noivas, perseguindo sua paixão pela moda nupcial até o fim de sua vida.

Descanse em paz Yumi Katsura.

Fontes: NHK News / Wikipédia.

Amigo para sempre.

Evento em homenagem a Hachiko, o famoso cão leal, é realizado em Shibuya.

Tóquio - Na segunda-feira, 8 de abril, cerca de 80 pessoas participaram da 89ª edição que homenageia o famoso cão Akita "Hachiko". A cerimônia, em sua memória, foi realizado em frente de sua estátua, que fica próximo da estação de Shibuya, em Tóquio.

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Uma cerimônia em homenagem ao famoso cão Akita "Hachiko" foi realizada em Shibuya (Tóquio) na segunda-feira, 8 de abril. Hachiko ficou famoso mundialmente, depois que sua história de "lealdade até a morte" foi contada em livros e em filmes. Foto: NHK News.

Segundo a história, Hachiko tinha o hábito de acompanhar seu dono, o professor Hidesaburo Ueno, até a estação de Shibuya todos os dias de manhã. Ueno tomava o trem para ir ao trabalho e, como o cão Hachiko era muito fiel e obediente, ele ficava aguardando a volta do professor em frente da estação até anoitecer. Em 21 de maio de 1925, Ueno (com 53 anos) acabou morrendo de hemorragia cerebral. Sentindo muita falta de seu dono, o fiel cão passou a ficar permanentemente em frente da estação de trem, a espera do retorno de Ueno. Hachiko morou nos arredores de Shibuya por quase 10 anos, esperando o professor voltar, até o cão morrer em 8 de março de 1935. 

Por causa de sua lealdade, Hachiko ficou famoso por todo o Japão. Depois, quando lançaram livros e filmes à respeito de Hachiko, sua história ficou conhecida mundialmente.

Para homenagear o famoso cão fiel, um grupo de empresas locais e uma associação de turismo têm realizado, anualmente, um evento em memória de Hachiko. A data da homenagem, 8 de abril, é feita um mês após a morte do cão, para coincidir com a floração das cerejeiras na primavera.

Os participantes da cerimônia deste ano incluíram parentes do escultor da estátua de Hachiko, Takeshi Ando. Também participou do evento o prefeito de Shibuya, Ken Hasebe.

Um ritual xintoísta foi realizado em frente da estátua de Hachiko, atraindo a atenção de vários turistas que passavam próximos da estação de Shibuya. Os participantes do evento ofereceram ramos de uma árvore sagrada e colocaram uma coroa de flores no pescoço da estátua.

A filha do escultor, Junko Ando, disse que estava feliz pela cerimônia ter coincidido com a plena floração dos pés de cerejeira de Shibuya. "Espero que a estátua seja um símbolo de paz para todos", acrescentou ela.

Fontes: NHK News / Globo.com.

Me formei em minha cidade natal.

Escola realiza a primeira cerimônia de formatura, treze anos após o acidente nuclear.

Fukushima - Na quarta-feira, 13 de março, uma escola na cidade de Okuma, província de Fukushima, realizou sua primeira cerimônia de formatura, desde que foi inaugurada em abril do ano passado.

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Nesta quarta-feira, 13 de março, a escola Manabiya Yumenomori realizou sua primeira formatura depois de sua inauguração, em abril de 2023. As duas estudantes da foto acima são as primeiras formadas da cidade de Okuma. Treze anos atrás, a população local foi obrigada a evacuar para outras regiões do Japão, por causa do desastre nuclear de Fukushima. Foto: NHK News. 

Antes da inauguração da escola, ninguém podia viver na cidade de Okuma, por causa dos altos níveis de radiação na região. O município abriga a usina nuclear de Fukushima, seriamente danificada pelo terremoto e tsunami de março de 2011.

Depois de 12 anos do desastre nuclear, a ordem de evacuação em Okuma foi suspensa, mas apenas a metade da cidade conseguiu ter o direito de voltar a morar na região, em junho de 2022. Isso só foi possível por causa da queda dos níveis de radiação a um patamar seguro para o ser humano viver. Agora, mais de 1.000 pessoas vivem na cidade, cerca de 10% da população original.

A escola mencionada no início da matéria se chama Manabiya Yumenomori. A instituição municipal de ensino é uma combinação do ensino primário com o ensino ginasial, tudo num mesmo prédio. O local também oferece educação e atendimento pré-escolar.

Na cerimônia de formatura, apenas duas alunas (do 9ª ano do ginasial) receberam seus diplomas. As duas estudantes formadas voltaram a viver em Okuma no ano passado. Antes disso, elas estavam vivendo na cidade de Aizuwakamatsu, também na província de Fukushima, para onde foram evacuadas com suas famílias após o desastre nuclear.

Durante seu discurso, a aluna formada Nonoka Ishii disse que se divertiu muito, no pouco tempo que estudou na escola. Ela também disse que seus professores eram gentis e que estudou com determinação para fazer bom uso das lições aprendidas em aula.

Já o outro discurso, a estudante Hana Saito disse que conheceu bem os moradores locais quando voltou a morar em Okuma no ano passado. Ela agradeceu às pessoas por recebê-la e ajudá-la a recomeçar uma nova vida na cidade. 

No final, as duas alunas formadas cantaram uma canção juntas, antes da cerimônia de formatura terminar.

Nikkey ON!: Parabéns! Vocês merecem. Continuem lutando, pois Okuma precisará da ajuda de vocês para voltar a ser o que era no passado.

Fonte: NHK News.

Dois estudantes e uma formatura.

Cerimônia de formatura, para apenas dois alunos, é realizada em Suzu, província de Ishikawa.

Kanazawa - Nesta terça-feira, 12 de março, dois estudantes do ginásio se formaram em uma escola na Península de Noto, região fortemente afetada pelo poderoso terremoto do dia 1 de janeiro.

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Em uma escola em Ohtani, na cidade de Suzu, foi realizado uma cerimônia de formatura para apenas dois alunos. A região foi seriamente afetada pelo terremoto do dia 1 de janeiro e muitos moradores locais foram viver em outras cidades. Foto: NHK News.

Muitas pessoas compareceram à cerimônia de formatura, na escola de ensino primário e ginasial de Ohtani, na cidade de Suzu, província de Ishikawa. 

Para a cerimônia de formatura, os organizadores incluíram estudantes que foram evacuados (alunos de Ohtani que estão em outras escolas) e residentes locais que ainda estão alojados no ginásio da escola, desde a época do terremoto.

O diretor da escola, Tatsumi Ueda, disse aos dois formandos que, embora sua cidade natal tenha sido devastada pelo terremoto, eles sempre devem lembrar que aqui é um lugar lindo de se viver.

Os formados, Raiki Nakajima e Hina Maeyama, fizeram um discurso comovente de agradecimento. No dia do terremoto, eles disseram que estavam preocupados com o futuro, depois que suas casas foram destruídas e suas vidas cotidianas dilaceradas. 

Eles afirmaram que foram salvos pelas boas lembranças que tinhas com seus amigos de escola. Eles pediram para não ser esquecidos pelos amigos. Mesmo estando distantes, eles prometeram se encontrar, num breve futuro, com os amigos e os professores novamente.

Funcionários da escola informaram que muitas famílias abandonaram temporariamente os planos de voltar para a cidade de Suzu, preferindo morar na capital Kanazawa e outras cidades. Infelizmente, o número de estudantes da escola em Ohtani continuará a diminuir ano após ano.

Fonte: NHK News.

Glamorosa Nao.

Modelo japonesa, com síndrome de Down, realiza o sonho de desfilar em Paris.

Paris - No sábado, 2 de março, a Paris Fashion Week teve um momento especial para uma jovem japonesa. A garota, com síndrome de Down, realizou um sonho quase impossível para ela, mas que se tornou realidade: desfilar num evento de moda com um vestido glamoroso, inspirado em um quimono.

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A japonesa Nao Saito desfila como modelo convidada durante a Paris Fashion Week, em 2 de março de 2024. Foto: Kyodo News.

Nao Saito (19 anos), conhecida apenas pelo nome artístico "Nao", participou do desfile da estilista internacional Samina Mughal. Para o desfile, Nao vestiu um vestido vermelho, com uma grande faixa dourada (chamada de obi) na cintura. O vestido foi feito por uma empresa japonesa que espera compartilhar a cultura japonesa com o mundo.

"Foi divertido. Eu estava nervosa", disse a jovem, originária da província de Shizuoka, depois de desfilar no principal evento internacional de moda. Nao disse também: "Meu próximo sonho é aparecer em um desfile de moda nos Estados Unidos."

Sua mãe, Yumi Saito (53 anos), chorou ao vê-la no palco do desfile. Ela sempre apoiou sua filha ao longo de seu sonhado caminho. "Não pensei que esse sonho pudesse se tornar possível", disse Yumi.

Nao é modelo há cinco anos, participando de eventos relacionados a "Tokyo Girls Collection" no Japão. A jovem permaneceu ativamente envolvida na profissão de modelo, enquanto frequentava uma central de empregos que apoia pessoas com deficiências.

Embora as pessoas com síndrome de Down (muitas vezes) tenham dificuldades para manter uma postura ereta (devido ao baixo tônus muscular), a adolescente precisou praticar intensamente "a arte de desfilar" no corredor de sua casa. Ela teve aulas e aprendeu como caminha uma modelo profissional em um desfile de moda. 

Em sua longa jornada para a fama, Nao já teve sérios problemas de saúde. Ela tem complicações no coração e no esôfago que a fez passar por mais de 40 cirurgias no passado.

Às vezes, Nao chorava diante de seu treinamento rigoroso, o que levou sua mãe a sugerir que a filha desistisse de modelar. Porém, a jovem recusou a desistir e foi melhorando gradativamente durante às aulas. Segundo a mãe, Nao demora muito para aprender coisas novas.

A viagem para Paris começou a tomar forma em janeiro deste ano, quando Nao foi convidada para aparecer no desfile de moda de Mughal, através de Makoto Okubo. Okubo (59 anos) dirige um grupo que promove os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, através da música.

"Eu queria mostrar ao mundo o poder das pessoas com deficiência", disse Okubo.

Miyabi Ikeda (52 anos), proprietária da locadora de vestidos que fornecia os trajes de Nao, parecia satisfeito com o trabalho, dizendo que Nao "parecia muito fofa".

Ikeda também é uma estilista japonesa, conhecida por suas roupas chamativas. Ela disse que o vestido do desfile foi inspirado na adolescente Nao. O traje é inspirado na imagem de uma boneca francesa, combinando com a vestimenta da tradicional boneca japonesa "hina".

Nikkey ON!: Parabéns Nao Saito. Nunca desista de seus sonhos!

Fonte: Kyodo News.

Morre o mestre da música clássica.

Maestro Seiji Ozawa morre aos 88 anos.

Tóquio - Na última terça-feira, 6 de fevereiro, faleceu Seiji Ozawa, o maior maestro japonês de renome internacional do Japão pós-guerra. Ele tinha 88 anos e sofreu uma insuficiência cardíaca em sua casa, na capital Tóquio.

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Na terça-feira, 6 de fevereiro, faleceu o famoso maestro japonês Seiji Ozawa, aos 88 anos. Ele sofreu uma insuficiência cardíaca em sua casa, em Tóquio. Foto: The Asahi Shimbun.

Um funeral foi realizado por seus parentes mais próximos. Uma cerimônia de homenagens ao maestro será planejado em uma data a ser agendada pela família.

Ozawa nasceu em Shenyang, na China, em 1935. Ele mostrou talento precoce como pianista, mas acabou mudando suas habilidades para a regência musical, após machucar os dedos das mãos durante uma partida de rugby.

Sob a tutela do compositor Naozumi Yamamoto e do renomado violoncelista Hideo Saito, o jovem Ozawa iniciou seus estudos de regência no ensino médio.

Depois de se formar aos 20 anos, na Faculdade de Drama e Música Toho Gakuen, Ozawa mudou-se para a Europa em 1959. No exterior, ele acabou sendo o primeiro japonês a vencer o concurso internacional de Besançon, destinado para jovens maestros.

Ainda na Europa, Ozawa se tornou aluno de dois maestros lendários: Hebert von Karajan e Leonard Bernstein. Percebendo o talento de Ozawa, Bernstein o nomeou regente assistente da Filarmônica de Nova York.

Depois do reconhecimento, Ozawa trabalhou com algumas das mais prestigiadas orquestras do mundo: Filarmônica de Viena, Filarmônica de Berlim, Orquestra Sinfônica de São Francisco e Orquestra Sinfônica de Toronto (Canadá). 

Em 1970,  Ozawa tornou-se diretor artístico do Festival de Música Tanglewood, nos Estados Unidos. Depois disso, ele também acabaria se tornando diretor musical da Orquestra Sinfônica de Boston e da Ópera Estatal de Viena. Em 1987, Ozawa formou a Orquestra Saito Kinen, fazendo turnês pelos Estados Unidos e Europa.

No final de 2009, Ozawa descobriu um câncer no esôfago, obrigando-o a ficar entre idas e vindas no conselho de orquestras.

Sua última aparição pública foi em setembro de 2023. Ozawa apareceu no palco de cadeira de rodas, enquanto o maestro John Williams regia uma orquestra na cidade de Matsumoto, província de Nagano.

R.I.P. mestre Seiji Ozawa.

Fontes: NHK News / The Asahi Shimbun.

Fim de uma tradição de família.

Devido ao terremoto, empresa chega ao fim após 90 anos de funcionamento.

Kanazawa - Os danos causados pelo terremoto da Península de Noto, no dia 1 de janeiro, estão desestimulando alguns pequenos empresários em continuar com seus negócios abertos. Em um caso em Toyama, um pequeno fabricante de alimentos fechou sua empresa, após 90 anos em operação.

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Kazunari Nakamura (83 anos) fabricante de Kamaboko na cidade de Himi, província de Toyama. Infelizmente, ele foi obrigado a fechar sua loja definitivamente, depois de 90 anos em funcionamento. Seu estabelecimento foi seriamente danificado pelo terremoto da Península de Noto, no dia 1 de janeiro. Foto: NHK News.

O fabricante Kazunari Nakamura, de 83 anos, produzia pasta de peixe cozido (Kamaboko) há mais de 60 anos, em sua loja na cidade de Himi, província de Toyama. O pai de Nakamura abriu a loja na década de 1930. Com o passar dos anos, a loja de produtos Kamaboko se tornou um ponto turístico popular da cidade.

Depois de tantas coisas boas, o grande terremoto do dia 1 de janeiro acabou destruindo seriamente a loja do senhor Nakamura, danificando a entrada e causando várias rachaduras no chão do estabelecimento. Quando a reportagem esteve no local no início de fevereiro, os produtos Kamaboko especiais de Ano Novo ainda estavam nas prateleiras da loja, mas com os prazos de validade vencidos há muito tempo.

O senhor Nakamura estava lutando para arrecadar fundos para reparar sua loja. Entretanto, devido a sua idade avançada, ele desistiu do plano e decidiu fechar seu negócio. 

"Agora terminei. Eu queria continuar fazendo Kamaboko para o resto de minha vida. Tive muitas alegrias com os produtos que eu fazia e com a administração do negócio", disse Nakamura entristecido.

"Se eu fosse 10 anos mais novo, teria condições de reconstruir minha loja. Mas agora só resta demolir o prédio", finalizou Nakamura.

Fonte: NHK News.

Idosa de 115 anos.

Mulher da província de Hyogo se torna a pessoa mais velha do Japão.

Kobe - O Ministério da Saúde do Japão informou nesta quarta-feira, 13 de dezembro, que Tomiko Itooka tornou-se a pessoa mais velha do Japão, após a antiga detentora do título falecer na terça-feira. A nova e ilustre anciã está com 115 anos.

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Tomiko Itooka, de 115 anos, tornou-se a pessoa mais velha do Japão nesta quarta-feira, 13 de dezembro. Na foto, a idosa celebra seu aniversário ao lado do prefeito de Ashiya, Ryosuke Takashima. Foto: Kyodo News.

Nascida em Osaka, no dia 23 de maio de 1908, Tomiko Itooka é a mais velha de uma família de três irmãos. Na época que era estudante, ela fazia parte de um clube de voleibol da escola. Atualmente, ela reside em uma casa de repouso na cidade de Ashiya, província de Hyogo.

Quando Itooka se mudou para a casa de repouso em 2019, ela conseguia andar normalmente pelas dependências do local. No entanto, ela foi perdendo a firmeza das pernas com o passar dos anos e, agora, precisa ser acompanhada para a sala de refeições com a ajuda de uma cadeira de rodas. Falando em comida, a idosa adora comer doces e beber "Calpis" (uma bebida probiótica, semelhante ao Yakult). 

Todos os anos, o prefeito de Ashiya, Ryosuke Takashima, vem até a casa de repouso para cumprimentar Itooka no dia de seu aniversário. Curiosidade: Takashima foi eleito prefeito de Ashiya com apenas 26 anos, tornando-se a pessoa mais jovem a tomar posse de uma prefeitura no Japão.

Até agora, Itooka não sabe que é a nova pessoa mais velha do Japão. Ela anda gripada e está descansando. Depois que ela se recuperar da gripe, a casa de repouso irá avisá-la sobre o título. 

Anteriormente, a anciã Fusa Tatsumi, da província de Osaka, detinha o título de pessoa mais velha do Japão, com 116 anos de idade. Ela faleceu na manhã do dia 12 de dezembro, numa casa de repouso na cidade de Kashiwara.

Fonte: Kyodo News.

Luta pelos direitos dos iranianos.

Ativista iraniana ganha o Prêmio Nobel da Paz.

Oslo - Nesta sexta-feira, 6 de outubro, o comitê norueguês do Nobel escolheu uma mulher iraniana, defensora dos direitos humanos, como a grande vencedora do Prêmio Nobel da Paz deste ano.

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A ativista iraniana Narges Mohammadi é nomeada vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2023, pela sua luta contra a opressão no Irã. Foto: NHK News.

O prêmio foi para a ativista Narges Mohammadi, pela sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e pela sua luta pelos direitos humanos e liberdade para todos.

Durante a divulgação da pessoa premiada, o comitê de seleção afirmou que Mohammadi é uma combatente da liberdade, cuja luta tem acarretado enormes custos pessoais para ativista iraniana.

Segundo um breve histórico de sua vida, Mohammadi foi presa 13 vezes pelas autoridades iranianas. Atualmente, ela cumpre uma pena total de 31 anos de prisão no Irã, além de receber 154 chibatadas.

A comissão do Nobel também reservou um tempo para reconhecer as centenas de milhares de pessoas que protestam contra o regime teocrático do Irã nos últimos anos.

A dedicação e o trabalho de Mohammadi é expressado através de seu seguinte lema: "Mulher, Vida e Liberdade".

Fonte: NHK News.

Ancião com sede de aventura.

Alpinista de 90 anos sobe o Monte Fuji de cadeira de rodas.

Tóquio - O alpinista japonês Yuichiro Miura (90 anos) chegou ao cume do Monte Fuji de cadeira de rodas nesta quinta-feira, 31 de agosto. Ajudado por familiares e um grupo de amigos, o ancião levou três dias para alcançar o topo da montanha.

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O alpinista Yuichiro Miura, de 90 anos e sentado em sua cadeira de rodas, comemora a chegada ao cume do Monte Fuji, com seus amigos e familiares, nesta quinta-feira (31 de agosto). Foto: Kyodo News.  

Miura conseguiu chegar ao pico por volta das 7h20 da manhã. Ele expressou sua gratidão àqueles que apoiaram sua empreitada. Embora o Monte Fuji seja um destino popular para jovens e adultos fazerem trilhas, poucos nonagenários tentam se aventurar nessa longa jornada.

O triunfo de Miura vem depois de muitas lutas com sua saúde. Em junho de 2020, ele ficou hospitalizado por cerca de 8 meses, devido a um hematoma epidural espinhal espontâneo. Essa enfermidade faz com que os nervos do pescoço fiquem comprimidos, causando paralisia nas mãos e nos pés. 

Depois de muito sofrimento, o veterano alpinista almejou escalar o Monte Fuji como forma de reabilitação. "Graças a todos, consegui realizar meu desejo de chegar ao cume. É uma sensação maravilhosa", disse Miura.

Como não podia andar por causa das dores nas pernas, Miura precisou de uma cadeira de rodas de montanhismo, especialmente projetada para ele. Durante os três dias, o alpinista foi auxiliado por seus familiares e amigos. Eles escalaram o Monte Fuji juntos e revezaram para puxar a cadeira de rodas, com o senhor Miura, através de uma corda.

O Monte Fuji possui quatro trilhas para chegar a seu cume. Miura escolheu a trilha de Fujinomiya, que tem o trecho mais curto. A montanha está dividida em 10 estações e cada trilha começa a partir de sua respectiva quinta estação. O grupo do veterano alpinista começou a aventura na manhã de terça-feira, saindo da quinta estação e passando a primeira noite na sétima estação. Na quarta-feira, a segunda noite do grupo foi feita na nona estação. Na quinta-feira, a aventura começou às 5h15 da manhã e o grupo acabou chegando ao cume duas horas depois.

Atualmente, o senhor Miura é diretor honorário da Clark Memorial International High School (CMIHS). Cerca de 40 alunos da escola se juntaram ao veterano alpinista no alojamento da nona estação do Monte Fuji para cumprimentá-lo. Os estudantes tinham chegado ao cume da montanha na quarta-feira e estavam fazendo o caminho de volta, quando vieram ver seu diretor.

"Esse encontro me fez perceber como ele é admirado por tantas pessoas", disse o estudante  da CMIHS, Tomoya Sano (18 anos), que achou memorável o apoio dado ao senhor Miura.

O alpinista Yuichiro Miura é conhecido por várias aventuras. Em 1966, ele esquiou com sucesso o Monte Fuji (durante o inverno), usando um pára-quedas para retardar sua descida. Ele alcançou o cume do Monte Everest três vezes: em 2003 (aos 70 anos), em 2008 (aos 75 anos) e em 2013 (aos 80 anos). Na terceira e última vez, o senhor Miura se tornou a pessoa mais velha do mundo a conquistar o cume do Everest. 

Nikkey ON!: Mesmo debilitado e na cadeira de rodas, o veterano alpinista tem muita força de vontade de continuar suas aventuras. Parabéns pela coragem e determinação!

Fontes: Kyodo News / Google.

Um japonês que ajuda os ucranianos.

Japonês de 75 anos inaugura uma cafeteria, com refeições gratuitas, na Ucrânia.

Kharkiv - No inicio do ano passado, Fuminori Tsuchiko, de 75 anos, chegou à Ucrânia para fazer uma visita ao país. Quando a guerra iniciou, com a invasão das tropas russas no território ucraniano, o velho japonês decidiu não voltar ao Japão.

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O japonês Fuminori Tsuchiko, de 75 anos, oferece um biscoito a uma menina ucraniana, em frente de sua cafeteria, na Ucrânia. Desde o inicio da invasão russa no país, o velho japonês está trabalhando como voluntário na cidade de Kharkiv. Foto: Reuters.

Comovido com a situação dos residentes na cidade de Kharkiv (leste da Ucrânia), forçados a se abrigarem em estações do metrô por causa dos bombardeios russos, Tsuchiko decidiu ficar no país para ajudar os ucranianos.

Durante meses após a invasão russa, o velho japonês ficou morando em uma estação do metrô de Kharkiv. Ele também trabalhou como voluntário na estação, distribuindo comida para as pessoas que viviam no mesmo local.

Na estação do metrô, Tsuchiko acabou fazendo amizade com um ucraniano. Juntos, eles decidiram abrir uma cafeteria com refeições gratuitas no bairro de Saltivka, em Kharkiv. Segundo o idoso, ele recebe muitas doações feitas por japoneses, via mídias sociais.

"Junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro. Por sete meses fiquei morando no metrô de Kharkiv. No subsolo da estação, estive dormindo e fazendo minhas refeições junto com muitos, muitos ucranianos", disse Tsuchiko.

A cafeteria, chamada de "FuMi Caffe", atende cerca de 500 pessoas por dia, de acordo com o "empreendedor japonês".

Tsuchiko entrou na Ucrânia como turista em fevereiro de 2022, antes do início da guerra. Nesse período tenso, a embaixada japonesa da Ucrânia o avisou para voltar ao Japão, enquanto a Rússia estava se preparando para invadir o país. 

Preocupado com a situação, o japonês fugiu para Varsóvia, na Polônia. Depois de dois meses na capital polonesa, Tsuchiko decidiu voltar à Ucrânia, para ajudar as pessoas durante a guerra.

Uma visitante do FuMi Caffe, a ucraniana Anna Tovstopyatova, disse que veio ao estabelecimento para fazer uma doação.

"É ótimo saber que existe pessoas tão sinceras, com o coração e a alma aberta, sacrificando suas vidas para ajudar e dar esperança aos outros", disse Tovstopyatova, se referindo ao japonês Tsuchiko.

Segundo informações da mídia internacional, as forças ucranianas em Kharkiv conseguiram deter a entrada das forças russas na cidade, empurrando os russos para a fronteira dos dois países (Ucrânia e Rússia). Apesar da retirada, os ataques russos ainda continuam pelos arredores da região.

Fonte: Reuters.

O pescador que salvou Kishida.

Novo herói local conta o que aconteceu no momento do ataque à bomba.

Wakayama - Na manhã do dia 15 de abril, um pescador de arrasto (ele não teve o nome revelado pela reportagem) visitou o porto de pesca de Saikazaki, com a esperança de encontrar o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em uma região pouco visitada por pessoas famosas. No entanto, ele não esperava que, naquele local, um trágico incidente poderia acontecer a qualquer momento.

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O pescador herói, do porto de Saikazaki, concede uma entrevista com os repórteres na cidade de Wakayama, no dia 16 de abril. Foto: The Mainichi.

O premiê Fumio Kishida foi para essa região com o intuito de fazer uma campanha eleitoral. Kishida veio para ajudar um candidato do partido, que concorre a uma cadeira na eleição suplementar da Câmara dos Deputados. A comitiva, com os políticos, chegou ao porto por volta das 11h20. Assim que começou a interação com o povo local, Kishida degustou frutos do mar e posou para várias fotos, antes de fazer seu discurso.

"Vai começar logo. Vou tirar algumas fotos", pensou o pescador de 54 anos. Ele foi avançando no meio da grande multidão, com a esperança de ficar mais próximo possível do primeiro-ministro. 

No entanto, chegou um momento que o pescador não conseguia mais se aproximar do local onde Kishida iria discursar. Então, ele decidiu ficar atrás de um rapaz, que usava uma máscara facial e tinha uma mochila nas costas.

Distando cerca de 10 metros do palanque improvisado, o pescador observava à sua frente, no meio da multidão aglomerada e com uma certa dificuldade, o primeiro-ministro que acenava para o público.

De repente, o pescador viu o rapaz mascarado arremessando um objeto preto para frente, em direção do palanque. "Isso é estranho", pensou o pescador.

O pescador ficou com os olhos grudados na atitude estranha do rapaz. O indivíduo continuou a fazer algo com suas mãos. Percebendo que alguma coisa errada estava para acontecer, o pescador colocou uma de suas mãos em volta do pescoço do rapaz. Com a outra mão, o pescador bateu freneticamente naquilo que o suspeito segurava em suas mãos. Os dois caíram no chão.

Foi uma briga de quase um minuto de duração. Enquanto isso, vários homens se jogavam sobre o suspeito, um após o outro. 

Enquanto estava no chão segurando o rapaz, o pescador ouviu uma explosão. Ele ficou apavorado, mas continuou tentando dominar o suspeito, junto com outras pessoas. 

Assim que a polícia chegou e levou o rapaz para a delegacia, o pescador  se deu conta que seu cotovelo estava machucado e suas calças estavam rasgadas. Mais tarde, ele soube que o rapaz mascarado se chama Ryuji Kimura, de 24 anos. Ele também ficou sabendo que Kimura tinha uma faca escondida em sua mochila. 

No momento em que o pescador percebeu a atitude estranha de Kimura, ele lembrou do tiro fatal que tirou a vida do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, durante um discurso eleitoral na cidade de Nara. O incidente de Nara ocorreu nove meses atrás.

"É muito chocante testemunhar um incidente semelhante ao do Shinzo Abe, numa cidade rural como esta. Eu não tinha ideia do que o suspeito tinha em suas mãos. Se aquele objeto em suas mãos tivesse explodido, minha vida estaria em sério perigo", disse o pescador aos repórteres.

Na noite do mesmo dia do ataque à bomba, o pescador recebeu uma ligação em seu telefone celular. "Muito obrigado", disse a pessoa do outro lado da linha telefônica. Essa pessoa no telefone era, nada mais e nada menos, o premiê Fumio Kishida. 

O primeiro-ministro fez questão de telefonar e agradecer o pescador, pela coragem de ter enfrentado o perigo para salvar a vida dele e de outras pessoas no meio daquela multidão. "Estou feliz que você não tenha se machucado", disse o pescador para Kishida.

"Não conseguimos imaginar como você pôde fazer algo assim", disse a família para o pescador. Nunca  imaginaria que salvaria a vida do primeiro-ministro do Japão, numa pacata cidade pesqueira em Wakayama. Ele acabou se tornando o herói do porto de Saikazaki.

Fonte: The Mainichi.

Colação de grau no Japão.

Estudante ucraniana se forma na escola primária japonesa.

Tóquio - Fugindo da guerra na Ucrânia, a estudante Olivia Zhyblovska, de 12 anos, se mudou com sua família para o Japão, há cerca de um ano atrás. Este ano, ela acabou de concluir seus estudos em uma escola primária na região de Chiyoda, em Tóquio.

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A ucraniana Olivia Zhyblovska, 12 anos, se formou recentemente numa escola primária japonesa, em Tóquio. Há cerca de 1 ano atrás, Olivia e sua família fugiram da guerra na Ucrânia, encontrando refúgio no Japão. Foto: Wataru Sekita.

"Embora esteja feliz por ter me formado, sentirei falta dos amigos que fiz na escola japonesa", disse a menina.

Olivia e seu irmão de 9 anos, Yan Zhyblovska, estudaram durante 1 ano na escola primária Izumi. Como os dois não sabem falar japonês, eles sempre usavam um aplicativo de tradução, para se comunicarem com seus colegas japoneses da escola. A partir deste mês, abril, os dois irmãos ucranianos irão frequentar uma escola internacional.

"Estou preocupada com meu irmão na nova escola porque o inglês dele não é muito bom quanto o meu. Meu sonho é voltar a uma Ucrânia sem guerra", disse Olivia.

"Seus estudos devem ter sido difíceis na escola japonesa, por causa da barreira do idioma. No entanto, minha filha cresceu muito como pessoa no último ano", disse a mãe de Olivia.

Nikkey ON!: Parabéns Olivia! Continue se esforçando com seus estudos no Japão. Um dia, você e sua família voltarão para Ucrânia, reconstruindo um novo país sem guerra e em paz.

Fonte: The Asahi Shimbun.

Um pequeno coração americano.

Bebê vai aos Estados Unidos para um transplante de órgão.

Tóquio - Nesta quinta-feira, 30 de março, uma bebê japonesa viajou para os EUA, com a finalidade de realizar um transplante de coração por lá.

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Aoi Sato, no colo de sua mãe, viajou para os Estados Unidos, com o intuito de fazer um transplante de coração. Foi preciso arrecadar 530 milhões de  ienes, para pagar todos os custos do tratamento e viagem. Foto: NHK News.

Aoi Sato, com apenas 1 ano de vida, deixou o aeroporto de Haneda por volta das 10h da manhã, com destino a Nova York. A pequena menina precisou embarcar em um avião fretado para uso médico, equipado com um dispositivo de assistência ventricular. A mãe e o pai também viajaram juntos com Aoi, confiantes de que tudo dará certo nos Estados Unidos.

Quando Aoi nasceu, descobriu-se que a menina tinha pequenos orifícios na parede de seu coração. A bebê passou por duas cirurgias para tentar fechar os orifícios, mas ela acabou desenvolvendo insuficiência cardíaca grave.

No ano passado, os pais de Aoi e seus apoiadores lançaram um apelo para todo Japão, pedindo doações em dinheiro. O objetivo da campanha era usar todo o valor arrecadado para que Aoi recebesse um transplante de coração no exterior.

Durante o período das doações, a família viu os custos da cirurgia aumentarem, devido ao enfraquecimento do iene japonês frente ao dólar americano. Isso prejudicou muito na hora de fazer a conversão das moedas. Felizmente, as doações atingiram a meta de 530 milhões de ienes, o equivalente a US$ 4 milhões (conversão feita em dezembro de 2022).

Na longa viagem, o avião de Aoi precisará parar em dois aeroportos para reabastecer. A duração do voo, do aeroporto de Haneda até o aeroporto de Nova York, é de aproximadamente 16 horas. Quando o avião chegar aos EUA, a bebê será levada diretamente ao Hospital da Universidade de Columbia, onde ela fará a cirurgia.

O pai de Aoi, Shoichiro Sato, disse que nunca imaginou que sua família chegaria tão longe assim. Ele expressou sua gratidão pelo apoio de muitas pessoas. Ele tem muita esperança de que o transplante de sua filha será bem-sucedido nos EUA.

Nos últimos 10 anos (isso até 2021), houve apenas 31 transplantes de órgãos no Japão, vindos de doadores de 10 anos ou menos. Durante a pandemia do coronavírus, o número de doadores de órgãos diminuiu muito no país. Em outubro de 2022, mais de 40 pacientes, com menos de 10 anos, aguardavam transplantes de coração.

Fonte: NHK News.