Japão confirma o primeiro caso do ômicron XE.
Tóquio - O Ministério da Saúde do Japão informou na segunda-feira, 11 de abril, que uma mulher foi detectada com a cepa XE da variante ômicron, o primeiro caso registrado desse tipo de coronavírus no país.
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Passageiros esperam a vez durante o processo de precauções contra o coronavírus, após o desembarque no aeroporto internacional de Narita, província de Chiba. Foto: The Mainichi. |
Durante os testes obrigatórios no aeroporto de Narita, uma mulher de 30 anos, recém chegada de uma viagem nos Estados Unidos, testou positivo para o coronavírus, mesmo tendo tomado, com antecedência, todas as doses da vacina da Pfizer. Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, o caso foi registrado no dia 26 de março e a mulher, sem especificar a sua nacionalidade, não apresentou quaisquer sintomas da COVID-19 na hora dos exames.
Com a coleta do material para os exames laboratoriais, a cepa XE, infectada na mulher, só foi detectada por meio de testes de sequenciamento genético, no Instituto de Nacional de Doenças Infecciosas do Japão (NIID Japan).
A mulher com cepa XE permaneceu em tratamento médico numa instalação para pessoas infectadas com coronavírus. Ela foi liberada depois de 9 dias, assim que o seu período de quarentena terminou.
A cepa XE é uma combinação dos subtipos BA.1 e BA.2 da variante ômicron. A sua taxa de infecção é 12,6% mais rápida do que o subtipo BA.2, embora os detalhes sobre a sua gravidade ainda são desconhecidos. Já a eficácia dos medicamentos e vacinas para essa nova subvariante é considerada a mesma para o tratamento do subtipo BA.2.
Em 5 de abril, cerca de 1.100 casos da subvariante XE foram confirmados na Grã-Bretanha, informou o NIID Japan. O número de casos dessa cepa representa menos de 1% das infecções da COVID-19 no país inglês.
"Não se tornou a cepa dominante na Grã-Bretanha, onde foi detectada pela primeira vez no mundo (segundo OMS). É improvável que o ômicron XE se espalhe rapidamente no Japão", disse Kazushi Motomura, diretor do departamento de saúde do Instituto de Saúde Pública de Osaka.
"Não há necessidade de ficar em pânico por causa do primeiro caso do ômicron XE no Japão. Devemos continuar implementando medidas básicas para a prevenção de novas infecções, promovendo sempre as vacinações adicionais contra o coronavírus para população", acrescentou Motomura.
No Brasil, o primeiro caso da cepa XE foi detectado no dia 7 de abril, notificado pelo Instituto Butantã de São Paulo.
Fontes: The Mainichi / Jornal Hoje Em Dia.