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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Novas tarifas de pedágio em Tóquio.


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Vias expressas de Tóquio terão novas tarifas para reduzir congestionamentos.


Tóquio - Andar de carro em Tóquio ficará mais caro em breve. É o que promete a operadora de trânsito da cidade, a Metropolitan Expressway de Tóquio, que está planejando a precificação dos congestionamentos da metrópole. Isso será aplicado nas vias expressas com pedágios, sendo parte de um plano para reduzir, pela metade, o congestionamento do tráfego de veículos na capital até 2040.

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Vias expressas de Tóquio terão novas tarifas para reduzir congestionamentos.
A empresa Metropolitan Express de Tóquio pretende implementar em breve uma tarifa para reduzir os congestionamentos das vias expressas da capital. Além disso, ela pretende criar rotas alternativas, novas entradas e saídas das rodovias e pagamento eletrônico obrigatório para agilizar o fluxo de veículos. Foto: NHK News.

A empresa está considerando cobrar tarifas mais altas para motoristas em trechos congestionados de vias expressas, ou durante os horários de picos.

Além disso, novas rotas poderão ser implementadas para evitar pontos de tráfego intenso. Isso envolveria em projetos que moveriam uma seção da via expressa do centro de Tóquio para o subsolo. A empresa também está pensando em adicionar novas rampas de entrada e saída.

Outra mudança importante: quase todos os pedágios de Tóquio só aceitarão pagamentos automáticos de tarifa em cerca de três anos.

De acordo com um levantamento, o congestionamento em alguns trechos de Tóquio foi reduzido pela metade nos últimos 30 anos. O maior responsável por essa redução do tráfego intenso de veículos foi a implementação de uma rota circular na capital. No entanto, os engarrafamentos ainda são comuns no final da tarde, principalmente no centro.

"A quantidade de veículos nas vias expressas da capital tem aumentado. Há uma demanda crescente relacionada a visitantes de entrada, remessa de comércio eletrônico e muito mais", disse o presidente da Metropolitan Expressway, Toru Terayama.

Segundo a Metropolitan Expressway, eles afirmam que planejam enfrentar ativamente o problema do congestionamento, pois ele afeta em muito a economia e a sociedade do país.


Fonte: NHK News.


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sábado, 21 de dezembro de 2024

Compras de Natal no Japão.


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Consumidores de fim de ano gastam mais com presentes, apesar da inflação no Japão.


Tóquio - Durante o ano de 2024, a inflação não parou de crescer no Japão, atingindo duramente o orçamento familiar. Apesar de tudo estar mais caro, algumas pessoas ainda estão querendo gastar um pouco mais com os presentes e a comida de fim de ano.

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Consumidores de fim de ano gastam mais com presentes, apesar da inflação no Japão.
No Japão, consumidores de fim de ano querem gastar mais com presentes, apesar da inflação em alta no país. Foto: NHK News.

Na quarta-feira, 18 de dezembro, clientes lotaram a seção infantil de uma grande loja de eletrodomésticos em Tóquio, com o intuito de comprar brinquedos como presentes de Natal. Segundo a fabricante de brinquedos Bandai, a empresa descobriu através de uma pesquisa que as famílias planejam gastar em média de 8.138 ienes, em torno de 52 dólares, com presentes para os filhos neste fim de ano. Isso é 5% a mais de gastos se comparado com o Natal do ano passado.

"Eu economizei dinheiro para poder comprar um presente de Natal", disse uma mulher que fazia compras, na loja mencionada no parágrafo acima, junto com seu filho de 5 anos. "Tenho que fazer o melhor para meu filho nesta época do ano", ressaltou a mulher.

Um outro cliente na mesma loja disse, para a reportagem, que está disposto a gastar um pouco mais em um presente para seu sobrinho. "Quero entrar no ano novo da forma mais positiva possível. Esta é uma época especial e quero passar as festas me sentindo bem", disse o homem.

As lojas do popular mercado de rua Ameyoko, no distrito de Ueno-Tóquio, estão contando com uma demanda maior antes do feriado de Ano Novo.

O dono de uma loja de frutos do mar, Mashu Ohashi, disse que os custos das mercadorias estão aumentando, mas ele conseguiu manter os preços de varejo em seus níveis habituais comprando tudo a granel.

"Muitos compradores vêm à nossa loja nessa época. Não acho que eles se importem em gastar mais em produtos de boa qualidade", disse Ohashi.

Uma mulher que veio à loja de Ohashi, procurando caranguejos e ovas de salmão, disse que quer garantir muita fartura nas refeições durante o feriado de Ano Novo.

"Sabemos que nossos filhos voltarão para casa no fim de ano, então abrimos espaço na compra de mais alimentos dentro do nosso orçamento. Estou ansiosa para comer muita comida gostosa junto com os meus filhos", disse a mulher.

Um especialista na área de economia explicou que os consumidores de fim de ano estão se permitindo gastar um pouco mais, depois de um ano suportando o encarecimento dos bens de consumo no Japão.


Fonte: NHK News.


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terça-feira, 8 de outubro de 2024

Não bebam aqui!

Prefeitos de Shibuya e Shinjuku fazem apelo contra bebidas alcoólicas no Halloween.


Tóquio - As autoridades dos bairros de Shibuya e Shinjuku, ambos em Tóquio, estão fazendo vistas grossas contra o consumo de bebidas alcoólicas nas ruas durante o período de Halloween.

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Prefeitos de Shibuya e Shinjuku fazem apelo contra bebidas alcoólicas no Halloween.
Autoridades de Shibuya e Shinjuku não querem aglomerações e consumo de bebidas alcoólicas em suas ruas durante as festividades do Halloween 2024. Foto: NHK News.

Nesta segunda-feira, 7 de outubro, o prefeito de Shibuya, Ken Hasebe, e o prefeito de Shinjuku, Kenichi Yoshimizu, anunciaram medidas conjuntas no Clube de Correspondentes Estrangeiros do Japão.

Beber na rua será proibido em áreas ao redor do distrito de entretenimento Kabukicho, em Shinjuku. Pessoas em áreas perto da Estação Shibuya já estão proibidas de beber nas ruas e locais públicos, entre 18h e 5 horas da manhã seguinte, valendo para o ano todo essa proíbição.

Além disso, as autoridades de bairro também pedirão que as lojas nas áreas em questão não vendam bebidas alcoólicas. Todos os anos, perto da data 31 de outubro, os foliões lotam as ruas próximas da Estação de Shibuya, aumentando os riscos de aglomerações e confusões.

No ano passado, em 2023, as autoridades do bairro de Shibuya pediram para que as pessoas evitassem a região. Isso fez com que muitas pessoas mudassem as festividades de Halloween para Kabukicho.

O prefeito Hasebe renovou seu apelo para que as pessoas não venham a Shibuya, durante o Halloween 2024. Ele adicionou dizendo que os foliões de Halloween não devem causar problemas bebendo nas ruas. Todos devem seguir as regras corretamente.

O prefeito Yoshimizu pediu para que as pessoas que queiram consumir bebidas alcoólicas no Halloween, o façam em bares e restaurantes em Tóquio.

Os dois bairros em questão planejam patrulhar as ruas das áreas restritas durante todo o período de Halloween.


Fonte: NHK News.


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terça-feira, 18 de junho de 2024

Sem bebedeira em Shibuya.

Consumir bebidas à noite, nas ruas de Shibuya, será proibido.


Tóquio - O distrito de Shibuya, em Tóquio, deverá proibir o consumo noturno de bebidas nas ruas próximas de sua estação. A lei entrará em vigor partir de outubro deste ano.

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Consumir bebidas à noite, nas ruas de Shibuya, será proibido.
A partir de outubro de 2024, o consumo noturno de bebidas nas ruas do distrito de Shibuya será proibido. Foto: NHK News. 

A assembléia distrital aprovou nesta segunda-feira, 17 de junho, as revisões de um decreto que já proibia bebedeiras nas ruas da movimenta região comercial e de entretenimento.

De acordo com a nova portaria, será proibido consumir bebidas em espaços públicos de Shibuya, como parques e ruas, entre 6:00 pm e 5:00 am do dia seguinte.

A portaria anterior só proibia o consumo noturno de bebidas alcoólicas durante as festividades de Halloween, em outubro, bem como em feriados de final de ano e de ano novo. Essa antiga portaria foi promulgada em 2019, após uma série de graves problemas que envolveram pessoas bêbadas, no período do Halloween de Shibuya.

Donos de lojas e moradores de Shibuya estavam preocupados com a quantidade de jovens e de turistas estrangeiros que eram vistos bebendo nas ruas durante à noite. Além disso, uma grande quantidade de lixo e latas vazias eram deixadas nas ruas do distrito.

A revisão da proibição não prevê penalidades, como multas, para quem violar as novas regras.

As autoridades distritais planejam enviar seguranças para patrulhar a área, orientando as pessoas que são vistas bebendo ao ar livre.

As restrições também serão expandidas para as áreas próximas do distrito de Shibuya, assim como no lado leste da estação de trem de Shibuya.


Fonte: NHK News.


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sexta-feira, 15 de março de 2024

Paralisação nos hospitais do Japão.

Profissionais da área de saúde entram em greve exigindo aumento salarial.


Tóquio - Nesta quinta-feira, 14 de março, 146 sindicatos (afiliados à Federação Japonesa de Sindicatos dos Trabalhadores da Área de Saúde) entraram em greve em todo o Japão. Os sindicatos alegam que eles não têm obtido respostas da administração hospitalar, em relação aos aumentos salariais.

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Profissionais da área de saúde entram em greve exigindo aumento salarial.
Nesta quinta-feira, 14 de março, profissionais da área de saúde entraram em greve em todo o Japão. Os grevistas exigem um aumento equivalente ao reajuste salarial do setor industrial. Foto: NHK News.

O sindicato do hospital Yoyogi, no distrito de Shibuya (Tóquio), realizou uma greve de uma hora, durante a manhã de quinta-feira. Os sindicalistas alegaram que a administração do hospital não atendeu ao pedido de aumento salarial, que seria de 40.000 ienes (cerca de 270 dólares americanos), durante as negociações na quarta-feira, 13 de março.

Cerca de 60 trabalhadores, incluindo enfermeiros e outras pessoas da área médica, reuniram-se em frente do hospital. No momento da paralisação, o hospital informou aos grevistas que a administração só ofereceria um aumento salarial regular, cerca de 2% de aumento e bônus reduzido.

Depois que as negociações não chegaram a um acordo, os grevistas organizaram uma manifestação, indo a uma estação de trem próxima do hospital. Eles seguravam cartazes em protesto e colhiam assinaturas para um abaixo-assinado, pedindo um aumento salarial equivalente ao reajuste do setor industrial.

Nos hospitais de outras partes do Japão, onde se realizaram mais greves, medidas foram tomadas para garantir um quadro mínimo de funcionários trabalhando. No entanto, mesmo com alguns funcionários nos hospitais, as pessoas precisaram ter paciência para esperar nas longas filas nos serviços ambulatoriais. 

O líder do sindicato do hospital Yoyogi, Akito Yoshikawa, informou que os profissionais da área de saúde estão lutando para sobreviverem. Muitos estão descontentes com seus salários e estão saindo do hospital, seguindo para outros tipos de emprego. 

Yoshikawa disse que seu sindicato buscará aumentos salariais aliados com outros setores da economia.


Fonte: NHK News.


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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Fim de uma tradição de família.

Devido ao terremoto, empresa chega ao fim após 90 anos de funcionamento.


Kanazawa - Os danos causados pelo terremoto da Península de Noto, no dia 1 de janeiro, estão desestimulando alguns pequenos empresários em continuar com seus negócios abertos. Em um caso em Toyama, um pequeno fabricante de alimentos fechou sua empresa, após 90 anos em operação.

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Devido ao terremoto, empresa chega ao fim após 90 anos de funcionamento.
Kazunari Nakamura (83 anos) fabricante de Kamaboko na cidade de Himi, província de Toyama. Infelizmente, ele foi obrigado a fechar sua loja definitivamente, depois de 90 anos em funcionamento. Seu estabelecimento foi seriamente danificado pelo terremoto da Península de Noto, no dia 1 de janeiro. Foto: NHK News.

O fabricante Kazunari Nakamura, de 83 anos, produzia pasta de peixe cozido (Kamaboko) há mais de 60 anos, em sua loja na cidade de Himi, província de Toyama. O pai de Nakamura abriu a loja na década de 1930. Com o passar dos anos, a loja de produtos Kamaboko se tornou um ponto turístico popular da cidade.

Depois de tantas coisas boas, o grande terremoto do dia 1 de janeiro acabou destruindo seriamente a loja do senhor Nakamura, danificando a entrada e causando várias rachaduras no chão do estabelecimento. Quando a reportagem esteve no local no início de fevereiro, os produtos Kamaboko especiais de Ano Novo ainda estavam nas prateleiras da loja, mas com os prazos de validade vencidos há muito tempo.

O senhor Nakamura estava lutando para arrecadar fundos para reparar sua loja. Entretanto, devido a sua idade avançada, ele desistiu do plano e decidiu fechar seu negócio. 

"Agora terminei. Eu queria continuar fazendo Kamaboko para o resto de minha vida. Tive muitas alegrias com os produtos que eu fazia e com a administração do negócio", disse Nakamura entristecido.

"Se eu fosse 10 anos mais novo, teria condições de reconstruir minha loja. Mas agora só resta demolir o prédio", finalizou Nakamura.


Fonte: NHK News.


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domingo, 10 de setembro de 2023

Novo passo para os estrangeiros no Japão.

Cidade japonesa quer contratar estrangeiros como funcionários do município em 2025.


Maebashi - Em 4 de setembro, o governo da cidade de Oizumi, província de Gunma, informou que pretende contratar estrangeiros como funcionários regulares do município, no ano fiscal de 2025.

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Cidade japonesa quer contratar estrangeiros como funcionários do município em 2025.
Prefeitura de Oizumi, província de Gunma: para o ano fiscal de 2025, a gestão municipal pretende contratar estrangeiros como funcionários permanentes. Foto: The Mainichi. 

O prefeito de Oizumi, Toshiaki Murayama, revelou o plano durante uma coletiva de imprensa, dizendo que, se o plano for adiante, a prefeitura será o primeiro município de Gunma a recrutar estrangeiros como funcionários regulares.

Especificamente, a cidade irá abandonar a exigência de nacionalidade japonesa para empregos regulares no governo municipal. Os cargos designados aos cidadãos estrangeiros serão em divisões que não lidam com informações pessoais dos cidadãos da cidade.

"Existem vários obstáculos, mas devemos dar um passo à frente", disse o prefeito Murayama aos repórteres.

De acordo com a prefeitura de Oizumi, cerca de 8.300 residentes estrangeiros viviam na cidade até o final de maio deste ano. Isso representa cerca de 20% da população da cidade, que tem aproximadamente 42.000 habitantes.

A mudança permitirá que os cidadãos estrangeiros contribuintes se envolvam na gestão cívica, ajudando a melhorar os serviços para outros habitantes locais não japoneses.

O futuro quadro de estrangeiros regulares do município será destacado para trabalhos de construção e engenharia civil, tais como gestão de parques e reparação de parques. Também haverá cargos para trabalhos gerais em escritórios.

Entretanto, os estrangeiros não serão promovidos a cargos de gestão e não estarão envolvidos no exercício de autoridade pública, como a imposição e cobrança de impostos.

Em outras partes do Japão, como na cidade de Kobe (província de Hyogo) e na cidade de Toyota (província de Aichi), as prefeituras já contratam estrangeiros como trabalhadores regulares do município.


Fonte: The Mainichi.


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sábado, 29 de julho de 2023

Trabalhador ganhará mais?

Governo propõe aumentar o salário mínimo médio do Japão.


Tóquio - Nesta sexta-feira, 28 de julho, o painel do governo japonês propôs um aumento no salário mínimo, médio por hora no país, para entrar em vigor este ano. A intenção é deixar o salário mínimo acima de 1.000 ienes/hora pela primeira vez na história.

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Governo propõe aumentar o salário mínimo médio do Japão.
No quadro acima, comparação do atual salário mínimo (por hora) do Japão com os salários mínimos de outros países. Foto: NHK News.

Os membros do painel do Ministério do Trabalho, junto com os representantes dos sindicatos e da administração corporativa, vêm discutindo o aumento do salário mínimo por causa do encarecimento do custo de vida da população do Japão.

O valor do salário mínimo, por hora, é definido por cada província japonesa, baseado nas recomendações do governo. Atualmente, a média salarial é de 961 ienes por hora trabalhada, ou equivalente a US$ 6,90/hora.

Durante a reunião, o painel recomendou que o salário mínimo tivesse um aumento de 41 ienes (cerca de US$ 0,29) sobre o valor atual. Portanto, na nova média nacional, o salário mínimo passaria a valer 1.002 ienes/hora. Este é o maior aumento já proposto pelo governo japonês.

Segundo os membros do painel, é importante manter e expandir a tendência por salários mais altos, devido ao encarecimento do custo de vida no Japão. Com o aumento, mais dinheiro entraria nos bolsos dos trabalhadores de meio período, contratados e temporários. Observa-se que o foco do aumento é em pessoas com salários baixos.

Além disso, o painel acrescentou que a melhoria das condições de trabalho, para trabalhadores de baixa renda, pode contribuir para o desenvolvimento de uma economia sólida do Japão.

O governo japonês está estabelecendo uma meta para atingir um salário de 1.000 ienes/hora até o final de 2023.


Fonte: NHK News.


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domingo, 12 de março de 2023

Doze anos depois do terremoto e tsunami.

Após o desastre nuclear de 2011, usina nuclear de Fukushima ainda gera preocupações.


Tóquio - Doze anos se passaram, após o grande terremoto e tsunami de 2011, e os pescadores da província de Fukushima ainda lutam para superar os danos causados pelo acidente nuclear. Alguns desses profissionais estão muito preocupados com a liberação planejada da água tratada da usina no mar, programada para começar este ano.

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Após o desastre nuclear de 2011, usina nuclear de Fukushima ainda gera preocupações.
Depois de 12 anos, a usina nuclear de Fukushima ainda gera preocupações. A população local está preocupada com a decisão do governo em liberar a água tratada da usina para o mar. Muito consideram o plano desastroso, podendo em breve contaminar todo os peixes e frutos do mar de Fukushima, prejudicando a economia da região. Foto: NHK News.

Morador da cidade de Soma, o pescador Hisamitsu Yotsuguri perdeu sua casa para o tsunami e seu sustento para a crise nuclear em 2011. Ele e seus colegas de trabalho tiveram que parar de pescar, após o desastre da usina contaminar o mar da região com substâncias radioativas.

Quatro anos depois, Yotsuguri voltou a pescar na região, mas a indústria pesqueira onde trabalha ainda não tinha se recuperado do acidente nuclear. Ele está preocupado com a decisão tomada pelas autoridades japonesas, que querem liberar a água tratada da usina no oceano. Muitas pessoas consideram que a liberação da água poderá piorar a reputação dos produtos marinhos da província de Fukushima.

"Nós, os pescadores, pescamos e vendemos nossos peixes. É simplesmente isso. Só quero que os peixes da região não fiquem contaminados com substâncias radioativas", disse Yotsuguri.

A Tokyo Electric Power Company (TEPCO) é a empresa responsável pela operação da usina nuclear de Fukushima. Dentro da usina, a água bombeada (usada para resfriar o combustível radioativo fundido) se mistura com a chuva e o lençol freático, que se infiltram por dentro do prédio danificado do reator e tornam-se radioativos. 

Toda a água contaminada da usina vem sendo filtrada e tratada, separando a maioria das substâncias radioativas. A única substância radioativa que o processo de tratamento da TEPCO não consegue remover da água é o isótopo de hidrogênio trítio. 

O plano é que a água tratada da usina seja diluída com a água do mar, antes de ser toda jogada no Oceano Pacífico. Com esse processo, o governo do Japão tem explicado para o país, e para o mundo também, que  o nível de trítio radioativo diminuirá, chegando aos padrões aceitáveis da Organização Mundial de Saúde (OMS) para água potável.

Nikkey ON!: Será mesmo que essa água radioativa não contaminará o oceano com o passar dos anos? É o governo do Japão contra o mundo todo (contrário a essa ideia).


Fonte: NHK News.


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quarta-feira, 1 de março de 2023

População japonesa está decaindo.

Número de nascimentos no Japão fica abaixo da expectativa em 2022.


Tóquio - O Ministério da Saúde e Bem-Estar do Japão informou, esta semana, que o número nascimentos no território japonês caiu para menos de 800.000 bebês no ano passado.

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Número de nascimentos no Japão fica abaixo da expectativa em 2022.
De acordo com os dados preliminares do Ministério da Saúde e Bem-Estar, o número de nascimentos no Japão ficou em torno de 799.728 bebês em 2022. É a primeira vez na história do país que o número fica abaixo dos 800.000 nascimentos. Foto: NHK News.

Segundo  o ministério, um número preliminar mostra que 799.728 bebês, incluindo estrangeiros, nasceram no Japão em 2022. Foi menos de  43.169 nascimentos (ou 5,1% a menos) em relação ao ano de 2021. Já é o sétimo ano consecutivo de declínio no número de nascimentos, dentro do país.

O governo japonês começou a compilar os números de nascimentos em 1899. Essa é a primeira vez na história do Japão que os registros, de novos bebês, ficam abaixo dos 800.000 nascimentos.

O Instituto Nacional de Pesquisa de População e Seguridade Social previu, em 2017, que os números não cairiam abaixo dos 800.000 nascimentos até o ano de 2030. Os dados divulgados indicam que a taxa de natalidade do Japão está caindo mais rápido do que o esperado.

Autoridades do Ministério da Saúde disseram que a situação pode ser descrita como uma crise, que pode mudar toda a base da sociedade e da economia japonesa. A queda no número de nascimentos tem como resultado uma combinação de fatores, que impedem os jovens japoneses de se casar, ter filhos e criar filhos.

"Trabalharemos com os ministérios e agências relevantes para tomar medidas necessárias", disse o Ministério da Saúde.


Fonte: NHK News.


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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

"Família", o filme.

Filme japonês retrata a situação dos jovens nipo-brasileiros no Japão.


Tóquio - Das barreiras linguísticas à discriminação, o filme "Família" mostra as difíceis circunstâncias em que os nipo-brasileiros se encontram vivendo no Japão.

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Filme japonês retrata a situação dos jovens nipo-brasileiros no Japão.
Os atores amadores que fazem parte do elenco do filme "Família" (da esquerda para direita): Alan Shimada Lima, Malyka Ali, Fazile Wakedo, Lucas Sagae e Gustavo Sumida. Foto: Ari Hirayama.

"Família" tem um enredo que conta a diferença de cultura, entre etnias, e a relação entre brasileiros e japoneses. O filme é centrado na relação de três pessoas: um artesão de cerâmica (Seiji), seu filho (Manabu) e um jovem brasileiro (Marcos).

Parte do elenco do filme é formado por atores amadores nipo-brasileiros. Todos eles não têm experiências anteriores em atuação. Entretanto, suas experiências reais de vida, passadas para a tela, informam e elevam a narrativa da história.

O personagem principal do filme, Seiji Kamiya, é interpretado pelo ator japonês Koji Yakusho (de "Shaw we dance?" e "Memórias de uma Gueixa"). O veterano ator japonês é o olho e a voz do filme, atuando junto com os jovens atores brasileiros e descobrindo como é a vida de um estrangeiro no Japão.

O personagem brasileiro Marcos é interpretado pelo ator iniciante Lucas Sagae (18 anos). Na história, Marcos conta que se mudou com sua família para o Japão, mas uma tragédia acabou mudando sua vida drasticamente: seu pai cometeu suicídio em terras nipônicas.

Com o desenvolvimento da trama, as duras condições enfrentadas pelos brasileiros começam a aparecer na tela. Numa parte do filme, o personagem Marcos grita: "Quem somos nós exatamente? Quando não podemos ser japoneses e nem brasileiros?"

O ator Lucas, morador da província de Gifu, disse que se identifica muito com o que seu personagem Marcos sente. Lucas nasceu no Japão, mas ele tem nacionalidade brasileira.

Mesmo não conhecendo o Brasil ainda, Lucas já sofreu bullying na escola japonesa por ser diferente. No ensino fundamental, ele era ignorado por seus colegas de classe. Ele sempre chorava muito, perguntando aos seus pais o porquê de tanto sofrimento e descriminação na escola. 

Outros membros brasileiros do elenco também compartilharam experiências semelhantes.

A atriz Fazile Wakedo, de 24 anos (interpretando Erika, namorada do personagem Marcos no filme), disse que saiu do Brasil e veio morar em Tóquio quando tinha apenas 9 anos. Quando estudante, ela já foi provocada por seus colegas de classe, dizendo que ela tinha "as sobrancelhas muito grossas".

O ator Alan Shimada Lima (24 anos), intérprete do amigo de infância do personagem Marcos, disse que, na vida real, ele sempre foi discriminado no Japão, sendo tachado de "gaijin" (estrangeiro). Alan é morador da província de Shizuoka.

O produtor do filme, Tomoo Ito, disse que a intenção do diretor, Izuru Narushima, era escalar atores amadores nipo-brasileiros mesmo, para aproximar o filme da realidade.

A equipe de produção do filme realizou audições de atores em nove locais do Japão. A produção procurou por atores amadores em cidades onde vivem muitos nipo-brasileiros, principalmente em Hamamatsu (província de Shizuoka), Toyohashi (província de Aichi) e Oizumi (província de Gunma).

As filmagens foram feitas no conjunto habitacional Homi-Danchi, na cidade de Toyota, província de Aichi. Nesse local reside muitos brasileiros, sendo que eles foram entrevistados pelos membros da produção. 

Os moradores brasileiros do Homi-Danchi contaram, para a produção do filme, sobre suas experiências na comunidade brasileira do lugar. Muitos desses entrevistados aparecem como figurantes no filme "Família".

"Como essa comunidade conhece as condições reais dos brasileiros que vivem no Japão, considero que suas atuações passam os sentimentos verdadeiros para a trama do filme", disse o diretor Narushima.

Embora "Família" mostre os personagens brasileiros lutando contra a pobreza, a discriminação e a delinquência, os membros do elenco disseram que estão felizes por participar da produção. Os jovens atores esperam que o filme mostre, para as outras pessoas, como suas vidas são realmente no Japão.

"Senti que entrei na produção em nome dos brasileiros no Japão", disse o ator Lucas.

"O filme mostra como realmente vivemos e sofremos aqui", disse a atriz Fazile. 

Atualmente, "Família" está sendo exibido nacionalmente no Japão. Há planos de exibir o filme no Brasil também, segundo a equipe de produção.


Fonte: The Asahi Shimbun.


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sábado, 24 de dezembro de 2022

Volte para seu próprio país.

Brasileira recorre à justiça, após a prefeitura do Japão recusar seu pedido do auxílio assistencial.


Nagoya - No dia 22 de dezembro, o jornal Mainichi entrevistou uma brasileira de 41 anos (sua identidade não foi revelada), após seu drama familiar no Japão vir à tona pela imprensa japonesa.

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Brasileira recorre à justiça, após a prefeitura do Japão recusar seu pedido do auxílio assistencial.
Uma nipo-brasileira sofreu muito para conseguir o auxílio assistencial da prefeitura de Anjo, província de Aichi. Durante o processo, ela obteve informações falsas e abusivas de um funcionário da repartição, tudo para que ela não pudesse ter o direito de receber o benefício. Foto: The Mainichi.

A mulher, uma brasileira descendente de japoneses, recebeu comentários abusivos e informações falsas na prefeitura da cidade de Anjo, província de Aichi, após ter seu pedido de auxílio assistencial negado por um funcionário da repartição pública.

Segundo os relatos da brasileira, ela chegou ao Japão há cerca de 10 anos atrás. Seu marido, de 42 anos, trabalhava em uma fábrica de autopeças na província de Aichi, mas ele acabou sendo demitido durante o período mais grave da pandemia da COVID-19 no Japão. 

Depois disso, o marido da brasileira arranjou um emprego de meio período para poder sobreviver. Mas, num certo dia, o homem acabou sendo preso pela polícia japonesa, por estar dirigindo um veículo sem habilitação válida no Japão e por outras acusações. Conclusão: a família da brasileira ficou sem dinheiro.

Com problemas financeiros para sustenta seus dois filhos (um menino do ensino primário e um bebê de 1 ano de idade), a brasileira visitou a prefeitura de Anjo com um colega. Ela foi ao local para solicitar a  ajuda da assistência social do município, em 1ª de novembro. 

No entanto, um funcionário do balcão de informações da prefeitura indeferiu o pedido da brasileira, dizendo falsamente: "A assistência pública não é oferecida para estrangeiros. Seu visto de entrada no país será revogado se seu marido estiver preso. Não podemos ajudá-la com nada. Você deveria voltar para seu próprio país". Aparentemente, o funcionário pediu à brasileira que ela consultasse a Agência de Serviços de Imigração do Japão e/ou um consulado brasileiro.

Só no final de novembro que a brasileira conseguiu se candidatar ao auxílio assistencial da cidade, com a ajuda de um advogado e de outro apoiadores. Entretanto, tentando complicar a situação, o funcionário da prefeitura exigiu que a mulher usasse o benefício do bem-estar social para cobrir o aluguel não pago da residência onde vive (que é uma moradia pública administrada pela prefeitura). 

Além disso, o mesmo funcionário também exigiu que a brasileira usasse parte do benefício para pagar os empréstimos especiais do governo, dados para famílias com problemas financeiros durante a pandemia da COVID-19. Ela tinha feito os empréstimos, mas ainda não tinha pago nada. Enfim, o funcionário quis colocar terror psicológico na brasileira.

De acordo com o governo do Japão, a Lei de Assistência Pública especifica que "cidadãos que vivem na pobreza no país" são elegíveis para a assistência social, também aplicando aos estrangeiros que são residentes permanentes, ou com visto de longa duração. No caso da brasileira, ela se encaixa perfeitamente nas condições do auxílio assistencial, possuindo visto e cartão de residência obrigatório para viver no Japão.

Durante todo o tempo de espera para receber o benefício da prefeitura, a brasileira criou seus dois filhos com comida e leite que ganhava através de ajudas, como doações de uma conhecida e de outras pessoas sensibilizadas com seu drama. Em lágrimas para a reportagem, ela disse: "Para alimentar meus filhos, precisei fazê-los beber leite diluído com água, sendo duas vezes mais água do que o normal. No final, a mistura era pura água. Não tive escolha. Foi a coisa mais dolorosa que eu fiz para minhas crianças".

Finalmente, no dia 22 de dezembro, a brasileira recebeu seu benefício assistencial. No mesmo dia, o supervisor responsável pelo setor da prefeitura apresentou um pedido formal de desculpas para a mulher.

Depois de todo esse inferno, ela comentou para o repórter do jornal: "Fui encurralada emocionalmente e fiquei com medo de voltar à prefeitura. Quero que os estrangeiros no Japão sejam visto como seres humanos também. Estou preocupada com outros estrangeiros que estejam enfrentando o mesmo problema. Agora, mesmo com o benefício em mãos, eu não consigo nem entrar no clima de Natal com tantos dramas que sofri".

Quando questionado sobre o assunto, o governo municipal de Anjo disse ao repórter do jornal Mainichi o seguinte: "Trata-se de informações pessoais e não podemos fornecer nenhuma resposta sobre isso".


Fonte: The Mainichi.


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domingo, 18 de dezembro de 2022

Incentivar a vida no interior.

Governo do Japão quer aliviar a superpopulação da área de Tóquio até 2027.


Tóquio - Até o final do ano fiscal de 2027, o Japão pretende aliviar a população de Tóquio, tentando impedir que mais pessoas venham a morar na área metropolitana da capital. O plano de revitalização regional de cinco anos foi divulgado na sexta-feira, 16 de dezembro, pelo governo.

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Governo do Japão quer aliviar a superpopulação da área de Tóquio até 2027.
Governo japonês traça um plano para aliviar a superpopulação da área de Tóquio até o ano fiscal de 2027. Foto: Shutterstock.

O rascunho da estratégia, a ser finalizado em uma reunião de gabinete no próximo dia 23, especifica medidas e metas numéricas a serem implementadas a partir do ano fiscal de 2023. O governo quer eliminar a alta concentração de pessoas vivendo em Tóquio, e também nas províncias vizinhas de Saitama, Chiba e Kanagawa.

No ano fiscal de 2021, entre abril do ano passado e março deste ano, o número de indivíduos que se mudaram para as quatro províncias, citadas no parágrafo anterior, excedeu as que saíram em cerca de 84.000 pessoas.

O plano de 5 anos inclui o uso de incentivos fiscais para que empresas se mudem para áreas regionais. Com isso, as empresas estabeleceriam escritórios satélites no interior do Japão, aumentando a oportunidade da população urbana contribuir com as comunidades locais. Isso também contribuiria para o melhor fluxo populacional no país.

Muitas dessas medidas já existem e, provavelmente, precisarão ser reforçadas nos próximos cinco anos. Para isso, o governo precisaria de mais força para atingir sua meta.

Uma estratégia de revitalização de dezembro de 2014, definida pela administração do falecido ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, visava eliminar o influxo líquido da população em Tóquio até o final de 2020.

Com as dificuldades em atingir a meta até 2020, houve o adiantamento da data-alvo para o ano fiscal de 2024. Mas, faltando apenas dois anos para que algum resultado apareça, um outro adiantamento foi definido, prorrogando a meta para o ano fiscal de 2027.

O projeto do primeiro-ministro, Fumio Kishida, descreve medidas e metas por setores, incluindo formas de atrair gerações mais jovens para o interior. Isso melhoraria o ambiente para casamentos e nascimentos de novas gerações em áreas regionais.

Para criar mais oportunidades de emprego fora das áreas urbanas, o governo trabalhará para revitalizar a indústria do turismo, agricultura e pesca em territórios pouco povoados. O governo quer também apoiar o empreendedorismo nas regiões interioranas do Japão.


Fonte: Kyodo News.


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domingo, 20 de novembro de 2022

Cortando os gastos no Japão.

Inflação afeta a vida de várias pessoas no Japão, impactando diretamente o poder de compra das famílias.


Tóquio - Segundo uma pesquisa recente da Sumitomo Life Insurance Company, cerca de 80% das famílias japonesas entrevistadas estão reduzindo seus gastos, por causa do aumento da inflação no país.

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Inflação afeta a vida de várias pessoas no Japão, impactando diretamente o poder de compra das famílias.
Segundo uma pesquisa recente da Sumitomo Life Insurance, cerca de 80% das famílias japonesas entrevistadas estão reduzindo seus gastos por causa da inflação no país. Foto: Getty Images.

A empresa realizou a pesquisa online entre os dias 5 e 7 de outubro de 2022, obtendo respostas de 5.005 pessoas (com idades entre 20 e 60 anos) em todo o Japão. De acordo com os resultados, 87,6% dos entrevistados responderam que o aumento de preços das commodities (gás natural, petróleo, etc) tiveram "impacto" e "pouco impacto" nas finanças da família. 

O item "despesas com alimentação" foi apontado por 58,6% dos entrevistados como parte do orçamento familiar mais afetado, seguido pelo item "despesas com eletricidade" (apontado por 25,9% dos entrevistados) e "despesas com combustíveis" (apontado por 8,1% dos entrevistados).

Foi apontado que 88% dos entrevistados tiveram um aumento em seus custos de vida, onde o aumento de preços, de produtos e serviços no Japão, está pesando muito no orçamento familiar.

A pesquisa também revelou que há um aumento drástico de pessoas que tende a economizar, com 79,2% dos entrevistados respondendo que estavam cortando despesas para sobreviver no país. 

As principais despesas onde as pessoas resolveram gastar menos foram: "alimentação" (42,6% das respostas dos entrevistados) e "viagens e lazer" (36,3% das respostas dos entrevistados).

Em relação às "despesas com hobbies", 22,3% dos homens entrevistados disseram que gastaram menos com seus passatempos favoritos. Já as mulheres entrevistadas, 32,9% delas disseram que estão gastando menos com a aquisição de roupas novas. 

As crianças do Japão também foram muito afetadas com o aumento da inflação do país. A pesquisa aponta que 16% das famílias com crianças (em idade escolar) retiraram seus filhos das aulas particulares para poder economizar dinheiro. Além disso, 22,1% das famílias afirmaram ter reduzido os gastos com aulas particulares. A reportagem afirma que o gasto médio com aulas particulares é de 25.700 ienes por mês (cerca de US$ 180) no Japão. 

A Sumitomo Life Insurance observou em sua pesquisa que "o aumento dos preços no Japão causou uma grande cadeia de repercussões financeiras para as famílias que vivem no país".


Fonte: The Mainichi.


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sábado, 19 de novembro de 2022

Mais de um emprego para poder sobreviver.

Pesquisa mostra que uma parte dos trabalhadores do Japão tem um segundo emprego, com o intuito de reforçar a renda mensal.


Tóquio - Uma recente pesquisa da empresa de empregos CrowdWorks mostrou que um, em cada três trabalhadores no Japão, tem atualmente um segundo emprego. Mais da metade dos entrevistados disseram que necessitam de um segundo emprego, para complementar a renda do mês e pagar as despesas.

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Pesquisa mostra que uma parte dos trabalhadores do Japão tem um segundo emprego, com o intuito de reforçar a renda mensal.
Uma recente pesquisa da CrowdWorks mostrou que um, em cada três trabalhadores do Japão, tem um segundo emprego, com a intenção de reforçar a renda mensal e pagar as despesas. Foto: NHK News.

Cerca de 1.000 pessoas participaram da pesquisa online da CrowdWorks, realizada em setembro deste ano.

De acordo com a pesquisa, 20% dos pesquisados têm um segundo emprego atualmente. Outros 14% responderam que já tiveram um segundo emprego no passado.

Normalmente, as empresas japonesas proíbem que seus funcionários tenham mais de um emprego. Entretanto, essa visão, de apenas um emprego para viver, vem mudando nos últimos anos no Japão.

Muitos participantes da pesquisa disseram que ocupam cargos de vendedores, ou de consultores, em seu segundo emprego. Outros disseram que vendem produtos online pela internet.

Em relação à renda adicional, apenas 13% dos pesquisados responderam que recebem mais de 100.000 ienes por mês (cerca de US$ 715). Outros 16% das pessoas disseram que elas obtêm menos de 100.000 ienes, mas acima de 50.000 ienes por mês (acima de US$ 357). A maior parte dos participantes da pesquisa, cerca de 65% dos entrevistados, informaram que ganham menos de 50.000 ienes por mês em seu segundo emprego.

Nikkey ON!: Se realmente o mundo entrar em recessão em 2023, como os especialistas em economia estão dizendo por aí, muita gente vai começar a ter dois trabalhos para poder sobreviver no Japão. Infelizmente, o jeito será "gambatiar bem mais" no próximo ano.


Fonte: NHK News.

 
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quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Vai um iPhone de segunda mão?

Com a desvalorização do iene, muitos japoneses estão apelando para a compra de celulares usados.


Tóquio - Durante anos, os consumidores japoneses sempre desembolsaram, avidamente, suas economias para os últimos lançamentos da gigante Apple. No entanto, com o forte enfraquecimento da moeda japonesa, muitas pessoas foram ficando sem condições de comprar novos gadgets da maçã americana. Com isso, o foco atual de consumo das pessoas mudou, fomentando a nova tendência da compra de celulares de segunda mão no Japão.

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Com a desvalorização do iene, muitos japoneses estão apelando para a compra de celulares usados.
Um cliente olha para uma vitrine de smartphones usados, em uma loja de eletrônicos em Akihabara, Tóquio. Nos últimos tempos, a venda de smartphones de segunda mão aumentou muito no Japão, devido ao encarecimento dos modelos novos nas lojas autorizadas e à desvalorização da moeda japonesa. Foto: Reuters.  

Durante os últimos meses de 2022, a acentuada queda do iene no mercado de câmbio, frente ao dólar americano, atingiu a maior mínima histórica dos últimos 32 anos. Com o aumento da inflação na economia japonesa, os consumidores do Japão passaram a mudar seus hábitos de consumo, driblando a redução de seu poder de compra. Os sites de produtos usados, e de leilões online, passaram a ser a nova alternativa de compra por produtos tecnológicos, atraindo pessoas com pouco dinheiro para gastar.

Em junho deste ano, a Apple do Japão aumentou o preço de seu smartphone iPhone 13 (básico) em quase 20%. Depois de alguns meses, o iPhone 14 (básico) estreou no território japonês com, aproximadamente, 20% de acréscimo no preço (equivalendo a 20% sobre o valor do já encarecido iPhone 13), custando a partir de US$ 818. 

Nos EUA, os preços dos smartphones da Apple permaneceram estáveis, com o iPhone 14 valendo entre US$ 799 e US$ 1.599. O dólar americano tem valorizado muito em relação às outras moedas globais, mas o iene foi, particularmente, o mais atingido pela taxa de câmbio desfavorável, desvalorizando a moeda japonesa em 22% este ano (em comparação ao dólar). 

O assalariado Kaoru Nagase queria um smartphone novo de última geração, mas não poderia desembolsar o salgado preço do iPhone 14, que custa a partir de 119.800 ienes no Japão. A alternativa foi comprar um iPhone SE 2 de segunda mão, no distrito de lojas de eletrônicos em Akihabara (Tóquio), pagando-o por menos de 1/3 do valor de um novo iPhone 14 (básico). Só por curiosidade, um iPhone SE 2, de segunda mão no Japão, pode ser comprado no mercado de usados com preços entre 15.000 ienes e 45.000 ienes. 

"Por mais de 100.000 ienes, o iPhone 14 está muito caro e eu, simplesmente, não posso comprá-lo. Seria bom se a bateria do iPhone durasse 10 anos. O iPhone SE 2 (lançado em 2020), sem a câmera traseira com duas lentes, foi uma boa aquisição que visa entre baixo custo e bons recursos tecnológicos", disse Nagase.

Procurada pela reportagem, a Apple recusou a comentar essa história. Entretanto, em um documento regulatório anual da empresa, as vendas da Apple no Japão caíram 9% (compreendendo os últimos 12 meses, que terminou em 24 de setembro de 2022) devido à desvalorização do iene.

As vendas de smartphones usados cresceram quase 15% no Japão, atingindo o recorde de 2,1 milhões de unidades comercializadas no último ano fiscal (entre abril de 2021 e março de 2022). Até 2026, o comércio de celulares de segunda mão deve atingir 3,4 milhões de unidades vendidas no Japão, segundo a empresa de pesquisa sobre mercado tecnológico MM Research Institute.

O jovem Taishin Chonan (23 anos) comprou um iPhone 13 usado, depois que a tela de seu velho smartphone quebrou. O celular substituto tem resolução maior, bateria com ótima recarga e melhor câmera de fotos do que seu antigo iPhone 7.

"Até então, eu só tinha comprado smartphones novos. Esta é a primeira vez que compro um modelo usado. Ultimamente, os smartphones novos estão muito caros", disse Chonan.

Mesmos após os aumentos de preços no Japão, o iPhone 14 (vendido no mercado japonês) é um dos mais baratos a venda no mundo, se comparado com os preços do mesmo modelo em outros 37 países (com impostos inclusos). Isso é de acordo com a pesquisa, feita em setembro, da MM Research Institute. Se o iene enfraquecer mais ainda, o novo câmbio pode levar a Apple do Japão a aumentar os preços de seus produtos novamente. Atualmente, a Apple Inc. detém 50% de participação no mercado de smartphones do Japão.

"Os últimos iPhones estão com preços acima de 100.000 ienes, o que é uma grande barreira psicológica para muitos compradores", disse Daisuke Inoue, presidente executivo da Belong Inc., que vende smartphones e tablets usados no Japão pela internet.

As vendas médias, no site de comércio eletrônico Nicosuma (da Belong), triplicaram desde que a Apple aumentou os preços de seus produtos em julho (isso se comparados com a média de vendas da Nicosuma, nos últimos três meses anteriores do aumento da Apple), de acordo com Inoue.

Um outro site japonês de vendas, a Mercari Inc., tem visto um forte crescimento nas vendas de smartphones usados. As vendas de eletrodomésticos usados, e outros eletrônicos, também cresceram nos últimos tempos, segundo um porta-voz da Mercari.

Com o Japão aberto novamente para os turistas estrangeiros, o mercado de iPhones de segunda mão está recebendo um outro impulso.

A cadeia de varejo do Japão, a Iosys Co. Ltd., viu um aumento no número de turistas estrangeiros, durante os últimos dois meses, comprando Iphones usados.

"O iene continua enfraquecendo. Essa tendência de comprar um iPhone, visitando o Japão, está voltando ao país", disse Takashi Okuno, executivo da Iosys. 


Fonte: Reuters.


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segunda-feira, 18 de julho de 2022

Tóquio ficou em nono lugar.

As cidades mais caras do mundo para expatriados viverem.


Tóquio - Este mês saiu a pesquisa anual do custo de vida das cidades mais caras do mundo, direcionada para pessoas que trabalham no exterior. A cidade de Tóquio aparece em nono lugar este ano, caindo seis posições em relação à pesquisa do ano passado.

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As cidades mais caras do mundo para expatriados viverem.
A cidade de Tóquio está em nona posição entre as cidades mais caras do mundo para um estrangeiro viver, segundo a pesquisa da Mercer de 2022. Na foto, a região de Shibuya, Tóquio. Foto: Wikimedia Commons.

De acordo com a pesquisa da empresa de consultoria americana Mercer, Tóquio ficou "mais barata para um estrangeiro viver" devido (em parte) ao enfraquecimento do iene em relação ao dólar americano, e também pela sua desvalorização em relação às outras importantes moedas mundiais.

O resultado da pesquisa da Mercer deste ano foi impactado com os efeitos da pandemia do coronavírus (terceiro ano consecutivo que o mundo ainda convive com o vírus), as consequências da invasão russa na Ucrânia, as variações das taxas de câmbio no mundo e a inflação mundial que pressiona os salários e as economias de vários países.

A cidade mais cara de se viver em 2022 é Hong Kong (China), retornando a liderança depois de ceder a liderança de 2021 para a cidade de Ashgabat, em Turcomenistão. Entre 2018 e 2020, Hong Kong liderou a lista por 3 anos consecutivos, como a cidade mais cara do mundo para estrangeiros.

Além de Hong Kong (em primeiro lugar) e Tóquio (em nono lugar), mais duas cidades asiáticas ocupam a lista das 10 mais caras do mundo: Cingapura (em oitavo lugar) e Pequim (em décimo lugar).

Tracey Ma, líder de mobilidade regional da Mercer para a Ásia-Pacífico, disse o seguinte sobre a presença das quatro cidades asiáticas na lista deste ano: "Devido aos preços altos e às moedas fortes em alguns países asiáticos, a região da Ásia continua a figurar como um dos lugares mais caros do mundo para funcionários internacionais".

Entre a segunda e a quinta posição da lista 2022 da Mercer, quatro cidades da Suíça se destacam (e são as únicas da Europa entre as 10 primeiras posições): Zurique (segundo lugar), Genebra (terceiro lugar), Basileia (quarto lugar) e Berna (quinto lugar).

Fechando a lista das 10 primeiras, Tel Aviv (Israel) aparece em sexto lugar e Nova York (Estados Unidos) ficou em sétimo lugar este ano.

A cidade de Nova York voltou a lista das 10 mais caras do mundo este ano, depois aparecer na 14ª posição na pesquisa de 2021. A cidade chinesa de Xangai, que apareceu em sexto lugar no ano passado, ficou em 12ª lugar este ano, saindo das dez primeiras posições da pesquisa da Mercer.


Fonte: The Mainichi.

 
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