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segunda-feira, 11 de março de 2024

Hipocrisia chinesa?

Documento mostra que as usinas nucleares da China liberaram trítio, no meio ambiente, muito acima do nível aceitável. 


Tóquio - No sábado, 9 de março, um documento foi mostrado para a imprensa sobre os níveis de trítio liberado no meio ambiente, por meio de águas residuais, pelas usinas nucleares da China em 2022. 

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Documento mostra que as usinas nucleares da China liberaram trítio, no meio ambiente, muito acima do nível aceitável.
Vista da central atômica de Fukushima, Japão. Foto: AP File.

Para a surpresa de muitos, a quantidade de trítio (um isótopo radioativo) da China é nove vezes maior do que a quantidade esperada na liberação anual de trítio no Japão, planejada pelo complexo nuclear de Fukushima.

De acordo com o último Anuário de Energia Nuclear da China, os materiais radioativos foram investigados no ano de 2022, num total de 19 pontos de monitorização e em 13 centrais nucleares chinesas. Uma dessas centrais nucleares está o complexo energético de Qinshan, na província oriental chinesa de Zhejiang. 

A quantidade de trítio contida nas águas residuais, em 15 locais da China, ultrapassou largamente o limite máximo anual de 22 bilhões de becquerels. Essa quantidade de trítio em água tratada (22 bilhões de becquerels) foi estabelecida para a usina nuclear de Fukushima despejar no meio ambiente. No anuário chinês, a central nuclear de Qinshan descarregou cerca de 202 trilhões de becquerels de trítio no meio ambiente, durante o ano de 2022.

Em julho de 2023, a Agência Internacional de Energia Atômica apresentou um relatório ao Japão, concluindo que a descarga de água tratada de Fukushima está alinhada com os padrões internacionais de segurança global. Ainda acrescentou que a liberação de água com trítio de Fukushima terá um "impacto radiológico insignificante nas pessoas e no meio ambiente."

No ano passado, a China criticou fortemente o Japão por liberar "água contaminada com materiais radioativos" no Oceano Pacífico, a partir da usina nuclear de Fukushima. Por causa dessa afirmação chinesa, o governo chinês impôs uma proibição geral de importação de todos os frutos do mar do Japão, desde que iniciou a liberação da água tratada de Fukushima no mar, em agosto de 2023. 

Nikkey ON!: Agora vamos ver qual é a explicação que a China vai apresentar para o mundo.


Fonte: Kyodo News.


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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Trinta anos para esvaziar os tanques.

Deu início a liberação da água radioativa tratada no mar da região de Fukushima.


Tóquio - Na tarde desta quinta-feira, 24 de agosto, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO) iniciou o polêmico processo de lançamento da água radioativa tratada no mar, problema causada pela usina nuclear de Fukushima Daiichi.

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Deu início a liberação da água radioativa tratada no mar da região de Fukushima.
Depois de muita polêmica, a TEPCO iniciou o processo de liberação da água radioativa no mar da região de Fukushima, em 24 de agosto. Foto: NHK News.

O governo japonês tem afirmado que o lançamento da água tratada, no Oceano Pacífico, é um passo necessário para desmantelar a central nuclear de Fukushima. Já faz mais de 12 anos que um devastador terremoto, seguido por um tsunami, danificaram seriamente a usina nuclear, eclodindo, desde então, um grave problema de radioatividade no local do incidente.

Antes da divulgação da liberação da água pelo governo, a TEPCO já tinha informado  que estava preparada para seguir em frente com o plano. A operadora da usina confirmou que a diluição de água tratada, com água comum, havia sido realizada conforme o planejado para a primeira etapa da liberação no mar.

De acordo com a TEPCO, ela analisou a concentração de trítio (um isótopo radioativo de hidrogênio) em becquerel, para cada litro de água radioativa tratada e diluída em água comum. Nas amostras coletadas, descobriu-se que a água diluída continha entre 43 e 63 becquerels por litro. Esse resultado está muito abaixo dos padrões seguras de liberação ambiental do Japão, que corresponde a 60 mil becquerels por litro.

Desde 2011, a água usada para resfriar o combustível derretido, da usina nuclear Fukushima Daiichi, está se misturando com a chuva e as águas subterrâneas do local. Com isso, o volume da água radioativa só vem se acumulando nos enormes tanques externos da central, criando problemas de espaço para a enorme quantidade de água radioativa estocada. 

Para o descarte no oceano, a água diluída da usina é bombada para uma tubulação que fica sob o fundo do mar. A liberação da água é feita a 1 km da costa litorânea da província de Fukushima. A primeira etapa do processo levará cerca de 17 dias para ser concluída. Nesse espaço de tempo, será lançado cerca de 7,8 mil toneladas de água tratada no Oceano Pacífico. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o plano da TEPCO segue corretamente as diretrizes seguras da entidade, com níveis de trítios (por litro d'água) bem abaixo do recomendado.

O processo completo, de  liberação da água tratada no oceano, deverá levar pelo menos 30 anos. Membros da indústria e comércio, que vivem próximos da usina nuclear, expressaram preocupações sobre um futuro impacto negativo em seus negócios. Entretanto, o governo japonês está prometendo trabalhar duro, para evitar qualquer dano aos moradores que vivem na costa de Fukushima. 
 

Fonte: NHK News.


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quarta-feira, 5 de julho de 2023

Aprovação internacional de uma polêmica.

AIEA aprova plano do Japão, que autoriza o descarte da água tratada da usina nuclear de Fukushima.


Tóquio - Nesta terça-feira, 4 de julho, o governo do Japão anunciou a importante aprovação internacional do descarte da água radioativa tratada, da usina nuclear Fukushima, no oceano.

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AIEA aprova plano do Japão, que autoriza o descarte da água tratada da usina nuclear de Fukushima.
Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, apresenta o relatório final (sobre o descarte no oceano da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima) ao primeiro-ministro Fumio Kishida. Foto: Koichi Ueda.

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, reuniu-se com Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Tóquio. Grossi apresentou a Kishida o relatório final da AIEA, sobre o plano japonês de liberação da água tratada, dos tanques da usina de Fukushima, na corrente marítima.

O relatório afirma que o plano, do governo japonês, teria um impacto insignificante na saúde das pessoas e no meio ambiente.

"Quero explicar a situação de maneira altamente transparente, com base na lógica científica do documento. Lidaremos de forma sincera e direta, com o problema de Fukushima, depois de ler o conteúdo", disse Kishida na reunião.

"A AIEA concluiu que a abordagem e as atividades para o descarte da água tratada, adotadas pelo Japão, são consistentes com os padrões internacionais de segurança", escreveu Grossi, no prefácio do relatório.

Em abril de 2021, o governo do Japão decidiu liberar a água tratada, da usina nuclear de Fukushima, no oceano. Essa decisão foi tomada porque não havia mais espaço no terreno da usina, para o armazenamento de mais água tratada.

Para garantir a segurança na decisão, o governo japonês pediu à AIEA que realizasse um estudo sobre a liberação da água tratada no oceano. Também foi pedido à entidade que fosse verificado o nível de radiação dessa água, para ter certeza de que tudo estava nos padrões internacionais de segurança.

O relatório final da AIEA é uma compilação de seis relatórios anteriores da entidade, divulgados entre abril de 2022 e maio de 2023. Especialistas da AIEA visitaram o local em Fukushima, para verificar a descontaminação planejada da água, antes da liberação. Reuniões foram feitas com funcionários da Tokyo Electric Power Company (TEPCO - operadora da usina), com a Autoridade Reguladora Nuclear e com o Ministério da Economia do Japão.

Os pescadores de Fukushima estão apreensivos com a liberação da água tratada da usina no oceano. Eles estão preocupados com a imagem negativa que os produtos marinhos de Fukushima terão, se houver uma contaminação radioativa no oceano. As nações vizinhas, como Coréia do Sul e China, também expressaram preocupações com os efeitos futuros do descarte da água tratada.

Kishida deixou claro aos ministros relevantes do governo, para eles continuarem explicando detalhadamente as dúvidas dos pescadores de Fukushima, e das nações estrangeiras, querendo amenizar as preocupações com radiação.

Uma decisão final, sobre quando liberarão a água tratada no oceano, será tomada após a conclusão das explicações para a comunidade local e internacional.


Fonte: The Asahi Shimbun.


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quarta-feira, 24 de maio de 2023

Coréia do Sul preocupada com a radiação.

Especialistas sul-coreanos visitam a usina nuclear de Fukushima.


Tóquio - No domingo, 21 de maio, uma equipe de especialistas sul-coreanos chegou ao Japão, para a seguinte missão: inspecionar a usina nuclear de Fukushima Daiichi. Os especialistas da Coréia do Sul estão avaliando a segurança do plano do Japão, que é a liberação da água tratada da usina nuclear no Oceano Pacífico.

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Especialistas sul-coreanos visitam a usina nuclear de Fukushima.
Uma equipe de especialistas da Coréia do Sul visita a usina nuclear de Fukushima Daiichi, para avaliar a segurança da água tratada e estocada no local. Foto: NHK News.

A delegação é composta por 30 membros aproximadamente. Também está incluído altos funcionários da Comissão de Segurança e Proteção Nuclear da Coréia do Sul e especialistas em meio ambiente marinho.

De acordo com a agenda, a equipe irá inspecionar o local do armazenamento, da água tratada da usina, na terça e quarta-feira (23 e 24 de maio). Nos mesmos dias, eles verificarão os resultados das análises de laboratório e a construção das instalações para a liberação da água tratada no oceano.

A operadora da usina de Fukushima, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO), está se preparando para começar a liberar água tratada, por volta de julho ou agosto deste ano.

A água tratada da usina de Fukushima será diluída primeiramente com água não-contaminada, reduzindo os níveis de trítio radioativo para cerca de 1/7. A equipe japonesa, que trata a água da usina antes de lançá-la no oceano, segue os padrões de segurança da  Organização Mundial da Saúde para água potável.

Os especialistas sul-coreanos só conseguiram a autorização do governo japonês, após um acordo ser feito em uma reunião de cúpula entre os dois países, realizado no dia 7 de maio. Os sul-coreanos ficarão no Japão até sexta-feira, 26 de maio.

Na segunda-feira, 22 de maio, funcionários japoneses de governo (do Ministério da Economia, Comércio e Indústria e do Ministério das Relações Exteriores) e funcionários da própria TEPCO, informaram a equipe sul-coreana sobre o andamento do plano de liberação da água tratada da usina no oceano.

O governo do Japão pretende obter o entendimento do governo da Coréia do Sul, dissipando qualquer preocupação (sobre a radiação na água) por meio da visita da delegação sul-coreana em Fukushima. Além disso, o Japão, com a visita dos especialistas sul-coreanos, quer uma avaliação positiva de segurança pela Agência Internacional de Energia Atômica.

O governo da Coréia do Sul informou que o objetivo da visita em Fukushima Daiichi é verificar meticulosamente os efeitos da liberação da água usina no oceano. As autoridades sul-coreanas estão preocupadas com uma possível contaminação radioativa, na água e nos produtos marinhos da Coréia do Sul, e estudam a implementação de medidas necessárias em caso de poluição nuclear.


Fonte: NHK News.


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quinta-feira, 13 de abril de 2023

O pó amarelo da China.

Poeira da China chega em algumas regiões do Japão nesta quarta-feira.


Tóquio - A areia amarela, proveniente das regiões desérticas da China, atingiu algumas províncias do Japão durante o dia desta quarta-feira, 12 de abril. Autoridades meteorológicas do país esperam, nos próximos dias, que tempestades de areia atinjam amplas áreas do território japonês, podendo afetar o tráfego aéreo e o trânsito.

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Poeira da China chega em algumas regiões do Japão nesta quarta-feira.
A areia amarela da China(em amarelo, alaranjado e vermelho no mapa acima) atingiu quase todo Japão na noite desta quarta-feira, 12 de abril. A Agência Meteorológica do Japão alertou a população sobre o que essa poeira pode provocar na saúde humana, como alergias e problemas respiratórios. Foto: Agência Meteorológica do Japão. 

Fortes ventos provocaram o deslocamento de grandes quantidades de areia amarela no ar, saindo da China e indo aos outros países como Coréia do Sul e Japão. As tempestades de areia são registradas com frequência durante a primavera japonesa.

Segundo a Agência de Meteorologia do Japão, ventos do noroeste trouxeram muita areia para o país na manhã desta quarta-feira. As primeiras províncias japonesas atingidas pela poeira foram da região oeste: Shimane, Fukuoka, Saga, Nagasaki, Yamaguchi, Tottori e Hiroshima. 

Até quinta-feira, 13 de abril, a areia amarela deve se espalhar para mais regiões do norte e do leste do Japão. A visibilidade no ar será reduzido durante a passagem da poeira, sendo possível enxergar entre 5 a 10 km de distância (no máximo). A baixa visibilidade poderá afetar o trânsito, fazendo com que os motoristas tomem precauções especiais para o fenômeno.

O professor Kazunari Onishi, da Universidade Internacional São Lucas, afirma que a areia amarela traz vários tipos de poluentes do ar, incluindo o pólen. "A areia amarela estimula a mucosa nasal, afetando a saúde das pessoas, com a mistura de pólen e poluição do ar", disse ele.

Onishi aconselha que as pessoas evitem passar o tempo ao ar livre durante a passagem da areia amarela no Japão. O especialista também recomenda fechar as janelas e secar as roupas dentro de casa. Além disso, as pessoas devem trocar de roupa rapidamente ao chegar em casa, evitando possíveis problemas alérgicos e respiratórios.


Fonte: NHK News.


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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Faz o máximo para alcançar o mínimo.

Japão recebe o infame prêmio "Fóssil do dia", em conferência sobre as mudanças climáticas do mundo.


Cairo - Na quarta-feira, 9 de novembro, o Japão foi "homenageado" por um grupo internacional de ambientalistas com o prêmio "Fóssil do dia". A organização alega que o Japão é o maior financiador público do mundo em projetos que envolvem petróleo, gás natural e carvão.

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Japão recebe o infame prêmio "Fóssil do dia", em conferência sobre as mudanças climáticas do mundo.
Na quarta-feira, um membro da Climate Action Network (CAN), fantasiado de esqueleto, anunciou o Japão como o vencedor do prêmio "Fóssil do dia", durante a cúpula climática da ONU em Sharm El-Sheikh (Egito). Foto: Kyodo News.

"O governo japonês está fazendo grandes esforços para exportar soluções falsas, como a construção de usinas termelétricas a carvão para outros países. Atualmente, há uma grande tendência mundial de acabar com investimentos em combustíveis fósseis", disse os membros da Climate Action Network (CAN), durante a 27ª sessão de uma conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), em Sharm El-Sheikh (Egito).

A CAN, uma organização não-governamental, também criticou o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, por não comparecer à cúpula dos líderes mundiais no Egito. A organização disse, ironicamente, o seguinte sobre a ausência de Kishida: "Talvez ele estivesse muito ocupado em promover falsas soluções ambientais no Japão... Será?"

Referindo-se aos recentes desastres climáticos do planeta, como enchentes no Paquistão e seca na Europa, o grupo explicou que comunidades vulneráveis, em todo o mundo, estão sofrendo com os impactos das mudanças climáticas.

"As finanças públicas do Japão estão fluindo para projetos que usam combustíveis fósseis responsáveis, provocando a destruição do meio ambiente. O governo japonês deveria financiar as perdas e danos causados por suas próprias emissões de gases do efeito estufa, em vez de criar mais poluição", afirmou o grupo da CAN.

Espera-se que mais países recebam o prêmio "Fóssil do dia", concedido para as nações que "fazem o máximo para alcançar o mínimo" no combate as mudanças climáticas do planeta. Os outros anunciados, para o prêmio, serão divulgados durante a conferência climática, com agendas de discussões marcadas até 18 de novembro no Egito.


Fonte: Kyodo News.


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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Escândalo industrial.

Investigadores descobrem que a fabricante Hino vem falsificando dados há quase 20 anos.


Tóquio - A grande montadora de caminhões do Japão, a Hino Motors, se envolveu num dos maiores escândalos industriais da atualidade no país: a empresa tem falsificado dados de seus veículos desde o ano 2003.

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Investigadores descobrem que a fabricante Hino vem falsificando dados há quase 20 anos.
Uma recente investigação descobriu que a fabricante de caminhões Hino Motors vem falsificando dados de seus motores desde 2003. Foto: NHK News.

Em março deste ano, a montadora Hino informou que havia falsificado dados de emissões de poluição, e de economia de combustível, em alguns tipos de motores de seus caminhões desde o ano 2016. A intensão da fraude era facilitar a obtenção de certificações para veículos pouco poluentes.

Desde então, a fabricante foi forçada a parar de fabricar caminhões grandes, médios e outros veículos da marca, depois que suas certificações foram retiradas pelo governo do Japão.

No entanto, uma equipe de especialistas externos, criada pela própria Hino, descobriu recentemente que a má conduta industrial começou, na verdade, em meados de 2003. A equipe, que analisou o caso, divulgou os resultados de sua investigação nesta terça-feira, 2 de agosto.

No relatório falso entregue ao governo japonês, feito em 2016, a Hino Motors alegou, na época, que os testes dos motores para as certificações foram conduzidas adequadamente.

O atual presidente da Hino Motors, Satoshi Ogiso, informou o seguinte: "Declaro que a nova descoberta da má conduta industrial é um problema muito sério. Peço minhas sinceras desculpas por trair a confiança, de nossos clientes e do público, por todos esses anos".

Segundo o Ministério dos Transportes, dos 14 modelos de motores em produção pela Hino, a falsificação dos testes ocorreu em 12 deles. O governo ordenou que a Hino retire cerca de 20.900 unidades de caminhões e ônibus em circulação no país desde 2003.

As vendas de caminhões da Hino Motors no Japão, de grande e médio porte, caíram muito após a suspensão da comercialização dos modelos, iniciada em março.


Fontes: NHK News / The Mainichi.

 
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terça-feira, 16 de novembro de 2021

O problema das pedras-pomes.

Pedras vulcânicas de Ogasawara podem ter sido encontradas no litoral de Chiba.


Chiba - Em uma praia na região sul da província de Chiba, autoridades locais identificaram algumas pedras-pomes vindas do Oceano Pacífico. Acredita-se que as pedras podem ser as mesmas que estão aparecendo aos montes nas ilhas de Okinawa. 

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Pedras vulcânicas de Ogasawara podem ter sido encontradas no litoral de Chiba.
Uma pequena quantidade de pedras-pomes foi localizada em uma praia na cidade de Tateyama, província de Chiba. Foto: NHK.

O professor emérito da universidade de Gunma, Yukio Hayakawa, postou uma foto de um pequeno número de pedras vulcânicas em sua conta no Twitter nesta segunda-feira, 15 de novembro. Segundo o professor, ele encontrou as pedras-pomes em uma praia da cidade de Tateyama, em Chiba.

O governo de Tateyama e da província de Chiba estão investigando se as pedras encontradas no litoral são originárias do vulcão submarino das ilhas Ogasawara. O vulcão entrou em erupção em agosto deste ano.

Desde meados do mês de outubro, as pedras-pomes têm aparecido em grande quantidade nos litorais das províncias de Okinawa e Kagoshima. O problema tem afetado as operações pesqueiras e a indústria do turismo nos locais citados.

O governo de Chiba está solicitando aos residentes das regiões litorâneas para que avisem as autoridades se encontrarem as tais pedras nas praias ou no mar da província.

As pedras-pomes já foram encontradas nas costas de Miyakejima e Mikurajima, duas das ilhas de Izu. Elas estão localizadas no Oceano Pacífico e são administradas por Tóquio.

Em Miyakejima, as pedras-pomes foram encontradas em uma praia perto de um porto de pesca , na região noroeste da ilha. As autoridades locais disseram que algumas pedras chegavam a ter até 4 centímetros de comprimento. Nenhum problema relacionado a navegação marítima da região foi relatado até agora.

O governo metropolitano de Tóquio está trabalhando com as autoridades locais de Izu e a guarda costeira do Japão para reunir mais informações e monitorar a situação.


Fonte: NHK News.


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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Ajuda para limpar a sujeira vulcânica.

Okinawa busca ajuda para remover as pedras-pomes em seus portos e praias.


Naha - Em 2 de novembro, o governador de Okinawa, Denny Tamaki, pediu ao governo central do Japão o envio das forças de autodefesa do país (SDF) para região. Okinawa está enfrentando um sério problema para remover a grande quantidade de pedra-pomes que suja as praias, o mar e os portos de suas ilhas.

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Okinawa busca ajuda para remover as pedras-pomes em seus portos e praias.
Okinawa vem enfrentando um sério problema com a grande quantidade de pedras-pomes em seu litoral. Foto: The Asahi Shimbun.

"Se o Ministério da Defesa reconhecer a urgência, gostaria que fosse enviado a equipe das SDF, equipamentos e outros materiais para ajudar Okinawa a resolver este problema", disse Tamaki. 

O governador de Okinawa também visitou o Ministério do Meio Ambiente do Japão para discutir o assunto.

Em agosto deste ano, uma enorme quantidade de pedras-pomes foi expelida de uma erupção do vulcão submarino Fukutoku-Okanoba, na região de Ogasawara (cerca de 1.300 km de distância ao sul de Tóquio).

As pedras flutuantes viajaram 1.400 km de distância e chegaram às costas marinhas da ilha principal de Okinawa em outubro.

Nas praias de Okinawa, o tamanho das pedras-pomes varia muito: de alguns milímetros a alguns centímetros. A quantidade de pedras, acumulada na água do mar do arquipélago, formou uma grossa camada de sendimentos flutuantes que prejudica seriamente as indústrias locais de pesca e turismo. 

O porto de pesca de Ada, na vila de Kinigami, tem uma grande quantidade de pedras-pomes em sua região, cobrindo uma vasta área do seu mar. Os barcos pesqueiros estão impedidos de sair do porto por causa dos detritos vulcânicos na superfície da água.

Nesta quarta-feira, 3 de novembro, uma operação de limpeza no porto de Ada começou a funcionar a todo vapor, removendo as pedras-pomes com maquinários pesados.

Um repórter do jornal Asahi mergulhou na água do mar do porto no dia 2 de novembro. Durante as filmagens da reportagem, a enorme camada flutuante das pedras-pomes tinha bloqueado toda a luz do sol na água, deixando o fundo do mar escuro.


Fonte: The Asahi Shimbun.


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domingo, 24 de outubro de 2021

Sujeira vulcânica.

Praias cobertas com pedras-pomes prejudicam o turismo em Okinawa.


Okinawa - No início deste mês, uma grande quantidade de pedras-pomes começou a aparecer ao longo das costas das ilhas de Okinawa e nas ilhas de Amami, província de Kagoshima. 

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Praias cobertas com pedras-pomes prejudicam o turismo em Okinawa.
Praia da região de Nakijin coberta com pedras-pomes. Foto: NHK.

As pedras-pomes são aparentemente provenientes da erupção de um vulcão submarino, transformando praias de areias claras em um monte de entulho de pequenas pedras cinzas.

A erupção vulcânica aconteceu em agosto, ao largo da cadeia de ilhas de Ogasawara, no oceano Pacífico.

No dia 17 de outubro, um enorme volume de pedras-pomes começou a sujar a costa da vila de Nakijin, localizada na ilha principal de Okinawa.

Em uma praia de Nakijin, conhecida pelas areias brancas com cerca de 1 km de extensão e administrada por um hotel local, agora está coberta de pedras cinzentas. E as pedras-pomes, flutuando aos montes no mar da região, representam um problema para os turistas que desejam desfrutar de atividades marinhas.

Agora, o hotel Bel Paraíso está sofrendo de inúmeros cancelamentos de reservas. Escolas de Okinawa que planejaram excursões para os seus alunos no hotel, após o fim do estado de emergência contra o coronavírus, estão desistindo de viajar para as praias da região por causa das pedras.

Os funcionários do hotel estão trabalhando para limpar a praia todos os dias. Entretanto, mais pedras chegam à costa marinha o tempo todo, dificultando o trabalho de remoção da sujeira vulcânica. 

O gerente do hotel, Yasushi Miyagi, diz que as principais atrações turísticas da região estão prejudicadas. Ele também relata que os turistas estão muito desapontados com a situação atual. O gerente está pedindo ajuda das autoridades locais.

As imagens de um helicóptero da NHK mostraram uma conhecida praia na ilha de Kourijima totalmente coberta de pedras-pomes. O arquipélago é famoso por ser chamado de "Ilha do Amor", devido à presença de um par de rochas que formam dois corações na praia, atraindo vários turistas para a região.


Fonte: NHK News.



 
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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Declaração do governo chinês.

China expressa grande preocupação com o descarte das águas radioativas de Fukushima no mar.


Pequim -  Na manhã de hoje, 13 de abril, o Ministério das Relações Exteriores da China manifestou uma grande preocupação com a decisão do governo japonês de lançar no mar as águas residuais radioativas de Fukushima Dai-ichi. 

China expressa grande preocupação com o descarte das águas radioativas de Fukushima no mar.
Foto aérea da usina nuclear de Fukushima. Ao fundo, os tanques com águas residuais que vão ser descartadas no mar. Foto: Koichiro Tezuka / Mainichi.


A usina nuclear de Fukushima foi palco de um dos maiores acidentes nucleares da história da humanidade. A tragédia, ocorrido em março de 2011, foi provocada por um grande terremoto seguido de um devastador tsunami.

Segundo o governo japonês, a intenção é descartar no mar aproximadamente 1 milhão de toneladas de água radioativa tratada. As águas residuais da danificada usina nuclear passam por um tratamento avançado de processamento de líquidos, o ALPS. O processo remove a maioria dos materiais radioativos, incluindo estrôncio e césio, mas não consegue retirar o trítio. Segundo estudos, o trítio representa pouco risco à saúde em baixas concentrações.

A água está sendo guardada nas dependências da usina Fukushima Dai-ichi. Até março, os tanques armazenavam cerca de 1,25 milhão de toneladas de água residual tratada. A Tokyo Eletric Power Company Holdings Inc. (TEPCO) afirma que ficará sem capacidade de armazenamento já no outono do próximo ano. Já faz alguns anos que o governo japonês está considerando maneiras de descartar a água da usina de Fukushima.

Na sua declaração pública na manhã de hoje, a China criticou o governo japonês dizendo: "O Japão decidiu unilateralmente lançar águas residuais nucleares de Fukushima no mar, antes de esgotar todas as formas seguras de descarte e sem consultar os países vizinhos e a comunidade internacional."

A declaração do governo chinês também acrescenta: "Os oceanos são propriedade compartilhada da humanidade. Como a questão das águas residuais da usina nuclear de Fukushima são tratadas, não é apenas uma questão doméstica para o Japão. Instamos fortemente o lado japonês a assumir a sua responsabilidade, seguir a ciência, cumprir as suas obrigações internacionais e responder devidamente às séries preocupações da comunidade internacional, dos países vizinhos e do seu próprio povo."

Antes do governo japonês tomar a decisão hoje sobre o descarte da água da usina de Fukushima no mar, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse no dia 12 de abril: "Para salvaguardar os interesses públicos internacionais, a saúde e a segurança do povo chinês, a China expressou grande preocupação ao lado japonês por meio dos canais diplomáticos."

No Japão, a TEPCO pretende diluir significativamente a água residual tratada de Fukushima e liberá-la em pequenas quantidades no mar. A operação é um passo a passo definida para começar daqui dois anos. Este espaço de tempo permitirá que a concessionária operante, TEPCO, consiga construir uma instalação de descarte da água e obtenha a aprovação dos órgãos reguladores de energia nuclear para o processo.


Fonte: The Mainichi.


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sábado, 10 de abril de 2021

Jogando radiação no oceano.

Governo japonês quer despejar a água radioativa da usina nuclear de Fukushima no mar.


Tóquio - O governo japonês está decidido em liberar a água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no mar. Há uma grande oposição dos pescadores do Japão, conforme fontes familiarizadas com o assunto divulgado na última sexta-feira, 09 de abril.

Governo japonês quer despejar a água radioativa da usina nuclear de Fukushima no mar.
Funcionários da TEPCO checam os tanques de água radioativa da usina nuclear Fukushima Dai-ichi. Foto: Japan Today.


Será realizado uma reunião de ministros nesta terça-feira, 13 de abril, para a decisão formal do assunto. Um grande embate da situação durante mais de sete anos de discussões sobre como descartar a água usada para resfriar o combustível nuclear derretido na planta Fukushima Dai-ichi.

A água a ser descartada no mar contém trítio radioativo, um subproduto criado pelos reatores nucleares. De acordo com o governo, existe pouco risco para a saúde humana. Mesmo que alguém beba a água contaminada, a concentração de trítio é baixa e a substância radioativa não se acumula no corpo, sendo  excretada pelo organismo humano. Também não apresenta risco de exposição externa com o corpo humano, mesmo que a água entra em contato com a pele. 

Ainda assim, as preocupações continuam entre a indústria pesqueira do Japão e os consumidores. Países vizinhos como Coréia do Sul e China também estão preocupados com o futuro da água radioativa no mar.

O governo japonês disse que não pode continuar adiando a decisão do descarte do material. A capacidade de armazenamento dos tanques de água no complexo da usina de Fukushima deve se esgotar já no outono do próximo ano. Afirma-se que o descarte no mar é necessário para garantir espaço nas instalações, sendo que mais água radioativa continuará sendo extraída dos reatores atômicos danificados. O processo de demolição do complexo das usinas atômicas de Fukushima durará por décadas. 

A operadora da planta, a Tokyo Electric Power Company Holdings Inc. (TEPCO), disse que o descarte da água tratada no mar ainda levará cerca de dois anos para começar após a definição da decisão.

Inicialmente, o governo japonês esperava tomar uma decisão sobre o descarte da água tratada em outubro do ano passado. Mas a decisão foi adiada porque é necessário mais tempo para discussões em meio a onda de preocupações sobre os possíveis danos à reputação dos produtos marinhos comercializados pelo país.

Na última quarta-feira, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse que seu governo decidirá "em alguns dias" se irá liberar a água tratada após se reunir com Hiroshi Kishi, chefe da federação nacional de cooperativas de pesca do Japão. Kishi tem demonstrado forte oposição de sua organização ao plano do descarte da água.

 Em relatos da mídia de que o Japão está prestes a descartar a água da usina de Fukushima no mar, a China e a Coréia do Sul pediram ao governo japonês que considere isso com cuidado e transparência.

A China pediu com instância que o Japão tome uma decisão cautelosa sobre o assunto dizendo: "O vazamento do material radioativo causado pelo acidente nuclear de Fukushima teve um impacto profundo no meio ambiente marinho, segurança alimentar e saúde humana."

"O governo japonês deve divulgar informações adequadas e tomar uma decisão cuidadosa com base em consultas completas com os países vizinhos", disse aos reportares de Pequim o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.

O Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul disse em um comunicado: "Nosso governo sempre enfatizou que o governo japonês precisa divulgar informações transparentes sobre como lidar com a água contaminada". O ministério acrescentou que deseja continuar a ter discussões estreitas sobre o assunto com o Japão e outros países interessados, bem como com organizações internacionais como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

China e Coréia do Sul estão entre os 15 países e regiões que continuam a restringir as importações de produtos agrícolas e pesqueiros do Japão mais de 10 anos após a crise nuclear de Fukushima, causada por um terremoto e um tsunami devastador em 2011.

Em fevereiro de 2020, o governo japonês propôs várias opções para o descarte do material, incluindo liberar a água no oceano ou evaporá-la .

No mês de março do ano passado, a TEPCO traçou um plano para diluir a água abaixo do limite legal de concentração de materiais radioativos antes de liberá-la no mar.

A usina nuclear Fukushima Dai-ichi continua a gerar grandes quantidades de água contaminada por radiação. A água é usada para resfriar o combustível derretido dentro do reator danificado pelo tsunami em 2011.

A água radioativa do reator é tratada usando um sistema avançado de processamento de líquido (ALPS). O sistema remove a maioria dos contaminantes radioativos e a água tratada é armazenada em tanques nas instalações do complexo nuclear de Fukushima. O processo, no entanto, não consegue remover o trítio, um isótopo radioativo de hidrogênio.

A AIEA apoiou o plano do governo japonês de descartar a água tratada, dizendo que seu lançamento no mar atende aos padrões globais de práticas da indústria nuclear.

Durante a visita no complexo de Fukushima em fevereiro do ano passado, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse que o descarte da água tratada é uma forma comum de liberar a água em usinas nucleares, mesmo quando não estão em situações de emergência.  

O ministro japonês da indústria, Hiroshi Kajiyama, disse a Grossi, numa videoconferência no mês passado, que o Japão deseja que a AIEA conduza uma revisão científica e objetiva do método de descarte da água, transmitindo abertamente sua visão à comunidade internacional.

Kajiyama disse na época que a mensagem de apoio da AIEA sobre o descarte da água tratada no mar é vital para dissipar as preocupações. Os cuidados com a reputação sobre a segurança da água existem tanto no mercado interno japonês quanto nos países vizinhos.  

Comentário da Nikkey ON!: situação preocupante. O que essa água radioativa tratada pode causar num futuro próximo se descartada no oceano em grandes quantidades todos os anos? Tomar uma decisão correta agora antes de cometer erros que possam prejudicar o hoje e o amanhã do planeta.


Fonte: Kyodo News.


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