China proíbe empresas chinesas de processarem frutos do mar originários do Japão.
Beijing - O governo da China informou nesta sexta-feira, 25 de agosto, que a indústria alimentar do país está proibida de comprar e utilizar mariscos originários do Japão, tanto no processamento como na venda no mercado chinês. A decisão chinesa veio um dia depois que, o próprio governo do país, suspendeu todas as importações de produtos marinhos vindas do território japonês.
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O Japão começou na quinta-feira o processo de liberação no mar, da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima. O governo chinês opõe-se veementemente à decisão japonesa, de despejar a água tratada da usina nuclear no Oceano Pacífico.
A Administração Estatal Chinesa de Regulação dos Mercados afirmou que irá reforçar o monitoramento dos produtos marinhos importados de outros países, para garantir a segurança alimentar dos chineses.
A operadora da usina nuclear de Fukushima, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO), disse à mídia, na sexta-feira, que amostras coletadas no mar não detectaram trítios (isótopo de hidrogênio radioativo que continua presente na água tratada da usina). As amostras foram coletadas no mesmo dia do anúncio para a imprensa, e um dia depois do início da liberação da água radioativa tratada no mar.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, não quis comentar sobre os resultados do monitoramento da TEPCO, durante uma coletiva de imprensa. Ele apenas reafirmou que a liberação da água tratada de Fukushima no mar é um ato extremamente irresponsável e egoísta do Japão. Wang também disse que o Japão está transferindo o risco de poluição nuclear para outros países.
"A China e outros países têm o direito de tomar medidas legítimas, com o intuito de garantir um ambiente marinho saudável e a saúde e o bem-estar das pessoas", defendeu Wang.
Desde o desastre nuclear de 2011, a água da central de Fukushima tem sido tratada, através de um sistema avançado de processamento de líquidos. Esse sistema é capaz de remover a maioria dos radionuclídeos, exceto o trítio, na água contaminada da usina. Por mais de 10 anos que a TEPCO vem armazenando a água radioativa tratada em enormes tanques, ocupando um enorme espaço no terreno da central nuclear. E só agora, mesmo com muito protestos no país e internacionalmente, que a operadora da usina está jogando, cuidadosamente, a água tratada no mar.
Fonte: Kyodo News.
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