Documento mostra que as usinas nucleares da China liberaram trítio, no meio ambiente, muito acima do nível aceitável.
Tóquio - No sábado, 9 de março, um documento foi mostrado para a imprensa sobre os níveis de trítio liberado no meio ambiente, por meio de águas residuais, pelas usinas nucleares da China em 2022.
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Vista da central atômica de Fukushima, Japão. Foto: AP File. |
Para a surpresa de muitos, a quantidade de trítio (um isótopo radioativo) da China é nove vezes maior do que a quantidade esperada na liberação anual de trítio no Japão, planejada pelo complexo nuclear de Fukushima.
De acordo com o último Anuário de Energia Nuclear da China, os materiais radioativos foram investigados no ano de 2022, num total de 19 pontos de monitorização e em 13 centrais nucleares chinesas. Uma dessas centrais nucleares está o complexo energético de Qinshan, na província oriental chinesa de Zhejiang.
A quantidade de trítio contida nas águas residuais, em 15 locais da China, ultrapassou largamente o limite máximo anual de 22 bilhões de becquerels. Essa quantidade de trítio em água tratada (22 bilhões de becquerels) foi estabelecida para a usina nuclear de Fukushima despejar no meio ambiente. No anuário chinês, a central nuclear de Qinshan descarregou cerca de 202 trilhões de becquerels de trítio no meio ambiente, durante o ano de 2022.
Em julho de 2023, a Agência Internacional de Energia Atômica apresentou um relatório ao Japão, concluindo que a descarga de água tratada de Fukushima está alinhada com os padrões internacionais de segurança global. Ainda acrescentou que a liberação de água com trítio de Fukushima terá um "impacto radiológico insignificante nas pessoas e no meio ambiente."
No ano passado, a China criticou fortemente o Japão por liberar "água contaminada com materiais radioativos" no Oceano Pacífico, a partir da usina nuclear de Fukushima. Por causa dessa afirmação chinesa, o governo chinês impôs uma proibição geral de importação de todos os frutos do mar do Japão, desde que iniciou a liberação da água tratada de Fukushima no mar, em agosto de 2023.
Nikkey ON!: Agora vamos ver qual é a explicação que a China vai apresentar para o mundo.
Fonte: Kyodo News.
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