quarta-feira, 30 de junho de 2021

Acidente de trânsito com vítimas fatais.

Caminhoneiro alcoolizado causa grave acidente e atropela 5 estudantes que voltavam para casa.


Chiba - Dois meninos morreram e outras 3 crianças ficaram gravemente feridas após serem atropelados por um caminhão na cidade de Yachimata, província de Chiba.

Caminhoneiro alcoolizado causa grave acidente e atropela 5 estudantes que voltavam para casa.
A polícia da província de Chiba faz a perícia no local do acidente em Yachimata. Foto: Kyodo.

O acidente ocorreu nesta segunda-feira, 28 de junho, por volta das 15h30, numa rua periférica de Yachimata. Os cinco estudantes voltavam para casa após o término das aulas da escola primária Choyo.

O motorista do caminhão, Hiroshi Umezawa, de 60 anos, foi preso pela polícia no local do acidente, sob suspeita de condução negligente que resultou em mortes e feridos. Segundo a polícia, o caminhoneiro fez o teste do bafômetro após o acidente e foi confirmado a ingestão de bebida alcoólica acima do limite legal  permitido pela lei de trânsito do Japão.

De acordo com o boletim de ocorrência, Umezawa transitava com o seu caminhão pela rua após uma viagem a trabalho. De repente, ele perdeu o controle da direção, colidiu o caminhão em um poste de iluminação e, depois disso, com o veículo desgovernado, atropelou os cinco estudantes que caminhavam pelo acostamento. Duas crianças ficaram gravemente feridas, uma foi levada inconsciente para o hospital e outras duas morreram no local.

Das cinco crianças, quatro delas tinham idades entre 6 e 10 anos. As informações sobre a quinta criança ainda eram desconhecidas segundo o corpo de bombeiros que socorreu as vítimas. Todos eles são alunos da escola primária chamada Choyo.

O motorista do caminhão trabalha para uma empresa de transporte na cidade de Yachimata. A transportadora é uma afiliada da Nambu Corp., uma empresa de processamento de barras de reforço em Tóquio.

O presidente da Nambu Corp., Tatsuhiro Chinen, disse aos repórteres que lamenta profundamente que Umezawa tenha causado o grave acidente de trânsito por dirigir embriagado.

Chinen afirmou que a transportadora não tem o costume em realizar testes de embriaguez para os motoristas. A empresa só aconselha que seus motoristas não bebam bebidas alcoólicas antes e durante o trabalho.

O caminhoneiro, que causou o acidente, trabalha na empresa desde abril de 2005. Segundo a empresa, Umezawa começou a trabalhar na segunda-feira por volta das 6h da manhã. Ele estava voltando para empresa com o caminhão no momento do acidente, após ter entregue uma carga na região de Tóquio.

As aulas da escola primária Choyo foram canceladas nesta terça-feira. O conselho de educação local ainda não foi capaz de dar qualquer tipo de explicação aos pais dos alunos da escola.

Nikkey ON!: Que trágica surpresa! Morei na cidade de Yachimata por um bom tempo e conheço a escola primária Choyo. Considero o trânsito da cidade horrível. Algumas ruas e avenidas  da cidade são estreitas, com grande fluxo de veículos grandes e não são todos lugares que têm calçadas para os pedestres andarem. Meus sentimentos a todos os familiares das vítimas fatais desse grave acidente. Fico na torcida para que as crianças hospitalizadas se recuperem logo.


Fonte: Japan Today.



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terça-feira, 29 de junho de 2021

Primeira-dama americana no Japão.

A primeira-dama Jill Biden deve visitar o Japão para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio.


Tóquio - Japão e Estados Unidos estão fazendo os preparativos para que a primeira-dama americana Jill Biden compareça à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio no dia 23 de julho. O presidente americano, Joe Biden, não deverá acompanhar a esposa durante a sua visita ao Japão.

A primeira-dama Jill Biden deve visitar o Japão para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio.
A primeira-dama americana Jill Biden: planos para a sua visita ao Japão. Foto: Joe Burbank.

Além da participação da primeira-dama na cerimônia de abertura dos jogos olímpicos, ela também terá uma reunião com o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga. Esses serão uns dos principais compromissos na agenda de Jill Biden no Japão,  planejado em conjunto pelo governo norte-americano e japonês, de acordo com o jornal Yomiuri Shimbun.

O Japão é um dos principais aliados dos Estados Unidos na Ásia. Tendo fortes laços políticos, o atual presidente Joe Biden expressou o seu total apoio à decisão do primeiro-ministro Suga na realização dos Jogos Olímpicos em meio à pandemia do coronavírus.

A França, que sediará os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, anunciou no mês passado que o presidente Emmanuel Macron deverá comparecer à cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio.

O público em geral e os médicos especialistas do Japão estão muito preocupados com a realização dos jogos olímpicos. O receio é de que uma nova onda de infecções do coronavírus possa se desencadear em Tóquio e se alastrar por todo o país. A realização das Olimpíadas de Tóquio foi  atrasada por um ano devido ao início da pandemia mundial da COVID-19 em 2020.


Fonte: Japan Today.



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segunda-feira, 28 de junho de 2021

Um pouco menos cara para viver.

Pesquisa anual revela que Tóquio é a 4º cidade mais cara do mundo para estrangeiros viverem.


Tóquio - Em uma pesquisa anual feita por uma empresa de consultoria dos Estados Unidos, Tóquio foi classificada como a quarta cidade mais cara do mundo para expatriados, caindo uma posição em relação ao ano passado.

Pesquisa anual revela que Tóquio é a 4º cidade mais cara do mundo para estrangeiros viverem.
Neste ano, Tóquio é considerada a 4º cidade mais cara do mundo para expatriados viverem. Foto: Getty Images.

A cidade Ashgabat, capital do Turcomenistão, liderou a lista das cidades mais caras do mundo para expatriados deste ano,  sendo segundo colocada do ano passado. A cidade de Hong Kong ficou em segundo lugar este ano, sendo a mais cara do mundo no ano passado. A pesquisa de custo de vida mundial é feita pela empresa americana de gestão de ativos Mercer. A classificação dos países na lista  deste ano foi muito influenciada pela pandemia mundial do coronavírus, com implicações econômicas, políticas e de saúde pública.

Neste ano, a cidade de Zurique ficou em quinto lugar na pesquisa, caindo uma posição. A cidade de Xangai ficou em sexto lugar, subindo uma posição. Já a cidade de Cingapura, ficou na sétima posição, caindo duas posições em relação a pesquisa do ano passado.

O que chamou a atenção foi a cidade de Beirute. Ela ficou em terceiro lugar este ano, subindo 42 posições em relação à pesquisa do ano anterior. O que fez Beirute ficar em terceiro lugar foi a crise financeira e a grande explosão no porto da cidade em 2020 que provocou a destruição de várias casas e prédios da região. 

A empresa de consultoria Mercer disse que a pandemia continua a causar perturbações na mobilidade das pessoas internacionalmente, levando muitas empresas a reavaliar o gerenciamento da força de trabalho móvel num mundo pós-pandemia.

"A pandemia da COVID-19 criou uma nova camada de complexidade. E também provocou implicações de longo prazo relacionadas à saúde e segurança das pessoas, trabalho remoto e políticas de flexibilidade, e entre outras considerações", disse Ilya Bonic, presidente de carreira e chefe de estratégias da Mercer.

"Conforme as organizações repensam suas estratégias de mobilidade e talento, dados precisos e transparentes são essenciais para remunerar os funcionários de forma justa por todos os tipos de atribuições", acrescenta Bonic em um comunicado à imprensa.

A pesquisa anual de custo de vida mundial para expatriados classifica 209 cidades com base comparativa das despesas como moradia, transporte, alimentação e entretenimento. A cidade de Nova Iorque é usada como base de comparação e os movimentos cambiais medidos em relação ao dólar americano.

Em relação à cidade de Nova Iorque, ela ficou em 14º lugar da pesquisa internacional deste ano, oito posições abaixo do ano passado. Dentro dos Estados Unidos, Nova Iorque é a cidade mais cara para os trabalhadores estrangeiros. Na pesquisa mundial, outras cidades americanas se destacam, como Los Angeles (20º lugar) e San Francisco (25º lugar).

As outras três cidades posicionadas entre as 10 da lista de custo de vida são: Genebra (8º lugar), Pequim (9º lugar) e Berna, capital da Suíça (10º lugar).


Fonte: Kyodo News.



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domingo, 27 de junho de 2021

Não quero ser vacinado.

Pesquisa mostra que 11% das pessoas no Japão não querem tomar a vacina contra a COVID-19.


Tóquio - No dia 25 de junho, o Centro Nacional de Neurologia e Psiquiatria do Japão anunciou os resultados de uma pesquisa onde um total de 11,3% dos entrevistados responderam que não queriam tomar a vacina contra o coronavírus. Cerca de 73,9% dos que relutam em tomar a vacina disseram ter medo de reações adversas que a vacina pode provocar  no organismo.

Pesquisa mostra que 11% das pessoas no Japão não querem tomar a vacina contra a COVID-19.
11% das pessoas no Japão não querem ser vacinadas. Segundo a pesquisa, recusa é maior entre os jovens. Foto: Shutterstock.

A pesquisa foi feita online entre 8 e 26 de fevereiro deste ano, com a assistência de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Fukushima, da Universidade de Osaka e de outras instituições. Cerca de 26.000 pessoas de todo o Japão responderam a pesquisa.

Segundo a pesquisa, 15,6% das mulheres entrevistadas, com até 39 anos, afirmaram que não querem tomar a vacina. Entre os homens entrevistados na mesma faixa etária, 14,2% disseram que também não irão se imunizar contra o coronavírus. Ambos os resultados foram superiores aos de suas contrapartes com idades entre 40 e 64 anos, e entre 65 e 79 anos.

Ao explicar o porquê em um campo da pesquisa que aceita respostas com várias alternativas, outras razões, além das preocupações com as reações adversas, foram citadas: 19,4% dos entrevistados selecionaram "Não acho que a vacina será tão eficaz", 8,8% das pessoas responderam "Não tenho tempo para ser vacinado", e 7,7% dos pesquisados afirmaram "Não acho que vou ser infectado".

O centro apontou que mais de 80% dos entrevistados em grupos de idade avançada mencionaram preocupações sobre reações adversas às vacinas. O grupo de idosos da pesquisa acredita que eles têm maiores chances de desenvolver sintomas graves de COVID-19. Os idosos eram mais propensos do que os jovens ao mencionar essas preocupações. Sobre este ponto, o Centro Nacional de Neurologia e Psiquiatria do Japão afirmou: "É necessário fornecer informações precisas sobre a vacinação e o coronavírus, reduzindo assim a ansiedade das pessoas".


Fonte: The Mainichi.



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sábado, 26 de junho de 2021

Doação de vacinas para Ásia.

Japão irá doar vacinas da AstraZeneca para países asiáticos mais próximos.


Tóquio - O governo japonês pretende doar 1 milhão de doses da vacina contra a COVID-19 para Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia a partir da próxima semana. O comunicado foi feito nesta sexta-feira, 25 de junho, pelo ministro das relações exteriores do Japão, Toshimitsu Motegi.

Japão irá doar vacinas da AstraZeneca para países asiáticos mais próximos.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen: expressou gratidão ao Japão pela doação de vacinas contra COVID-19. Foto: Reuters. 

O governo de Tóquio também oferecerá, para Taiwan e Vietnã, 1 milhão de doses de vacina para cada um. No início deste mês, Tóquio já ofereceu 1,24 milhão de doses para Taiwan e 1 milhão de doses para o Vietnã, de acordo com Motegi numa coletiva de imprensa.

A decisão do governo japonês de fornecer a vacina, desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca e produzida sob licença no Japão, veio após os pedidos feitos pelos países asiáticos. Cada país começará a receber os lotes de vacina doada a partir da próxima quinta-feira.

"Levamos em consideração as situações da pandemia do coronavírus de cada país requerente, a extensão de escassez de vacinas e a natureza de suas relações diplomáticas com o Japão antes de decidirmos sobre esta disposição", disse Motegi.

Separadamente, o Japão fornecerá, a partir de julho, um total de aproximadamente 11 milhões de doses da vacina AstraZeneca para ilhas do Pacífico e países do sudoeste e sul da Ásia. Segundo Motegi, essa ajuda faz parte do programa de compartilhamento de vacina global COVAX que é apoiada pela ONU.

Numa postagem  no Facebook, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, expressou gratidão ao governo japonês e seu povo pelo segundo lote fornecido da vacina.

A variante mais contagiosa do coronavírus, detectada pela primeira vez na Índia, foi confirmada em quase todas as partes da região Ásia-Pacífico no final de maio, segundo estudos de instituições de saúde, que inclui a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Embora o Japão tenha garantido doses suficientes da vacina AstraZeneca para 60 milhões de pessoas que vivem no país e aprovado o seu uso no mês passado, as vacinas não serão usadas imediatamente em programas públicos japoneses de inoculação. O motivo do não uso  da vacina em território japonês é devido aos raros casos de coágulo sanguíneos de pessoas que receberam as doses da AstraZeneca no exterior.


Fonte: Kyodo News.




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sexta-feira, 25 de junho de 2021

E assim caminha os Jogos Olímpicos.

Mais 4 casos de coronavírus são confirmados entre as pessoas que chegaram para as Olimpíadas.


Tóquio - Outras quatro infecções por COVID-19, não notificadas anteriormente, foram registradas entre atletas estrangeiros e afiliados que entraram no Japão para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio.

Mais 4 casos de coronavírus são confirmados entre as pessoas que chegaram para as Olimpíadas.
Equipe de softball da Austrália em 1 de junho no aeroporto internacional de Narita: primeira delegação olímpica a chegar ao Japão.

As infecções vão além dos outros dois casos registrados recentemente entre os membros da delegação olímpica de Uganda.

De acordo com o Secretariado do Gabinete, os atletas e funcionários relacionados aos jogos e confirmados com coronavírus após a chegada ao Japão são: um francês que chegou em fevereiro,  um egípcio que chegou em abril, um srilankês que chegou em maio e um ganense que chegou este mês.

A maioria dos casos foi confirmada imediatamente na quarentena do aeroporto internacional após a chegada ao país. O caso do cidadão do Sri Lanka só veio à tona cinco dias depois de sua chegada ao Japão. O tempo necessário foi o mesmo para detectar o coronavírus em um dos dois membros da equipe olímpica da Uganda. 

Atualmente, o governo japonês está recusando novas entradas de cidadãos estrangeiros comuns vindos de outros países e regiões do mundo. Em circunstâncias especiais, concedidas por razões humanitárias ou outras considerações, que alguns estrangeiros podem entrar no Japão. Nesse caso, todos eles devem cumprir certos requisitos, como permanecerem em instalações específicas por um período de 14 dias de isolamento.

Atletas olímpicos e paralímpicos, bem como seus associados, podem ser isentos das regras da COVID-19 durante à entrada no Japão, com requisitos especiais. Dos 2.925 atletas e de suas partes relacionadas que entraram no Japão entre 1 de janeiro e 13 de junho deste ano, mais de 70% delas (2.213 estrangeiros) pediram isenções de quarentena e foram imediatamente para as instalações de acomodação, torneios classificatórios ou eventos preparatórios no país.

Espera-se que até o final das Olimpíadas e Paraolimpíadas de Tóquio, cerca de 70 mil pessoas tenham entrado no Japão para participar dos jogos.


Fonte: The Mainichi.



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quinta-feira, 24 de junho de 2021

Mais um atleta com COVID-19 no Japão.

Segundo membro da equipe olímpica de Uganda testado positivo para o coronavírus.

Osaka - Depois de chegar ao Japão para as Olimpíadas no sábado passado, outro membro da delegação olímpica de Uganda testou positivo para COVID-19. 

Segundo membro da equipe olímpica de Uganda testado positivo para o coronavírus.
Delegação olímpica de Uganda no Japão: segundo caso de COVID-19. Foto: Getty Images.

Foi o segundo caso de COVID-19 entre a equipe de nove integrantes. No sábado, o primeiro da equipe testou positivo na chegada ao aeroporto de Narita. No domingo, 20 de junho, os outros oito membros da delegação se hospedaram num hotel em Izumisano, na província de Osaka.

O segundo resultado positivo veio de uma amostra fornecida na terça-feira, 22 de junho, de um membro da equipe com idade de aproximadamente 20 anos.

Toda a delegação de Uganda e mais um oficial em Izumisano, que viajou junto com a equipe, tem estado de quarentena desde sábado. Todos eles foram considerados em contato muito próximo com a primeira pessoa infectada.

A cidade de Izumisano pediu aos oito membros da delegação (competidores da natação, do boxe e de levantamento de peso) que permaneçam em quarentena no hotel e não treinem até o dia 3 de julho.

Todos os membros da equipe receberam as duas doses da vacina da AstraZeneca antes de viajar para o Japão. Eles estão passando por testes de PCR (Polymerase Chain Reaction - exame que detecta e confirma infecção por COVID-19) todos os dias e estão tendo os seus movimentos restritos, segundo as autoridades da província de Osaka.


Fonte: Kyodo News.


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quarta-feira, 23 de junho de 2021

Casos de coronavírus no Japão.

Tóquio registra 435 novos casos COVID-19.


Tóquio - Nesta terça-feira, 22 de junho, o governo metropolitano de Tóquio contabilizou 435 novos casos de coronavírus, 199 casos a mais em relação à segunda-feira.

Tóquio registra 435 novos casos COVID-19.
435 novos casos de coronavírus relatados em Tóquio nesta terça-feira, 22 de junho. Foto: Kyodo.

A média de infecções nos últimos 7 dias na região metropolitana de Tóquio é de 405,9 casos. Pessoas na faixa dos 20 anos (130 novos casos) e 30 anos (83 novos casos) representaram os números mais altos de contágios.

O número de pessoas hospitalizadas com sintomas graves em Tóquio é de 45 pacientes. De acordo com as autoridades de saúde de Tóquio, são dois casos graves de COVID-19 a menos se comparado com o dia anterior, 21 de junho. O número nacional de casos de sintomas graves registrado na terça-feira é de 697 infectados, menos 24 casos em relação à segunda-feira.

Em todo o país, o número de casos notificados até às 18h30 foi de 1.437 infectados. Depois de Tóquio, as províncias com mais casos de coronavírus foram: Kanagawa (163 casos), Osaka (107 casos), Okinawa (98 casos), Aichi (96 casos), Saitama (93 casos), Chiba (74 casos), Fukuoka (36 casos), Tochigi (29 casos), Hokkaido (29 casos) e Hyogo (27 casos).

O número de mortes por coronavírus em todo o país foi de 43 casos.



Fonte: Japan Today.



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domingo, 20 de junho de 2021

Preso por corrupção eleitoral.

Ex-ministro do Japão é condenado à prisão por compra de votos.


Tóquio - O ex-ministro da justiça, Katsuyuki Kawai, foi sentenciado na sexta-feira, 18 de junho, a três anos de prisão e multa de 1,3 milhão de ienes (US$ 12.000), devido a um esquema de compra de votos para a sua esposa se eleger nas eleições da câmara alta de 2019.

Ex-ministro do Japão é condenado à prisão por compra de votos.
Katsuyuki Kawai e sua esposa Anri Kawai: condenados por corrupção eleitoral. Foto: Nikkan-Gendai. 

Rejeitando a inocência parcial de Kawai, o Tribunal Distrital de Tóquio alegou que o político distribuiu um total de 28,7 milhões de ienes para 100 membros da assembleia local  e simpatizantes do distrito eleitoral de sua esposa, Anri Kawai, na província de Hiroshima.

"É um crime extremamente malicioso que prejudica significativamente uma eleição justa, que é a base da democracia", disse o juiz presidente Yasuaki Takahashi.

Os promotores do caso solicitaram uma pena de prisão de quatro anos e multa de 1,5 milhão de ienes durante o julgamento do ex-parlamentar Kawai.

A defesa apelou da decisão, tendo buscado a suspensão da sentença, com base no fato de que Kawai admitiu a maioria das acusações e renunciou ao cargo de legislador.

Sua fiança, concedida em março, foi revogada depois que Kawai foi condenado novamente sob custódia  na casa de detenção de Tóquio. Na sexta-feira, a defesa solicitou a sua libertação sob fiança novamente, mas foi rejeitada.

A decisão não mencionou a soma exorbitante de 150 milhões de ienes que a sede do Partido Liberal Democrata (LDP) forneceu a campanha de Anri Kawai, ocorrido antes das eleições de 2019 para a Câmara dos Conselheiros.

Katsuyuki Kawai negou que a quantia exorbitante tenha sido usado para comprar votos. Sua esposa Anri conquistou uma cadeira na câmara alta nas eleições de 2019, mas ela renunciou ao cargo em fevereiro deste ano após o escândalo do esquema de corrupção.

A campanha de Anri Kawai foi apoiada pelo então secretário chefe de gabinete Yoshihide Suga, atual primeiro-ministro do Japão, e por outros legisladores seniores do partido LDP.

De acordo com a sentença, o ex-ministro da Justiça deu cerca de 29 milhões de ienes a 100 políticos e simpatizantes locais, garantindo votos para a sua esposa nas eleições da câmara alta. Durante o processo, ele admitiu que 90 pessoas receberam o dinheiro para compra de votos.

Kawai alegou inocência no início do seu julgamento em agosto do ano passado, mas mudou de curso e se declarou culpado mais tarde. Em uma audiência em março deste ano, o ex-parlamentar disse: "Não posso negar que desejava que minha esposa fosse eleita".

A sede do LDP aprovou Anri Kawai como candidata adicional do distrito eleitoral de Hiroshima, com o objetivo de ganhar duas cadeiras da câmara alta. Entretanto, o comitê do partido da província não apoiou a decisão.

Em janeiro deste ano, o tribunal de Tóquio condenou Anri Kawai a 16 meses de prisão, com suspensão de cinco anos, por conspirar com o seu marido e distribuir 1,6 milhão de ienes para quatro membros da assembleia municipal de Hiroshima, entre março e maio de 2019.


Fonte: Kyodo News.



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sábado, 19 de junho de 2021

Intoxicação alimentar na merenda escolar.

930 pessoas passaram mal após beber leite contaminado durante o almoço.


Toyama - Cerca de 930 pessoas, incluindo alunos e funcionários, sofreram intoxicação alimentar em 18 instituições de ensino de Toyama. Os sintomas apresentados pelas pessoas foram diarreia e dores de barriga, segundo o anúncio do governo municipal de Toyama na última quinta-feira.

930 pessoas passaram mal após beber leite contaminado durante o almoço.
Merenda escolar do Japão: beber leite faz parte do almoço dos estudantes japoneses. Foto: Mdig.

No total, 830 pessoas de nove escolas do primário e de quatro escolas do ginasial, e 100 pessoas de cinco creches foram intoxicadas pelo leite servido na merenda. De acordo com a prefeitura de Toyama, as trezes escolas envolvidas na intoxicação alimentar receberam o mesmo lote de leite para o horário das refeições do dia 16 de junho.

O leite foi entregue por uma firma local naquela manhã do dia 16 e foi mantido refrigerado até o horário do almoço. No caso das creches, o leite foi entregue na mesma data, mas distribuído duas vezes para os horários dos lanches.

Uma pessoa ligada ao caso disse que, embora a empresa distribuidora do leite tenha entregado o produto para as 18 escolas afetadas, as outras escolas da região, que também receberam o mesmo leite  na mesma data, tiveram nenhum registro de intoxicação.

O posto de saúde de Toyama está fiscalizando as amostras-testes para análise dos lotes de leite afetados do dia 16 de junho. Enquanto isso, as escolas e as creches afetadas pela intoxicação, cancelaram o fornecimento do leite para os dias 18 e 19 de junho.

No dia 17 de junho, 32 crianças (sendo registrado 18 faltas e 14 alunos que retornaram para casa mais cedo) de uma escola afiliada à Universidade de Toyama, apresentaram sintomas de intoxicação alimentar também, de acordo com relatos de funcionários dessa instituição de ensino. O leite tinha sido fornecido na merenda escolar do dia 16 de junho e, após os casos intoxicação aparecerem, o produto foi retirado das refeições no dia 17 de junho.

Em 1998, a cidade de Toyama apresentou um outro caso de contaminação do leite em escolas da região. Ao todo, 961 pessoas, que beberam leite durante a merenda escolar, sofreram problemas de intoxicação alimentar.


Fonte: The Mainichi.



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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Vacinação para os mais jovens.

Tóquio e Osaka começaram a vacinar pessoas com 18 anos ou mais nesta quinta-feira. Mas as vagas são para até 27 de junho.


Tóquio - Os centros de vacinação em massa contra a COVID-19 iniciaram a inoculação de pessoas com 18 anos ou mais hoje, dia 17 de junho. A vacinação para maiores de 65 anos ainda continua, embora que muitas vagas nos centros permaneçam abertas até domingo.

Tóquio e Osaka começaram a vacinar pessoas com 18 anos ou mais nesta quinta-feira. Mas as vagas são para até 27 de junho.
Centro de vacinação em massa contra o coronavírus no distrito comercial de Otemachi, Tóquio. Foto: Kyodo.

A mudança na faixa etária ocorreu dois dias depois que o Ministério da Defesa do Japão, que administra os centros de vacinação em massa de Tóquio e Osaka, decidiu remover as restrições por idade. O motivo da mudança é para evitar o desperdício de vacinas nas instalações. Nesse caso, há vagas para reservas de vacinação até o dia 27 de junho.

Nesta quinta-feira, 90% das 70.000 vagas do centro de vacinação de Tóquio já foram preenchidas para até o próximo domingo. No centro de vacinação de Osaka, cerca de 20.000 das 35.000 vagas ainda não foram preenchidas para o mesmo período.

Os centros de vacinação, que podem inocular até 10.000 pessoas por dia em Tóquio e até 5.000 pessoas por dia em Osaka, administram a vacina de duas doses da empresa farmacêutica americana Moderna Inc. A vacina da Moderna é recomendada para pessoas com 18 anos ou mais.

Para fazer a reserva da vacina pelo site do Ministério da Defesa, ou pelo aplicativo de mensagem Line ou por ligação telefônica, é necessário um cupom de vacinação. O cupom é enviado pelo município local para os residentes das regiões próximas dos centros de vacinação em massa.

"Eu estava ansioso para ser vacinado porque as aulas presenciais já foram retomadas na minha universidade. Fazemos provas e enviamos relatórios nesta época, então estou um pouco aliviado após receber a injeção", disse Ryoto Matsuda, estudante universitário de 21 anos vacinado em Tóquio.

"Como estou envolvido na entrega de alimentos, tentei fazer uma reserva da vacina o mais rápido possível para deixar os meus clientes mais tranquilos. Enfrentamos uma situação difícil, pois as vendas da empresa caíram muito e não há compensação. Estou aguardando o dia em que as pessoas possam sair fora para comer como antes", disse Ryuji Shimada, funcionário de 44 anos de uma empresa atacadista de alimentos em Tóquio.

Daisuke Kuroda, 50 anos, que saiu da cidade de Himeji, província de Hyogo, veio ao centro de vacinação de Osaka junto com a sua esposa Kumiko, 47 anos, e comentou o seguinte: "Gostaríamos de ir a muitos lugares sem a necessidade de usar máscaras".

Os centros de vacinação em massa foram criados no mês passado para acelerar a vacinação no Japão. A taxa de vacinação do país está muito baixa se comparada com outros países desenvolvidos.

Os locais de vacinação criados pelo governo visavam inicialmente vacinar pessoas com 65 anos ou mais de sete províncias próximas da região metropolitana de Tóquio e Osaka. Depois, o escopo foi expandido para aceitar a vacinação de pessoas mais jovens.

No entanto, as vagas para vacinação do dia 28 de junho em diante são reservadas, principalmente, para os idosos tomarem a segunda dose da vacina. Devido à procura para a próxima semana, quase nenhuma vaga está disponível para novas reservas nos centros de vacinação em massa.

O ministro encarregado nos esforços de vacinação do Japão, Taro Kono, disse na quinta-feira que o governo pode atingir esta semana a sua meta de administrar 1 milhão de vacinas por dia. Kono fez o comentário a respeito da meta em uma reunião online com o presidente da Câmara de Comércio e Indústria do Japão, Akio Mimura.


Fonte: Japan Today.  


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quinta-feira, 17 de junho de 2021

Evitando aglomerações na cidade grande.

Governo de Tóquio disponibiliza informações na internet sobre aglomeração de pessoas.


Tóquio - Em sua mais recente iniciativa no combate ao coronavírus, o governo metropolitano de Tóquio começou a fornecer informações sobre aglomerações de pessoas nas principais áreas da capital japonesa. As informações podem ser visualizadas no website do governo, procurando incentivar a população a evitar locais com muitas pessoas em circulação nas ruas, principalmente, nos bairros mais badalados da cidade.

Governo de Tóquio disponibiliza informações de aglomeração de pessoas na internet.
Ruas de Tóquio: informação sobre aglomeração de pessoas na capital agora disponível na internet. 

 As informações são baseadas nos dados de localização de telefones celulares da NTT Docomo Inc. O status de aglomeração de pessoas é mostrado num espaço de cada 500 metros em oito áreas de Tóquio, como Shibuya, Shinjuku e Ginza. O grau de aglomeração do site é mostrado em quatro níveis de cores, num mapa codificado que será atualizado de hora em hora.

Governo de Tóquio disponibiliza informações de aglomerações de pessoas na internet.
Tela do site do governo metropolitano de Tóquio mostrando os níveis de aglomeração de pessoas nos principais bairros da capital. 

Além disso, durante as Olimpíadas e Paraolimpíadas de Tóquio, o governo metropolitano planeja lançar previsões de aglomeração de pessoas para o dia seguinte, principalmente em  torno dos locais das competições esportivas. Os dados serão acumulados diariamente para melhorar a precisão das informações e prever os impactos do movimento dos espectadores durante os jogos.

Nikkey ON!: Será que isso ajudará na conscientização das pessoas durante as Olimpíadas de Tóquio? Só vendo para crer.

As informações estão disponíveis no endereço abaixo:

https://www.seisakukikaku.metro.tokyo.lg.jp/information/corona-people-flow-analysis.html (em japonês)



Fonte: The Mainichi.



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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Tratamento rígido durante as Olímpiadas.

Expulsão do Japão caso algum atleta olímpico desrespeite as regras do combate à COVID-19.


Tóquio - Os atletas estrangeiros que competirão durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio poderão ser expulsos do Japão se alguns deles violarem os regulamentos de prevenção de infecções do coronavírus. As regras do combate a doença estão num livro lançado nesta terça-feira, 15 de junho.

Expulsão do Japão caso algum atleta olímpico desrespeite as regras do combate à COVID-19.
Atletas devem obedecer às regras do manual olímpico no combate ao coronavírus no Japão. Foto: Reuters.

A terceira e mais nova versão do manual (o playbook), com várias medidas para combater à COVID-19, afirma que os atletas podem enfrentar outras penalidades no caso de não cumprimento das regras: retirada do credenciamento e do direito de participar dos jogos olímpicos, assim como uma multa.

"Pode haver consequências impostas a você no caso de violação de medidas ou instruções, assim como estar sujeito a medidas administrativas estritas. Isso também inclui medidas para os procedimentos na revogação da autorização de estadia no Japão", de acordo com o documento. Também é observado que algumas das etapas estão sob a jurisdição das autoridades japonesas.

O manual, ou livro de regras que foi criado pelos organizadores das Olímpiadas com assessoria da Organização Mundial da Saúde, especifica como e quando os atletas serão testados para o vírus durante os jogos. Também explica o que acontecerá se um teste do atleta der positivo.

Os atletas, que serão rastreados diariamente, terão a responsabilidade de enviar suas amostras de saliva às 9 horas da manhã  ou às 18 horas, por meio de oficiais ligados ao combate à COVID-19 e também de seus respectivos comitês olímpicos de seus países.

Se o resultado do atleta der positivo, eles precisarão fazer um teste de reação em cadeia da polimerase, usando um cotonete nasal.

Um centro de controle de infecções foi estabelecido pelo comitê organizador dos Jogos de Tóquio. O centro é responsável por confirmar um teste de COVID-19 positivo e identificar os indivíduos que estiveram próximos da pessoa cujo teste foi positivado. O lugar também será coordenado com uma unidade de apoio, operada por oficiais do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Paraolímpico Internacional.

De acordo com os organizadores, as regras do playbook entrarão em vigor a partir de 1º de julho. Os manuais para funcionários e trabalhadores, incluindo afiliados de patrocinadores corporativos e a mídia, serão lançados numa data posterior.

Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio terão cerca de 15.000 atletas de todo o mundo. Haverá cerca de 78.000 funcionários e trabalhadores estrangeiros, menos da metade dos 180.000 pessoas inicialmente planejado.

Faltando um pouco mais de um mês para a abertura das Olimpíadas, o presidente do COI, Thomas Bach, disse na semana passada que os organizadores dos jogos estão em uma "fase de entrega total".

Os organizadores, incluindo o governo japonês e metropolitano de Tóquio, já tinham decididos não realizar os Jogos Olímpicos com a presença de espectadores vindos do exterior.

Haverá uma decisão no final deste mês sobre a política a ser adotada para os espectadores que vivem no Japão. O governo japonês está estudando a permissão de até 10.000 pessoas nos locais dos jogos.

Tóquio e algumas províncias do país estão atualmente em estado de emergência, que está programado para terminar no dia 20 de junho. 

No entanto, o governo está considerando colocar Tóquio no estado de quase-emergência durante as Olimpíadas. A ideia é baseada nas opiniões de vários especialistas em saúde do Japão que expressaram preocupação com o potencial aumento nos casos de COVID-19 na capital durante os jogos.


Fonte: Kyodo News.


     
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terça-feira, 15 de junho de 2021

Vivendo com uma refeição por dia.

O drama de um estudante estrangeiro na sua luta para sobreviver no Japão.


Tóquio - Um estudante da Mongólia, que faz universidade no Japão, está fazendo o maior esforço para sobreviver na cidade de Tóquio, depois de perder seu emprego em meio à pandemia do coronavírus.

O drama de um estudante estrangeiro na sua luta para sobreviver no Japão.
O universitário entrando em contato com os seus pais na Mongólia pelo seu smartphone. Foto: Mainichi.

O jovem de 21 anos (que prefere não se identificar) relata que só pode fazer uma refeição por dia e tem recebido ligações diárias da empresa fiadora que cobra dele o aluguel atrasado do apartamento onde vive. Sobre as atuais circunstâncias, ele desabafa abaixando a cabeça: "Fiz todo o caminho para o Japão, mas é extremamente lamentável."

O estudante ansiava por viver no Japão depois de ter residido no país por três anos. Naquela época, ele era só um estudante do ensino fundamental enquanto vivia com o seu pai que trabalhava numa empresa japonesa. Já crescido, ele estudou japonês no seu país e fez o teste de proficiência em língua japonesa, passando no nível 2 (o segundo mais alto). Após o teste, ele se mudou para o Japão há três anos e começou a estudar administração numa universidade japonesa. Quando estava no segundo ano da universidade, ele fez novamente o teste de proficiência da língua japonesa e passou no teste de nível 1 (o mais alto). Ele fala o japonês fluentemente.

De acordo com as leis japonesas,  os alunos estrangeiros podem trabalhar até 28 horas por semana no Japão. O rapaz teve empregos de meio período desde que entrou na universidade japonesa, trabalhando principalmente em lojas de conveniência. Ele ganhava em média 80.000 ienes por mês (cerca de US$ 729). Com o dinheiro que recebia, ele pagava o aluguel, contas de serviços públicos, telefone e alimentação. Seus pais tomam emprestado dinheiro para conseguir pagar as mensalidades da universidade em que estuda, que é cerca de 800.000 ienes por ano (US$ 7.300). Dessa forma, o estudante não pode esperar que seus pais lhe ajudem a pagar as suas outras despesas mensais no Japão.

O universitário estava apenas conseguindo sobreviver no país quando a pandemia do coronavírus chegou. O número de clientes na loja de conveniência onde trabalhava despencou durante o primeiro estado de emergência imposta no Japão. Antes da pandemia, ele trabalhava 4 vezes por semana. Durante a pandemia, o seu turno de trabalho foi reduzido para uma vez por semana. Percebendo que não conseguiria sobreviver com os horários de trabalho tão reduzidos, ele não teve escolha: largou o emprego da loja de conveniência.

Depois disso, o estudante conseguiu arranjar um outro emprego numa loja de preço único (100 ienes). Ele foi designado para atender os clientes no caixa, mas precisava ficar o dia todo trabalhando. O rapaz ficava muito mais tempo no trabalho do que o seus colegas japoneses. Ele chegou a conversar com o gerente da loja para solicitar melhorias nas suas condições de trabalho, mas nenhuma mudança foi feita para poder ajudá-lo. 

Incapaz de suportar as condições de trabalho da loja, o universitário deixou o emprego em meados de março deste ano. Desempregado novamente, ele se candidatou a outros empregos de meio período, mas muitos empregadores o rejeitaram. O motivo disso é que as empresas estavam reduzindo o custo de pessoal devido ao coronavírus.

Sem dinheiro,  o estudante não conseguiu pagar o aluguel do mês de maio. Apesar de ser a primeira vez que atrasa o aluguel, a empresa fiadora responsável pelo apartamento passou a ligá-lo todos os dias cobrando o pagamento atrasado, criando uma pressão de despejo na sua mente. 

"Estou sempre pedindo que a empresa espere pois eu vou pagar o aluguel atrasado. Mas tudo que eles querem saber é quando eu vou poder pagar. Agora, eu estou com muito medo de atender o telefone", disse o estudante mongol ao jornal Mainichi.

O universitário não tem muita interação com outros alunos, uma vez que suas aulas estão sendo online desde o ano passado. Ele não se juntou a nenhum clube escolar da universidade, pois a maior parte do seu tempo é para estudar e trabalhar. A sua intensão é arranjar um trabalho na indústria de tecnologia da informação, procurando um emprego de período integral. Mas sem dinheiro em mãos, o rapaz não consegue nem pagar o transporte público para se locomover dentro de Tóquio.

Um outro problema é a alimentação. O estudante mal consegue fazer uma refeição por dia. Às vezes, come arroz com curry comprado pronto ou adquire carne barata no mercado e cozinha em casa.

"Estou pagando as contas de alimentação e de serviços públicos com o cartão de crédito por enquanto. A fatura do cartão está quase para vencer, mas não tenho dinheiro na minha conta de banco", disse o rapaz com uma expressão inquieta.

No final de maio, o estudante finalmente conseguiu um emprego numa loja de conveniência. Agora, ele está trabalhando três vezes por semana, incluindo um turno noturno entre 22h e 7h. Ele não receberá o pagamento integral até 10 de julho.

"Falo com os meus pais na Mongólia pelo aplicativo Line e eles estão preocupados comigo. Sempre perguntam se estou bem e eles dizem para eu aguentar firme. Estou ansioso para começar a procura de um emprego em tempo integral", disse o estudante.

De acordo com a Organização de Serviços ao Estudante do Japão, um total de 279.597 estudantes estrangeiros estavam no país. Isso representa uma queda de 10,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Na pesquisa realizada pela organização, em fevereiro e março de 2020, sobre as condições de vida dos estudantes internacionais com financiamento privado, cerca de 70% dos entrevistados disseram que trabalhavam por meio período.

Segundo uma fonte relacionada a uma escola de língua japonesa, os estudantes estrangeiros têm perdido os seus empregos de meio período em restaurantes e em empresas de logísticas devido aos efeitos da pandemia do coronavírus. Como há poucas ofertas de contratação, esses estudantes estão tendo dificuldades em encontrar um novo emprego no mercado de trabalho japonês.


Fonte: Mainichi Shimbun.



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segunda-feira, 14 de junho de 2021

Novos critérios, menos casos de COVID-19.

Japão é acusado de "maquiar" os dados da pandemia do coronavírus antes do início das Olímpiadas.


Tóquio - A precisão dos números dos casos da COVID-19 divulgados pelo governo japonês foi questionada depois que, no início de junho, o Ministério da Saúde adotou novos critérios para os cálculos de infectados pela doença.

Japão é acusado de "maquiar" os dados da pandemia do coronavírus antes do início das Olímpiadas.
Katsunobu Kato, secretário-chefe do gabinete do Japão.

Anteriormente, a taxa de ocupação total de leitos para pessoas com o vírus incluía pacientes internados em hospitais, somados aos doentes que esperavam em casa para serem admitidos em hospitais para o tratamento. E também incluía pacientes com coronavírus que estavam em hospitais, mas não estavam em leitos reservados para os casos de COVID-19.

De acordo com o novo método de cálculo do Ministério da Saúde do Japão, as pessoas que estão em casa aguardando por uma vaga no hospital não são mais contabilizadas nas taxas de ocupação de leitos. Da mesma forma, os pacientes com coronavírus em estado não-crítico em enfermarias de hospitais comuns também foram excluídos do total de casos pelo ministério.

O novo método permitiu, de imediato, ao ministério uma redução no número de províncias japonesas com taxas de ocupação de leitos hospitalares acima de 50%. Das 20 províncias que estavam acima de 50% anteriormente com o antigo cálculo, agora são apenas 11 províncias com números muito altos de casos da doença.

A taxa de ocupação de leitos hospitalares é muito importante, pois é um dos indicadores que o governo japonês usa para monitorar a pandemia e introduzir ou cancelar os pedidos de estado de emergência de cada província.

Da mesma forma, o painel de médicos especialistas, criado pelo governo para aconselhar sobre questões da pandemia, afirmou várias vezes que as Olimpíadas não deveriam prosseguir se o Japão ainda estivesse no Estágio 4 (taxa de infecção muito alta com o sistema de saúde à beira do colapso) da pandemia.

Graças aos novos números que caíram o suficiente nas últimas semanas, o governo japonês anunciou na quinta-feira, 10 de junho, a suspensão das restrições do estado de emergência em três províncias já nesta segunda-feira, 14 de junho. As províncias de Gunma, Ishikawa e Kumamoto terão as proibições de restaurantes e bares que servem bebidas alcóolicas suspensas e poderão voltar a funcionar após às 8 horas da noite. É esperado uma decisão semelhante do governo para mais cinco províncias nos próximos dias.

Katsunobu Kato, o secretário-chefe do gabinete, disse em uma entrevista coletiva, na semana passada, que as mudanças no método de cálculo foram feitas para unificar a forma como os números são recolhidos em todo o país. Dessa forma, as autoridades têm agora um melhor entendimento do número de pessoas que ocupam os leitos dos hospitais do país.

Nikkey ON!: E viva as Olímpiadas! Francamente! Só mesmo os jogos olímpicos para reduzir os casos de coronavírus no Japão. Vamos ver se na prática os números de casos continuarão a diminuir ou se manterão estáveis durante os jogos.


Fonte: News on Japan.



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domingo, 13 de junho de 2021

Contagem regressiva para as Olimpíadas.

Organizadores da Tóquio 2020 preveem 225.000 turistas nos locais dos Jogos Olímpicos.


Tóquio - O comitê organizador das Olimpíadas e Paraolimpíadas de Tóquio informou ao público que registrou a venda de ingressos para 42% da capacidade dos locais dos jogos. Espera-se a chegada de 225.000 espectadores por dia na capital japonesa, isso se todos os detentores dos ingressos comparecerem aos locais das competições.

Organizadores da Tóquio 2020 preveem 225.000 turistas nos locais dos Jogos Olímpicos.
Hidemasa Nakamura durante uma coletiva de imprensa para apresentação da Tóquio 2020 Playbook, em 28/04/21. Foto: Franck Robichon / Pool via AP.

Com os organizadores das Olimpíadas definindo um plano para o público doméstico, Hidemasa Nakamura, oficial de entrega dos jogos do Comitê Olímpico, sugeriu que o risco de ter espectadores poderia ser limitado. De acordo com Nakamura, o número de titulares com os ingressos previstos para entrar nas instalações das competições pode ser menor que o esperado se comparado com os turistas se deslocando dentro de Tóquio.

Entrevistado durante uma coletiva de imprensa na sexta-feira, 11 de junho, Nakamura disse que 70% dos ingressos para os jogos de Tóquio e nas províncias vizinhas (Chiba, Saitama e Kanagawa) foram vendidas para pessoas que vivem nessas áreas.

Os organizadores japoneses e o Comitê Olímpico Internacional (COI) aguardam a decisão sobre a capacidade dos locais para os espectadores do Japão, após barrar o público vindo do exterior. Entretanto, médicos especialistas expressaram preocupação, pois o público doméstico presente nos jogos, viajando de um local para o outro, poderia levar à disseminação do coronavírus.

O principal conselheiro da COVID-19 do Japão, o especialista em doença infecciosas Shigeru Omi, disse a um comitê parlamentar na sexta-feira que irá avaliar o risco de permitir os espectadores nos locais dos jogos.

Omi, que chefia um subcomitê do governo no controle do coronavírus,  afirmou que o público poderá ser solicitado a seguir etapas para atenuar a onda de infecções. Uma dessas etapas é evitar que as pessoas viajem para as outras províncias durante as Olimpíadas. O problema é que os jogos coincidem com o período de férias de verão no Japão.

Faltando 40 dias para a realização da abertura das Olimpíadas, Tóquio está em estado de emergência desde o final de abril para reduzir o número de infecções por COVID-19. Omi disse que planeja fazer recomendações sobre a organização dos Jogos Olímpicos até 20 de junho, último dia do estado de emergência na capital.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, disse na sexta-feira que um centro de vacinação será instalado no prédio do governo metropolitano da capital, para a imunização de funcionários e trabalhadores relacionados às Olimpíadas.

Cerca de 2.500 doses da vacina contra o coronavírus serão administrados por dia, a partir de 18 de junho, para árbitros e equipes que trabalham nas instalações dos jogos. Isso inclui a vila dos atletas também, afirma Koike.

O centro de vacinação usará as doses da vacina da Pfizer Inc., fornecidas pelo COI para atletas e oficiais japoneses participantes dos Jogos Olímpicos.


Fonte: Japan Today.


 
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sábado, 12 de junho de 2021

Restrições menos rígidas contra a pandemia.

Governo planeja aliviar as restrições no combate ao coronavírus em Tóquio e Osaka.


Tóquio - O governo japonês está analisando a possibilidade de suspender o estado de emergência que cobre a região de Tóquio e outras áreas após a próxima semana. Porém, o país pretende manter algumas restrições em vigor a fim de evitar o ressurgimento de mais infecções de coronavírus antes dos Jogos Olímpicos, isso de acordo com as informações passadas nesta sexta-feira por um funcionário do governo a par do assunto.

Governo planeja aliviar as restrições no combate ao coronavírus em Tóquio e Osaka.
Governo pretende reduzir as restrições no combate a pandemia antes do início dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

O atual estado de emergência poderá terminar em 20 de junho, conforme programado na maioria das 10 províncias que passaram a ter as medidas mais restritivas contra a COVID-19. Mas algumas regiões, incluindo a cidade de Osaka, poderão entrar numa fase de "estado quase de emergência".

Nas áreas sob a "quase emergência", o governo pretende continuar exigindo que os restaurantes encurtem o horário de funcionamento, mas liberando a venda de bebidas alcóolicas, disse uma autoridade governamental que preferiu não se identificar.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, irá convocar uma reunião da força-tarefa no combate ao coronavírus na próxima quinta-feira. Uma decisão formal será tomada após uma consulta com os membros de seu gabinete, que inclui o ministro da saúde Norihisa Tamura e o ministro responsável pela resposta a COVID-19, Yasutoshi Nishimura.

Atualmente, as províncias japonesas sob o estado de emergência são: Hokkaido, Tóquio, Aichi, Kyoto, Osaka, Hyogo, Okayama, Hiroshima, Fukuoka e Okinawa.

Enquanto algumas províncias pediram ao governo o fim total do estado de emergência em 20 de junho, outras regiões continuam cautelosas com a liberação. As regiões com mais receio pelo fim do estado de emergência são Hokkaido e Okinawa onde, particularmente, os seus sistemas de saúde continuam em alerta com vários pacientes nos hospitais com coronavírus.

A cidade de Tóquio poderá ser colocada em estado de quase emergência durante as Olimpíadas e Paraolimpíadas, que serão realizadas entre 23 de julho e 5 de setembro. A maior preocupação do governo é com relação ao fluxo de atletas, funcionários e jornalistas vindos do exterior, possibilitando uma maior disseminação da COVID-19 na capital.

Já na próxima terça-feira, 15 de junho, um subcomitê de especialistas deve se reunir para discutir a flexibilização das restrições aos espectadores em grandes eventos, garantindo ou não a participação das pessoas nos Jogos Olímpicos. Atualmente, a participação do público em eventos no Japão, como jogos esportivos e shows, é limitada a 5.000 pessoas no máximo ou 50% da capacidade de ocupação de pessoas no local.

Os indicadores de infecções por coronavírus no Japão já mostram uma redução de casos que justificam o fim do estado de emergência. Um total de 1.937 novas infecções foram registradas em todo o Japão nesta sexta-feira, 12 de junho. O número está abaixo dos 6.000-7.000 casos diários durante o pico da quarta onda de COVID-19 no início de maio.

Mas como os casos de coronavírus podem aumentar rapidamente após o fim do estado de emergência, como aconteceu no mês de março deste ano, o governo japonês teme remover completamente as restrições atuais.

Entre as oito províncias em estado de quase emergência, Gunma, Ishikawa e Kumamoto estarão totalmente liberadas após este fim de semana, 13 de junho. Já as outras cinco províncias restantes (Saitama, Kanagawa, Chiba, Gifu e Mie) deverão ter o fim total das restrições previsto para 20 de junho.


Fonte: Kyodo News.



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sexta-feira, 11 de junho de 2021

As melhores cidades do mundo 2021.

Neste ano, Osaka e Tóquio se destacaram na lista das cidades mais habitáveis do mundo.


Londres - O novo ranking de habitabilidade da Economist Intelligence Unit (EIU), com sede na Inglaterra, divulgou nesta quarta-feira, 9 de junho, a sua lista das cidades com melhores condições para se viver no ano 2021.

Neste ano, Osaka e Tóquio se destacaram na lista das cidades mais habitáveis do mundo.
Auckland, Nova Zelândia: a melhor cidade do mundo para se viver em 2021. Foto: Acciona.

A cidade número um da lista deste ano é Auckland, na Nova Zelândia. Em segundo lugar está Osaka, Japão. O terceiro lugar ficou para Adelaide, Austrália. Em quarto lugar, duas cidades empataram: Tóquio, no Japão, e Wellington, na Nova Zelândia.

O ranking das cidades mais habitáveis do mundo 2021 foi fortemente abalada pela pandemia do coronavírus. Geralmente, as cidades europeias e as cidades da América do Norte sempre têm o seu espaço na lista anual dos 10 melhores lugares do mundo para se viver. Porém, o destaque deste ano ficou por conta das cidades da Nova Zelândia, Austrália, Japão e Suíça.

O relatório deste ano destacou as cidades japonesas de Osaka e Tóquio que obtiveram pontuações altas nos quesitos estabilidade e saúde. Osaka saiu na frente de seu rival nacional, a capital Tóquio, com uma pontuação mais alta no quesito infraestrutura.

Auckland subiu para o topo da lista de 2021 devido à sua abordagem bem-sucedida na contenção da pandemia da COVID-19. Isso permitiu que a população de Auckland permanecesse livre, fora das duras restrições no controle do coronavírus, garantindo pontos fortes para estar no topo da lista, de acordo com a EIU.

Em contrapartida, as cidades europeias tiveram um desempenho particularmente ruim na edição do ranking deste ano. Tudo por causa da pandemia do coronavírus que se espalhou por todo o mundo em 2020 e ainda continua alarmando a população global. Por causa desse problema de saúde pública mundial, a lista das cidades mais habitáveis do mundo não foi divulgada em 2020.

A cidade de Viena, na Áustria, sempre foi destaque da lista das melhores cidades do mundo, ficando em primeiro lugar durante dois anos seguidos, em 2018 e 2019. Mas por causa da COVID-19, Viena caiu para a 12º posição em 2021. De acordo com o estudo, oito das dez maiores quedas no ranking deste ano são compostas por cidades europeias.

Confira abaixo a lista das 10 cidades mais habitáveis do mundo de 2021:

                         

As 10 melhores cidades do mundo para se viver em 2021.

Cidade

País

Pontuação

  1 - Auckland

Nova Zelândia

96.0

  2 - Osaka

Japão

94.2

  3 - Adelaide

Austrália

94.0

  4 - Tóquio

Japão

93.7

  4 - Wellington

Nova Zelândia

93.7

  6 - Perth

Austrália

93.3

  7 - Zurique

Suíça

92.8

  8 - Genebra

Suíça

92.5

  8 - Melbourne

Austrália

92.5

10 - Brisbane

Austrália

92.4



   
Fontes: News On Japan / CNN.



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