Governo japonês pretende endurecer as medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus.
Tóquio - Nesta sexta-feira do dia 15/01, foi completado 1 ano que o Japão começou a contabilizar o primeiro caso de coronavírus no país. Desde então, o arquipélago já soma mais de 311 mil casos registrados da doença e que recentemente forçou o governo a um segundo estado de emergência para Tóquio e para outras 10 províncias.
Diante da terceira onda de casos no país, o governo do primeiro-ministro Yoshihide Suga está planejando implementar uma legislação mais severa para punir quem descumprir as regras de combate ao vírus. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar se reuniu ontem (15/01), para discutir uma proposta de revisão da lei de doenças infecciosas, podendo multar ou até mesmo decretar prisão para as pessoas que testarem positivo à COVID-19 e se recusarem a se hospitalizar ou cooperar no rastreamento da infecção.
O plano foi aprovado pela maioria dos especialistas em saúde que estava na reunião, mas é necessário que o governo tenha cautela na aplicação de punições. Alguns especialistas têm expressado dúvidas com a eficácia das novas medidas na redução de infecções.
A proposta que revisa a lei foi revelada pelo governo de Suga aos partidos governantes e de oposição, antes da sua apresentação na sessão regular do Parlamento marcado na próxima semana. De acordo com a proposta, a pessoa infectada que se recusar a ser hospitalizada pode ser penalizada com uma multa de no máximo 1 milhão de ienes ou cumprir uma pena de prisão de até 1 ano.
Os hospitais para pacientes com COVID-19 no Japão estão ficando cada vez mais cheios, pressionando as instituições médicas a evitarem a liberação de mais leitos para pacientes infectados por medo de expor o local ao vírus.
A nova proposta também pode multar empresas que não cumprirem regras implantadas no combate ao coronavírus, tais como a redução do horário de expediente ou do fechamento temporário do estabelecimento. Segundo uma fonte do Partido Liberal Democrático, a multa por infringir as novas regras pode chegar a 300.000 ienes ou até 500.00 ienes caso a empresa esteja na província em estado de emergência.
Os parlamentares demonstraram certa preocupação com as novas medidas a serem apresentadas, devido as punições e a redução da liberdade pessoal da sociedade. Segundo Yuichiro Tamaki do Partido Democrático para o Povo: "É uma espécie de zona cinzenta. Existem questões relativas às liberdades pessoais."
Fonte: The Mainichi / Alternativa.
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