domingo, 30 de maio de 2021

Imunização de crianças em breve.

Japão planeja vacinar a sua população infantil contra COVID-19.


Tóquio - Um painel do ministério da saúde do Japão aprovou a expansão do uso da vacina norte-americana Pfizer para jovens de 12 a 15 anos no país.

Japão planeja vacinar a sua população infantil contra COVID-19.
Japão pretende vacinar crianças de 12 a 15 anos em breve. 

O ministério deve decidir em uma reunião nesta segunda-feira, 31 de maio, o fornecimento das vacinas contra o coronavírus gratuitamente para as crianças na idade em questão.

O governo também deu sinal positivo na extensão do período máximo de armazenamento da vacina para um mês, numa temperatura entre 2 e 8º C. Para o armazenamento de longo prazo, a vacina da Pfizer precisa ser mantida a uma temperatura de -75º C aproximadamente.

A Pfizer Inc. tem trabalhado com a Pharmaceuticals and Medical Devices Agency no Japão para expandir a autorização de suas vacinas para os jovens. Da mesma maneira, a empresa farmacêutica e a agência japonesa têm também trabalhado juntos no prolongamento do período de armazenamento das vacinas no Japão, o que já acontece em outros países.

No ensaio clínico da Pfizer, 2.260 crianças com idades entre 12 e 15 anos foram analisadas em estudos laboratoriais. Dezoito delas que receberam um placebo foram posteriormente infectadas com o coronavírus. Já as outras crianças que receberam a vacina, nenhuma delas foram confirmadas com o vírus.

O governo japonês aprovou a vacina da Pfizer em fevereiro deste ano e iniciou a imunização dos profissionais da saúde do país como prioridade. A vacinação para os idosos começou no mês de abril.

A outra empresa norte-americana, a Moderna Inc., também divulgou resultados de seus estudos clínicos que mostram a eficácia de sua vacina para crianças entre 12 e 17 anos. A Moderna já está se preparando para expandir o uso de suas vacinas para o público infantil em alguns outros países. Atualmente,  a empresa só está autorizada a vacinar pessoas maiores de 18 anos.

O governo japonês aprovou a vacina da Moderna no início de maio para tentar acelerar o seu programa de imunização contra o coronavírus no país.


Fonte: Kyodo News.


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sábado, 29 de maio de 2021

Combate ao coronavírus.

Japão estende o estado de emergência para até 20 de junho.


Tóquio - Nesta sexta-feira, 28 de maio, o governo estendeu o estado de emergência da região de Tóquio, Osaka e de outras sete províncias para até 20 de junho. Até lá, faltará um pouco mais de um mês para o início dos Jogos Olímpicos e, apesar de todos os esforços, o ritmo da diminuição das infecções por COVID-19 continua lento.

Japão estende o estado de emergência para até 20 de junho.
Yoshihide Suga fala durante a coletiva de imprensa em Tóquio nesta sexta-feira, dia 28. Foto: Kyodo.

Durante a extensão do estado de emergência, continuarão permanecendo em vigor as restrições como a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes, proibição de serviços de karaokê, funcionamento do comércio até as 8h da noite, e limite na participação do público em eventos esportivos e concertos musicais.

O primeiro-ministro, Yoshihide Suga, formalizou a decisão em uma reunião da força-tarefa do governo contra a COVID-19.

Além de Tóquio e Osaka, as outras sete províncias com o estado de emergência estendido são: Hokkaido, Aichi, Kyoto, Hyogo, Okayama, Hiroshima e Fukuoka. Okinawa é a décima região adicionada recentemente, mas ela já tinha sido incluída na lista, alguns dias antes, com o prazo das restrições para até 20 de junho. Todas as 10 áreas correspondem por metade da economia do Japão e um pouco mais de 40% da população do país.

"As infecções estão diminuindo em algumas áreas, mas no geral, a situação é altamente imprevisível", disse Suga aos repórteres na quinta-feira, após consultar Norihisa Tamura (ministra da saúde) e Yasutoshi Nishimura (ministro no combate ao coronavírus).

Nesta manhã de sexta-feira, o ministro Nishimura disse a um painel de especialistas que é necessário reduzir as infecções da COVID-19 a um nível administrável para que não haja uma grande repercussão durante o caminho para a cura.

Nos últimos dias, os líderes das províncias solicitaram ao governo central a ampliação do estado de emergência para mais um mês, como o caso do pedido da governadora de Tóquio, Yuriko Koike.

O governo central parece ter definido o fim do prazo do estado de emergência para o dia 20 de junho devido às Olimpíadas de Tóquio. Baseando-se na situação das infecções por coronavírus no país até o final de junho, começará a definição do número de espectadores que serão permitidos nos locais dos jogos olímpicos.

Por outro lado, a oposição pública no Japão em prosseguir com as Olimpíadas durante a pandemia global da COVID-19 está crescendo. Cerca de 59,7% das pessoas entrevistadas dizem que os jogos deveriam ser cancelados, isso de acordo com uma pesquisa da Kyodo News.   

Hospitais em Osaka e na vizinha Hyogo continuam lutando para liberar leitos para pacientes com coronavírus. Em Okinawa, após um grande número de turistas visitando as ilhas no feriado do Golden Week, os casos de infecção por COVID-19 têm aumentado rapidamente por lá.

A preocupação com a variante indiana do coronavírus também está crescendo no Japão. Altamente contagiosa, os especialistas em saúde alertam que a nova cepa pode se tornar dominante no país.


Fonte: Japan Today.



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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Mais agitações a respeito das Olimpíadas.

Grupo de médicos alerta que as Olimpíadas de Tóquio podem causar uma crise de saúde.


Tóquio - Durante uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, 27 de maio, o chefe do sindicato de médicos do Japão, o doutor Naoto Ueyama, alertou as autoridades japonesas para o cancelamento das Olimpíadas de Tóquio . Presente no Clube de Correspondentes Estrangeiros do Japão, ele afirmou que organizar os jogos seria "extremamente perigoso", já que o país enfrenta uma quarta onda de infecções por coronavírus.

Grupo de médicos alerta que as Olimpíadas de Tóquio podem causar uma crise de saúde.
O médico Naoto Ueyama fez um alerta sobre os riscos da disseminação do coronavírus nas Olimpíadas de Tóquio. Foto: AP Photo / Eugene Hoshiko.

Com uma quantidade de quase 100.000 pessoas (entre atletas, funcionários e oficiais para as Olimpíadas e Paraolimpíadas), Ueyama fez um alerta: "Todos os diferentes tipos de cepas mutantes do COVID-19, de várias partes do mundo, estarão concentrados e recolhidos aqui em Tóquio".

Ueyama acrescenta: "Não podemos negar a possibilidade de até mesmo uma cepa completamente nova do vírus  surgir e se espalhar pelo mundo a partir da realização dos jogos na capital japonesa".

O sindicato que Ueyama lidera é um dos muitos pequenos grupos representados por médicos no Japão. A sua oposição ferrenha reflete a visão geral do público japonês em relação às Olimpíadas.

A insistência dos organizadores dos Jogos Olímpicos em seguir em frente, apesar da pandemia, alimentou o sentimento negativo sobre o evento. Tóquio e algumas outras áreas do país estão em estado de emergência desde o final de abril, devido a um aumento de contágios causado pela disseminação de variantes do coronavírus.

Um comentário do vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, durante uma coletiva de imprensa feita online na semana passada, causou uma polêmica entre o público das mídias sociais. Ele disse que os jogos serão abertos em 23 de julho, mesmo que Tóquio esteja em estado de emergência contra a COVID-19. Para muitas pessoas no Japão, um absurdo.

Descrevendo o sistema de saúde na província de Osaka em um "estado de colapso", Ueyama explicou que os recursos médicos são escassos em todo o Japão, deixando médicos e enfermeiras exaustos com a rotina dos hospitais.

Dado que o Japão está muito atrás de outros países desenvolvidos no que se refere às vacinações do coronavírus e dos testes de reação em cadeia da polimerase, Ueyama finaliza dizendo que sediar as Olimpíadas seria uma "grande irresponsabilidade em relação aos atletas".


Fonte: Kyodo News.


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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Quem precisa de dinheiro?

Governo japonês estuda uma possível ajuda em dinheiro para famílias carentes.

Tóquio - O governo do Japão está cogitando um novo programa de ajuda em dinheiro de até 100.000 ienes (US$ 918) para cada família em situação de vulnerabilidade social. A ajuda pretende reduzir a pressão financeira da prolongada  pandemia do coronavírus, de acordo com fontes próximas ao assunto divulgado na última terça-feira.

Governo japonês estuda uma possível ajuda em dinheiro para famílias carentes.
Novo auxílio em dinheiro para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade social no Japão.

Segundo o projeto em estudo, as pessoas, que solicitarem a ajuda do novo programa de apoio à pandemia,  não podem possuir depósitos financeiros em suas contas bancárias que totalizem valores superiores a 1 milhão de ienes (US$ 9.175). A outra condição imposta é que a pessoa não pode estar recebendo dinheiro da previdência social do Japão, ou seja, não pode estar aposentada para receber a ajuda.

O governo está considerando valores em dinheiro seguindo as seguintes condições: ajuda mensal de 60.000 ienes (US$ 550) para pessoas que vivem sozinhas; ajuda mensal de 80.000 ienes (US$ 734) para famílias de 2 pessoas; e ajuda mensal de 100.000 ienes (US$ 918) para famílias de 3 pessoas ou mais. O pagamento da ajuda para os solicitantes seria por um período de 3 meses, começando a partir de julho deste ano. O governo japonês está querendo reservar 50 bilhões de ienes (cerca de US$ 459 milhões) do orçamento inicial de 2021 para o novo programa de ajuda.

A nova medida ocorre em um momento em que o governo está querendo estender o seu terceiro estado de emergência, que termina em 31 de maio, e prolongá-lo por mais 3 semanas. Uma quarta onda de infecções no Japão foi desencadeada por variantes altamente contagiosas do novo coronavírus que não mostra sinais de diminuição da pandemia.

A última declaração do estado de emergência foi no final de abril e prorrogada posteriormente. Dez províncias estão inclusas no atual estado de emergência com medidas restritivas, incluindo Tóquio e Osaka.

No ano passado, o governo entregou 100.000 ienes para cada pessoa que se inscreveu no programa de distribuição da ajuda em dinheiro. O benefício englobou cerca de 126 milhões de residentes no Japão, com o intuito de amenizar o impacto econômico inicial do primeiro estado de emergência, ocorrido em abril a maio de 2020.

O governo japonês também oferece programas de empréstimos sem juros e sem garantias para apoiar as famílias que passam por dificuldades durante a pandemia. 

Recentemente, o governo decidiu oferecer doações em dinheiro de até 50.000 ienes (US$ 460) por cada criança de famílias necessitadas, utilizando os fundos de reserva do ano fiscal de 2020.


Fonte: Japan Today.


 

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quarta-feira, 26 de maio de 2021

Viagens, vacinação e as Olimpíadas.

Estados Unidos alertam seus cidadãos a evitar viagens para o Japão.


Washington - Autoridades de saúde dos EUA e o Departamento de Estado Norte-Americano alertaram os seus cidadãos nesta segunda-feira, 24 de maio, sobre os riscos de viajar para o Japão devido ao aumento de casos de coronavírus no país.

Estados Unidos alertam seus cidadãos a evitar viagens para o Japão.
Coronavírus, pressões internacionais e nacional: muita tensão coloca em risco a realização dos Jogos de Tóquio. Foto: Kyodo News. 

O alerta dos Estados Unidos não proíbe os americanos de visitar o país, mas pode impactar nos valores das taxas de seguro para os viajantes. Isso também pode influenciar negativamente na decisão de turistas e atletas em vir ao Japão durante os Jogos Olímpicos de Tóquio em julho. Até o momento, nenhum efeito imediato foi percebido sobre os prejuízos que isso irá provocar no Japão. 

"Os viajantes devem evitar todas as viagens para o Japão", comunicou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), em uma nova atualização sobre a pandemia da COVID-19 pelo mundo.

O alerta americano também acrescenta: "Devido à situação atual do Japão, mesmo os viajantes totalmente vacinados, é possível contrair e espalhar alguma variante do coronavírus durante a estadia no país. Por isso, deve-se evitar qualquer viagem para o Japão".

O aviso do Departamento de Estado Norte-Americano, que seguiu o alerta do CDC, foi mais contundente: "Não viaje para o Japão devido à COVID-19". A agência mudou o alerta de viagem do nível 3 (Reconsiderar a viagem) e elevou o risco para nível 4 (Não viajar). O alerta anterior, o nível 3, foi emitido pelo Departamento de Estado em 21 de abril.

O Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos (USOPC) disse que ainda informa antecipadamente os atletas americanos se eles poderão competir com segurança nas Olimpíadas de Tóquio.

"Estamos confiantes de que as atuais práticas de mitigação em vigor para os atletas e funcionários do USOPC, mais as medidas preventivas contra infecções preparadas pelo Comitê Organizador das Olimpíadas de Tóquio, e juntamente com os testes da COVID-19 no antes e depois da viagem para o Japão, permitirão uma participação segura da equipe olímpica dos EUA no decorrer dos Jogos Olímpicos neste verão", avisou o comitê americano em um comunicado na segunda-feira, 24 de maio.

No mesmo dia, o Japão mobilizou várias equipes médicas nos centros estatais de vacinação da COVID-19 para a imunização de idosos em Tóquio e Osaka. O governo japonês está tentando desesperadamente acelerar a implementação das vacinas e conter as infecções por coronavírus antes do início das Olimpíadas. Toda essa correria ocorreu em meio a pedidos crescentes da população japonesa no cancelamento dos Jogos Olímpicos.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, está determinado na realização das Olimpíadas de Tóquio, que começa em 23 de julho, após um ano de atraso por causa da pandemia. Ele também fez uma promessa ambiciosa de vacinar 36 milhões de idosos no país até o final de julho.

O Japão registrou pouco mais de 12.000 mortes por COVID-19 até agora. Bom para os padrões globais, mas ruim para os padrões da Ásia. Tóquio, Osaka e outras províncias lutam para reduzir os casos de coronavírus com o estado de emergência em vigor até 31 de maio, mas que provavelmente será estendida a data.

Há um temor de que novas variantes da COVID-19 se espalhem pelo Japão. Apenas uma pequena porcentagem da população, em torno de 2% a 4%, está vacinada.



Fonte: The Mainichi.


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terça-feira, 25 de maio de 2021

Apressar a imunização contra a COVID-19.

Centros de vacinação em massa são abertos em Tóquio e Osaka.


Tóquio - Nesta segunda-feira, 24 de maio, foi aberto os centros estatais de vacinação em massa contra o coronavírus na região de Tóquio e Osaka. O Japão está tentando acelerar o seu programa nacional de imunização, muito atrasado se comparado aos outros países desenvolvidos e faltando apenas dois meses para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Centros de vacinação em massa são abertos em Tóquio e Osaka.
Centro de vacinação em massa de Tóquio: a abertura iniciou nesta segunda-feira, 24 de maio. Foto: Carl Court / Pool via AP.

Os centros de vacinação, administrados por médicos e enfermeiras das Forças de Autodefesa do Japão, funcionarão por três meses, das 8h às 20h, incluindo fins de semana e feriados nacionais. Os novos locais utilizarão as vacinas desenvolvidas pela empresa americana Moderna Inc. O governo japonês aprovou a vacina da Moderna na última sexta-feira, 21 de maio, para acelerar a imunização da população no país.

O Japão espera que os novos locais ajudem a cumprir, até o final de julho, a meta de vacinação de pessoas com 65 anos ou mais. Através dos novos locais de vacinação, a meta é vacinar até 10.000 pessoas por dia em Tóquio e 5.000 pessoas em Osaka.

Tóquio e Osaka estão em estado de emergência desde o final de abril deste ano, após serem atingidas pelo ressurgimento de uma nova onda de infecções por COVID-19.

O governador de Osaka, Hirofumi Yoshimura, disse aos repórteres que é necessário solicitar ao governo central do Japão a extensão do estado de emergência na região, que termina no dia 31 de maio. A extensão ou não, será decidido nesta terça-feira, 25 de maio.

Idosos que moram em Tóquio e nas províncias vizinhas (Saitama, Kanagawa e Chiba) são elegíveis para a vacinação nos novos centros administrados pelo estado, desde que não tenham recebido nenhuma dose da vacina contra a COVID-19. A mesma regra serve para os idosos que moram em Osaka e nas províncias vizinhas de Kyoto e Hyogo.

Em um prédio do governo no distrito comercial de Otemachi, em Tóquio, de 30 a 40 idosos começaram a se reunir por volta das 7h30 desta segunda-feira para a vacinação.

"A vacina não doeu e foi rápido", disse uma mulher de 66 anos moradora do bairro Suginami, Tóquio. A mulher explicou que decidiu ser vacinada agora porque não queria esperar até o final de junho, onde, inicialmente, estava agendada a sua primeira vacinação contra o coronavírus.

No Centro de Convenções Internacionais de Osaka,  Tadashi Deguchi, 69 anos, disse que decidiu ser vacinado agora porque se cansou com o estresse do dia a dia provocado pela pandemia.

"Estou preocupado com os efeitos colaterais da vacina, mas não posso deixar de tomar. Recebi a injeção como se estivesse tomando uma vacina contra a influenza", disse Deguchi.

As vagas para a vacinação em Tóquio (49.000 vacinas disponíveis) e em Osaka (24.500 vacinas disponíveis) foram rapidamente preenchidas depois que o Ministério de Defesa do Japão iniciou o agendamento das reservas no dia 17 de maio. As reservas podiam ser agendadas no site do ministério ou no aplicativo de mensagens Line.

Para aqueles que moram em outras regiões do interior de Tóquio e Osaka, as reservas online de idosos começaram nesta segunda-feira, 24 de maio, e com prazo até o dia 6 de junho. Só que, em Osaka por exemplo, as 35.000 reservas de vacinação para quem mora em outras regiões da província se esgotou em 30 minutos, após o processo ter iniciado às 13h desta segunda-feira.

"O governo continuará se empenhando para que o maior número possível de pessoas possa ser vacinado o mais rápido possível", disse o secretário chefe de gabinete do governo, Katsunobu Kato, numa coletiva de imprensa.

Alguns governos locais planejaram separadamente os seus próprios grandes centros de vacinação para idosos. As províncias de Aichi, Gunma e Miyagi abriram as suas instalações nesta segunda-feira, com o objetivo de imunizar diariamente até 3.000, 1.000 e 2.100 pessoas, respectivamente.

Os estádios de beisebol também estão sendo considerados possíveis locais de vacinação. No último domingo, o proprietário do time Yomiuri Giants, Toshikazu Yamaguchi, informou ao primeiro-ministro Yoshihide Suga  sobre os planos de usar o estádio Tokyo Dome como local de vacinação a partir de agosto. Já o governador de Aichi, Hideaki Omura, disse na segunda-feira que pode aceitar a proposta de uso do estádio Vantelin Dome Nagoya como centro de vacinação.

Mesmo que os centros de vacinação em massa de Tóquio e de Osaka operem na capacidade máxima durante os três meses programados de imunização, as pessoas que irão receber as duas doses da vacina, corresponderão apenas 10% da população idosa totalmente vacinada no país.

Nikkey ON!: Esperar e ver no que vai rolar no Japão até o dia 23 de julho, data da abertura das Olímpiadas de Tóquio.



Fonte: Japan Today.



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segunda-feira, 24 de maio de 2021

Imagens do passado perdidas na Austrália.

Projeto australiano organiza várias fotos antigas do Japão e promove uma busca pelos seus donos.

Sidney - Em 2015, a artista nipo-australiana Mayu Kanamori encontrou centenas de fotos antigas do Japão em uma feira do rolo na Austrália. No primeiro momento que ela viu todas aquelas fotos em preto e branco, a artista sentiu-se atraídas por elas e, ao mesmo tempo, levantou algumas dúvidas a respeito desse mistério.

Projeto australiano organiza várias fotos antigas do Japão e promove uma busca pelos seus donos.
Foto digitalizada por Mayu Kanamori, datada em 8 de agosto (sem o ano). Foto: Untitled.Showa

Mas como essas fotos do Japão vieram parar na Austrália? E por que elas estavam à venda num mercado de rua?

Conversando com o vendedor, tudo o que ele conseguiu dizer a ela foi que as fotos vieram do espólio de um falecido de Geelong , uma cidade a pouco mais de uma hora a sudoeste de Melbourne.

Olhando as fotos em detalhe, a maioria delas tiradas entre 1930 e 1960, Kanamori viu os mesmos rostos aparecendo continuamente, a medida que vasculhava mais e mais os retratos antigos. Logo a artista concluiu que as fotos faziam parte de um álbum de família.

"Todas as fotos estavam agrupadas em sacolas diferentes e seriam vendidas separadamente. Quando percebi que as pessoas retratadas em todas aquelas fotos faziam parte de um mesmo álbum, decidi comprar todo o lote de fotografias. Tive um pressentimento de que não deveria separar todas aquelas pessoas retratadas, pois elas formavam uma família", disse Kanamori.

Sentindo que as fotos poderiam ser importantes para alguém que as procurava, Kanamori manteve as imagens guardadas consigo até 2020. Quando esteve reclusa em sua casa por causa da pandemia do coronavírus, ela decidiu iniciar o processo de digitalização de todas as 300 fotos antigas do Japão.

Desde então, a artista lançou um projeto bilíngue chamado Untitled.Showa. O objetivo do projeto é fazer com que qualquer pessoa do mundo possa checar as antigas imagens do Japão publicadas na internet e buscar pistas para que as fotos voltem para os seus verdadeiros donos.

Chie Muraoka, web designer da Austrália e conhecida de Kanamori, ajudou a artista a abrir o portal Untitled.Showa em agosto do ano passado.

O projeto já conseguiu reunir algumas pistas. Pelos comentários obtidos na internet, tudo leva a crer que as fotos foram tiradas na região de Kansai e, precisamente, na cidade de Kyoto. 

"Muitas fotos parecem ser tiradas nos estúdios cinematográficos da Daiei Kyoto. Há especulação de que as fotos possam ter atores japoneses posando para um fotógrafo. Talvez, os donos das fotos eram pessoas que trabalharam nos bastidores dos estúdios Daiei Kyoto e não parecem que foram estrelas de cinema", teoriza Kanamori.

Projeto australiano organiza várias fotos antigas do Japão e promove uma busca pelos seus donos.
Foto sem data, digitalizada por Mayu Kanomori. Imagem provavelmente tirada nos estúdios Daiei em Kyoto. Foto: Untitled.Snowa.

Para ajudar a conscientização do projeto, a Untitled.Showa está realizando exposições na Austrália e no Japão, que permitirá aos interessados ver pôsteres de algumas fotos com códigos QR, vinculando-os ao catálogo completo de imagens.

Kanomori espera que o projeto facilite a comunicação entre os jovens japoneses e suas gerações mais velhas. E, também, incentive  um aumento das relações entre o Japão e a Austrália, mesmo neste momento difícil em que as pessoas não conseguem viajar para o exterior.

Projeto australiano organiza várias fotos antigas do Japão e promove uma busca pelos seus donos.
Mayu Kanomori. Foto: Cortesia para Kyodo.

"A digitalização de fotos, para certas pessoas, é uma ótima maneira de ver o passado. No entanto, você precisa conversar com o seu avô e sua avó para descobrir se eles são capazes de reconhecer alguém retratado nas imagens antigas", explica Kanomori.

Enfim, o objetivo final da artista é devolver as fotos para os seus donos no Japão.

"Seria ótimo ver alguém revendo todas essas fotos antigas de família. Especialmente as crianças retratadas nas fotos. Hoje, elas seriam um pouco mais velhas do que eu. Depois de tanto tempo olhando essas imagens, sinto-me como se as conhecesse. Sinto-me como se aquelas pessoas das fotos fossem a minha própria família", acrescenta Kanomori, hoje com 58 anos.


Fonte: Kyodo News.


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domingo, 23 de maio de 2021

Carrinhos de bebê para alugar no Japão.

Serviço de aluguel de carrinhos de bebê: empreendedorismo em tempos de pandemia.


Tóquio - Uma empresa de capital de risco de Tóquio, a Babydoor, está testando um novo serviço de aluguel de carrinhos de bebê na estação de trem de Shinjuku. O objetivo da empresa é lançar oficialmente o serviço ainda este ano.

Serviço de aluguel de carrinhos de bebê: empreendedorismo em tempos de pandemia.
A dona da Babydoor, Ami Nakagawa, mostra as caixas de armazenamento dos carrinhos de bebê. Foto: Mainichi.

Muitas famílias com filhos pequenos consideram difícil carregar um carrinho de bebê para vários lugares, então por que não alugá-lo? Essa questão inspirou a empresa Babydoor Inc. na criação de um serviço de aluguel de carrinhos de bebê. Embora a cidade de Tóquio esteja passando por medidas no combate ao coronavírus, a empresa vê a situação atual como uma boa chance para as pessoas experimentarem o novo serviço.

A Babydoor, que aluga e vende produtos para bebês, testará o seu serviço até o dia 31 de maio na bilheteria subterrânea da estação Shinjuku, saída oeste, em cooperação com a operadora de trem Odakyu Electric Railway.

Em 2019, a empresa realizou um teste com dois carrinhos de bebês na estação Shibuya, em conjunto com a operadora ferroviária Keio Corp. O serviço foi bem recebido pelo público e houve momentos em que ambos os carrinhos foram alugados. A Babydoor vinha planejando outros testes com seis carrinhos de bebê antes da inauguração do serviço, mas o último teste foi adiado devido à pandemia da COVID-19.

Para utilizar o serviço, é necessário instalar um aplicativo da empresa no smartphone para depois se cadastrar como membro e pagar a tarifa de uso por cartão de crédito. As reservas devem ser feitas pelo aplicativo no smartphone e, só assim, a pessoa conseguirá desbloquear o carrinho de bebê de dentro da caixa de armazenamento, instalada na estação de trem. As tarifas de aluguel custam 220 ienes (US$ 2) por uma hora, 550 ienes (US$ 5) por três horas e 880 ienes (US$ 8) por seis horas.

A Babydoor foi fundada por Ami Nakagawa em 2017. Depois de se formar pela universidade Ritsumeikan, Nakagawa se juntou ao grande provedor de jogos sociais Gree Inc. no desenvolvimento de novos negócios. Enquanto trabalhava na Gree, os seus amigos com filhos pequenos sempre diziam à ela: "Os produtos para bebês são muito caros" e "Quero bons produtos para bebês que possam ser usados com segurança, mas o meu marido não entende direito sobre isso".

Nakagawa lançou a sua empresa com a ideia de "resolver os problemas sociais, estruturando um sistema que possa fornecer serviços baratos". O serviço de aluguel de carrinhos de bebê começou a surgir após um cliente propor o seguinte: "Eu ficaria feliz em utilizar um serviço que permitisse alugar coisas e depois as devolvesse no mesmo dia". Nakagawa passou um ano desenvolvendo o sistema do seu serviço.

A pandemia do coronavírus, no entanto, veio inesperadamente. As lojas de departamentos ao redor da estação Shinjuku foram forçadas a fechar temporariamente as portas após a declaração do estado de emergência em Tóquio. Comparando com o ano de 2019, o número de passageiros que entram e saem da estação de trem diminuiu 50% durante a semana e 60% durante os fins de semana no período da pandemia.

Preocupada com os números, Nakagawa temia que as pessoas pudessem evitar o serviço de aluguel de carrinhos de bebê devido aos perigos de contágio por coronavírus. A solução encontrada foi desinfetar regularmente os carrinhos de bebê nos últimos testes e disponibilizar kits de limpeza básica para os clientes usarem. Mesmo com o problema da COVID-19, os carrinhos de bebê foram alugados constantemente e, aparentemente, os usuários fizeram comentários favoráveis do novo serviço.

"A pandemia do coronavírus é uma chance de mudança na sociedade. Especialmente o público jovem que tem experimentado vários tipos de serviços oferecidos por empresas, capazes de remover as barreiras de uso por meio do poder da tecnologia da informação. Se tomarmos as medidas adequadas para prevenir infecções, podemos fazer as pessoas a pensar em ser as primeiras a tentar algo novo", disse Nakagawa.

A empresa pretende continuar testando o novo serviço de aluguel de carrinhos de bebê. Para obter mais informações, verifique o site: https://sharebuggy.jp (em japonês). 


Fonte: The Mainichi.


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sábado, 22 de maio de 2021

Vou ao banheiro e volto logo.

Maquinista vai ao banheiro e deixa o colega sem licença conduzir o trem-bala em alta velocidade.


Nagoya - A empresa Central Japan Railway Co. (JR Central) fez um comunicado ao público na última quinta-feira, 20 de maio, se desculpando do ato irresponsável de um dos seus maquinistas que se ausentou do comando do trem-bala (shinkansen) para ir ao banheiro, durante uma viagem a 150 km/h.

Maquinista vai ao banheiro e deixa o colega sem licença conduzir o trem-bala em alta velocidade.
Maquinista se ausentou do comando do trem-bala para ir ao banheiro. Outro condutor ficou no seu lugar, mas não tinha licença para isso. Foto: Wikipédia.

O maquinista de 36 anos saiu da cabine de comando do trem-bala Hikari nº 633. Ele se ausentou por cerca de três minutos e pediu a um colega de trabalho ficar no seu lugar durante a sua ida ao banheiro. O problema dessa história é que o condutor substituto não tem licença para conduzir um trem-bala. O fato aconteceu no último domingo, 16 de maio, por volta das 8h15 da manhã, com a composição do trem-bala viajando entre as estações de Atami e Mishima, na província de Shizuoka. O maquinista colocou em risco os 160 passageiros a bordo no momento da sua ausência.

De acordo com a empresa que opera a linha Tokaido Shinkansen (entre Tóquio e Shin-Osaka), é a primeira vez que um maquinista da sua linha deixa a cabine enquanto viajava com passageiros a bordo. Um caso semelhante aconteceu em 2001, mas, nesse outro incidente, o maquinista estava comandando uma composição do trem-bala sem passageiros, ou seja, fora de serviço.

A JR Central relatou o incidente ao Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão, dizendo que o incidente, mesmo sem vítimas, era uma violação da portaria ministerial.

Após o relato do incidente, Masahiro Hayatsu, um alto funcionário da JR Central, disse em uma coletiva de imprensa: "Foi um ato de extrema irresponsabilidade. Pedimos desculpas".

A empresa JR Central estuda tomar medidas punitivas contra o maquinista e o outro funcionário que conduziu o trem-bala sem autorização.

Um funcionário do Ministério dos Transportes do Japão disse o seguinte: "É lamentável que as regras do governo não tenham sido totalmente observadas. A segurança é prioridade, pois o trem-bala transporta vidas humanas".

Todos os trens-balas japoneses possuem um modo de segurança de condução. No caso de ausência de comando do maquinista, a composição é capaz de reduzir a velocidade gradualmente. Em caso de emergências, como um terremoto, o trem-bala reduz a velocidade com segurança até parar por completo.

A linha Tokaido Shinkansen é a mais movimentada rota do trem-bala  no Japão. Os trens-balas dessa linha são capazes de viajar a uma velocidade máxima de até 285 km/h, de acordo com o site oficial da JR Central.

Segundo as informações da empresa sobre o incidente, o maquinista se ausentou da cabine de comando porque estava sentindo dores abdominais, ou seja, dor de barriga. O outro condutor ficou simplesmente vigiando a cabine sem manusear nenhum comando do trem-bala até o retorno do maquinista, que ficou ausente durante 3 minutos aproximadamente.

De acordo com as regras da JR Central, se um maquinista tiver algum problema de saúde durante a condução de um trem-bala, ele deve entrar em contato com o centro de operações e entregar o comando a um outro condutor licenciado. No caso de não haver um outro condutor licenciado dentro do vagão, o maquinista com problemas será obrigado a parar o trem-bala na estação mais próxima.

O caso veio à tona depois que a empresa percebeu um atraso na rota, com o trem-bala com destino a Shin-Osaka passando atrasado, cerca de um minuto de diferença, pela estação Mishima. Na audiência sobre o ocorrido, o maquinista disse inicialmente à JR Central que não se lembrava do que aconteceu devido à dor abdominal. No entanto, uma imagem gravada pelo circuito interno de câmeras do vagão, confirmou a sua ausência de minutos durante a viagem.

"Não queria parar o trem-bala na estação mais próxima para evitar um possível atraso na linha", disse o maquinista.

O sistema ferroviário japonês, incluído os trens-balas, é conhecido por suas operações pontuais. Qualquer atraso, até mesmo de alguns minutos, pode se tornar um grande problema para os operadores que comandam toda a malha ferroviária da JR.


Fonte: Kyodo News.


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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Fortes chuvas atingem Kyushu.

Temporal no sudoeste do Japão gera alerta para quatro municípios de Kumamoto.


Fukuoka - Nesta manhã, 20 de maio, chuvas intensas foram registradas ao sul de Kyushu, havendo a possibilidade de chover fortemente durante o dia inteiro na região. Alertas de evacuação foram emitidas para quatro municípios da província de Kumamoto.

Temporal no sudoeste do Japão gera alerta para quatro municípios de Kumamoto.
Fontes chuvas provocaram uma grande correnteza no rio Amatsuki em Ashikita, província de Kumamoto. Foto: Mainichi.

Para simplificar os alertas de evacuação emitidos pelos municípios em momentos de desastres naturais, foi inaugurado um novo sistema chamado "diretrizes de evacuação", sendo usado hoje (20 de maio) pela primeira vez. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitiu avisos sobre deslizamentos de terra, transbordamento de rios e outros alertas, havendo risco de chuvas fortes em áreas extensas de oeste a leste do Japão até o dia 21 de maio.

A JMA emitiu avisos de deslizamentos de terra nas áreas de Amakusa e Ashikita, província de Kumamoto, e na área de Satsuma, província de Kagoshima. Diretrizes de evacuação foram emitidas para os municípios de Minamata, Amakusa, Ashikita e Tsunagi, todas em Kumamoto.

O nível pluviométrico máximo esperado, até a manhã do dia 21, é de 250 milímetros de chuva para as regiões sul e norte de Kyushu, região de Shikoku e a região de Kinki também. Na região de Tokai, parte central do Japão, está previsto 200 milímetros de chuva. Na região de Kanto, é esperado 120 milímetros de chuva. Já nas regiões de Chugoku e Hokuriku, pode chegar a 100 milímetros de chuva. A JMA prevê chuvas no período subsequente de 24 horas, variando de 200 a 300 milímetros na região de Tokai e 100 a 200 milímetros nas regiões de Kinki e Kanto.

De acordo com a sede regional da JMA em Fukuoka, existe uma grande possibilidade de que a região de Kyushu seja atingida por fortes chuvas a partir da noite do dia 20 de maio e manter-se chovendo até a madrugada do dia 21.  Alertas de deslizamentos de terra foram notificadas antecipadamente para as províncias de Kagoshima e Kumamoto, devido às precipitações dos dias anteriores que deixaram o solo encharcado nessas regiões.


Fonte: The Mainichi.


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quinta-feira, 20 de maio de 2021

Okinawa em alerta.

Okinawa pede para fazer parte do estado de emergência após relatar 203 casos de coronavírus.


Tóquio - Nesta quarta-feira, 19 de maio, a região de Okinawa pediu ao governo central do país para adicioná-la às áreas sob o estado de emergência no combate a COVID-19. Durante a semana, os números diários de infecção têm aumentado muito nos municípios que fazem parte das ilhas.

Okinawa pede para fazer parte do estado de emergência após relatar 203 casos de coronavírus.
Kiichiro Jahana, vice-governador de Okinawa, durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira em Naha. Foto: Kyodo.

O governo de Okinawa relatou hoje 203 novos casos de coronavírus, contra 168 casos no dia anterior. O governador, Denny Tamaki, disse que o sistema de saúde local está numa "situação de crise".

"Os novos casos semanais de COVID-19 em Okinawa, por cada 100.000 pessoas, estão no mesmo patamar de infecção de províncias sob o estado de emergência. Apelo ao governo central para emitir o estado de emergência para Okinawa o mais rápido possível", relatou Tamaki.

No momento, 16 municípios de Okinawa estão sob estado de quase-emergência, o que permite ao governo da região identificar áreas especificas de infecções e impor medidas antivírus só nestes locais. 

Nove províncias em todo Japão, incluindo Tóquio e Osaka, estão em estado de emergência até 31 de maio. Restaurantes e bares dessas províncias foram instruídos a fechar às 20h., assim como a venda de bebidas alcoólicas e os serviços de karaokê devem ser evitados. As lojas de departamentos e outras instalações comerciais importantes também devem manter-se fechadas temporariamente ou encerrar o expediente de trabalho mais cedo. Shows e eventos esportivos foram limitados para até 5.000 espectadores ou no máximo de 50% da capacidade de lotação do lugar.

O secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, disse que a situação em Okinawa deve ser observado com cautela. O governo central irá revisar rapidamente o pedido da província em ser adicionado, ou não, ao estado de emergência.

Okinawa é um destino turístico muito popular por causa do seu clima quente, suas lindas praias e a cultura distinta. A região também hospeda a maior parte da presença militar americana no Japão.


Fontes: Japan Today / NHK.



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quarta-feira, 19 de maio de 2021

O rico samaritano agiu outra vez.

Homem misterioso doa uma grande quantidade em dinheiro para a prefeitura e vai embora sem se identificar.


Kanagawa - Por volta das 14h15 do dia 17 de maio, um senhor apareceu na prefeitura da cidade deYokosuka, província de Kanagawa, e entregou a um funcionário da repartição a quantia de 60 milhões de ienes (cerca de US$ 550.000) em dinheiro.

Homem misterioso doa uma grande quantidade em dinheiro para a prefeitura e vai embora sem se identificar.
60 milhões de ienes: dinheiro doado por um anônimo à prefeitura de Yokosuka. Foto: Gov. Municipal de Yokosuka. 

De acordo com informações da prefeitura de Yokosuka, o homem aparentava ter de 70 a 80 anos e carregava uma mochila. Quando o homem se aproximou de um funcionário que trabalhava no local, entregou-lhe a própria mochila dizendo: "Gostaria que você repassasse ao prefeito da cidade a minha carta e esta mochila". Logo em seguida, o homem foi embora sem dizer quem era ele.

Quando o funcionário abriu a mochila, encontrou 6.000 cédulas de 10.000 ienes e uma carta. Na carta, o misterioso homem dizia que havia economizado aquele dinheiro desde da época que ele era um estudante da primeira série do ensino fundamental. Dizia também que gostaria permanecer no anonimato diante do seu ato de caridade. 

Todo o dinheiro estava acomodado dentro da mochila em pequenos montes com notas de 10.000 ienes. O governo municipal de Yokosuka tratará o dinheiro recebido como doação.

Nikkey ON!: Isso tornou-se tão comum no Japão: doar grandes quantidades em dinheiro e a pessoa desaparece sem dizer quem é. Será que o dinheiro não vai fazer falta ao senhor não identificado? Doar 60 milhões de ienes dessa forma é bastante estranho. Se ele doou o montante com bom coração, só espero que a prefeitura faça bom uso do dinheiro.


Fonte: The Mainichi.


 
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terça-feira, 18 de maio de 2021

Golpes para enganar idosos.

Um alerta para a população do Japão sobre golpistas que simulam agendamento de vacina contra o coronavírus.

Tóquio - A agência de defesa do consumidor do Japão está alertando o público idoso do país sobre o aumento de golpes relacionados à vacinação contra a COVID-19. De acordo com a agência, os suspeitos dizem aos idosos que conseguem agendar uma data de vacinação em nome da vítima, pedindo dinheiro e informações pessoais em troca da ajuda.

Um alerta para a população do Japão sobre golpistas que simulam agendamento de vacina contra o coronavírus.
Aumento do número de pessoas idosas vítimas de golpes relacionados à vacina da COVID-19 no Japão. Foto: Innoni.

A agência recebeu cerca de 90 denúncias em todo o país sobre agendamentos fraudulentos de vacina da COVID-19 até o dia 12 de maio, segundo a NHK. Houve casos em que o estelionatário pediu 5.000 ienes (US$ 46) para agendar a vacina para as vítimas.

A polícia disse que, em alguns casos, um homem aparecia na porta da casa das vítimas fingindo ser um funcionário da prefeitura que agendava a vacinação de idosos contra o coronavírus. Quando alguma das vítimas, suspeitando da atitude do funcionário, perguntavam-lhe o nome completo e o departamento da prefeitura em que trabalhava, o suspeito deixava o local rapidamente.

Em outros casos, alguns estelionatários alegaram que trabalhavam para o governo local e pediam, por telefone, o endereço das vítimas e os horários em que elas estavam em casa. Já em outras ligações telefônicas suspeitas, os golpistas afirmavam que tinham sobras de doses da vacina contra a COVID-19 e procuravam pessoas elegíveis para o agendamento do programa de vacinação do país.

A polícia e a agência de defesa do consumidor recomendam que as pessoas liguem para o Centro Nacional de Defesa do Consumidor do Japão (NCAC) para uma consulta telefônica gratuita e informações adicionais sobre golpes relacionados à vacina da COVID-19. O número do telefone é: 0120-797-188 (em japonês).

Nikkey ON!: Isso também serve de alerta para as pessoas de outros países. Tome muito cuidado com qualquer estranho que venha te oferecer ajuda durante esta crise da pandemia do coronavírus. Olho vivo!


Fonte: Japan Today.


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segunda-feira, 17 de maio de 2021

Medidas no combate ao coronavírus.

Medidas anti-COVID-19 começam a vigorar em outras 6 províncias.


Tóquio - Neste domingo, 16 de maio, medidas mais duras contra o coronavírus entraram em vigor em outras seis províncias japonesas. Bem próximo do início das Olímpiadas de Tóquio, o contágio da COVID-19 continua a aumentar no Japão, com mais três províncias em estado de emergência e mais outras três províncias em estado de quase-emergência.

Medidas anti-COVID-19 começam a vigorar em 6 províncias.
Um grande painel digital informa as pessoas sobre as medidas anti-coronavírus na cidade de Hiroshima. Foto: Kyodo.

Hokkaido, Okayama e Hiroshima se juntaram a Tóquio e outras cinco províncias no estado de emergência para até 31 de maio. Já o estado de quase-emergência, atualmente cobrindo sete províncias, foi expandido também para as províncias de Gunma, Ishikawa e Kumamoto com prazo até 13 de junho.

Com o início dos Jogos Olímpicos em 23 de julho, as preocupações estão crescendo com a disseminação de variantes mais infecciosas do coronavírus e o problema da lenta vacinação da população do Japão.

Em áreas colocadas em estado de emergência, os restaurantes estão sendo instruídos a fechar as portas até as 20h,  evitar o consumo de bebidas alcoólicas e barrar os serviços de karaokê.

As lojas de departamentos e outras grandes instalações comerciais também estão sendo informadas para fechar temporariamente ou fechar mais cedo. Participação em shows e eventos esportivos estão limitadas a 5.000 pessoas ou apenas 50% da capacidade de ocupação do local.

A mudança ocorre num momento em que os casos de coronavírus aumentam em todo o país nas últimas semanas. O número diário de novas infecções no Japão chegou a 6.000 casos pelo quinto dia consecutivo neste sábado. Pacientes com sintomas grave da COVID-19 também atingiram outro recorde histórico de 1.231 casos no mesmo dia.

Quase metade das 47 províncias do Japão alcançou o estágio 4, o pior nível na escala de quatro pontos do governo, para o volume de casos de infecção semanais por cada 100.000 pessoas.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, negou a necessidade de declarar o estado de emergência nacional, como sugeriu a Associação Nacional de Governadores. Ele afirmou que o governo tomará medidas direcionadas em áreas específicas.

Em 23 de abril, Suga declarou o estado de emergência, o terceiro desde o início da pandemia, em Tóquio, Osaka, Kyoto e Hyogo, de 25 de abril até 11 de maio. Depois, ele estendeu o estado de emergência das quatro províncias para até 31 de maio, incluindo também as províncias de Aichi e Fukuoka.

No Japão, o estado de quase-emergência permite que os governadores das províncias tomem atitudes para determinados municípios com muitos casos de coronavírus, como pedir para os restaurantes fecharem mais cedo e aplicação de multas de até 200.000 ienes (US$ 1.830) no descumprimento das medidas. Já o estado de emergência, o governo abrange todos os municípios e, no caso de infração das medidas, pode acarretar multas de até 300.000 ienes (US$ 2.750).


Fonte: Japan Today.


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domingo, 16 de maio de 2021

A linha de sucessão imperial do Japão.

Os herdeiros do império: a luta da monarquia japonesa com a iminente crise de sucessão ao trono.


Tóquio - De acordo com o Wikipédia, " a atual linha de sucessão ao Trono do Crisântemo é baseada na Lei da Casa Imperial Japonesa. Atualmente, apenas os homens têm permissão para suceder ao trono do Japão. A Lei da Casa Imperial de1889 foi a primeira lei japonesa a regular a sucessão imperial. Em 1947, a lei de 1889 foi revogada e substituída pela Lei de Sucessão Imperial de 1947 que implementou o princípio da primogenitura agnática (parentesco do mesmo sangue). Em todas as instâncias,  a sucessão dá preferência do homem mais velho para o mais novo."

Os herdeiros do império: a luta da monarquia japonesa com a iminente crise de sucessão ao trono.
A linhagem da família imperial japonesa e seus herdeiros ao trono. Foto: The Celebritist / Youtube.

Baseado na Lei de Sucessão Imperial onde a herança de toda riqueza, estado ou função de uma nação passa de pai para o filho mais velho, observa-se uma preocupação do Japão com o futuro sucessório da família imperial.  A linha de sucessão monárquica japonesa está cada vez mais reduzida e há mais princesas do que príncipes herdeiros dentro da hierarquia.

Um painel de especialistas do governo iniciou uma discussão sobre como lidar com a escassez de herdeiros. Uma pesquisa de âmbito nacional feita em 2018, mostrou que quatro em cada cinco pessoas do país são favoráveis com a ideia de que princesas herdeiras possam assumir o trono imperial japonês.

Resolver a crise de sucessão ganhou maior urgência devido à escassez de homens na monarquia mais antiga do mundo. Em 2019, o imperador Akihito, depois de 30 anos no poder, abdicou ao trono por motivos de saúde.

O atual imperador Naruhito, que sucedeu seu pai, o ex-imperador Akihito, tem apenas uma filha, a princesa Aiko, atualmente com 19 anos. Se Aiko casar-se com um plebeu, terá que deixar a família imperial e se tornar uma cidadã comum. Dessa forma, ela não poderá se tornar uma imperatriz no futuro e nem seus descendentes terão o direito a linha de sucessão imperial. Isso se antes não houver uma mudança na lei.

Diante disso, seguindo a ordem de linha de sucessão imperial, existe apenas dois príncipes herdeiros com direito ao trono: o irmão do imperador Naruhito, o príncipe Fumihito (ou príncipe Akishino) de 55 anos; e o sobrinho do imperador, filho mais novo do príncipe Fumihito, o príncipe Hisahito de 14 anos. Existe também uma terceira possibilidade, mas pouco provável, do príncipe Hitachi (Masahito) assumir o trono imperial. O príncipe Hitachi, de 85 anos, é o irmão mais novo do ex-imperador Akihito e tio do imperador Naruhito.

Recentemente, a polêmica causada em torno do casamento da princesa Mako com um plebeu, a filha mais velha do príncipe Fumihito, aumentou a pressão para repensar na proibição de mulheres em se tornarem imperatrizes reinantes.

Mas as mudanças na lei de sucessão do país são bem improváveis, embora apenas sete membros mais jovens da família imperial têm menos de 40 anos, sendo que seis membros são formados por princesas.

De acordo com o jornal Mainichi, já se abriram divisões dentro do painel do governo japonês que alertou que se mulheres continuassem a deixar a corte, se casando com plebeus, a casa imperial não poderia manter nenhum outro membro da mesma geração do "príncipe Hisahito". 

Em 2005, a então princesa Nori, filha mais nova do ex-imperador Akihito e irmã do imperador Naruhito, se casou com um japonês plebeu e renunciou seu título de nobreza. Com o casamento, a ex-princesa passou a ter um sobrenome (os membros da corte imperial japonesa não possuem sobrenomes) e passou a se chamar Sayako Kuroda. De acordo com a Lei de Sucessão Imperial de 1947, a princesa Nori deixou de receber o auxílio monetário imperial com o seu casamento, mas recebeu um dote de mais de US$ 1 milhão para se tornar esposa de um plebeu.

A respeito da iminente crise de sucessão imperial japonesa, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, disse aos membros do painel do governo que eles estavam lidando com uma questão que "vai muito além da própria fundação deste país". Os especialistas no assunto disseram que o atual primeiro-ministro tem "pouco apetite" para confrontar os conservadores do seu partido, que insistem em manter uma política patrilinear. 

Sendo assim como dizem, por mais que se discuta o tema no país sobre as mulheres com direito de serem imperatrizes reinantes ou não, a lei de sucessão ao trono do império japonês continuará do jeito que está, seguindo a tradição antiga e conservadora da monarquia.


Fontes: News on Japan / Wikipédia.


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sábado, 15 de maio de 2021

Diga não às Olimpíadas!

Autor da petição online reivindica que a governadora de Tóquio cancele os Jogos Olímpicos.


Tóquio - Nesta sexta-feira, 14 de maio, um advogado japonês fez um pedido ao governo metropolitano de Tóquio para cancelar as Olimpíadas, dizendo que proteger as vidas das pessoas contra o coronavírus deve ser a principal prioridade.

Autor da petição online reivindica que a governadora de Tóquio cancele os Jogos Olímpicos.
Kenji Utsunomiya durante uma entrevista coletiva, após apresentar uma petição pedindo o cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Foto: Kyodo.

O advogado Kenji Utsunomiya é o autor de uma petição online pedindo o cancelamento das Olimpíadas de Tóquio. A campanha online reuniu mais de 350.000 assinaturas. De acordo com Utsunomiya, o Japão e o resto do mundo não estão prontos para realizar os jogos Olímpicos e Paraolímpicos em 2021 devido à crise de saúde global.

"A realização das Olimpíadas deve ser bem recebida por todos, mas isso não é possível na situação atual. Portanto, os jogos devem ser  cancelados", disse Utsunomiya, ex-chefe da Federação Japonesa de Associações de Advogados, durante uma entrevista coletiva e após a entrega do pedido de cancelamento dos jogos para a governadora de Tóquio, Yuriko Koike.

O envio do pedido para a governadora acontece 70 dias antes do início da abertura dos Jogos Olímpicos.

A incerteza paira sobre a realização dos jogos enquanto o Japão luta contra o aumento de infecções  em todas as regiões, causadas por variantes bastante infecciosas do coronavírus.

"O que é mais importante a ser priorizado no momento: vidas humanas ou um evento olímpico?", indaga Utsunomiya, refletindo a respeito do aumento da oposição pública sobre os jogos vista nas últimas semanas.

O advogado disse também que enviou o pedido de cancelamento dos jogos ao Comitê Olímpico Internacional e ao Comitê Paraolímpico Internacional. Ele afirmou que continuará coletando assinaturas até que os jogos sejam cancelados.

"A realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos causaria um movimento massivo de pessoas e certamente colocaria em risco a saúde não só dos japoneses, mas também daqueles que vêm ao país por causa dos jogos", segundo uma parte do texto da petição enviada aos dois comitês olímpicos.

Em uma coletiva de imprensa, a governadora de Tóquio disse que entendeu, a partir de relatos da mídia, que Utsunomiya havia feito o pedido, mas ela não compartilhou seus pensamentos na petição.

Koike disse que diferentes divisões do governo metropolitano da capital estão tentando conter o ressurgimento de infecções da COVID-19, com o objetivo de realizar uma Olimpíada segura e protegida.

"É papel do governo de Tóquio fazer progressos em ambas as frentes e estamos trabalhando nisso todos os dias. É tudo que precisa ser dito", disse Koike.

A petição "Stop Tokyo Olympics"  foi criada na língua japonesa e traduzida para o inglês, francês e alemão. O documento também é dirigido ao primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga e outros chefes de órgãos organizadores.

As redes sociais apoiaram rapidamente o movimento após a petição ser hospedada na plataforma Change.ong. Pessoas de mais 130 países (incluindo Grã-Bretanha, Canadá, Índia, Malásia, Cingapura e Estados Unidos) assinaram o pedido de cancelamento dos Jogos Olímpicos.

A Change.ong disse, há uma semana, que a campanha anti-olímpica é a petição que mais cresce na versão japonesa do site.

Ainda nesta sexta-feira, o ministro olímpico Tamayo Marukawa disse que 45 municípios do Japão desistiram de seus planos em hospedar atletas para os campos de treinamento pré-olímpicos e pessoas de intercâmbios culturais devido a preocupações com a pandemia.

Marukawa também disse, numa entrevista coletiva, que 32 dos 45 municípios que decidiram sair do programa do governo "Cidade Anfitriã" foram notificados por seus possíveis hóspedes de que eles abandonariam seus planos de visita ao Japão.

Entretanto, até o final de abril, um total de 528 municípios havia se registrado para receber atletas de 184 países e regiões, num programa inédito para as Olimpíadas e Paraolimpíadas.

O governo japonês pede que as interações nas comunidades continuem online, e por outros meios também, contribuindo para a manifestação das opiniões da sociedade.


Fonte: The Mainichi.


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sexta-feira, 14 de maio de 2021

Jogo de privilégios.

Prefeitura pede desculpas à população por tentar priorizar a vacina da COVID-19 para empresário.


Aichi - No dia 11 de maio, o governo municipal de Nishio, província de Aichi, se desculpou publicamente ao  priorizar um conhecido empresário e sua esposa na vacinação antecipada contra o coronavírus, tentando burlar regras do programa de imunização. 

Prefeitura pede desculpas à população por tentar priorizar a vacina da COVID-19 para empresário.
Altos funcionários da prefeitura de Nishio pedem desculpas durante uma coletiva de imprensa devido a polêmica envolvendo a priorização de vacinas da COVID-19. Foto: Keizo Fukatsu. 

O vice-prefeito de Nishio, Yoshihide Kondo, disse em uma coletiva de imprensa que tentou "fazer um favor" a Hirozaku Sugiura, 70 anos, e a sua esposa Akiko, 67 anos. O argumento para priorizá-los na vacinação foi que a cidade recebeu várias ajudas em beneficio da sociedade local, vindas a partir do dono da empresa. Sugiura é o fundador e presidente da gigante farmacêutica Sugi Holdings Co., com cerca de 1.400 drogarias espalhadas nas regiões de Tokai e Kansai. A sua esposa é assessora executiva da empresa. O casal fundou a empresa na cidade de Nishio em 1976.

Takaou Yanase, gerente do departamento de saúde e bem-estar da prefeitura de Nishio, é quem administra uma divisão responsável pelo programa de vacinação municipal. De acordo com o gerente, um secretário da Sugi Holdings exigiu várias vezes que a cidade  priorizasse o casal no programa de imunização contra a COVID-19. O secretário fez aproximadamente 3 ligações telefônicas para o pessoal do programa de vacinas.

"Antes disso, recebemos vários telefonemas da empresa também. Eu mesmo atendi três ou quatro ligações a respeito da priorização das vacinas. Continuávamos dizendo não, mas a empresa insistiu persistentemente nas outras ligações", disse Yanase.

No mesmo dia da coletiva de imprensa do governo municipal, 11 de maio, a Sugi Holdings também se pronunciou pedindo desculpas aos moradores de Nishio. Em nota, a empresa disse que o secretário estava preocupado com a esposa do empresário Sugiura porque ela tem uma doença pré-existente. Também foi explicado na nota que o presidente da empresa não pretende ser vacinado porque ele teme uma reação anafilática.

De acordo com o governo municipal, o secretário da  Sugi Holdings entrou em contato com as autoridades da cidade em meados de abril. Ele perguntou por telefone se o senhor Sugiura e sua esposa poderiam ser priorizados na vacinação contra a COVID-19. Segundo a explicação do secretário, o empresário e sua esposa são farmacêuticos e devem ser considerados como profissionais na área de saúde.

Um funcionário municipal rejeitou o pedido. Entretanto, o secretário de Sugiura continuou entrando em contato com a prefeitura.

"Dissemos a Sugiura, desde o início, que esta é uma consideração especial. Para ser honesto, queríamos recusar. Mas isso foi além de um pedido regular", disse Yanase.

Yanase também citou uma outra fala do secretário da Sugi Holdings: "O senhor presidente está ansioso para ser vacinado." 

O vice-prefeito Kondo foi consultado por Yanase para discutir o assunto. O próprio vice-prefeito se lembra de ter dito: "Você consegue resolver isso?"

Kondo admitiu que instruiu a secretaria de saúde a garantir que o casal de empresários recebesse a prioridade nas reservas de vacinas.

Uma reserva provisórias foi feita para Sugiura e sua esposa para o dia 10 de maio, o primeiro dia da vacinação para os idosos da cidade de Nishio. O casal deveria telefonar para a divisão do programa de vacinas com o intuito de completar a reserva.

No entanto, Kondo disse que a reserva foi cancelada no mesmo dia 10 de maio, após uma pessoa apontar problemas éticos com o acordo do programa de vacinação.

"Peço desculpas aos residentes de Nishio por ignorar a imparcialidade em termos de manuseio de uma vacina tão importante no combate à pandemia", disse o vice-prefeito Kondo.

Segundo o vice-prefeito, para amenizar a polêmica que a Sugi Holdings se envolveu, ele apontou os pontos positivos da empresa em prol do município. Citou a empresa como a responsável no fornecimento de uma academia para idosos na cidade e a assinatura de um acordo de parceria da Sugi Holdings com o governo municipal para apoiar vários projetos sociais.

Durante a coletiva de imprensa, o vice-prefeito foi indagado se renunciaria ao cargo e ele simplesmente disse: "Quero consultar o prefeito de Nishio sobre o meu próximo curso da ação no governo municipal."

O vice-prefeito Kondo afirmou que nunca consultou o prefeito da cidade, Ken Nakamura, sobre a questão da priorização das vacinas para o empresário Hirozaku Sugiura.

O prefeito Nakamura disse na coletiva: "No momento, queremos descobrir a verdade e implementar medidas preventivas com força total. As advertências necessárias serão vistas depois."

Nikkey ON!: Isso foi só uma tentativa de "dar um jeitinho" e aconteceu toda essa polêmica com o governo municipal de Nishio. Agora, o que tem de gente em várias partes do mundo tomando o lugar dos outros para ser vacinados antecipadamente contra a COVID-19...  E, no final, acaba ficando por isso mesmo...


Fonte: The Asahi Shimbun.


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