Cerimônia de encerramento finaliza as Paraolimpíadas de Tóquio, com os jogos impactados pela COVID-19.
Tóquio - Após quase duas semanas de competições entre atletas com deficiência de todo o mundo, os Jogos Paraolímpicos de Tóquio deram adeus nesta noite de domingo, 5 de setembro, horário do Japão. As Paraolimpíadas foram realizadas com muitos desafios em Tóquio, tudo decorrente da pandemia do coronavírus.
Fogos de artifício marcam o encerramento dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio no Estádio Nacional. Foto: AP Photo.
A cerimônia deste domingo no Estádio Nacional finalizou com uma grande festa os jogos, mantidos quase inteiramente fora do alcance do público. A pandemia mundial deixou os preparativos das Paraolimpíadas de Tóquio com várias dúvidas, sem uma certeza se era possível realizá-las com segurança.
Apesar das dificuldades, como os protocolos obrigatórios da COVID-19 para todas as delegações participantes, um recorde de aproximadamente 4.400 atletas de 162 países e regiões, incluindo uma pequena equipe de refugiados, competiram nas Paraolimpíadas de Tóquio.
Um fato que chamou muita atenção nesta edição das Paraolimpíadas foi o esforço internacional para trazer dois atletas afegãos a Tóquio para as competições. Devido aos problemas internos no Afeganistão com o Talibã, os atletas paraolímpicos ficaram quase impossibilitados de sair do país para viajar.
Para impedir a propagação da COVID-19, as delegações ficaram confinadas na vila dos atletas e nas instalações esportivas. Com o fim dos jogos, os participantes estrangeiros foram obrigados, no caso dos atletas olímpicos, a deixar o Japão alguns dias após a cerimônia de encerramento, sem chances de fazer compras ou passeios turísticos pelo país. E isso vai se repetir com as delegações paraolímpicas.
Apesar da série de escândalos entre algumas pessoas relacionadas ao comitê organizador da Tóquio 2020, os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos não tiveram grandes problemas operacionais durante o período de mais de um mês dos eventos.
Os números de casos de coronavírus em Tóquio e em outras partes do Japão bateram recordes várias vezes durante os jogos. Entretanto, os organizadores dos dois eventos conseguiram manter a taxa de infecções muito baixa entre atletas, ajudantes, voluntários e trabalhadores dos jogos.
Desde meados de agosto, cerca de 300 pessoas associadas aos Jogos Paraolímpicos testaram positivo para COVID-19. A maioria dos infectados foram os trabalhadores japoneses contratados para preparação dos jogos.
Durante a cerimônia de encerramento, a bandeira paralímpica foi passada para a prefeita de Paris, Anne Hidalgo. A próxima edição das Paraolimpíadas será na França em 2024.
"Acho que esses jogos foram sensacionais. Recordes mundiais foram quebrados em todos os momentos. Não foi fácil ter adiado as Olimpíadas e Paraolimpíadas de Tóquio no ano passado. Ficamos pensando em como seria esses jogos durante a pandemia. Houve muitos momentos em que nos questionamos se estávamos fazendo a coisa certa ou se realmente poderíamos fazer isso. Em nossos pensamentos, a resposta sempre foi sim", disse Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico Internacional, em uma coletiva de imprensa antes da cerimônia de encerramento.
Em relação ao quadro de medalhas, a China ficou em primeiro lugar da lista, com uma grande margem de 96 medalhas de ouro, 60 de prata e 51 de bronze. Em segundo lugar ficou a Grã-Bretanha, em terceiro os Estados Unidos e em quarto o Comitê Paraolímpico Russo.
Depois de não ter conquistado uma única medalha de ouro nas Paraolimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, o Japão teve um desempenho mais forte como país-sede. Com uma delegação maior, de 254 atletas, o país terminou as Paraolimpíadas em 11º lugar no quadro de medalhas: 13 de ouro, 15 de prata e 23 de bronze. Foi o segundo maior desempenho do país em Jogos Paraolímpicos.
Em fevereiro do próximo ano, a China irá sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno, a Beijing 2022. Vamos ver como os chineses vão realizar os dois eventos diante da pandemia do coronavírus pelo mundo. Esperamos que tudo esteja melhor até lá...
Fonte: The Mainichi.
Imagem das Paraolimpíadas de Tóquio 2020 - Domingo dia 5.
Último dia dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio e última medalha para o Brasil. Dessa vez foi prata! Alex Pires conquistou a medalha de prata na maratona masculina - classe T46. Com o tempo de 2h27min00, Alex estabeleceu no novo recorde das Américas. Parabéns! Foto: CPB.
Abaixo, o quadro final de medalhas dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 (Até o 30º colocado). Última atualização: 05/09/2021.
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