Coronavírus e a falta de peças causam redução na produção de automóveis no Japão.
Tóquio - A escassez de peças e a pandemia da COVID-19 têm afetado enormemente a produção de automóveis entre as principais montadoras do Japão, como a Toyota e a Honda.
A falta de semicondutores, desde o início deste ano, tem levado à redução da produção de veículos entre as montadoras japonesas.
Para agravar o problema, desde o início do verão, começaram os atrasos na produção de outras peças em fábricas dos países do sudeste asiático. Muitas peças de automóveis vêm importadas de outros países para o Japão. Com o surgimento de casos do coronavírus entre funcionários das fábricas do sudeste asiático, paralisações e atrasos têm prejudicado a produção de peças para as montadoras.
No final de agosto, a produção total de automóveis entre as montadoras japonesas foi de aproximadamente 930.000 veículos. Já em setembro, a produção mais que dobrou, chegando a uma parcial de 1,7 milhão de veículos. Entretanto, segundo dados de produção, isso representa cerca de 7% do número total de veículos fabricados pelas principais montadoras japonesas em 2020.
Inicialmente, as fábricas de peças e montadoras acharam que a queda na produção seria um problema passageiro, mas as dificuldades na fabricação de componentes para automóveis continuaram a persistir.
Algumas empresas precisaram interromper a produção de automóveis agora em setembro, obrigando clientes a esperar mais tempo na aquisição um carro novo.
Entre setembro e outubro, a Toyota reduzirá a produção planejada em aproximadamente 760.000 unidades combinadas. Neste momento, as fábricas da Toyota no Japão estão com a produção suspensa.
Com tantos problemas, a Toyota já encolheu os planos de produção global neste ano fiscal, reduzindo a fabricação de 9,3 milhões para 9 milhões de veículos.
A Honda também já reduziu sua produção planejada, entre agosto e setembro, em 60%. Para o início de outubro, está previsto 30% de redução da produção. Com tantas reduções, a nova meta de vendas globais da Honda é de 4,85 milhões de veículos, 150.000 unidades a menos em relação à meta anterior.
O Instituto de Pesquisa Daiwa calculou que, com a redução atual na produção de automóveis, o produto interno bruto real do Japão para o ano fiscal de 2021 será reduzido em 300 bilhões de ienes. Ao adicionar outros setores da economia japonesa, a perda econômica total é estimada em até 1,2 trilhão de ienes (US$ 10,8 bilhões).
Nikkey ON!: Com tanta má notícia, como fica os brasileiros que trabalham nas fábricas de auto-peças e montadoras de automóveis no Japão? Sem horas-extras ou demissões? Só espero que uma crise como a do ano de 2008 não aconteça novamente pelo mundo todo.
Fonte: The Asahi Shimbun.
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