terça-feira, 31 de agosto de 2021

Resíduos encontrados na vacina.

Resíduos de borracha são encontrados dentro da vacina da Moderna, em Okinawa.


Okinawa - O Ministério da Saúde anunciou em 29 de agosto que materiais estranhos encontrados dentro das vacinas da Moderna na região de Okinawa, nada mais são que resíduos de borracha do próprio vedante dos frascos.

Resíduos de borracha são encontrados dentro da vacina da Moderna, em Okinawa.
Manipulação errada da seringa provocou a  suspeita de contaminação da vacina da Moderna em Okinawa. Foto: Reuters.

A investigação foi conduzida pela Takeda Pharmaceutical Co., responsável pela distribuição da vacina da Moderna no Japão. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar comunicou que não havia nenhum problema com a qualidade da vacina em si. Sem saber do que se tratava, o governo de Okinawa tinha suspendido temporariamente a campanha de vacinação na região depois de encontrar materiais estranhos dentro das seringas com as vacinas.

Os materiais estranhos foram encontrados dentro de cinco seringas cheias do imunizante da Moderna, fato acontecido somente em Okinawa nos dias 27 e 28 de agosto. Todo o lote suspeito de contaminação foi suspenso a partir da noite do dia 28 de agosto. Nenhum risco à saúde foi confirmado até agora.

Segundo a investigação, a agulha da seringa deve perfurar perpendicularmente à rolha de borracha do frasco da vacina, sendo o modo correto de uso. Observou-se através dos frascos suspeitos de contaminação que a forma de perfurar à rolha de borracha estava incorreta. A pessoa, que manipulou as seringas, perfurou à borracha do frasco com a agulha no sentido transversal. Isso provocou a ruptura da rolha, fazendo com que detritos de borracha entrasse na seringa junto com o líquido da vacina.

Após a recente descoberta de materiais estranhos dentro dos frascos da vacina da Moderna, que pareciam com partículas metálicas, o ministério da saúde do Japão suspendeu três lotes da vacina em todo o país. Oito locais de inoculação em cinco províncias japonesas foram afetadas com a suspeita de contaminação, na semana passada. Ainda não se sabe o motivo que levou a contaminação dos três lotes suspensos da vacina da Moderna no Japão.


Fonte: The Mainichi.


Imagens das Paraolimpíadas de Tóquio 2020 - Segunda-feira dia 30.


Segunda-feira no Japão e mais dois medalhistas de ouro do Brasil! Claudiney Batista (esquerda) conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco - classe F56. Beth Gomes (direita) levou a medalha de ouro também no lançamento de disco - classe F52. Beth Gomes tem 56 anos e bateu o recorde mundial na prova do disco das Paraolimpíadas. Parabéns atletas! Foto: Getty Images/EPA.



Abaixo, o quadro parcial de medalhas dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 (Até o 30º colocado). Última atualização: 30/08/2021.





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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Eles conseguiram sair de Cabul.

Atletas do Afeganistão conseguem chegar ao Japão para os Jogos Paraolímpicos.


Tóquio - Neste domingo, 29 de agosto, o Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) informou que os dois atletas evacuados do Afeganistão chegaram à Tóquio, a tempo de competirem nas Paraolimpíadas.

Atletas do Afeganistão conseguem chegar ao Japão para os Jogos Paraolímpicos.
Chegada de Zakia Khudadadi (esquerda) e Hossain Rasouli (direita) no Japão, 28 de agosto. Foto: Infobae. 

Os dois atletas, Zakia Khudadadi (lutadora de taekwondo) e Hossain Rasouli (velocista), deixaram o Afeganistão há uma semana atrás e chegaram ao Japão na noite de sábado, 28 de agosto, em um vôo de Paris. A chegada da dupla afegã aos Jogos Paraolímpicos foi muito emocionante, de acordo com autoridades paraolímpicas.

Os atletas afegãos já estão alojados na vila paraolímpica e estão se preparando para as competições, disse o IPC em um comunicado no sábado à noite.

"Zakia e Hossain estão agora em Tóquio para realizar seus sonhos. A presença deles nos jogos é uma forte mensagem de esperança para muitas outras pessoas ao redor do mundo", disse o presidente do IPC, Andrew Parsons, em um comunicado após se encontrar com os atletas afegãos na vila paraolímpica.

"A reunião foi extremamente emocionante. Houve muitas lágrimas de todos na sala. Foi realmente uma reunião notável", disse o porta-voz do IPC, Craig Spence, em uma coletiva de imprensa neste domingo.

Anteriormente, o Comitê Paraolímpico Internacional tinha comunicado que não havia uma maneira segura de trazer os dois atletas afegãos ao Japão para as Paraolimpíadas. Com a retomada do Talibã ao poder do Afeganistão, o país virou um caos, com vários cidadãos afegãos tentando fugir do país. 

Mas vários governos e organizações internacionais realizaram o que o IPC chama de "grande operação global", para ajudar os atletas que desejavam participar dos Jogos de Tóquio.

"A dupla de atletas expressou muita gratidão pela evacuação segura de Cabul e pela oportunidade de realizar o sonho de participar dos Jogos Paraolímpicos", disse Spence.

Spence informou que o IPC trabalhará com os atletas afegãos e com o chefe da equipe afegã, Arian Sadiqi. Todos eles têm a garantia de que receberão todo o cuidado e apoio necessário durante e após os jogos.

"Acredito fortemente que, por meio do movimento paraolímpico e dos Jogos Paraolímpicos, podemos transmitir uma mensagem positiva de que a coexistência pacífica é melhor para a humanidade. Devemos manter e valorizar a paz porque brigas e sentimentos negativos apenas destroem o planeta", disse Sadiqi que também está em Tóquio.

Depois de chegar a Paris no dia 23 de agosto, Khudadadi e Rasouli expressaram uma forte aspiração para as Paraolimpíadas, segundo Spence. 

Em relação ao coronavírus, os atletas afegãos foram testados duas vezes para a COVID-19 antes de chegar ao Japão e foram examinados mais uma vez no aeroporto de Haneda. Todos os resultados dos exames deram negativo.

Como parte das medidas de proteção da saúde mental e do bem-estar dos atletas afegãos, o porta-voz do IPC avisou que nenhum meio de comunicação poderá entrevistá-los durante os jogos.

"A vida humana é a coisa mais importante aqui. Acho que as atuações deles vão falar durante as competições. O que os dois atletas não querem neste momento é que pergunta alguma seja feita agora sobre eles, o Afeganistão e o futuro", informou Spence. 


Fonte: Kyodo News.




Imagens das Paraolimpíadas de Tóquio 2020 - Domingo dia 29.


Neste domingo, quatro atletas brasileiros brilharam nos Jogos Paraolímpicos! Mariana D'Andrea (superior, esquerda) foi ouro no halterofilismo - até 73kg. Alana Maldonado (superior, direita) conquistou a medalha de ouro no judô - até 70kg. Gabriel Araújo ou Gabrielzinho (inferior, esquerda) venceu na natação - 200m livre classe S2 - e conquistou o primeiro lugar. E Carol Santiago (inferior, direita) foi ouro na natação também, mas nos 50m livre - classe S13. Parabéns vencedores! Fotos: Getty Images, rededoesporte.gov.br, CPB.



Abaixo, o quadro parcial de medalhas dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 (Até o 30º colocado). Última atualização: 29/08/2021.





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domingo, 29 de agosto de 2021

A vacina pode levar à morte?

Após vacinados contra a COVID-19, dois homens morrem no Japão.


Tóquio - O Ministério da Saúde do Japão informou neste sábado, 28 de agosto, que duas pessoas morreram depois de receber a dose da vacina contra o coronavírus da Moderna. 

Após vacinados contra a COVID-19, dois homens morrem no Japão.
Dois homens morrem depois de receber a vacina da Moderna. Especialista em saúde não sabem ainda se a vacina é a causa das duas mortes. Foto: Keystone.

As vacinas aplicadas em dois homens fazem parte dos lotes que foram suspensos pelas autoridades japonesas. Nos lotes suspensos, descobriu-se a presença de contaminantes dentro de alguns frascos dos imunizantes da Moderna.

Os dois homens, um de 30 anos e o outro de 38 anos, morreram dias após a aplicação da segunda dose da vacina, ocorrido neste mês de agosto. Nada de estranho foi encontrado nos frascos da vacina, sendo aplicadas normalmente as injeções da Moderna nos dois indivíduos que vieram ao óbito. Até agora é desconhecida  a relação das vacinas com as duas mortes.

A Moderna e a farmacêutica japonesa Takeda Pharmaceutical Co. (responsável pela venda e distribuição das vacinas da Moderna no Japão) informaram em um comunicado que as empresas estavam trabalhando com o ministério da saúde do Japão na investigação dos óbitos.

"No momento, não temos nenhuma evidência de que essas mortes sejam causadas pela vacina da Moderna", disseram as duas empresas.

Até o momento, mais de 1.000 pessoas morreram no Japão após a aplicação das injeções contra a COVID-19 oferecida no país (Pfizer e Moderna). Especialistas em saúde ainda não têm explicações sobre as causas das mortes e se a vacina contra o coronavírus tem alguma relação com isso.


Fonte: The Mainichi.



Imagens das Paraolimpíadas de Tóquio 2020 - Sábado dia 28.


Sábado teve vários atletas brasileiros com medalhas! Thalita Simplício e o seu guia Felipe Veloso (superior, esquerda) levaram a medalha de prata nos 400 metros - categoria T11. Os atletas Gabriel Bandeira, Ana Karolina, Débora Carneiro e Felipe Vila Real (superior, direita) receberam a medalha de bronze na natação - revezamento misto 4x100m - classe S14. Cícero Valdiran (inferior, esquerda) levou a medalha de bronze no lançamento de dardo - classe F57. Lúcia Araújo (centro, esquerda) conquistou a medalha de bronze no judô feminino - categoria até 57kg. Cátia Oliveira (centro, direita) faturou a medalha de bronze no tênis de mesa - classe 1-2. E Julyana da Silva (inferior, direita) ganhou a medalha de bronze no lançamento de disco - classe F57. Parabéns paraolímpicos! Fotos: CPB.


Abaixo, o quadro parcial de medalhas dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 (Até o 30º colocado). Última atualização: 28/08/2021.




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sábado, 28 de agosto de 2021

Desorganização para ser vacinado.

Vacinação sem reserva em Tóquio causa insatisfação nas pessoas que não conseguiram ser vacinadas.


Tóquio - Na manhã desta sexta-feira, 27 de agosto, centenas de pessoas formaram uma imensa fila em um local de vacinação contra a COVID-19 na região de Shibuya e, devido à falta de vacinas para tanta gente, a inoculação precisou ser paralisada logo cedo.

Vacinação sem reserva em Tóquio causa insatisfação nas pessoas que não conseguiram ser vacinadas.
Pessoas esperando pela distribuição de senhas numeradas em frente ao Shibuya Ward Labour Welfare Hall, Tóquio. Muitas pessoas não conseguiram ser vacinadas contra a COVID-19 nesta sexta-feira. Foto: Tokyo Shimbun.

O Governo Metropolitano de Tóquio criou um centro de vacinação para pessoas de 16 a 39 anos no Shibuya Ward Labour Welfare Hall, próximo da estação JR Shibuya. As autoridades do local de vacinação planejaram o início da inoculação ao meio-dia para aqueles que não agendaram a vacina antecipadamente. Por volta das 8 horas da manhã, cerca de 300 pessoas já tinham recebido senhas numeradas para a vacinação. Como a fila ainda continuava extremamente longa, a equipe de vacinação parou de atender mais gente por causa do número limitado de vacinas para a sexta-feira.

Segundo as regras do novo local de vacinação, as pessoas poderiam ser inoculadas sem o agendamento de um horário e de uma data, trazendo apenas o cupom de vacina (a prefeitura se encarrega de enviar antecipadamente os cupons pelo correio para cada cidadão de acordo com a idade) e um documento de identidade. 

De acordo com o governo metropolitano de Tóquio, já havia mais de 10 pessoas na fila às 4 horas da manhã desta sexta-feira. Quando era 7h30 da manhã, mais de 300 pessoas já estavam esperando pela vacinação na longa fila que se formou. A expectativa do governo de Tóquio era de que até 200 pessoas por dia seriam atendidas no local. Aqueles que não conseguiram ser vacinados no dia, aparentemente protestaram junto à equipe do centro de vacinação.

O governo metropolitano já vinha pedindo às pessoas, pelo website da prefeitura, que não viessem tão cedo ao local de vacinação para evitar insolação e outros problemas devido ao calor forte desta semana. No entanto, as autoridades não esperavam que centenas pessoas viessem tão cedo ao local, querendo ser vacinadas o mais rápido possível contra o coronavírus.

Através da sua conta no Twitter, o governo de Tóquio pediu desculpas para as pessoas que não conseguiram ser vacinadas nesta sexta-feira e disse também que melhorias serão feitas para melhorar o atendimento do público.


Fontes: The Mainichi / Tokyo Shimbun.


Imagens das Paraolimpíadas de Tóquio 2020 - Sexta-feira dia 27.


Sexta-feira tivemos cinco medalhas de ouro para o Brasil! Yeltsin Jacques (superior, direita), ouro nos 5.000 metros - classe T11. Wendell Belarmino (superior, centro), ouro na natação - 50 metros livre - classe C11. Wallace Santos (superior, direita), ouro no arremesso de peso - classe F55. Silvânia Costa (inferior, esquerda), ouro no salto em distância - classe T11. Petrúcio Ferreira (inferior, direita), ouro nos 100 metros - classe T47. Parabéns medalhistas de ouro!


Abaixo, o quadro parcial de medalhas dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 (Até o 30º colocado). Última atualização: 27/08/2021.




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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Problemas com as vacinas.

Japão suspende lotes da vacina Moderna sob suspeita de contaminação.


Tóquio - A campanha de vacinação contra a COVID-19 pode ser interrompida em todo o Japão depois que materiais estranhos foram encontrados em alguns frascos da vacina Moderna.

Japão suspende lotes da vacina Moderna sob suspeita de contaminação.
Cerca de 1,63 milhão de doses da vacina Moderna foram suspensas nos locais de vacinação pelo Japão sob suspeita de contaminação. Foto: AFP.

Na quinta-feira, 26 de agosto, o Ministério da Saúde do Japão decidiu a interrupção do uso de 1,63 milhão de doses da vacina Moderna. Todas as doses sob suspeita de contaminação foram fabricadas em uma indústria farmacêutica da Espanha.

A farmacêutica japonesa Takeda Pharmaceutical Co., responsável pela venda e distribuição da vacina Moderna no Japão, informou que ainda não houve relatos de danos à saúde de quem a tomou. Das 1,63 milhão de doses suspensas, algumas delas já foram distribuídas e usadas em 863 postos de vacinação do país.

Nos últimos dez dias, pequenos materiais estranhos foram descobertos em 39 frascos de vacinas não utilizados de oito locais de vacinação pelo Japão. Os lotes de vacinas suspeitos de contaminação foram mandados da Espanha para o Japão no final do mês de julho.

O Ministério da Saúde não revelou os nomes dos locais de vacinação afetados. É sabido que os materiais estranhos foram encontrados em doses distribuídos nas províncias de Ibaraki, Saitama, Tóquio, Gifu e Aichi.

A Agência para Assuntos Culturais cancelou abruptamente um programa de vacinação para pessoas engajadas em atividades culturais e artísticas. A vacinação estava programada para hoje, quinta-feira, no Centro de Nacional de Arte de Tóquio. As vacinas que seriam utilizadas no local foram suspensas após a comprovação do número de lotes suspeitos da contaminação.

A Takeda Pharmaceutical informou que pediu para a farmacêutica Moderna dos Estados Unidos para identificar os materiais estranhos dos lotes contaminados e explicar como isso aconteceu. O Ministério da Saúde do Japão disse que irá trabalhar para minimizar o impacto no calendário de vacinação, enviando vacinas de reposição para os locais afetados.


Fontes: Japan Today / NHK News.


Imagens das Paraolimpíadas de Tóquio 2020 - Quinta-feira dia 26.


Nesta quinta-feira, Brasil foi duplamente prata! Rodolpho Riskalla (esquerda) faturou a medalha de prata no adestramento classe 4. Jovane Guissone (direita) também conquistou a medalha de prata, só que na esgrima em cadeira de rodas - categoria B. Parabéns medalhistas! Fotos: CPB. 



Abaixo, o quadro parcial de medalhas dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 (Até o 30º colocado). Última atualização: 26/08/2021.




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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Protesto contra as Paraolimpíadas.

Manifestante é preso por agressão perto do Estádio Olímpico.


Tóquio - Na terça-feira, 24 de agosto, antes do início da cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio, a polícia prendeu um homem de 52 anos acusado de obstrução e agressão a um policial perto do Estádio Olímpico.

Manifestante é preso por agressão perto do Estádio Olímpico.
Protestos durante a realização das Olimpíadas de Tóquio em julho. Foto: FFW

De acordo com a polícia, Hiroyuki Matsunaga, morador da cidade de Kawasaki (província de Kanagawa) e ocupação desconhecida, estava com outras pessoas na região de Shinjuku, participando de um protesto contra a realização das Paraolimpíadas, no início da noite do dia 24.

De repente, por volta das 19h02, quando Matsunaga estava próximo de um outro estádio esportivo, o Chichibunomiya Rugby Stadium, ele chutou um policial na perna. O policial tentava dispersar os manifestantes próximos de uma faixa de pedestres, no momento em que Matsunaga se irritou com o guarda e o agrediu com um chute.

O policial não ficou ferido durante o incidente, mas Matsunaga foi preso em flagrante por agressão.

Na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio em julho, centenas de manifestantes entraram em confronto com a polícia no entorno do Estádio Olímpico. Com mensagens do tipo "Não queremos as Olimpíadas", protestantes usavam megafones para gritar contra a realização do evento olímpico durante a pandemia da COVID-19 no Japão. Não houve relatos de incidentes violentos pelos manifestantes nos Jogos Olímpicos, segundo a polícia.


Fontes: Japan Today / CLM Brasil.


Imagem das Paraolimpíadas de Tóquio 2020 - Quarta-feira dia 25.


Primeira medalha de ouro do Brasil nas Paraolimpíadas! Gabriel Bandeira posa com sua medalha de ouro conquistada na natação (100 metros borboleta S14). Parabéns! Foto: CPB.


Abaixo, o quadro parcial de medalhas dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 (Até o 24º colocado). Última atualização: 25/08/2021.



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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Cerimônia de abertura das Paraolimpíadas.

Jogos Paraolímpicos de Tóquio: início dos jogos e preocupações com o aumento de casos de COVID-19 no Japão.


Tóquio - A abertura das Paraolimpíadas de Tóquio teve início nesta noite de terça-feira às 20h00 (horário do Japão), com acrobatas, palhaços, música, fogos de artifícios e sem a presença do público no Estádio Olímpico.

Jogos Paraolímpicos de Tóquio: início dos jogos e preocupações com o aumento de casos de COVID-19 no Japão.
O símbolo dos "Três Agitos" é visto durante a cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio. Foto: Mainichi.

A cidade de Tóquio está sediando as Paraolimpíadas pela segunda vez, sendo a primeira edição realizada em 1964. Desta vez, os Jogos Paraolímpicos serão realizados em condições que ninguém imaginava antes: pandemia de coronavírus no mundo todo e protocolos de segurança a serem respeitados durante os jogos para evitar contágios.

Nesta edição das Paraolimpíadas, um recorde de 4.403 atletas de 161 lugares do mundo (países + regiões) e mais a participação de uma pequena equipe de refugiados.

Os Jogos Paralímpicos terão no cronograma 22 esportes com 539 competições por medalhas. Taekwondo e badminton estão fazendo suas estréias em Tóquio. 

"Declaro aberto os Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020", disse o imperador japonês Naruhito no Estádio Nacional. Entre as autoridades presentes estavam Douglas Emhoff (marido da vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris), o brasileiro Andrew Parsons (presidente do Comitê Paraolímpico Internacional) e Thomas Bach (presidente do Comitê Olímpico Internacional).

Realizada em um palco que lembra um aeroporto (Será?),  a cerimônia de abertura contou com os atletas paraolímpicos entrando no estádio com suas máscaras faciais e acenando para as câmeras de TV. A entrada das 162 delegações foi por ordem do alfabeto japonês, com a equipe de refugiados iniciando o desfile.

Com o tema "We have wings" (Nós temos asas), a cerimônia contou a história de um pequeno avião com uma asa só que sonhava em voar. "A pequena Monoasa" foi representada pela japonesa, cadeirante de 13 anos, Yui Wago.

A chama paraolímpica apareceu na parte final da cerimônia, sendo a unificação das chamas acesas em todo o Japão e da chama de Stoke Mandeville (na Grã-Bretanha, berço dos Jogos Paralímpicos). Todas as chamas foram utilizadas para acender o caldeirão paraolímpico no Estádio Nacional de Tóquio.

Os organizadores do evento esperam que os Jogos Paraolímpicos de Tóquio contribuam para a construção de uma sociedade mais inclusiva que abrace as diferenças do ser humano.

"Obrigado pelo seu trabalho árduo, dedicação e perseverança diante dos muitos desafios da pandemia para se reunir aqui em Tóquio. Os atletas paraolímpicos demonstram o nosso potencial infinito como seres humanos e o nosso poder de ir além dos nossos limites. Por favor, tenhamos esperança e força para nos mantermos firmes enquanto testemunhamos tudo o que você superou para chegar a este estágio", disse a presidente do comitê organizador dos jogos, Seiko Hashimoto, aos atletas paraolímpicos durante a cerimônia.

Mas do lado de fora do estádio olímpico, durante a cerimônia de abertura, vários manifestantes se reuniram com cartazes e gritavam o slogan: "Pare os Jogos Paraolímpicos".  Especialistas em saúde e autoridades japonesas começaram a rotular a atual situação da COVID-19 no Japão como algo quase "a nível de desastre".

Andrew Parsons e Seiko Hashimoto dizem que as Paraolimpíadas podem ser realizadas com segurança. Ambos tentaram distanciar os Jogos Paraolímpicos e os Jogos Olímpicos com a crescente onda de casos de coronavírus em Tóquio.

Alguns especialistas na área de saúde afirmam que, mesmo que não haja uma ligação direta, a presença das Olimpíadas e das Paraolimpíadas promoveu uma falsa sensação de segurança. Isso fez com que as pessoas baixassem a guarda, ajudando a espalhar a infecção de COVID-19 por todos os lugares no Japão.

Nikkey ON!: vamos assistir aos jogos até o dia 5 de setembro e iremos tirar as nossas conclusões a respeito da relação das Paraolimpíadas com os casos de coronavírus no Japão.


Fontes: The Mainichi / Japan Today.


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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Consideração pelos atletas afegãos.

Sem os atletas, só a bandeira do Afeganistão representará o país na cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos.


Tóquio - Um alto funcionário do comitê paraolímpico japonês confirmou nesta segunda-feira que, durante a cerimônia de abertura das Paraolimpíadas de Tóquio, incluirá a bandeira do Afeganistão na entrada das delegações no Estádio Olímpico. O gesto de solidariedade será uma homenagem aos atletas afegãos que não puderam comparecer ao Japão por causa da retomada do poder pelo Talibã no Afeganistão.

Sem os atletas, só a bandeira do Afeganistão representará o país na cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos.
Zakia Khudadadi (esquerda) e Hossain Rasouli (direita) não poderão participar da primeira Paraolimpíada de suas vidas. Foto: First Sportz. 

O presidente do Comitê Paraolímpico Internacional, Andrew Parsons, disse em uma coletiva de imprensa que é importante destacar a bandeira do Afeganistão na noite da cerimônia de abertura dos jogos. O gesto solidário é a forma encontrada pelo comitê de espalhar uma mensagem de esperança e paz para o Afeganistão e para o mundo durante à cerimônia.

Os atletas afegãos não puderam vir ao Japão depois que o grupo fundamentalista e nacionalista islâmico, o Talibã, assumiu o total controle político do Afeganistão em 15 de agosto.

Parsons disse que um representante do escritório do alto comissariado da ONU para refugiados carregará a bandeira do Afeganistão durante a cerimônia de abertura no Estádio Olímpico.

Os atletas, Zakia Khudadadi (lutadora paralímpica de taekwondo) e Hossain Rasouli (atleta paralímpico do atletismo), eram os dois únicos representantes do Afeganistão nos Jogos Paraolímpicos de Tóquio. Khudadadi, 23 anos, que nasceu com uma deficiência em um dos braços, seria a primeira mulher afegã a participar de uma edição das Paraolimpíadas. Rasouli, 24 anos, que perdeu uma parte do braço esquerdo em uma explosão de uma mina terrestre, também faria a sua estréia nos Jogos de Tóquio.

A lutadora Khudadadi fez um vídeo para as redes sociais na semana passada, pedindo ajuda para conseguir viajar da capital afegã Cabul até Tóquio e poder participar dos jogos. Entretanto, devido ao encarecimento dos preços das passagens aéreas no Afeganistão quando o Talibã estava retomando o seu poder e o caos generalizado no aeroporto de Cabul após o domínio da capital pelo grupo extremista, tornou-se impossível qualquer civil afegão sair do país.

"Infelizmente, devido à turbulência atual no Afeganistão, a equipe paraolímpica não pôde deixar Cabul a tempo", disse Arian Sadiqi, chefe do Comitê Paraolímpico do Afeganistão, em Londres.

"É de partir o coração. Esta edição das Paraolimpíadas teria a participação da primeira mulher afegã nos jogos. Isso seria a história dos esportes no Afeganistão se formando. Khudadadi estava animada para participar das competições. Ela é muito apaixonada por competir e poderia ter sido um grande exemplo para as mulheres do Afeganistão", afirmou Sadiqi.

Nikkey ON!: Torcer para que os sonhos do povo no Afeganistão não sejam destruídos para sempre com a retomada do poder do país pelo Talibã.


Fontes: Kyodo News / Reuters.
 

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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

COVID-19 no ambiente Paraolímpico.

Jogos Paraolímpicos: Trabalhadores terceirizados são responsáveis pela maioria dos casos de coronavírus.


Tóquio - Trinta pessoas relacionadas aos Jogos Paraolímpicos foram confirmadas com COVID-19 em 22 de agosto. Segundo os organizadores das Paraolimpíadas, esta é a contagem mais alta registrada até hoje.

Jogos Paraolímpicos: Trabalhadores terceirizados são responsáveis pela maioria dos casos de coronavírus.
Os Três Agitos: o símbolo atual dos Jogos Paraolímpicos foi criado em 2003. Foto: Paralympics.

O anúncio elevou o total de infecções para 131 casos referentes aos Jogos Paralímpicos. Mais da metade de casos envolveram trabalhadores terceirizados.

As trinta pessoas infectadas, no dia 22, são: dois atletas, dezesseis funcionários terceirizados, oito oficiais dos jogos paralímpicos, duas pessoas da imprensa, um membro do comitê organizador e um voluntário.

Os organizadores dos jogos informam todos os dias os resultados dos diagnósticos que confirmam COVID-19 em atletas e em todas as pessoas com credenciais relacionadas às Paraolimpíadas.

O Comitê Organizador dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio começou a divulgar os resultados dos testes de coronavírus em 12 de agosto.

A edição das Paraolimpíadas de Tóquio começará nesta terça-feira, 24 de agosto.


Fonte: The Asahi Shimbun.



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domingo, 22 de agosto de 2021

Ajudou um atleta a ganhar a corrida.

Após ter ajudado um velocista perdido, voluntária olímpica é convidada a visitar a Jamaica.

Tóquio - Na última quinta-feira, 19 de agosto, o governo jamaicano ofereceu a uma voluntária do Jogos Olímpicos de Tóquio um presente muito especial: uma viagem para a Jamaica com todas as despesas pagas (incluindo visitas as atrações turísticas e estadias em hotéis de luxo do país). Mas por quê?

Após ter ajudado um velocista perdido, voluntária olímpica é convidada a visitar a Jamaica.
Tijana Kawashima Stojkovic (esquerda) durante o evento em sua homenagem na embaixada da Jamaica em Tóquio. Foto: Kyodo.

No dia 4 de agosto, a voluntária Tijana Kawashima Stojkovic ajudou um atleta jamaicano, Hansle Parchment, a chegar a tempo ao correto lugar das provas de corrida.

O Ministro do Turismo da Jamaica, Edmund Bartlett, agradeceu Stojkovic durante um evento realizado na embaixada jamaicana em Tóquio. Bartlett disse a voluntária que está feliz em convidá-la a conhecer a Jamaica e, se não fosse pela ajuda dela, o velocista Parchment não teria se classificado para a final da competição. Durante a final no dia 7 de agosto, Parchment foi medalha de ouro na prova masculina dos 110 metros com barreira.

Stojkovic ajudou o atleta Parchment depois que ele acidentalmente tomou um ônibus errado na vila olímpica e foi parar no ginásio de eventos aquáticos das Olimpíadas. Para seguir o trajeto correto, Parchment teria que voltar à vila olímpica e tomar um outro ônibus saindo de lá para chegar ao Estádio Olímpico. O maior problema é que o velocista não teria tempo suficiente para chegar de ônibus ao Estádio Olímpico e participar da semifinal da competição. 

Desesperado, Parchment implorou ajuda para a primeira voluntária olímpica que ele encontrou no ginásio aquático. Compreendendo a situação delicada do atleta, Stojkovic usou o seu próprio dinheiro e pagou um táxi oficial das Olimpíadas para que Parchment pudesse chegar rapidamente ao local correto, a tempo de participar da corrida. Nesse dia, o velocista conseguiu terminar a prova em segundo lugar e garantiu a sua classificação para a final da competição.

Após ganhar a medalha de ouro na final, Parchment dedicou a sua vitória a gentileza de Stojkovic, ajudado naquele fatídico dia em que ele foi parar no lugar errado. Ele voltou ao ginásio aquático dois dias depois da sua vitória, devolveu o dinheiro a voluntária e acabou fazendo um vídeo de agradecimento com a presença dela. 

"Você foi fundamental para eu ter chegado à final da competição naquele dia", disse Parchment a Stojkovic no vídeo. O velocista acabou postando o vídeo na rede social Instagram e a postagem chegou a ter mais de 1,38 milhões de visualizações. A história do velocista chegou às manchetes de notícias do Japão e do exterior.

"Eu saúdo a Sra. Stojkovic que ajudou um atleta jamaicano a chegar ao sonhado ouro olímpico. Você estará para sempre gravada nos corredores sagrados da história atlética da Jamaica", disse o Ministro do Turismo da Jamaica, Bartlett, durante o evento. 

Parchment foi o único atleta homem a ser medalhista de ouro da Jamaica nas Olimpíadas de Tóquio 2020.

Após ter ajudado um velocista perdido, voluntária olímpica é convidada a visitar a Jamaica.
Hansle Parchment, 31 anos, medalhista de ouro nos 110 metros com barreira nas Olimpíadas de Tóquio. Foto: Kyodo.

"Estou muito satisfeita com isso. Fiz o que estava ao meu alcance para ajudar e agora estou muito feliz por isso", disse Stojkovic. Ela disse que ficou emocionada depois de assistir a uma nova mensagem de vídeo de Parchment agradecendo novamente pela ajuda dela.

O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, está entre as muitas pessoas que compartilharam o vídeo de Parchment. "Todo jamaicano sabe que a gratidão é uma obrigação", disse o primeiro-ministro em sua postagem nas redes sociais.


Fontes: Kyodo News / Loop News.


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sábado, 21 de agosto de 2021

Atleta envolvido em caso de polícia.

Judoca é expulso dos Jogos Paraolímpicos após ser preso por agressão.


Tóquio - O comitê organizador das Paraolimpíadas comunicou nesta sexta-feira, 20 de agosto, que um judoca da Geórgia foi expulso dos Jogos de Tóquio. O motivo: o atleta agrediu um segurança de hotel que acabou parando no hospital.

Judoca é expulso dos Jogos Paraolímpicos após ser preso por agressão.
Zviad Gogotchuri: medalhista de ouro nas Paraolimpíadas do Rio 2016 e agora preso por agressão em Tóquio. Foto: JudoInside.com

Zviad Gogotchuri, medalhista de ouro no judô masculino até 90kg das Paraolimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, foi preso pela polícia japonesa na segunda-feira, 16 de agosto.

Segundo a polícia, o incidente aconteceu quando um segurança do hotel alertou Gogotchuri e outros atletas georgianos sobre o barulho que eles estavam fazendo no corredor de um hotel em Tóquio. Os atletas estavam bebendo e conversando fora dos quartos do sexto andar. Um outro segurança, um homem de 60 anos, tentou resolver a bagunça quando Gogotchuri (que é deficiente visual) o agarrou pelo pescoço. Devido à força, o atleta acabou quebrando uma costela do pobre senhor.

Depois que um membro da delegação da Geórgia testou positivo para a COVID-19 no aeroporto, o judoca Gogotchuri e seus outros conterrâneos foram obrigados a cumprir a quarentena no hotel.

De acordo com o comitê organizador das Paraolimpíadas, um outro atleta da Geórgia foi proibido de treinar por três dias como punição pelo incidente. O atleta punido também estava junto com Gogotchuri  no meio da bebedeira no corredor do hotel.

Os outros 15 membros da delegação georgiana que estavam todos no mesmo hotel e mais o Comitê Paraolímpico da Geórgia  receberam uma dura advertência do Comitê Paraolímpico do Japão sobre a confusão e a péssima conduta da equipe.

Durante às Olimpíadas de Tóquio em julho, dois judocas da Geórgia perderam as suas credenciais por deixarem a vila olímpica com o intuito de fazer turismo na capital, violando os protocolos japoneses no combate à COVID-19. (Uma matéria sobre o assunto foi publicada neste blog em 1º de agosto: Link - "Os rapazes só foram dar uma volta".)


Fonte: Kyodo News.


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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

COVID-19 na vila olímpica.

Primeiro caso de coronavírus na vila olímpica, antes do início dos Jogos Paraolímpicos.


Tóquio - Nesta quinta-feira, 19 de agosto, foi confirmado pela primeira vez uma pessoa dos Jogos Paraolímpicos com COVID-19 na vila olímpica.

Primeiro caso de coronavírus na vila olímpica, antes do início dos Jogos Paraolímpicos.
A vila olímpica foi reaberta para as delegações paralímpicas na terça-feira, 17 de agosto. Foto: AP.

O comitê organizador das Paralimpíadas informou que um estrangeiro, oficial dos jogos, testou positivo para o coronavírus. Cabe salientar que não foi um atleta estrangeiro que contraiu o vírus, de acordo com a notícia.

A vila olímpica, o mesmo lugar onde os atletas olímpicos ficaram hospedados, foi reaberta formalmente na terça-feira, 17 de agosto, para os Jogos Paraolímpicos. O início dos jogos está marcado para a próxima semana, 24 de agosto.

Além do primeiro caso de COVID-19 na vila olímpica, os organizadores dos jogos relataram até agora 74 casos do vírus em pessoas relacionadas aos Jogos Paraolímpicos. A maior parte dos casos é entre pessoas contratadas e funcionários dos Jogos que vivem no Japão.

De acordo com o Comitê Olímpico do Japão, 546 casos de coronavírus relacionados às Olimpíadas foram confirmados. Alguns especialistas da área de saúde afirmaram que a realização dos Jogos Olímpicos prejudicou os apelos do governo japonês para a população sobre as regras durante o estado de emergência. Com mais pessoas se aglomerando durante os jogos e as férias de verão, houve um aumento de casos de COVID-19 dentro do Japão.

Nos últimos dias, o Japão registrou mais de 20.000 casos diários de coronavírus. Tentando controlar a situação, o governo japonês expandiu o estado de emergência para um total de 13 províncias. O fim desse período de restrições foi estendido para até 12 de setembro.

A medida que o governo tenta reduzir em grande parte o horário de funcionamento de restaurantes e bares, com a proibição de venda de bebidas alcoólicas nesses mesmos locais, vários especialistas japoneses questionam a eficácia das restrições. Os casos de COVID-19 no Japão aumentam dia após dia.


Fontes: Kyodo News / Japan Today.



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quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Preocupações com as Paraolimpíadas.

Jogos Paraolímpicos: risco de mais casos de infecções por COVID-19 do que nas Olimpíadas.


Tóquio - Segundo o Comitê Organizador das Paraolimpíadas em Tóquio, não vai ser nada fácil garantir a prevenção de infecções por coronavírus entre os atletas e suas delegações durante os Jogos Paraolímpicos. Alguns atletas paraolímpicos podem apresentar sintomas graves se contraírem a COVID-19. 

Jogos Paraolímpicos: risco de mais casos de infecções por COVID-19 do que nas Olimpíadas.
Modalidades dos Jogos Paraolímpicos: desafios de Tóquio para garantir um evento com poucos casos de COVID-19. Foto: CPB.

Takayuki Hirose, 36 anos, representa o Japão na modalidade bocha. Ele afirmou o seguinte: "Minha função respiratória normal é como a de alguém em seus 80 anos".

Se Hirose for infectado pelo coronavírus, ele pode desenvolver sintomas tão graves quanto os ocasionados por pessoas mais velhas. Da mesma forma, jogadores de rúgbi em cadeiras de rodas com lesões na medula cervical também podem sofrer problemas respiratórios por causa de fraqueza muscular.

Medidas de prevenção são imprescindíveis de acordo com as características de cada competição. Uma regra básica é a desinfecção dos equipamentos e a lavagem das mãos pelos atletas e seus cuidadores também.

Mano Yoshihisa, treinadora da equipe japonesa de vôlei feminino sentado, disse: "Quando um atleta paraolímpico joga sentado no chão é diferente do vôlei tradicional onde os atletas jogam em pé. Eu estou muito preocupada com o quão longe a prevenção de infecções pode ir".

Atletas com deficiência visual (que necessitam de cuidadores durante as competições) têm dificuldades em manter uma certa distância das pessoas ao seu redor durante as competições. Em esportes em cadeira de rodas, atletas podem colocar e tirar normalmente as luvas com as próprias mãos, mas alguns outros competidores, com alguma deficiência grave, usam a boca para remover as próprias luvas. Nesse caso, a maior preocupação é o coronavírus entrando pela boca dos atletas através das luvas.

Apesar dos Jogos Olímpicos de Tóquio defendessem a proteção e a segurança, as medidas contra a COVID-19, como o "método da bolha", não foram suficientes em alguns casos. Repetidamente, alguns atletas olímpicos foram vistos saindo fora da Vila Olímpica para fazer compras em lojas. Durante as Olimpíadas, um total de 540 pessoas (entre atletas e oficiais relacionados aos jogos) testaram positivo para o coronavírus.

Embora o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio revele se a pessoa infectada pela COVID-19 é um atleta, um oficial dos jogos, um repórter, um voluntário ou um outro indivíduo, informações com detalhes do status da infecção e a nacionalidade são geralmente mantidas em sigilo pela entidade. Nikkey ON!: Mas a imprensa acaba divulgando pelos meios de comunicação os nomes das pessoas, principalmente atletas, que contraíram COVID-19, né!

Para evitar o contágio dos atletas paraolímpicos, já foi sugerido que a entidade fizesse a divulgação das informações detalhadas do infectado pelo coronavírus durante os jogos. Mas o Comitê Organizador das Paraolimpíadas declarou que o método de controle das informações dos infectados pelo vírus permanecerá o mesmo que foi aplicado nas Olimpíadas.

Enquanto os casos de COVID-19 continuam a se espalhar pelo Japão, um oficial afiliado aos Jogos Paraolímpicos manifestou uma sensação de perigo dizendo: "As Paraolimpíadas são um evento que vem acompanhado de um risco considerável de infecções por coronavírus".


Fonte: The Mainichi.


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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Terra à vista!

Nova ilha é descoberta no Japão após a erupção de um vulcão submarino.


Tóquio - A guarda costeira do Japão descobriu a formação de uma nova ilha perto da ilha Iwoto, localizada no oceano Pacífico e cerca de 1.200km de distância ao sul de Tóquio. 

Nova ilha é descoberta no Japão após a erupção de um vulcão submarino.
Ilha recém formada por uma atividade vulcânica é descoberta pela guarda costeira do Japão em 15 de agosto. Foto: Kyodo.

Um vulcão submarino começou a entrar em erupção no final da semana passada, 13 de agosto. A nova ilha tem o formato da letra C, com diâmetro de aproximadamente um quilômetro. O vulcão está localizado a cerca de 50km de distância ao sul da ilha Iwoto (conhecida como Iwo Jima), fazendo parte das ilhas Ogasawara.

A Agência Meteorológica do Japão emitiu alertas sobre fumaça e grandes depósitos de cinza em águas próximas, provocados pela erupção continua do vulcão.

De acordo com a agência meteorológica, a guarda costeira encontrou a ilha recém-formada ao observar a erupção pelo horizonte do oceano, no último domingo. Uma grande quantidade de pedra-pomes, criada pela atividade vulcânica, foi vista flutuando no oceano pela guarda costeira, em uma área de 60km de distância na direção noroeste da nova ilha.

Na região do arquipélago de Ogasawara, novas ilhas vulcânicas se formaram na área nos anos de 1904, 1914 e 1986. Todas elas submergiram com o passar do tempo, devido à erosão provocada pelas ondas e correntes oceânicas. A ilha formada em 1986 submergiu após somente 2 meses da erupção submarina. 


Fonte: Japan Today.


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terça-feira, 17 de agosto de 2021

Vai ser sem público mesmo.

Jogos Paraolímpicos serão realizados sem espectadores.


Tóquio - Está decidido! A edição dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio não contará com a presença dos espectadores nos locais dos jogos, devido ao grande número de casos de coronavírus em várias partes do Japão. A informação foi dada nesta segunda-feira, 16 de agosto, faltando uma semana para a abertura dos Jogos Paraolímpicos.

Jogos Paraolímpicos serão realizados sem espectadores.
O presidente do IPC, Andrew Parsons (centro); a chefe do comitê organizador dos Jogos de Tóquio, Seiko Hashimoto (esquerda); e a ministra das Olimpíadas do Japão, Tamayo Murakawa (direita). Foto: Kyodo.

Durante a reunião, o Comitê Paraolímpico Internacional, as autoridades governamentais e esportivas decidiram na realização de todas as competições com as portas fechadas para o público. Os jogos serão realizados sem espectadores na região metropolitana de Tóquio, incluindo as competições nas províncias de Chiba, Saitama e Shizuoka.

A única exceção não alterada no plano original é a presença dos estudantes das escolas nos locais dos jogos, sendo eles incluídos em um programa educacional do governo. Isso é o que foi comunicado pelo comitê organizador dos Jogos Paralímpicos.

A reunião contou com a presença de Andrew Parsons (presidente do Comitê Paraolímpico Internacional - IPC), de Seiko Hashimoto (chefe do órgão organizador dos jogos), de Yuriko Koike (governadora de Tóquio) e de Tamayo Marukawa (ministra das Olimpíadas do Japão).

"Ao tomar as medidas mais adequadas que foram adquiridas com a experiência de sediar as Olimpíadas de Tóquio, estou convencida de que podemos realizar os jogos de uma forma segura, protegida e tranquila", disse Hashimoto sobre as Paraolimpíadas.

A decisão sobre a presença do público ou não nos Jogos Paralímpicos foi postergado até o último minuto antes da reunião, devido à questão do monitoramento diário dos casos de COVID-19 no Japão.

Tóquio está em estado de emergência contra o coronavírus desde 12 de julho. A capital tem divulgado números muito altos de infecções diárias nas últimas semanas, chegando a 5.773 pessoas infectadas na última sexta-feira, 13 de agosto. O recorde registrado é quase o triplo de casos de COVID-19 registrado no início das Olimpíadas em 23 de julho.

"Diante dos casos de coronavírus em Tóquio e em todo o Japão, todos os participantes dos jogos devem estar vigilantes e seguir os princípios dos manuais das Paraolimpíadas em todos os momentos. Só assim, seremos capazes de oferecer o espetáculo dos Jogos Paraolímpicos de forma segura", disse Parsons.

"Depois de cinco anos de treinamento, os atletas paralímpicos estão extremamente animados. Eles estão preparados e prontos para competir. Mal posso esperar para vê-los durante os jogos", complementou Parsons. 

O presidente do IPC, Parsons, participou da reunião com as outras autoridades por vídeo conferência porque ele está em quarentena em seu quarto de hotel. Ele chegou ao Japão nesta segunda-feira e está obedecendo as restrições no combate à COVID-19 para quem veio de outro país.

Os organizadores das Paraolimpíadas estavam considerando a permissão de até 5.000 espectadores no velódromo da província de Shizuoka, onde ocorrerá as provas de ciclismo. Mas isso foi mudado quando o governador de Shizuoka solicitou ao governo central a inclusão da província no estado de emergência nesta segunda-feira. 

Espera-se que os Jogos Paraolímpicos de Tóquio tenham a participação de aproximadamente 4.400 atletas de 160 países e regiões. A única ressalva, segundo um funcionário do IPC, é em relação ao Afeganistão. O país provavelmente desistirá de participar dos jogos depois que o grupo Talibã assumiu o controle do governo. O presidente afegão, Ashraf Ghani, precisou fugir da capital Cabul para o Tajiquistão no último domingo.


Fonte: Kyodo News.


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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Para estimular a natalidade do país.

Japão beneficiará funcionários públicos com licença remunerada para o tratamento de fertilidade.


Tóquio - A partir de janeiro do próximo ano, o Japão concederá aos funcionários públicos do país 10 dias de licença remunerada (por ano) no tratamento de fertilidade. Diante de um país que luta contra uma taxa de natalidade em rápido declínio, a decisão é um novo estímulo para apoiar casais que desejam ter filhos.

Japão beneficiará funcionários públicos com licença remunerada para o tratamento de fertilidade.
Funcionários públicos do Japão passarão a ter licença remunerada para tratamento de fertilidade. Foto: Depositphotos.

"O setor público tomará a iniciativa", disse a presidente da Autoridade Nacional dos Funcionários Públicos do Japão, Yuko Kawamoto. Ela espera que a mudança incentive o setor privado a seguir o mesmo exemplo.

Cerca de 47.000 funcionários públicos do país participaram de uma pesquisa online sobre tratamento de fertilidade, conduzida entre janeiro e fevereiro deste ano. Diante das respostas da pesquisa, cerca de 1,8% dos funcionários estavam sob algum tratamento de fertilidade. Cerca de 10,1% dos entrevistados disseram que já fizeram o tratamento e 3,7% responderam que tinham em mente a realização de um procedimento de fertilização.

Entre as pessoas que realizaram o procedimento de fertilização ou estava pensando em fazê-lo, 62,5% disseram que era muito difícil conciliar o trabalho com o tratamento, enquanto 11,3% responderam que era impossível conciliar as duas coisas. As razões mais comuns das dificuldades enfrentadas pelas pessoas eram a necessidade de fazer visitas frequentes ao médico, os custos médicos e os conflitos com a duração do tratamento com os horários de trabalho.

A iniciativa da Autoridade Nacional dos Funcionários Públicos do Japão visa aliviar a carga de trabalho, permitindo que os trabalhadores públicos do país (com funções em tempo integral e parcial de trabalho) tirem 5 dias de licença remunerada, com opção de mais 5 dias disponíveis se necessário.

O tempo de folga pode ser dividido e aproveitado com flexibilidade. Pode-se tirar algumas horas de folga para ir ao médico durante o dia de trabalho, por exemplo.

Aumentar o acesso ao tratamento de fertilidade tem sido o foco do primeiro-ministro Yoshihide Suga. O primeiro-ministro pressionou a aprovação do benefício para que este fosse coberto pelo seguro de saúde público do Japão a partir de abril do próximo ano.

O número de crianças nascidas no Japão no ano de 2020 foi de apenas 840.832 recém-nascidos. A queda na taxa de natalidade do Japão vem aumentando ano após ano, mas a grande queda no número de nascimentos em 2020 teve como agravante o impacto social e econômico da COVID-19.

A taxa de fecundidade no Japão, ou o número médio de filhos que uma mulher japonesa deve dar à luz ao longo da vida, ficou na média de 1,34 filhos no ano passado. De acordo com pesquisas anteriores, isso representa uma queda de 0,02 ponto em relação ao ano de 2019.


Fonte: Japan Today.


  
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