quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Preocupações com as Paraolimpíadas.

Jogos Paraolímpicos: risco de mais casos de infecções por COVID-19 do que nas Olimpíadas.


Tóquio - Segundo o Comitê Organizador das Paraolimpíadas em Tóquio, não vai ser nada fácil garantir a prevenção de infecções por coronavírus entre os atletas e suas delegações durante os Jogos Paraolímpicos. Alguns atletas paraolímpicos podem apresentar sintomas graves se contraírem a COVID-19. 

Jogos Paraolímpicos: risco de mais casos de infecções por COVID-19 do que nas Olimpíadas.
Modalidades dos Jogos Paraolímpicos: desafios de Tóquio para garantir um evento com poucos casos de COVID-19. Foto: CPB.

Takayuki Hirose, 36 anos, representa o Japão na modalidade bocha. Ele afirmou o seguinte: "Minha função respiratória normal é como a de alguém em seus 80 anos".

Se Hirose for infectado pelo coronavírus, ele pode desenvolver sintomas tão graves quanto os ocasionados por pessoas mais velhas. Da mesma forma, jogadores de rúgbi em cadeiras de rodas com lesões na medula cervical também podem sofrer problemas respiratórios por causa de fraqueza muscular.

Medidas de prevenção são imprescindíveis de acordo com as características de cada competição. Uma regra básica é a desinfecção dos equipamentos e a lavagem das mãos pelos atletas e seus cuidadores também.

Mano Yoshihisa, treinadora da equipe japonesa de vôlei feminino sentado, disse: "Quando um atleta paraolímpico joga sentado no chão é diferente do vôlei tradicional onde os atletas jogam em pé. Eu estou muito preocupada com o quão longe a prevenção de infecções pode ir".

Atletas com deficiência visual (que necessitam de cuidadores durante as competições) têm dificuldades em manter uma certa distância das pessoas ao seu redor durante as competições. Em esportes em cadeira de rodas, atletas podem colocar e tirar normalmente as luvas com as próprias mãos, mas alguns outros competidores, com alguma deficiência grave, usam a boca para remover as próprias luvas. Nesse caso, a maior preocupação é o coronavírus entrando pela boca dos atletas através das luvas.

Apesar dos Jogos Olímpicos de Tóquio defendessem a proteção e a segurança, as medidas contra a COVID-19, como o "método da bolha", não foram suficientes em alguns casos. Repetidamente, alguns atletas olímpicos foram vistos saindo fora da Vila Olímpica para fazer compras em lojas. Durante as Olimpíadas, um total de 540 pessoas (entre atletas e oficiais relacionados aos jogos) testaram positivo para o coronavírus.

Embora o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio revele se a pessoa infectada pela COVID-19 é um atleta, um oficial dos jogos, um repórter, um voluntário ou um outro indivíduo, informações com detalhes do status da infecção e a nacionalidade são geralmente mantidas em sigilo pela entidade. Nikkey ON!: Mas a imprensa acaba divulgando pelos meios de comunicação os nomes das pessoas, principalmente atletas, que contraíram COVID-19, né!

Para evitar o contágio dos atletas paraolímpicos, já foi sugerido que a entidade fizesse a divulgação das informações detalhadas do infectado pelo coronavírus durante os jogos. Mas o Comitê Organizador das Paraolimpíadas declarou que o método de controle das informações dos infectados pelo vírus permanecerá o mesmo que foi aplicado nas Olimpíadas.

Enquanto os casos de COVID-19 continuam a se espalhar pelo Japão, um oficial afiliado aos Jogos Paraolímpicos manifestou uma sensação de perigo dizendo: "As Paraolimpíadas são um evento que vem acompanhado de um risco considerável de infecções por coronavírus".


Fonte: The Mainichi.


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