Jogos Paraolímpicos de Tóquio: início dos jogos e preocupações com o aumento de casos de COVID-19 no Japão.
Tóquio - A abertura das Paraolimpíadas de Tóquio teve início nesta noite de terça-feira às 20h00 (horário do Japão), com acrobatas, palhaços, música, fogos de artifícios e sem a presença do público no Estádio Olímpico.
O símbolo dos "Três Agitos" é visto durante a cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio. Foto: Mainichi.
A cidade de Tóquio está sediando as Paraolimpíadas pela segunda vez, sendo a primeira edição realizada em 1964. Desta vez, os Jogos Paraolímpicos serão realizados em condições que ninguém imaginava antes: pandemia de coronavírus no mundo todo e protocolos de segurança a serem respeitados durante os jogos para evitar contágios.
Nesta edição das Paraolimpíadas, um recorde de 4.403 atletas de 161 lugares do mundo (países + regiões) e mais a participação de uma pequena equipe de refugiados.
Os Jogos Paralímpicos terão no cronograma 22 esportes com 539 competições por medalhas. Taekwondo e badminton estão fazendo suas estréias em Tóquio.
"Declaro aberto os Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020", disse o imperador japonês Naruhito no Estádio Nacional. Entre as autoridades presentes estavam Douglas Emhoff (marido da vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris), o brasileiro Andrew Parsons (presidente do Comitê Paraolímpico Internacional) e Thomas Bach (presidente do Comitê Olímpico Internacional).
Realizada em um palco que lembra um aeroporto (Será?), a cerimônia de abertura contou com os atletas paraolímpicos entrando no estádio com suas máscaras faciais e acenando para as câmeras de TV. A entrada das 162 delegações foi por ordem do alfabeto japonês, com a equipe de refugiados iniciando o desfile.
Com o tema "We have wings" (Nós temos asas), a cerimônia contou a história de um pequeno avião com uma asa só que sonhava em voar. "A pequena Monoasa" foi representada pela japonesa, cadeirante de 13 anos, Yui Wago.
A chama paraolímpica apareceu na parte final da cerimônia, sendo a unificação das chamas acesas em todo o Japão e da chama de Stoke Mandeville (na Grã-Bretanha, berço dos Jogos Paralímpicos). Todas as chamas foram utilizadas para acender o caldeirão paraolímpico no Estádio Nacional de Tóquio.
Os organizadores do evento esperam que os Jogos Paraolímpicos de Tóquio contribuam para a construção de uma sociedade mais inclusiva que abrace as diferenças do ser humano.
"Obrigado pelo seu trabalho árduo, dedicação e perseverança diante dos muitos desafios da pandemia para se reunir aqui em Tóquio. Os atletas paraolímpicos demonstram o nosso potencial infinito como seres humanos e o nosso poder de ir além dos nossos limites. Por favor, tenhamos esperança e força para nos mantermos firmes enquanto testemunhamos tudo o que você superou para chegar a este estágio", disse a presidente do comitê organizador dos jogos, Seiko Hashimoto, aos atletas paraolímpicos durante a cerimônia.
Mas do lado de fora do estádio olímpico, durante a cerimônia de abertura, vários manifestantes se reuniram com cartazes e gritavam o slogan: "Pare os Jogos Paraolímpicos". Especialistas em saúde e autoridades japonesas começaram a rotular a atual situação da COVID-19 no Japão como algo quase "a nível de desastre".
Andrew Parsons e Seiko Hashimoto dizem que as Paraolimpíadas podem ser realizadas com segurança. Ambos tentaram distanciar os Jogos Paraolímpicos e os Jogos Olímpicos com a crescente onda de casos de coronavírus em Tóquio.
Alguns especialistas na área de saúde afirmam que, mesmo que não haja uma ligação direta, a presença das Olimpíadas e das Paraolimpíadas promoveu uma falsa sensação de segurança. Isso fez com que as pessoas baixassem a guarda, ajudando a espalhar a infecção de COVID-19 por todos os lugares no Japão.
Nikkey ON!: vamos assistir aos jogos até o dia 5 de setembro e iremos tirar as nossas conclusões a respeito da relação das Paraolimpíadas com os casos de coronavírus no Japão.
Fontes: The Mainichi / Japan Today.
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