quinta-feira, 17 de março de 2022

Pandemia sem controle.

Casos de COVID-19 na Coréia do Sul atinge níveis alarmantes com a redução das restrições.


Seul - Nesta quarta-feira, 16 de março, a Coréia do Sul registrou mais de 400.000 casos de coronavírus em um único dia. Um triste recorde que é alimentado com a redução das restrições dentro do país, mesmo com a onda de infecções ser fortemente agravada pela variante ômicron.

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Casos de COVID-19 na Coréia do Sul atinge níveis alarmantes com a redução das restrições.
Segundo a OMS, a Coréia do Sul tem registrado um aumento acentuado de casos de COVID-19. O país tem liderado, mundialmente, o número total de infecções nos últimos sete dias. Foto: AFP. 

As autoridades de saúde sul-coreanas confirmaram 400.741 casos registrados de COVID-19. Este é o número de infecções diário mais alto já registrado na Coréia do Sul, desde o início da pandemia há dois anos atrás. 

Para efeito de comparação, o Japão registrou 57.922 casos de COVID-19 só nesta quarta-feira. Os números de infecções vêm diminuindo dia após dia no território japonês.

"O último aumento de casos de coronavírus é o maior desafio que o país enfrenta", disse Sohn Young-rae, um alto funcionário da área de saúde da Coréia do Sul, em uma coletiva de imprensa.

"O governo sul-coreano já havia antecipado o número aproximado de casos. As autoridades de saúde acreditavam que o pico da onda da variante ômicron estava se aproximando", afirmou Sohn. Nikkey ON!: se você for ver o gráfico com os números de casos desde janeiro de 2022 na Coréia do Sul, perceberá nitidamente que o governo sul-coreano errou feio.

"Se superarmos esta crise sanitária no curto prazo, estaremos mais perto de retornar à normalidade", acrescentou Sohn.

Nos últimos sete dias, a Coréia do Sul tem liderado o aumento de novos casos notificados de COVID-19, se comparado com outros países. Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Coréia do Sul registrou 2.358.878 casos de coronavírus (média de 7 dias). Em seguida está o Vietnã que contabilizou 1.795.380 casos de coronavírus (média de 7 dias também).

A grande maioria da população coreana está vacinada, inclusive com a aplicação da terceira dose. Apesar do número recorde de infecções, a taxa de mortalidade por COVID-19 permanece muito baixa no país.

A Coréia do Sul vem relaxando suas regras de distanciamento social nos últimos tempos. Sob pressão de pequenas empresas e de profissionais autônomos, o país vive um dilema se deve "controlar a pandemia com o aumento das restrições" ou "diminuir as restrições para que pequenos comerciantes não fechem os seus negócios".

Atualmente, para empresas no geral, a Coréia do Sul tem exigido o toque de recolher à partir das 11 horas da noite. Para reuniões sociais, o limite obrigatório é de até 6 pessoas no mesmo ambiente. A partir do dia 21 de março, o país irá suspender a quarentena obrigatória para viajantes internacionais totalmente vacinados, mesmo com o aumento de casos de coronavírus.

Nesta sexta-feira, 18 de março, espera-se que o governo sul-coreano decida se vai relaxar ainda mais as restrições ou vai manter as atuais diretrizes de distanciamento social.

No mês passado, a Coréia do Sul abandonou o seu alardeado programa de controle do coronavírus chamado "rastrear, testar e tratar". O programa foi encerrado mesmo com o aumento dramático de casos da variante ômicron , ameaçando diariamente a sobrecarga do sistema de saúde do país.


Fonte: Japan Today.


Notícia urgente:


Forte terremoto atinge o norte do Japão na noite desta quarta-feira, 16 de março, às 23h36min. (horário do Japão). Alerta de tsunami foi emitido para as províncias de Fukushima e Miyagi. É previsto ondas de até 1 metro de altura. Ordem de evacuação foi dada para os moradores que vivem no litoral das províncias citadas. O terremoto chegou atingir a intensidade 6 na escala Shindo (magnitude 7,3).

Segundo a emissora pública NHK, cerca de 2,09 milhões de residências na área metropolitana de Tóquio ficaram sem energia elétrica devido aos apagões causados pelo terremoto. 

Segundo o canal de notícias Kyodo News, nenhuma anormalidade nas usinas nucleares de Fukushima foi registrada até o momento.

Forte terremoto atinge a região de Tohoku na noite do dia 16 de março de 2022. Fonte: Imagem da Agência Meteorológica do Japão.


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