sábado, 12 de março de 2022

Relembrando o dia 11 de março de 2011.

Onze anos do Grande Terremoto do Leste do Japão que devastou o litoral de Tohoku e provocou a crise nuclear de Fukushima.


Sendai - Nesta sexta-feira, todo o Japão relembrou do trágico dia 11 de março, data do grande terremoto de Tohoku. Onze anos atrás, todo o litoral da região nordeste do Japão foi destruído por um devastador tsunami, provocando a morte de milhares de pessoas. Como se não bastasse, as fortes ondas do tremor danificaram o complexo nuclear de Fukushima, desencadeando um dos piores desastres nucleares da história da humanidade. 

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Onze anos do Grande Terremoto do Leste do Japão que devastou o litoral de Tohoku e provocou a crise nuclear de Fukushima.
Moradores da cidade Rikuzentakata, província de Iwate, rezam, de frente para o mar, durante um minuto de silêncio às 14h46 no dia 11 de março, data do Grande Terremoto de Tohoku. Foto: Kyodo News.

Muitas pessoas no Japão reservaram o seu tempo para homenagear as vítimas da tragédia com um minuto de silêncio às 14h46 (horário do Japão), momento exato em que o terremoto de magnitude 9 ocorreu.

Cerca de 15.900 pessoas morreram na tragédia. Mais de 2.500 pessoas ainda continuam desaparecidas. E, ao longo dos anos, as autoridades japonesas atribuem outras 3.786 mortes com doenças relacionadas a tragédia.

A província de Fukushima ainda continua lutando com as consequências da contaminação nuclear. As ordens de evacuação total, em algumas regiões contaminadas por radiação, estão programadas para serem suspensas nesta primavera. Entretanto, as ordens são apenas para algumas áreas onde a radiação não provoca riscos à saúde. 

Em Futaba, cidade onde abriga as usinas nucleares danificadas, todos os moradores foram obrigados a evacuar o município por causa dos altos níveis de radiação em 2011. Agora, depois de 11 anos, algumas pessoas já puderam voltar para algumas partes da cidade de Futaba. O retorno é só para os moradores passarem as noites em suas antigas casas, após a ordem de evacuação total ser suspensa em junho do ano passado. 

"Estou decepcionado com a situação porque as pessoas não estão voltando para Futaba. Mesmo tendo passado 11 anos da tragédia", disse Yasushi Hosozawa (77 anos), antigo morador da cidade que estava pernoitando em sua velha casa.

Na cidade de Natori, uma das regiões da província de Miyagi mais atingida pelo tsunami, quase 1.000 pessoas morreram e parte da vítimas estão desaparecidas até hoje. Para homenageá-los, os entes das vítimas soltaram balões em forma de pomba perto do mar, levando mensagens de carinho pelo céu para os mortos e desaparecidos.

Na cidade de Rikuzentakata, província de Iwate, famílias enlutadas visitaram um monumento de pedra com os nomes das 1.709 vítimas fatais do tsunami. 

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, esteve em uma cerimônia memorial na província de Fukushima e falou aos presentes sobre a necessidade de olhar para o futuro.

"É nosso dever lembrar a preciosa lição que aprendemos com o desastre do terremoto e a grande perda que incorreu. Devemos fazer uso da lição para prevenir e reduzir desastres", disse o primeiro-ministro.

Kishida declarou que o seu governo continuará trabalhando para reconstruir e ajudar os evacuados a voltar para casa.

Nikkey ON!: Continue forte Tohoku! Gambatte!


Fontes: NHK News / Kyodo News.


Imagem das Paraolimpíadas de Inverno de Pequim 2022 - Sexta-feira, dia 11.

Imagem das Paraolimpíadas de Inverno de Pequim 2022 - Sexta-feira, dia 11.
A japonesa Momoka Muraoka ficou com a medalha de ouro no slalom gigante feminino, prova realizada no Centro Nacional de Esqui Alpino de Yanqing, China. A atleta conquistou a sua terceira medalha de ouro de esqui alpino nos Jogos Paraolímpicos de Inverno de Pequim 2022. Parabéns! Foto: Kyodo News.


Quadro de medalhas das Paraolimpíadas de Inverno de Pequim 2022 (Parcial)
Fonte: Paralympic.org (11 de março de 2022).

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