segunda-feira, 7 de março de 2022

Temor de um novo acidente nuclear.

Vítimas do desastre de Fukushima ficam indignadas com ataque russo à usina nuclear ucraniana.


Fukushima - Na última semana, a usina nuclear de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, foi atacada por bombas, durante a invasão russa na região ucraniana. O ataque causou indignação entre as pessoas do Japão, pois muitos ainda não se esqueceram do acidente nuclear da usina de Fukushima Daiichi em 2011. Muitos japoneses indagaram: "O que os russos poderiam estar pensando para fazer esse tipo de ataque?

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Vítimas do desastre de Fukushima ficam indignadas com ataque russo à usina nuclear ucraniana.
Tomoko Kobayashi, administradora da Futabaya Ryokan (uma tradicional pousada japonesa), é vista ao lado de fotos de sua visita na Ucrânia. Após o desastre nuclear de 2011, os ucranianos apoiaram o povo de Fukushima para superar a tragédia da radiação. Foto: Mainichi.

"É totalmente absurdo. Se substâncias radioativas vazarem naquela usina ucraniana, a vizinha Rússia também poderá ser contaminada pela radiação", disse Tomoko Kobayashi (69 anos), administradora de uma tradicional pousada japonesa na cidade de Minamisoma, na província de Fukushima.

O distrito de Odaka, local onde está localizado a pousada, estava até julho de 2016 sujeito a ordens de evacuação após o desastre nuclear de Fukushima. 

Kobayashi teve a chance de visitar a usina de Chernobyl e a cidade de Zhytomyr, onde vivem as vítimas do acidente nuclear. Ela também realizou eventos para discutir assuntos sobre os desastres nucleares, convidando bombeiros e outras pessoas que lutaram contra a radiação da usina de Chernobyl em 1986.

Ataques de mísseis russos atingiram a cidade ucraniana de Zhytomyr, na semana passada. A respeito disso, Kobayashi fez o seguinte comentário: "Eu simpatizo com o povo da Ucrânia. Como o Japão, eles também tiveram a experiência de um desastre nuclear. Eu não entendo a razão dos russos estarem bagunçando um país que se democratizou e avançou em sua liberdade, depois de superar o acidente nuclear de Chernobyl". A japonesa estava planejando um evento de apoio à Ucrânia em sua pousada, no dia 6 de março.

Kanichiro Munakata (71 anos), um agricultor de cogumelos shiitake na cidade de Tamura, na província de Fukushima, também está acompanhando de perto a situação na Ucrânia.

Em 2013, Munakata visitou a Ucrânia, e outras áreas do país, para aprender sobre as consequências de um acidente nuclear. Desde o desastre de Fukushima, a contaminação radioativa das florestas, próximas da região do acidente nuclear, ainda gera a incapacidade do cultivo de cogumelos em toras. O agricultor sentiu um impacto intenso sobre o desastre nuclear de Chernobyl, durante as suas visitas na Ucrânia, e afirmou o seguinte ao repórter: "A mesma coisa não deve acontecer novamente".

Alguns anos atrás, funcionários do governo municipal de Fukushima visitaram a Ucrânia, para adquirir conhecimentos sobre como lidar em casos de acidente radioativo. E, evidentemente, trocar experiências entre países sobre os maiores acidentes nucleares da história da humanidade: Chernobyl e Fukushima. Em um comunicado, o prefeito da cidade de Fukushima, Hiroshi Kohata, disse: "Um acidente nuclear causado por humanos é absolutamente intolerável. Nossos corações estão com a Ucrânia".


Fonte: The Mainichi.


Imagem das Paraolimpíadas de Inverno de Pequim 2022 - Domingo, dia 06.

Imagem das Paraolimpíadas de Inverno de Pequim 2022 - Domingo, dia 06.
Neste domingo, a japonesa Momoka Muraoka conquistou a medalha de ouro no esqui alpino super-G feminino dos Jogos Paraolímpicos de Inverno de Pequim. É a segunda medalha de ouro de Muraoka. No sábado, ela conquistou seu primeiro ouro nos Jogos de Pequim 2022, no esqui alpino downhill para mulheres. Parabéns Muraoka! Foto: Kyodo News.

Quadro de medalhas das Paraolimpíadas de Inverno de Pequim 2022 (Parcial)
Fonte: Paralympic.org (06 de março de 2022).

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