Em setembro, gastos domésticos aumentaram 2,3% no Japão.
Tóquio - O governo japonês informou nesta terça-feira, 8 de novembro, que as famílias do Japão tiveram um aumento de 2,3% em seus gastos domésticos, comparando dados do mês de setembro com o mesmo período de 2021. Segundo o governo, esse é o quarto mês consecutivo de aumento nos gastos, sufocando o orçamento familiar.
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Gastos domésticos no Japão aumentaram 2,3% em setembro, comparando o mesmo período do ano anterior, informou o governo japonês nesta terça-feira, 8 de novembro. Foto: Bloomberg. |
O Ministério de Assuntos Internos e Comunicações constatou que as famílias (de duas ou mais pessoas) gastaram em média 280.999 ienes (cerca de US$ 1.900) no Japão. Com base em ajustes sazonais, os gastos domésticos aumentaram 1,8% em relação ao mês de agosto.
Por outro lado, os salários reais da população diminuíram 1,3% em setembro, comparando ao mesmo mês de 2021. Essa contração marca o sexto mês consecutivo de queda, de acordo com dados separados do Ministério do Trabalho.
Os baixos salários podem indicar um esfriamento do poder de compra dos consumidores para os próximos meses. A possível perspectiva sombria, no consumo, é um mau presságio para os esforços do primeiro-ministro Fumio Kishida. Ele tenta manter sustentável a economia do Japão, onde o consumo corresponde por mais da metade do produto interno bruto do país, diante do aumento acelerado da inflação.
Os gastos com lazer e viagem aumentaram 12,6% pelo sexto mês consecutivo. O item que liderou nessa categoria foi o aumento nos gastos em reservas de hotéis, outros tipos de acomodações e pacotes turísticos. Com a remoção das restrições ao coronavírus no Japão, mais pessoas decidiram viajar.
Já os gastos com transportes e comunicação, incluindo gastos com peças automotivas e tarifas de trem, houve um aumento de 8,8% em setembro.
Na parte de alimentação, os gastos com comidas e bebidas subiram 1,2% em setembro. Nesse período, mais pessoas fizeram suas refeições fora de casa e muitos consumidores de bebidas alcoólicas anteciparam suas compras (antes do aumento de preços de bebidas em outubro), segundo dados do governo.
Seguindo o lado oposto dos aumentos, os gastos com serviços públicos (como energia e água encanada) caíram 1,6%. A maior queda foi nos gastos com gás de cozinha (GLP), diminuindo 13,1% no consumo. A redução do uso de GLP foi devido ao maior tempo das pessoas fora de casa, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os principais preços ao consumidor do Japão saltaram 3% em setembro, marcando o aumento mais acentuado nos últimos 31 anos. No final do mês passado, o primeiro-ministro japonês compilou um pacote econômico de 29,1 trilhões de ienes, ajudando a população a mitigar o impacto dos aumentos de preços e incentivando o crescimento salarial no país.
O pacote de estímulos ocorre quando Kishida pediu às empresas, repetidamente, que aumentem os salários de seus funcionários. A decisão de aumento será feita na temporada de negociações salariais, que ocorre na primavera do próximo ano.
Para 2023, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse em setembro, que a previsão de crescimento econômico do Japão foi reduzido para 1,4%. Em relação à previsão anterior, a OCDE estimava um crescimento de 1,8% na economia japonesa.
Fonte: Kyodo News.
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