Japão considera a implantação de mísseis hipersônicos até 2030.
Tóquio - Nesta quinta-feira, 3 de novembro, o jornal de negócios Nikkei informou que o Ministério de Defesa do Japão está considerando a implantação de mísseis hipersônicos no país, até 2030. As autoridades japonesas estão preocupadas com a atual situação mundial, querendo aumentar a dissuasão, intensificando suas capacidades de contra-ataque em caso de guerra.
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Na quinta-feira, um homem distribuía uma edição extra do jornal Yomiuri em Tóquio, sobre os recentes lançamentos de mísseis da Coréia do Norte. Foto: AP / Shuji Kajiyama. |
O ministério está buscando recursos de defesa e ataque por três principais motivos. O primeiro é a invasão russa na Ucrânia que mudou o ambiente da segurança global. O segundo é a série de lançamentos de mísseis da Coréia do Norte no Mar do Japão. E o terceiro é devido aos movimentos militares da China que podem ameaçar a segurança do Japão.
Segundo o relatório do Ministério da Defesa, os mísseis hipersônicos podem voar cinco vezes mais rápido que a velocidade do som. Esse tipo de míssil pode fazer trajetórias complexas, tornando-se difícil do inimigo interceptá-lo.
O Japão planeja revisar sua estratégia de segurança nacional, bem como outros documentos importantes de defesa até o final do ano. De acordo com o jornal Nikkei, a posição do Japão, sobre suas capacidades de contra-ataque e mísseis hipersônicos, é mencionada nesses documentos.
Inicialmente, o Japão tem a ideia de implantar mísseis de longo alcance em três estágios no país. O principal fornecedor dos armamentos seria os EUA, comprando mísseis Tomahank (usados atualmente pela marinha dos EUA, Austrália, Canadá e Reino Unido).
O primeiro passo é aumentar a capacidade de contra-ataque do Japão. O segundo passo é atualizar os mísseis terra-navio Tipo 12, estendendo o alcance do alvo para mais de 1.000 km (dos atuais 200 km, aproximadamente). E o terceiro passo é a adoção de mísseis hipersônicos.
Segundo a NHK, o Ministério de Defesa do Japão estimou que o próximo programa de defesa, de médio prazo, deve custar ao país cerca de 48 trilhões de ienes (US$ 325 bilhões), em um período de cinco anos.
Pode-se dizer que o Japão está, atualmente, mais preocupado com as provocações da Coréia do Norte. Nos últimos dias (e até o último momento que escrevia este post), os norte-coreanos dispararam diversos mísseis em direção ao Japão. Há uma grande preocupação de que um desses projéteis possa cair acidentalmente no território japonês.
Na manhã desta quinta-feira, a Coréia do Norte voltou a disparar seus mísseis em direção ao Mar do Japão. Cinco mísseis foram disparados por volta das 7h40 (horário do Japão). Um deles fez o governo do Japão emitir um alerta vermelho para as províncias de Miyagi, Yamagata e Niigata (das 7h50 às 8h), com uma possibilidade do projétil sobrevoar ou cair em solo japonês. Mais tarde, o Ministério de Defesa do Japão informou que o projétil não passou pelo país, mas que desapareceu do radar.
Durante a noite do mesmo dia, o Ministério de Defesa informou que a Coréia do Norte voltou a disparar outros três mísseis balísticos, entre 21h30 e 21h40 (horário do Japão). Segundo as autoridades japonesas, esses mísseis podem ter caído fora da zona econômica exclusiva do Japão. Enfim, o que esperar para os próximos dias?
Fontes: Reuters / NHK News.
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