Um ano após o golpe militar, Mianmar continua em clima de tensão política e social.
Yangon - Nesta terça-feira, 1 de fevereiro, a população de Mianmar realizou uma greve silenciosa (ou protesto silencioso) por todo o país contra o regime autoritário imposto pelos militares. O protesto deste dia marcou o primeiro aniversário do golpe militar que derrubou o governo civil, em 1 de fevereiro de 2021.
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"Greve Silenciosa" marca o primeiro aniversário do golpe militar em Mianmar nesta terça-feira, 1 de fevereiro. Foto: NHK News.
Através das redes sociais, a população birmanesa foi convidada, ou convocada, a tirar folga no dia 1 de fevereiro. Com a maior parte do comércio fechado e com muitas pessoas em casa, o silêncio das ruas das cidades marcou o dia de protesto contra os militares no poder do país.
Poucos carros foram vistos nas ruas da maior cidade de Mianmar, Yangon, durante todo o período da manhã. A greve estava prevista para começar às 10 horas da manhã (horário local) e estender até o período da noite.
Com as tensões políticas aumentando cada vez mais, os militares alertaram que tomarão medidas legais contra aqueles que participaram do protesto.
A embaixada japonesa em Mianmar alertou os seus cidadãos que estão no país para ficarem cautelosos com o clima hostil em algumas cidades.
Um protesto silencioso também foi realizado no país em dezembro do ano passado. Nesse período tenso, um fotógrafo freelancer que fazia uma cobertura jornalística das manifestações antimilitares do país, Soe Naing, foi detido e agredido num interrogatório pelos militares. A morte do fotógrafo foi confirmada horas depois em um hospital, provocando perplexidade na imprensa mundial.
Há um ano atrás, os militares de Mianmar deram um golpe no governo, prendendo a conselheira do estado, Aung San Suu Kyi (vencedora do Nobel da Paz em 1991) e o presidente do país, Win Myint. Os golpistas acusaram o antigo governo de Mianmar de fraude eleitoral, decidindo que os militares permaneceriam no poder por um período de um ano (ou mais, pelo que parece). A comunidade internacional, em sua maioria, criticou o golpe.
Fontes: NHK News / Wikipédia.
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