Governo pretende afrouxar a proibição de entrada de estrangeiros no Japão para o próximo mês.
Tóquio - Pressionado por fortes críticas, o governo do Japão está analisando uma flexibilização na entrada de estrangeiros não residentes para o mês de março, informou neste sábado uma fonte familiarizada no assunto.
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O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, fala com repórteres no aeroporto de Haneda, em 12 de fevereiro de 2022. Foto: Kyodo News. |
As atuais restrições com medidas proibitivas nas fronteiras foram introduzidas no final de novembro no Japão (por causa da propagação da variante ômicron) e terminarão em 28 de fevereiro. Para a etapa seguinte, o governo está se preparando para anunciar detalhes de medidas menos rígidas na próxima semana.
Atualmente, o viajante não residente necessita de um período de quarentena de sete dias após a sua chegada ao Japão, sendo permitidos sob condições especiais de entrada no país. No entanto, o governo japonês está planejando encurtar o período de quarentena dos estrangeiros, para três ou cinco dias. Para que isso ocorra, será preciso que o estrangeiro apresente certificados de resultados negativos do teste de COVID-19 ou comprovação de uma terceira dose de reforço da vacina. Também está sendo cogitado, por membros do governo, o término do período de quarentena para os viajantes vindos de fora do país.
O governo também está pretendendo diminuir o limite diário de entrada de estrangeiros no Japão. Nas regras atuais, o limite máximo é de até 3.500 estrangeiros entrando por dia no país. É esperado que o limite de estrangeiros fique abaixo desse número para o próximo mês.
"Levaremos em conta o conhecimento científico acumulado até agora sobre a variante ômicron. Também consideraremos as mudanças nas condições de infecção dentro e fora do Japão, assim como as medidas de controle de fronteiras de outros países", disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, aos repórteres sobre a ideia de flexibilização das fronteiras do país.
A proibição de entrada de acadêmicos e líderes empresariais no Japão está sendo muito criticada. A medida do governo japonês também impediu que muitos estudantes internacionais entrassem no país para estudar. Alguns desses estudantes começaram a buscar outras alternativas durante o longo tempo de espera, tomando a decisão de estudar na Coréia do Sul, por exemplo.
A comunidade empresarial do Japão, que enfrenta uma escassez crônica de mão de obra, pediu para que o governo do país considerasse o afrouxamento da proibição nas fronteiras.
Ao questionar os efeitos que as infecções pela variante ômicron estão causando no país, Masakazu Tokura, chefe da Federação de Negócios do Japão, disse, no mês passado, que a proibição de entrada de estrangeiros é uma política de reclusão.
Diante do descontentamento generalizado, o governo japonês também considera que as atuais medidas restritivas não são mais necessárias, uma vez que a variante ômicron tornou-se a linhagem de infecção dominante no Japão.
Outros países estão relaxando as medidas de controle de fronteiras, considerando-as menos eficazes após a variante ômicron se espalhar internamente.
A Grã-Bretanha removeu, na sexta-feira, os requisitos de teste para viajantes totalmente vacinados contra a COVID-19. Enquanto isso, a França começou, neste sábado, a permitir a entrada de viajantes com certificados de vacinação que atendem às regras da União Europeia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou no mês passado que as proibições internacionais de tráfego devem ser suspensas ou facilitadas, pois se mostraram ineficazes em conter a propagação da variante ômicron pelo mundo.
Fonte: Kyodo News.
Imagem das Olimpíadas de Inverno de Pequim 2022 - Sábado, dia 12.
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