Cometeram assassinato de um japonês.

Brasileiros são condenados a 30 anos de prisão por um crime ocorrido no Japão.

São Paulo - Um tribunal de justiça de São Paulo condenou esta semana, 28 de junho, dois brasileiros a 30 anos de prisão pelo assassinato de um japonês. O crime aconteceu em setembro de 2001, no Japão.

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Dois brasileiros são condenados a 30 anos de prisão no Brasil, pelo assassinato de um japonês ocorrido em Nagoya em 2001. 

Harumi Inagaki, com 54 anos na época, era proprietário de um estabelecimento de bebidas no Japão. Ele foi torturado e baleado com um tiro na barriga, na cidade de Nagoya, por dois brasileiros descendentes de japoneses. 

Tanto os agressores como a vítima eram ligados à máfia japonesa Yakuza. A vítima foi sequestrada pelos brasileiros, que exigiram, para a esposa de Inagaki, o pagamento de um resgate. O pagamento do sequestro foi feito, mas a vítima acabou morrendo (decorrente dos ferimentos sofrido pelos agressores) e seu corpo foi encontrado em um rio na província de Shiga. 

Os dois brasileiros envolvidos no crime, Marcelo Yokoyama e Alexandre Miura, escaparam da justiça japonesa logo após o assassinato, fugindo para o Brasil.

Naquela época, a justiça do Japão pediu para que as autoridades brasileiras tomassem providências sobre o caso, obedecendo às leis do Brasil. Em 2017, os promotores brasileiros indiciaram os dois nipo-brasileiros, sob a acusação de sequestro seguido de morte.

Durante o julgamento no Brasil, a equipe de advogados de defesa argumentou que a dupla de brasileiros foi forçada a cometer o crime, sem conhecimento da trama geral. No entanto, o tribunal de justiça decidiu na terça-feira que os testemunhos consistentes indicavam que o sequestro foi premeditado. O tribunal também afirmou que os dois brasileiros tiveram um papel central na morte do japonês.

O advogado do réu Marcelo Yokoyama disse aos repórteres, na última quarta-feira, que a equipe de defesa acredita na anulação da decisão do juiz. Ele também informou que a defesa irá recorrer da sentença.

Fontes: NHK News / Tribunal Regional Federal da 3ª Região.