Primeiro-ministro do Japão cria um novo gabinete para seu governo.
Tóquio - Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou oficialmente a formação de seu novo gabinete de governo.
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O novo gabinete de governo do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciado nesta quarta-feira. Foto: NHK News. |
A nova formação pretende abordar os atuais desafios do país e do exterior. Além disso, Kishida quer o distanciamento de seu novo gabinete com um controverso grupo religioso.
Kishida explicou o seguinte: "Eu estabeleci um governo de coalizão LDP-Komeito experiente e capaz de superar o momento mais difícil da nossa atualidade política. Estamos enfrentando vários desafios em nosso país e no mundo, como o coronavírus, guerra na Ucrânia, tensão entre EUA e China (por causa de Taiwan) e aumento global de preços".
Dos 19 ministros, cinco deles permaneceram em seus cargos. Por exemplo, o ministro das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, é um dos políticos que permaneceu na nova formação do gabinete.
A nova formação também incluiu cinco ex-ministros, como o ministro Yasukazu Hamada, que retornou ao Ministério da Defesa do país.
Os outros nove novos ministros estão servindo o gabinete de Kishida pela primeira vez.
O primeiro-ministro afirmou que nomeou o novo gabinete com políticos que concordam em inspecionar e retificar quaisquer conexões com um grupo religioso, chamado de Igreja da Unificação. O apoio público a Kishida caiu muito após a confirmação, na imprensa, de que alguns políticos do Partido Liberal Democrata eram membros da igreja em questão.
Três membros do novo gabinete admitiram que pagaram taxas por reuniões relacionadas ao grupo da Igreja da Unificação. Um deles é o ministro de Assuntos Internos, Minoru Terada.
Para quem não sabe, ou não se lembra, o assassino do ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, teria dito à polícia que guardava um grande rancor contra a Igreja da Unificação. Segundo Tetsuya Yamagami, o assassino de Abe, sua família tinha perdido todas suas economias por causa dessa religião. Yamagami acreditava que Abe tinha alguma conexão com membros dessa igreja. Sentindo ódio tanto pela igreja como por Abe, Yamagami acabou matando o ex-primeiro-ministro, crime que aconteceu em 8 de julho, na cidade de Nara.
Desde que o primeiro-ministro assumiu o cargo em outubro de 2021, o apoio ao antigo gabinete de Kishida despencou para o nível mais baixo nas pesquisas. Segundo uma reportagem da NHK que saiu na segunda-feira, a popularidade de Kishida caiu de 59% para 46%. A grande maioria dos entrevistados disse que queria mais explicações sobre os laços que uniam os políticos com a Igreja da Unificação.
Por causa do assassinato de Shinzo Abe, e de sua suposta relação com a Igreja da Unificação, a polêmica gerou muitas críticas do público, obrigando Kishida a tomar providências imediatas em relação ao seu governo.
Fontes: NHK News / Swissinfo.ch
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