domingo, 7 de agosto de 2022

Taiwan é parte da China?

Empresa americana pede desculpas à China, por referir Taiwan como um país.


Pequim - Na última sexta-feira, a gigante americana do ramo de doces, Mars Wrigley, formalizou um pedido de desculpas à China, depois que uma de suas propagandas se referiu a Taiwan como um país. O governo chinês ficou seriamente irritado com o vídeo da empresa, onde o comercial foi mostrado nas mídias sociais da China.

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Empresa americana pede desculpas à China, por referir Taiwan como um país.
Partes do vídeo promocional do chocolate Snickers, onde finaliza com as bandeiras da Malásia, Coréia do Sul e Taiwan (foto do centro). A propaganda do chocolate referiu Taiwan como país, deixando a China extremamente furiosa com a informação e obrigando a empresa a pedir desculpas, "pelo erro", aos chineses. Foto: Newsbeezer.

No vídeo promocional da Mars Wrigley, envolvendo a barra de chocolate Snickers e o grupo musical sul-coreano BTS, a propaganda do produto termina com a seguinte frase (e mostrando as bandeiras): "Disponível apenas nos seguintes países: Coréia do Sul, Malásia e Taiwan".

"Estamos cientes dos relatórios sobre atividades relacionadas ao chocolate Snickers em certas regiões da Ásia. Levamos isso muito a sério e expressamos nossas profundas desculpas", de acordo com um comunicado da empresa Mars Wrigley. O pedido de desculpas foi publicado na conta oficial da "Snickers China", dentro da rede social chinesa Weibo.

Dentro da China (e fora dela também...), qualquer informação que declare Taiwan como uma nação independente, acaba sendo altamente errôneo e polêmico para os chineses (ou para o governo chinês?).

"A Mars Wrigley respeita a soberania nacional e a integridade territorial da China, conduzindo as operações comerciais em estrita conformidade com as leis e regulamentações chinesas", informou o comunicado da empresa.

Horas após o pedido de desculpas, a "Snickers China" compartilhou uma outra postagem na rede social Weibo, acrescentando: "Há apenas uma China neste mundo. Portanto, Taiwan é uma parte inalienável do território da China".

Na última semana, o governo chinês reagiu com fúria quando a Presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, desafiou os alertas da China e visitou Taiwan.

Também na sexta-feira, a China informou que está encerrando a cooperação com os EUA em algumas questões-chave, como as mudanças climáticas no mundo. Após a visita de Pelosi em Taiwan, a China decidiu criar tensão e cercar o arquipélago taiwanês, realizando uma série de exercícios militares.

A Mars Wrigley não é a primeira empresa internacional a ter problemas com a China. Em 2019, a marca francesa Dior precisou pedir desculpas ao país, depois de usar um mapa da China, sem incluir Taiwan, em uma apresentação para os chineses. 

Em 2018, o site chinês da rede hoteleira Marriott foi bloqueado, por uma semana, pelas autoridades da China. Dentro do site do hotel, havia um questionário para os clientes onde listava Taiwan, Tibete e Hong Kong como países independentes. 

Com a pressão imposta, grandes empresas internacionais acabam formalizando seus pedidos de desculpas ao povo chinês (mesmo não concordando com as questões territoriais da China), devido ao medo de perder o acesso comercial no enorme mercado consumidor da China. Até 2020, a população da China era de, aproximadamente, 1,402 bilhão de pessoas.


Fontes: Japan Today / Swissinfo.ch / Google.

   
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