Capitão da Força de Autodefesa Marítima do Japão é demitido por vazamento de segredos de estado.
Tóquio - Nesta segunda-feira, 26 de dezembro, o Ministério de Defesa do Japão demitiu um capitão da Força de Autodefesa Marítima (MSDF), por vazar informações confidenciais designadas pela lei de sigilo do país.
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Em março de 2020, o então capitão Takashi Inoue (54 anos) divulgou informações secretas sobre "situações em torno do Japão", bem como as operações e treinamento de tropas do MSDF, ao ex-almirante aposentado Ryo Sakai. A investigação foi divulgada ao público pelo Ministério de Defesa.
Inoue admitiu que a alegação é verdadeira. Entretanto, não há evidências de que a informação secreta tenha sido repassada a terceiros por meio do ex-almirante Sakai, informaram as fontes do governo do Japão. Esta é a primeira vez que alguém é repreendido por vazar informações designadas como ultrassecretos.
O ex-almirante Sakai, que foi chefe de gabinete do MSDF, pediu desculpas pelo incidente em uma coletiva de imprensa. Ele se desculpou dizendo: "meu ato poderia ter gerado a desconfiança do público e de outras nações no MSDF".
Para discutir formas de prevenir recorrências semelhantes ao caso Inoue/Sakai, o Ministério de Defesa também criou um conselho presidido pelo Ministro de Defesa do Estado.
Os chefes de órgãos governamentais têm autoridade para definir como segredos de estado, tais informações como: defesa, diplomacia, contra-espionagem e contra-terrorismo. Todas essas informações secretas são relacionadas para a segurança do estado e do povo japonês.
A Secretaria do Gabinete do Japão informou que até o final de junho deste ano, havia um total de 693 casos secretos de estado. Desse total, 392 casos foram selecionados como segredo de estado pelo Ministério da Defesa.
Quando a lei de sigilo de estado entrou em vigor em 2014, um grupo de representantes da mídia japonesa apresentou uma declaração de protesto ao governo japonês. O grupo afirmou que isso poderia restringir a liberdade de imprensa e o direito do público em saber o que o governo tem feito no país.
Fontes: NHK News / Kyodo News.
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