Japão registra déficit comercial pelo 16ª mês consecutivo.
Tóquio - O Ministério das Finanças do Japão informou, esta semana, que o déficit comercial do país elevou-se vertiginosamente, registrando o valor negativo de 2 trilhões de ienes (cerca de US$ 15 bilhões) em novembro. Esse é o maior déficit da balança comercial, em termos de ienes, já registrado em um mês.
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O país está registrando déficit comercial por 16 meses seguidos. Comparando com o mês de novembro de 2021, o atual valor do déficit do Japão mais que dobrou. No total parcial deste ano, as importações subiram mais de 30% em relação ao ano anterior, chegando ao montante de 10,9 trilhões de ienes (cerca de US$ 80 bilhões).
No caso das exportações, o Japão registrou um aumento de 20% em relação ao ano anterior, alcançando a marca de 8,8 trilhões de ienes (cerca de US$ 65 bilhões).
Os principais culpados, pela balança comercial negativa, foram a alta dos preços de energias (como combustíveis, gás, carvão, ...) e o enfraquecimento da moeda japonesa (o iene), em relação ao dólar americano.
Desde o ano passado que os custos do carvão mais que dobraram de valor. O preço do petróleo bruto aumentou 70%. No caso do gás natural liquefeito, seu valor de compra subiu quase 52%.
As exportações do Japão para os Estados Unidos aumentaram quase 33%. Os principais responsáveis pelo aumento, do superávit, foram as exportações de veículos e de máquinas pesadas (como construção e mineração) para o mercado americano. Também contribuiu para o superávit, as exportações de semicondutores, e de outros componentes eletrônicos para os países da Ásia.
Além disso, muitos outros fatos internacionais contribuem para que o Japão não consiga exportar mais: guerra na Ucrânia, sanções econômicas contra a Rússia, restrições da política "zero-COVID" na China, bancos centrais dos Estados Unidos e Europa tentando controlar a inflação com o aumento de suas taxas de juros.
Internamente, na segunda metade deste ano, o Japão voltou a reabrir suas fronteiras para a entrada de turistas estrangeiros, estes com sede de consumo por serviços e produtos japoneses. Gradualmente, o turismo está começando a reaquecer a economia do país, que ficou seriamente prejudicada com as restrições do governo para o controle da COVID-19.
O déficit comercial total do Japão, entre os meses de janeiro e novembro deste ano, já supera o déficit recorde estabelecido em 2014.
Fontes: NHK News / The Mainichi.
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