quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Tem que refletir sobre suas ações.

Homem é condenado pela justiça japonesa, por não usar máscara facial em um voo.


Osaka - Nesta quarta-feira, 14 de dezembro, um tribunal de justiça condenou um japonês que se recusou a usar uma máscara facial a bordo de um voo comercial no Japão, incidente ocorrido há dois anos atrás. 

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Homem é condenado pela justiça japonesa, por não usar máscara facial em um voo.
Junya Okuno, condenado à pena suspensa por não usar máscara facial e armar uma confusão em um voo comercial da Peach Aviation, fala com os repórteres, após sair do Tribunal Distrital de Osaka. Foto: Kyodo News.

O culpado recebeu uma pena de dois anos de prisão, mas suspensa por 4 anos (ele não vai ser realmente preso, mas precisará ter bom comportamento durante o período da pena suspensa).

O Tribunal Distrital de Osaka considerou Junya Okuno, 36 anos, culpado por obstruir as operações de um avião da Peach Aviation. O incidente ocorreu em setembro de 2020, em um voo entre Hokkaido e Osaka. Durante a viagem, o homem teria gritado com os comissários de bordo e torcido o braço de um deles.

Okuno, um ex-funcionário da Meiji Gakuin University, ficou furioso dentro do avião, após a comissária de bordo tentar convencê-lo a usar a máscara facial durante a viagem. Com a recusa e o descontrole emocional do passageiro, o avião precisou ser desviado da rota normal e pousou em um outro aeroporto, para que o homem fosse retirado do voo.

O avião da Peach chegou ao destino final, no aeroporto internacional de Kansai, com duas horas e quinze minutos de atraso.

No Japão, as companhias aéreas têm pedido aos passageiros que continuem usando as máscaras faciais a bordo dos aviões, como medida preventiva contra a COVID-19. 

Os promotores de justiça exigiram quatro anos de prisão para Okuno, por obstrução de negócios, infligir danos corporais e outras acusações.

Durante o julgamento, o réu se declarou inocente o tempo todo. Ele alegou que era difícil usar máscara facial no voo porque sofre de asma. Ele também observou que cada indivíduo tem o direito de decidir se deve, ou não, usar a máscara.

"É um crime causado por suas crenças adeptas. As atitudes de Okuno mostram que ele refletiu pouco por suas ações", disse o juiz do caso, Jun Oyori.

O advogado de defesa argumentou com o júri que Okuno era inocente, dizendo que sua ação não obstruía a segurança do voo.

Após o julgamento, Okuno, que estava no tribunal sem a máscara facial, aproximou-se do juiz e gritou com a autoridade: "Isso é como uma caça às bruxas na Idade Média. Sou inocente e esta é uma acusação falsa".

Essa não é a primeira vez que Okuno se mete em encrencas. Em abril de 2021, ele armou uma confusão por não usar a máscara facial (não aprende!) em um restaurante buffet na cidade de Tateyama, província de Chiba. Okuno acabou sendo preso nessa ocasião, por ter dado um tapa na cara do policial que atendia o caso.


Fontes: Kyodo News / NHK News.


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