quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Um remédio para Alzheimer.

Novo medicamento para demência, da Eisai, mostra resultados positivos nos testes finais.


Tóquio - A farmacêutica japonesa Eisai informou, nesta quarta-feira, que o seu novo remédio, contra a progressão da doença de Alzheimer, obteve resultados finais positivos em ensaios clínicos globais.

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Novo medicamento para demência, da Eisai, mostra resultados positivos nos testes finais.
Novo medicamento para o tratamento da doença de Alzheimer, chamado "lecanemab", obteve resultados positivos nos testes da farmacêutica japonesa Eisai. Foto: NHK News.

A fabricante acrescentou que pretende entrar com o pedido de aprovação do medicamento nos seguintes lugares: Estados Unidos, Japão e Europa. Pode ser que a aprovação aconteça em 2023.

Em conjunto com a farmacêutica norte-americana Biogen, a Eisai já vinha desenvolvendo, a algum tempo, o novo medicamento de combate ao Alzheimer, chamado "lecanemab". 

A Eisai iniciou os testes clínicos em março de 2019 no Japão, Estados Unidos e Europa.  Cerca de 1.800 pessoas participaram dos testes clínicos. Os participantes, com Alzheimer, eram pessoas com comprometimento cognitivo leve (pré-estágio da doença), e com estágio inicial da doença.

Uma parte dos participantes recebeu a droga "lecanemab", e a outra o placebo, sendo uma dose a cada duas semanas (em cada grupo).  Os médicos avaliaram como as funções cognitivas e funcionais dos participantes mudaram, conforme o medicamento era aplicado no organismo.

Durante os primeiros 18 meses dos testes, o declínio cognitivo e funcional foi reduzido em 27% no grupo que recebeu a droga, isso comparado com o outro grupo que só recebeu o placebo.

De acordo com a Eisai, a nova droga elimina um tipo de proteína chamada beta-amiloide, considerado a causadora da doença de Alzheimer. Essa proteína se acumula dentro do cérebro com o passar do tempo e destrói as células nervosas. A função da droga é se conectar ao beta-amiloide, evitando a morte das células nervosas e retardando a progressão da doença.

"Esperamos que isso traga um impacto positivo na sociedade, aliviando a progressão da doença nos pacientes e o pesado fardo dos cuidadores", disse o CEO da Eisai, Haruo Naito, em uma coletiva de imprensa em Tóquio. 

Com os resultados detalhados dos testes clínicos, a farmacêutica Eisai planeja relatar sua descoberta em uma conferência acadêmica sobre demência, agendada para novembro deste ano nos Estados Unidos.


Fontes: NHK News / The Mainichi.


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