Kishida e Austin concordam em aumentar a capacidade de ataque do Japão, contra ameaças regionais.
Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, e o secretário de defesa dos EUA, Lloyd Austin, se reuniram em Tóquio para uma conversa de 30 minutos nesta quinta-feira, 1 de junho.
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O secretário de defesa dos EUA, Lloyd Austin, e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, conversam em uma reunião realizada em Tóquio, nesta quinta-feira. Foto: AP. |
Durante o encontro, eles concordaram em melhorar a capacidade de defesa do território japonês, contra possíveis ataques da Coréia do Norte ou de outros países que venham ameaçar a segurança nacional do Japão.
Kishida e Austin assumiram que, o Japão e os EUA, irão aprofundar suas alianças com a Coréia do Sul e a Austrália. Essa decisão foi feita um dia após o lançamento fracassado de um satélite da Coréia do Norte, aparentando ser um aparelho com tecnologia balística que desafia a segurança internacional.
A aliança Japão-EUA fortalecerá ainda mais as habilidades de dissuasão e resposta contra possíveis ameaças externas. O ambiente de segurança regional está cada vez mais severo, com a crescente assertividade militar da China e com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
A nova estratégia marca uma mudança significativa na política de segurança nacional do Japão, sob sua Constituição de renúncia à guerra.
As diretrizes também estabelecem a meta de dobrar o orçamento anual de defesa do Japão, para cerca de 2% do PIB japonês nos próximos cinco anos. Isso está a par dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Japão, Estados Unidos e Coréia do Sul condenaram veementemente a Coréia do Norte, após seu lançamento fracassado de um satélite com tecnologia de mísseis balísticos. As intenções dos norte-coreanos violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, destinadas a conter os programas nucleares e de mísseis de Pyongyang.
"Os EUA tomarão todas as medidas necessárias para salvaguardar a segurança, de si mesmos e de seus aliados", disse Austin, em uma coletiva de imprensa com outros ministros japoneses, criticando as provocações contínuas da Coréia do Norte.
Em uma tentativa de expandir suas capacidades de contra-ataque, o Japão decidiu implantar mísseis de cruzeiro de longo alcance da Tomahawk, fabricados nos EUA.
Austin está no Japão em sua primeira etapa de uma turnê por quatro países (Japão, Cingapura, Índia e França). Em Cingapura, Austin participará de uma importante cúpula anual de defesa regional, conhecida como Shangri-La Dialogue.
Fonte: Kyodo News.
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