Proibição de entrada de estrangeiros no Japão provoca manifestações ao redor do mundo.
Tóquio - Na última semana, algumas manifestações foram realizadas em vários países contra as rígidas restrições de entrada de estrangeiros no Japão . Proibidos de entrar no país por causa do aumento de casos da COVID-19 no mundo, os manifestantes pediam ao governo japonês que reconsiderasse as suas medidas de isolamento. Segundo os participantes do movimento, as medidas japonesas não tem nenhuma base científica comprovada de eficiência.
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Manifestantes da Mongólia se reúnem para protestar contra a proibição de entrada de estrangeiros não residentes no Japão em 18 de janeiro. Foto: Kyodo News.
Na terça-feira, 18 de janeiro, os protestos se iniciaram em um grupo lançado no Twitter, o "Stop Japan's Ban". Estudantes de intercâmbio e empresários impedidos de entrar no Japão se reuniram em vários locais do mundo. Alguns manifestantes se reuniram em frente das embaixadas japonesas de países como Mongólia, Polônia, Índia e Malásia.
As restrições de entrada de estrangeiros no Japão surgiu em meio as preocupações das autoridades japonesas com a variante ômicron, detectada pela primeira vez no país em 30 de novembro do ano passado. A partir dessa data, o governo impôs a proibição de novos estrangeiros no Japão. Este mês, foi noticiado que a proibição de entrada foi estendida até o final do mês de fevereiro.
Para este mês de janeiro, mais protestos estão em andamento em países como Alemanha, Áustria, Espanha e Argentina. Em Tóquio, os organizadores do movimento estão planejando um protesto em frente do gabinete do primeiro-ministro japonês para o próximo mês.
Os manifestantes afirmam que a maioria dos estudantes de intercâmbio recebeu as vacinas de reforço contra a COVID-19. Os estudantes também planejavam aderir as medidas antivírus necessárias para entrar no Japão, mas, mesmo assim, o primeiro-ministro Fumio Kishida, decidiu proibir a entrada de todos os estrangeiros. Kishida só informaria, num futuro próximo, a liberação da fronteira do país para o mundo.
Alguns participantes também mostraram cartazes nas manifestações com o número de dias que estão impedidos de entrar no Japão, desde a data do cancelamento de suas viagens.
Jade Barry, uma das organizadoras do protesto, planejava chegar ao Japão este mês para abrir uma loja, completar os testes de PCR (detecção de coronavírus) e tomar as vacinas de reforço. Entretanto, os seus planos não foram para frente devido aos controles mais rígidos nas fronteiras japonesas.
Barry disse em Illinois, Estados Unidos, que limitar uma pequena fração de intercambistas era uma atitude astuta e que não tem base científica comprovada.
Fonte: Kyodo News.
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