Segundo turno na Ásia e Oceania.

Japão, Nova Zelândia, Austrália, Coréia do Sul e outros países da Ásia encerram o segundo turno da eleição presidencial.

Tóquio - A votação do segundo turno, para presidente da república do Brasil, já terminou em países da Ásia. Jair Messias Bolsonaro, do partido PL, venceu no Japão e Taiwan. Já o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, obteve vitória na Austrália, Coréia do Sul, Cingapura, Nova Zelândia, China e Taiwan.

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Local de votação em Tóquio. No Japão, Jair Bolsonaro (PL) obteve vitória no segundo turno da eleição presidencial 2022, contra o candidato do PT, Lula da Silva. Foto: Alternativa.

Em Tóquio, Bolsonaro recebeu 4.898 votos (69,78%) e o adversário Lula obteve 1.545 votos (22,01%). Foi contabilizado 362 votos em branco e 214 votos nulos na capital do Japão. O índice de abstenção foi de 57,89%.

Em Nagoya, província de Aichi, Bolsonaro teve 7.728 votos (79,61%) e Lula recebeu 1.344 votos (13,85%), de um total de 9.707 votos apurados. Foi registrado 364 votos brancos e 271 votos nulos na capital de Aichi. O índice de abstenção foi de 57,98%.

Em Oizumi, província de Gunma, Bolsonaro conseguiu 5.122 votos (79,12%) e Lula teve 909 votos (14,04%), de um total de 6.474 votos apurados. Foi computado 443 votos nulos e brancos. O índice de abstenção foi de 45,25% em Gunma.

O segundo turno ocorreu em oito cidades japonesas neste domingo, 30 de outubro: Tóquio, Nagoya, Oizumi, Toyohashi (província de Aichi), Suzuka (província de Mie), Takaoka (província de Toyama), Hiroshima (província de Hiroshima) e Hamamatsu (província de Shizuoka). O Japão tem 76.570 eleitores brasileiros cadastrados.

Em Taiwan, Bolsonaro venceu com 132 votos (56,6% dos votos válidos). Lula recebeu 101 votos (45,4% dos votos válidos).

Na Coréia do Sul, Lula venceu com 126 votos (64,3%), contra 70 votos para Bolsonaro (35,7%).

Na Austrália, Lula ganhou com 2970 votos (61,3%). Já o candidato Bolsonaro teve 1688 votos (38,7%).

Na Nova Zelândia, Lula foi vitorioso com 353 votos (70,3%), contra 132 votos para Bolsonaro (29,7%).

Em Cingapura, Lula venceu com 231 votos (63,71%). Bolsonaro ficou com 131 votos (36,29%).

Na China, Lula teve 199 votos (58%), vencendo o candidato Bolsonaro que obteve 146 votos (42%). 

Eleitores brasileiros que moram no exterior só votam para eleições presidenciais. O resultado oficial da apuração no exterior, assim como no Brasil, será divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral após as 17h (horário de Brasília), quando termina o pleito de 2022.

Fontes: UOL Notícias / Alternativa / O Tempo / Yahoo Notícias.

Tragédia na Coréia do Sul.

Várias pessoas morrem, durante um tumulto no Halloween de Itaewon.

Seul - Na noite de sábado, 29 de outubro, dezenas de milhares de pessoas se reuniram no bairro de Itaewon, região central de Seul (Coréia do Sul), para as festividades do Halloween 2022. O que ninguém imaginava, fatalmente aconteceu: mais de 100 pessoas morreram e outras dezenas ficaram gravemente feridas, depois que uma enorme multidão se aglomerou, espremendo as pessoas (umas contra as outras), nas apertadas ruas do local da tragédia.

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A multidão fica aglomerada na apertada rua do bairro Itaewon (foto da esquerda), durante a celebração do Halloween 2022 em Seul, Coréia do Sul. Depois do incidente, várias pessoas tentavam ajudar as vítimas do tumulto (foto da direita). Foto: UOL Notícias. 

Testemunhas disseram que as ruas de Itaewon estavam tão cheias de pessoas, na noite de ontem, que era impossível se locomover. As equipes de emergência e ambulâncias tiveram problemas para chegar até o local, porque o trânsito estava congestionado na região.

Autoridades de Seul acreditam que o número de mortos pode crescer. Até agora, 153 pessoas morreram, 82 pessoas ficaram feridas, sendo que entre os feridos, 19 delas estão em estado grave nos hospitais da cidade. A maioria das vítimas são adolescentes e jovens de 20 anos.

Estima-se que, no sábado, 100.000 pessoas se reuniram em Itaewon, para as maiores festividades de Halloween ao ar livre do país. Depois do fim das restrições no combate da COVID-19, esta foi a primeira grande chance de sair e festejar nas ruas pelos sul-coreanos.

Não ficou muito claro, para as autoridades, o que levou a multidão a invadir uma estreita rua em declive de Itaewon, próximo do Hamilton Hotel. O local é um famoso ponto de festas em Seul. Um sobrevivente disse que muitas pessoas começaram a cair umas sobre as outras (criando um efeito dominó), depois de um enorme empurra-empurra se formar no meio do povo. Ele também disse que ficou prensado entre as pessoas, por cerca de uma hora e meia, antes de ser resgatado. Muitas pessoas gritavam "Ajude-me!" e outras estavam sentindo falta de ar com o tumulto generalizado.

"Isso é realmente devastador. Uma tragédia como essa não deveria acontecer no coração de Seul, em meio às comemorações do Halloween. Sinto o coração pesado e não consigo conter minha tristeza, como presidente responsável pela vida e segurança das pessoas", comentou o presidente da Coréia do Sul, Yoon Suk Yeol.   

Um outro sobrevivente, chamado Hwang Min-hyeok, disse que foi chocante ver fileiras de corpos das vítimas pelo chão, perto do Hamilton Hotel. Ele disse que as equipes de emergência ficaram inicialmente com trabalhos sobrecarregados, deixando alguns voluntários lutando para aplicar a RCP (reanimação cardiopulmonar) aos feridos nas ruas. "As pessoas choravam ao lado dos corpos de seus amigos", disse Hwang.

Este foi um dos incidentes mais trágicos da história da Coréia do Sul. Anteriormente, em abril de 2014, cerca de 304 pessoas, a maioria estudantes sul-coreanos do ensino médio, morreram em um naufrágio de um navio ferry em alto mar. 

Provavelmente, as mortes de sábado irão atrair discussões da população, sobre o que as autoridades do governo sul-coreano fizeram para melhorar os padrões de segurança pública, desde o desastre marítimo de 2014.

Fonte: The Asahi Shimbun.

** Veja o vídeo abaixo, sobre o incidente do Halloween em Itaewon, na Coréia do Sul.

*** Se o vídeo não abrir na página do blog, o link é este abaixo:

       https://www.youtube.com/watch?v=FId4a9BJSHQ

O lado sombrio da Copa do Mundo.

Antes do início da Copa 2022, milhares de trabalhadores estão sendo despejados da capital do Catar.

Doha - O Catar é um pequeno país peninsular árabe, onde a maioria de sua população é composta por trabalhadores braçais de outros países. Com o início da Copa do Mundo do Catar, previsto para o fim de novembro, autoridades do país decidiram desalojar milhares de trabalhadores estrangeiros de suas moradias, no centro da capital Doha. E aí começa a maior polêmica do país anfitrião.

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Trabalhadores estrangeiros, vindos do Paquistão e Bangladesh, em frente às obras do estádio Lusail, no Catar. Foto: Tiago Leme.

As residências, desocupadas pelos trabalhadores, serão usadas para hospedar os turistas, que estarão visitando o país para o famoso campeonato mundial de futebol. 

Os desalojados disseram que mais de uma dúzia de prédios foram evacuadas e fechadas pelas autoridades. Muitos desses estrangeiros, compostos principalmente por asiáticos e africanos, foram forçados a procurar um novo abrigo. Os que não conseguiram arranjar outro lugar, acabaram dormindo na rua, próximo do prédio onde moravam.

A medida, usada pelas autoridades de Doha, ocorreu menos de quatro semanas antes do início do Mundial da Copa do Mundo, marcado para 20 de novembro. Isso atraiu uma grande indignação internacional, sobre o tratamento desumano do Catar aos trabalhadores estrangeiros e suas leis sociais restritivas.

No distrito de Al Mansoura, em Doha, autoridades comunicaram os moradores de um prédio, por volta das 20h da quarta-feira, que eles teriam apenas duas horas para desocupar os apartamentos com seus pertences. Segundo os moradores, o prédio abrigava cerca de 1.200 pessoas.

Depois de duas horas do comunicado, os agentes voltaram ao prédio. Os trabalhadores estrangeiros que ainda estavam nos apartamentos, foram forçados a sair, com tudo aquilo que eles puderam levar. Após a desocupação, as portas do prédio foram trancadas pelos agentes. Aqueles que não conseguiram chegar a tempo para retirar seus pertences nos apartamentos desocupados, ficaram na rua só com a roupa do corpo.

"Não temos para onde ir", disse um homem à reportagem da Reuters, no dia seguinte da desocupação do prédio. Esse homem e outros dez trabalhadores se preparavam para passar a segunda noite na rua, no calor e na umidade do outono do país. Todos eles se recusaram a falar seus nomes ou dar detalhes pessoais para o repórter, com medo de represálias das autoridades ou dos empregadores.

Perto dali, cinco homens estavam carregando um colchão e uma pequena geladeira, na carroceria de uma caminhonete. Eles disseram à reportagem que encontraram um quarto em Sumaysimah, cerca de 40 km ao norte de Doha.

Um trabalhador estrangeiro disse que os despejos visavam homens solteiros, enquanto trabalhadores com famílias não foram afetados.

Um funcionário do governo do Catar informou que as remoções, de trabalhadores estrangeiros, não estão relacionadas à Copa do Mundo. "Tudo foi preparado com os planos abrangentes do município, e de longo prazo, para reorganizar as áreas de Doha", disse ele.

"Desde então, todos foram realojados em acomodações seguras e apropriadas", informou o funcionário. Ele também acrescentou que os pedidos de desocupação teriam sido conduzidos com o devido aviso prévio".

A Federação Internacional de Futebol (FIFA) não respondeu as perguntas da Reuters sobre o caso. Já para os organizadores da Copa do Mundo do Catar, eles encaminharam as mensagens da reportagem para o escritório do governo do país.

Cerca de 85% da população, dos 3 milhões de habitantes do Catar, é composta por trabalhadores estrangeiros. Muitos dos despejados trabalham como motoristas, diaristas ou com contratos de empresas. Nesse caso, eles são responsáveis por suas próprias acomodações. No caso dos trabalhadores de obras, de grandes empresas de construção civil, eles vivem em acampamentos que abrigam dezenas de milhares de pessoas.

Segundo as autoridades municipais, os despejos de trabalhadores estrangeiros estão de acordo com uma lei do Catar, de 2010, que proíbe a formação de acampamento de trabalhadores em áreas residenciais destinadas para famílias. 

"Os despejos se tornam possíveis, mantendo a fachada luxuosa e rica do Catar, sem reconhecer publicamente a mão de obra barata do país", disse Vani Saraswathi, diretora de projetos da Migrant-Rights.org, uma organização que faz campanha para trabalhadores estrangeiros no Oriente Médio.

"Isso é guetização deliberada, na melhor das hipóteses. Mas despejos, sem aviso prévio, são desumanos e fora da compreensão social", disse Saraswathi.

O motorista Mohammed, originário de Bangladesh, disse que morava no mesmo bairro há 14 anos até quarta-feira, quando foi despejado. O município lhe intimou que ele tinha 48 horas para deixar o prédio, onde morava com outras dezenas de pessoas.

Inconformado, Mohammed disse que os trabalhadores estrangeiros construíram toda a infraestrutura para o Catar sediar a Copa do Mundo. Agora, eles estão sendo deixados de lado, a medida que o campeonato se aproxima.

"Quem fez os estádios? Quem fez as estradas? Quem fez tudo? Foram os bengalis, os paquistaneses... Pessoas como nós. Agora, as autoridades estão nos obrigando a sair", disse Mohammed.

Fonte: Reuters.

Halloween 2022 em Shibuya.

Autoridades locais ficam em alerta máximo, com o retorno das multidões para o Halloween de Shibuya.

Tóquio - O distrito de Shibuya, em Tóquio, está se preparando para o retorno dos foliões do Halloween, previsto para este último fim de semana de outubro. Com a remoção das restrições da COVID-19 e o retorno dos turistas estrangeiros no Japão, espera-se uma grande concentração de pessoas, durante as noites de sábado e domingo, na badalada região de Shibuya.

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Placas afixadas próximas da estação de Shibuya, em Tóquio. Os informativos pedem que as pessoas tenham cuidado com seus modos e atitudes, durante a temporada de Halloween no distrito. Foto: Kyodo News.

Autoridades locais estão em alerta máximo para um possível retorno do vandalismo e de pessoas embriagadas, problemas que foram vistos nos anos anteriores. Ao redor da estação JR Shibuya, houve a instalação de placas explicativas, orientando os foliões sobre a proibição do consumo de bebidas alcoólicas e o respeito das regras, para a segurança de todos durante os festejos de Halloween no distrito.

"Sem dúvida, haverá um aumento de pessoas este ano. Os jovens, entediados com a rotina, vão se soltar durante o Halloween", disse Yoshiyuki Ono (81 anos), diretor de uma associação de lojistas de Shibuya.

Embora o governo local e a associação de lojistas tenham pedido boas maneiras aos foliões nos últimos anos de Halloween, os casos de roubo e violência continuaram em Shibuya. Em 2019, várias pessoas foram presas por certos crimes, como roubo e molestamento.

"Tais pedidos de bom comportamento, durante o Halloween, têm pouco efeito na prática", disse Ono.

Entretanto, para alguns empresários locais, como Hideyuki Fukuda (42 anos), o aumento de pessoas durante o Halloween de Shibuya é até tolerável.

"Eu tenho muitos clientes regulares, então os meus negócios serão normais para mim no Halloween. Todo ano fica barulhento lá fora, mas acho que está tudo bem porque aqui é Shibuya", disse Fukuda, dono de um izakaya (bar japonês) no distrito.

Por outro lado, uma estudante universitária (21 anos) disse que estava hesitante em sair de casa, durante as noites de Halloween em Shibuya. Receosa, ela citou o incidente que ocorreu no Halloween do ano passado, quando um homem, fantasiado de Coringa e com uma faca, atacou alguns passageiros dentro de um trem em Tóquio, ferindo 17 pessoas.

"Estou com medo porque não sei o que vai acontecer este ano. Prefiro passar meu tempo, tranquilamente, em minha casa", disse ela.

Com a popularização do Halloween em Shibuya, casos de vandalismo aumentaram nos últimos anos. Em 2018, um grupo de pessoas foi preso por tombar um pequeno caminhão na rua do distrito de Shibuya, na noite de Halloween. No ano seguinte, autoridades locais promulgaram uma lei proibindo o consumo de bebidas alcoólicas, em certas áreas, durante qualquer evento em Shibuya.

De acordo com dados da prefeitura local, Shibuya recebeu mais de 40.000 visitantes, na noite de Halloween de 2019. Em 2020, cerca de 10.000 pessoas estiveram no Halloween do distrito e, em 2021, aproximadamente 17.000 pessoas marcaram presença no evento. Nos dois últimos anos, o coronavírus afugentou muitos foliões, mas este ano, pós-pandemia, está prometendo ter um grande número de pessoas na região.

O Departamento da Polícia Metropolitana de Tóquio ficará responsável pela a segurança do entorno da estação JR Shibuya. Será imposta medidas de controle de tráfego e multidão, com um grande número de agentes uniformizados para evitar qualquer atividade ilegal nas redondezas.

"O distrito de Shibuya não está oficializando um evento de Halloween", disse o prefeito local, Ken Hasebe, em uma entrevista na semana passada. No entanto, o prefeito acrescentou que era difícil dizer para as pessoas não virem a Shibuya, depois de dois anos de restrições para o controle da pandemia da COVID-19.

A polícia local está pedindo, para que as lojas próximas da estação de Shibuya, se abstenham na venda de bebidas alcoólicas entre sábado e segunda-feira (de 29 de outubro até 31 de outubro). Todos estão torcendo para que nenhuma confusão aconteça no meio das celebrações de Halloween no Japão.

Fonte: Kyodo News.

Reduzir os gastos das famílias do Japão.

Governo japonês reduzirá a tarifa de eletricidade doméstica para combater a inflação.

Tóquio - Nesta sexta-feira, 28 de outubro, o governo japonês irá anunciar detalhes de um novo pacote econômico, envolvendo gastos públicos de trilhões de ienes. Uma das novidades é o corte do valor da tarifa de eletricidade, onde as famílias do Japão poderão economizar em até 20% o consumo de energia elétrica.

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O primeiro-ministro Fumio Kishida recebe a proposta do pacote econômico do Partido Liberal Democrata, em 18 de outubro de 2022. Foto: Koichi Ueda.

O real tamanho do pacote econômico poderá ultrapassar em 67 trilhões de ienes, incluindo gastos dos governos municipais e empresas. A quantidade de gastos do governo foi aumentada em 25,1 trilhões de ienes, em meio a pedidos de legisladores no poder.

O atual valor cobrado da eletricidade está ameaçando comprimir os gastos das famílias do Japão. O governo japonês está tentando reduzir as contas de serviços públicos, cobrindo não apenas a eletricidade, mas também o gás de cozinha.

Os subsídios já existentes, para os derivados de petróleo no atacado, visam reduzir os preços da gasolina e querosene no varejo até dezembro deste ano. No entanto, o governo pretende estender esses subsídios para o próximo ano, talvez a partir de junho.

Se todas essas medidas mencionadas forem implementadas no Japão, uma família teria seus gastos com serviços públicos e combustíveis reduzidos em  quase 45.000 ienes durante 9 meses, entre janeiro e setembro de 2023.

O governo pretende usar a receita tributária para financiar esse pacote econômico. Entretanto, a maioria dos fundos terá que ser garantida com a emissão de títulos de dívida do governo, informou fontes familiarizadas com o assunto.

Para limitar os gastos públicos, o governo japonês planeja eliminar gradualmente o apoio às contas de serviços públicos em setembro de 2023. O motivo desse planejamento é devido à saúde fiscal do Japão, uma das piores entre as principais economias do mundo.

Com base do novo pacote econômico, o governo quer apresentar ao parlamento um projeto de orçamento extra, para o atual ano fiscal que vai até março de 2023.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, está lutando para reverter uma recente queda nas classificações de suporte financeiro, estendendo um suporte adicional para famílias e empresas. Sua atitude, em dar um novo suporte, se deve ao aumento da inflação no Japão (que está em seu nível mais alto este ano e algo jamais visto no país em três décadas). O aumento do custo dos combustíveis, causado pela guerra da Rússia na Ucrânia, e a rápida desvalorização da moeda japonesa, contribuíram para inflacionar os preços de quase tudo no Japão.

Kishida instruiu as autoridades a se concentrarem em medidas para aliviar o encarecimento do custo de vida (causado pela inflação alta e o iene desvalorizado) e estimular o crescimento salarial para rejuvenescer a economia japonesa.

Além de tudo isso que Kishida quer no pacote econômico, está incluído a ajuda de 100.000 ienes para mulheres que estão grávidas, incentivando o aumento da população japonesa. O primeiro-ministro também incluiu no pacote o incentivo a produção doméstica de grãos, fertilizantes e ração animal, para reduzir a dependência estrangeira desses insumos.

Fonte: Kyodo News.

Japoneses ajudando os ucranianos.

Kishida promete mais ajuda à Ucrânia, antes do início do inverno rigoroso.

Tóquio - Nesta terça-feira, 26 de outubro, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, fez uma mensagem de vídeo para uma conferência internacional sobre a reconstrução da Ucrânia. A reunião foi realizada em Berlim, Alemanha.

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O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, fez uma mensagem de vídeo, prometendo fornecer equipamentos de aquecimento para a Ucrânia, antes do início do inverno. Sua mensagem foi vista durante a Conferência Internacional de Especialistas em Recuperação, Reconstrução e Modernização da Ucrânia, ocorrido em Berlim. Foto: NHK News.

Em sua mensagem, Kishida prometeu fornecer equipamentos de aquecimento (e outras proteções) para a Ucrânia lidar com o inverno do país. A invasão russa na Ucrânia já está no 8ª mês e a guerra se aproxima dos meses de frio intenso.

"O Japão tem fornecido apoio à Ucrânia, ajudando o país (em guerra com a Rússia) a enfrentar o inverno rigoroso que se aproxima. Além disso, o Japão continuará a fornecer assistência à Ucrânia, com base no conhecimento e pontos fortes de nosso país", disse Kishida na mensagem de vídeo.

Para apoiar os esforços de reconstrução da Ucrânia desde a invasão russa, Kishida disse que Tóquio compartilhou, com a cidade ucraniana Kyiv, sua experiência na triagem e reutilização de detritos do grande terremoto e tsunami do Japão, ocorrido em 2011.

A mensagem de Kishida foi enviada à Conferência Internacional de Especialistas em Recuperação, Reconstrução e Modernização da Ucrânia. A conferência foi organizada pela Alemanha e pela Comissão Europeia.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, que participou virtualmente da conferência, disse que os ataques da Rússia destruíram mais de um terço das instalações ucranianas do setor de energia.

O governo da Ucrânia informou que precisa de aproximadamente US$ 750 bilhões, para a reconstrução de seu país. Entretanto, esse valor deve aumentar conforme a guerra vai se prolongando.

Antes de terminar, nesta quarta-feira, uma viagem de 12 dias pelo Japão, legisladores ucranianos mostraram sua gratidão aos japoneses, durante uma coletiva de imprensa em Tóquio. Essa foi a primeira visita entre políticos ucranianos e japoneses, em uma nação asiática, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.

"Estamos gratos pelo apoio de Kishida", disse Galyna Mykhailiuk, co-chefe do grupo de amizade parlamentar Ucrânia-Japão.

"Temos certeza que venceremos a guerra. É por isso que muito importante para nós começar a planejar, para ter uma ideia de como a reconstrução será fornecida à Ucrânia", disse Mykhailiuk.

Fonte: Kyodo News.

Estudar fora do Japão está muito caro.

Com a moeda japonesa desvalorizada, estudar no exterior ficou mais difícil para os estudantes.

Tóquio - Os estudantes do Japão, com o sonho de estudar no exterior,  estão reavaliando seus planos nos últimos meses. Com o enfraquecimento do iene, os custos de estudar fora do Japão, como mensalidades e moradia, encareceram muito na hora de converter a moeda japonesa para uma outra moeda estrangeira.

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Muitos estudantes do Japão estão revendo seus planos de estudo no exterior, devido ao aumento dos custos na hora de converter o iene para outra moeda estrangeira. Foto: NHK News.

Uma agência de intercâmbio, sediada em Tóquio, informou que as consultas, sobre mudanças no plano de estudo no exterior, vêm aumentando desde o início de outubro. Muitas pessoas têm visitado a agência e têm pedido a diminuição dos custos do pacote, como a redução do período de permanência e a troca de país. Dependendo da situação, algumas pessoas pedem o adiamento do plano de estudo.

Com a reabertura das fronteiras internacionais, o número de estudantes que quer estudar no exterior está se recuperando gradualmente. Durante a pandemia do coronavírus, a intenção de estudar fora do país caiu drasticamente, prejudicando vários estudantes.

No ano passado, estudar nos Estados Unidos, por um ano, custava em torno de 3,6 milhões de ienes (cerca de US$ 24.000), excluindo despesas de viagem. A partir de agora, o mesmo pacote de estudos está custando em torno de 5,6 milhões de ienes (cerca de US$ 38.000). Com o enfraquecimento do iene em relação ao dólar (e euro também), o custo de estudar em outros países aumentou cerca de 20%.

Segundo uma japonesa que planeja enviar seu filho para uma escola secundária na Grã-Bretanha, ela consultou a agência novamente para reduzir a estadia do intercâmbio. Na hora de converter a moeda japonesa para a moeda inglesa, no atual momento da economia mundial, os custos do intercâmbio aumentaram consideravelmente em relação ao plano inicial. A mulher disse que enviar seu filho para o exterior foi uma decisão difícil, com seu orçamento doméstico apertado. No entanto, a mesma mulher quer ajudar seu filho, fazendo com que ele aprenda uma língua estrangeira no exterior.

Um funcionário da agência de intercâmbio informou que os estudantes, que não puderam estudar no exterior durante a pandemia da COVID-19, agora estão voltando a consultar a empresa para fazer um orçamento. O maior problema deste ano é que os custos do pacote de estudo estão aumentando o tempo todo, devido às flutuações diárias da taxa de câmbio das moedas estrangeiras com o iene. Em certos casos, alguns estudantes japoneses estão mudando o destino do intercâmbio, preferindo países que permitem o intercambista estudar e trabalhar durante sua estadia.

Fonte: NHK News.

Novo vigilante dos agricultores.

Drone é testado para evitar roubo de frutas na região de Aichi.

Nagoya - Preocupada com o aumento de roubo de frutas nos pomares japoneses, uma cooperativa agrícola da cidade de Toyota, província de Aichi, pediu ajuda a uma empresa de robótica (sediada na região de Nagoya) para por em prática um novo sistema de vigilância. 

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Drone é testado num pomar na cidade de Toyota, província de Aichi, com a intenção de inibir o roubo de frutas na região. Foto: NHK News.

A empresa está testando drones nas áreas rurais, para ver se os aparelhos são capazes de inibir o roubo de frutas nos pomares.

Nesta segunda-feira, 24 de outubro, mais de 20 pessoas, sendo uma parte composta por agricultores locais, se reuniram em um pomar de peras japonesas (nashi em japonês), nos arredores da cidade de Toyota. Eles foram ver o primeiro teste de um drone vigia.

Por meio de um piloto licenciado no comando, o drone decolou e sobrevoou os pomares, fazendo um curso pré-determinado por vários minutos, antes de retornar ao seu ponto de partida. O drone vigia possui uma câmera em sua estrutura, originalmente projetada para proteger as plantações de animais selvagens e pássaros.

O desenvolvedor do projeto disse que irá trabalhar no aperfeiçoamento do sistema de vigia, encontrando maneiras de alertar automaticamente as empresas de segurança, quando um intruso for detectado nos pomares.

No ano de 2021, as cooperativas agrícolas informaram que houve nove casos de roubo de frutas na região de Toyota. Em um dos roubos, mais de 100.000 ienes em frutas (US$ 670 dólares) foram levados de uma só vez.

Um agricultor local, Yoshihiro Kato, disse aos repórteres que sofreu alguns roubos em seus pomares. Ele acrescentou que os agricultores sozinhos não são capazes de patrulhar seus pomares de frutas durante 24 horas por dia. Vendo o teste do drone vigia, Kato expressou esperança de que o sistema de monitoramento seja bem utilizado para evitar novos roubos.

Fonte: NHK News.

O futuro tratamento para calvície?

Pesquisadores japoneses conseguem produzir fios de cabelo em laboratório.

Tóquio - Na última semana, pesquisadores japoneses informaram para a imprensa que produziram, com sucesso, fios de cabelo em laboratório. A descoberta cria novas esperanças para uma cura da calvície nos humanos.

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O professor Junji Fukuda, da Universidade de Yokohama, descobriu, com outros pesquisadores, uma forma de produzir fios de cabelo em laboratório. A descoberta pode ajudar no tratamento da calvície humana no futuro. Foto: NHK News.

O grupo formado pelo pesquisador Junji Fukuda, professor da Universidade Nacional de Yokohama, explicou que eles conseguiram extrair dois tipos de células na pele de um camundongo embrião. Após a primeira etapa, essas células foram ligadas através de proteínas e mantidas in vitro.

Depois de 10 dias, o experimento já tinha conseguido formar fios de cabelo e folículos. Os pesquisadores pegaram as hastes de cabelo, com cerca de 5 milímetros de comprimento, e os transplantaram na pele nua de camundongos. Cerca de três semanas após o transplante, os ciclos capilares começaram a surgir nas cobaias. 

Os cientistas disseram que esta é a primeira vez que fios de cabelo com folículos foram produzidos in vitro, com quase 100% de eficiência.

O professor Fukuda disse que a descoberta poderá revolucionar o tratamento capilar no futuro, quando novos experimentos utilizarem células humanas. As hastes de cabelo humano, produzidas in vitro, poderão ser usadas nos transplantes capilares de pessoas. Segundo o pesquisador, o novo método também poderá ser usado no estudo do mecanismo que faz o cabelo ficar grisalho nos humanos.

A descoberta, feita pelos pesquisadores da Universidade de Yokohama, foi publicada recentemente na revista científica norte-americana Science Advances. 

Fonte: NHK News.

Intervenção no mercado de câmbio.

Após o Japão intervir, moeda japonesa tem uma leve valorização em relação ao dólar.

Tóquio - Na sexta-feira, 21 de outubro, o Japão interveio no mercado de câmbio, com a intenção de conter a desvalorização acentuada do iene frente ao dólar americano. 

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Japão interveio no mercado de câmbio em Nova York nesta sexta-feira, 21 de outubro, e moeda japonesa tem uma leve valorização em relação ao dólar. Foto: NHK News.

Em poucas horas, na sexta-feira de Nova York, a moeda japonesa valorizou quase 6 ienes, chegando a valer 146,20 ienes / dólar. A rápida oscilação da moeda japonesa nos EUA alimentou especulações de que as autoridades japonesas realizaram uma nova intervenção, comprando ienes e vendendo dólares.

O principal diplomata cambial do Japão, Masato Kanda, manteve o silêncio sobre o assunto, não dizendo se as autoridades japonesas haviam feito uma intervenção na sexta-feira. No mês de setembro, o Japão realizou a primeira intervenção do mercado de câmbio durante este ano.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse o seguinte aos repórteres neste sábado: "Estamos observando os movimentos cambiais com um alto senso de urgência. Manteremos nossa política de responder adequadamente as flutuações excessivas do mercado de câmbio". Kishida concedeu a entrevista na Austrália, durante uma visita diplomática.

Antes da intervenção, a moeda japonesa estava valendo em torno de 150, 47 ienes / dólar, na tarde de sexta-feira nos EUA. Após uma rápida valorização de quase 6 ienes, a moeda japonesa voltou a enfraquecer, chegando a valer aproximadamente 147,74 ienes / dólar (às 17h em Nova York).

Os participantes de mercado disseram que os esforços das autoridades japonesas só ajudarão a diminuir o ritmo de queda do iene. Segundo Yuichi Kodama, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Meiji Yasuda, enquanto a diferença entre as taxas de juros dos EUA e do Japão permanecer, a tendência é um provável enfraquecimento do iene no mercado.

O Japão já realizou uma intervenção recorde no mercado cambial de 2,84 trilhões de ienes (US$ 19 bilhões) em 22 de setembro, para conter a desvalorização da moeda japonesa. Desde o início deste ano, o iene já desvalorizou mais de 20% em relação ao dólar americano.

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, descartou aumentar as taxas de juros do país. Kuroda disse que sua meta de inflação anual, de 2% para o Japão em 2022, será provavelmente alcançada de maneira estável e sustentável.

A queda do iene, em relação ao dólar, é um duro golpe para as famílias japonesas de baixa renda, já atingidas pelo aumento do custo de vida. A desvalorização da moeda japonesa infla os preços de commodities importadas (como energia, alimentos e matérias-primas) para o Japão, encarecendo produtos básicos e essenciais no dia a dia da população.

Fonte: Kyodo News.

E o iene vai perdendo valor.

Moeda japonesa atinge cotação acima de 151 ienes em relação ao dólar americano.

Londres - Nesta sexta-feira, 21 de outubro, a moeda japonesa foi cotada a um valor superior de 151 ienes por dólar americano, durante as negociações nas bolsas de valores de Londres. O iene atingiu a maior desvalorização nos últimos 32 anos.

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Tela de dados financeiros, em Tóquio, mostra a negociação da moeda americana em torno de 151 ienes / dólar, em 21 de outubro de 2022. Foto: Kyodo News.

Investimentos em dólar continuaram atraindo compradores, já que o rendimento dos títulos públicos dos EUA (vencimento de 10 anos) atingiu uma nova alta de compra na quinta-feira (20 de outubro), após comentários agressivos do presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Patrick Harker. O Fed dos EUA deverá continuar com o aumento das taxas de juros americanas para controlar a inflação do país.

A contínua desvalorização do iene ocorre em meio as especulações do mercado, pois as autoridades monetárias do Japão poderão intervir na cotação para sustentar a moeda.

A última vez que as autoridades monetárias do Japão praticaram uma intervenção para controlar a cotação, nas operações de compra e venda de dólares, foi em 22 de setembro. Nesse dia, a moeda japonesa estava sendo negociado a 145, 90 ienes por dólar.

O enfraquecimento do iene reflete uma crescente diferença nas taxas de juros entre o Japão e os Estados Unidos. Enquanto o Federal Reserve aumenta ainda mais a taxa de juros americana para controlar a inflação, o Banco do Japão continua insistindo em sua política de forte afrouxamento monetário, ou seja, mantendo a taxa de juros ultra baixas no país.

Vendo a atual situação, muitos investidores estão vendendo suas reservas em moeda japonesa, comprando dólares e buscando investimentos com rendimentos mais altos. 

Fontes: Kyodo News / NHK News.

Saldo negativo da balança comercial.

Japão registra déficit comercial recorde no primeiro semestre do ano fiscal.

Tóquio - Nos primeiros seis meses do ano fiscal japonês, entre abril e setembro deste ano, o déficit comercial do Japão atingiu um nível recorde jamais visto nos últimos anos. 

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Déficit comercial do primeiro semestre fiscal do Japão foi de 11 trilhões de ienes, um recorde jamais visto antes no país. Foto: NHK News.

A principal causa do saldo negativo da balança comercial foi provocado pelo enfraquecimento da moeda japonesa, prejudicando o poder de compra do país.

Dados preliminares, divulgados pelo Ministério da Fazenda do Japão, mostram um déficit comercial de 11 trilhões de ienes no primeiro semestre fiscal. Esse valor equivale a 73 bilhões de dólares.

Desde o ano de 1979, período em que o ministério começou a comparar os dados da balança comercial japonesa, o país nunca tinha visto um semestre com um encarecimento tão expressivo das importações.

As importações tiveram uma elevação de 44,5%, chegando registrar mais de 400 bilhões de dólares. Além da desvalorização acentuada do iene, o aumento de preços de importação de energia (petróleo bruto, gás natural liquefeito e carvão) também contribuiu para deixar a balança comercial desfavorável no Japão.

As exportações também registraram uma elevação no mesmo semestre, mas foi de 19,6%. Os aumentos da exportação de automóveis, e de produtos siderúrgicos, não foram suficientes para superar as importações do mesmo período.

O Japão vem registrando um déficit comercial nos últimos 14 meses, com a guerra da Rússia contra a Ucrânia elevando os preços do petróleo e de outras energias.

Somente em setembro, o déficit ficou em 2,09 trilhões de ienes. Um mês antes, o país registrou um déficit comercial recorde de 2,82 trilhões de ienes.

Fontes: NHK News / Kyodo News.

Carteiro robotizado do Japão.

Japan Post testa robô que vai sozinho até o cliente para pegar a correspondência.

Nagoya - A empresa de correios do Japão, o Japan Post (JP), está realizando alguns testes de um robô  que é programado para ir sozinho até a porta do cliente.

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Foto de alguns modelos de robôs da Japan Post. O modelo testado, durante a reportagem da NHK, foi o robô branco em forma de caixa (segundo da esquerda para direita). Foto: NHK News.

Os testes estão sendo realizados em um edifício de escritórios na cidade de Nagoya, província de Aichi. Quando alguém do prédio quer enviar alguma correspondência pelos correios, a pessoa simplesmente telefona, ou envia uma mensagem, para o centro de logística do JP, que fica no mesmo prédio.

Durante a solicitação, o funcionário do JP usa um tablet dos correios para inserir as informações necessárias do cliente. As informações são repassadas para o robô que, em seguida, segue sozinho até o andar da empresa, onde ele irá pegar a correspondência.

Assim que a máquina chega até seu destino, o cliente digita uma senha pré-atribuída no teclado do robô. Depois, automaticamente, o robô abre a tampa de seu compartimento para a inserção da correspondência ou pacote do remetente.

O Japan Post explicou que deseja usar robôs na empresa daqui alguns anos,  para melhorar a eficiência operacional de coleta e entrega de correspondências.

Yutaka Nishijima, um funcionário da Japan Post, disse ao repórter: "Os robôs conseguem lidar melhor com as solicitações dos clientes em qualquer horário do dia, seja de manhã, tarde ou noite. Esperamos oferecer nossos serviços de forma mais flexível no futuro".

As autoridades japonesas devem simplificar os procedimentos de entrega autônoma em vias públicas, feita por robôs, no início do próximo ano.

Fonte: NHK News.

Felinos em condições deploráveis.

Gatos ficam sem comida por dias, após o dono ser internado no hospital.

Maebashi - No mês passado, cerca de 170 gatos foram encontrados desnutridos em uma velha casa na cidade de Takasaki, província de Gunma. Os felinos ficaram sem cuidados necessários por um longo tempo, depois que o proprietário do imóvel foi hospitalizado com problemas de saúde, informou uma organização do bem-estar animal.

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Foto tirada em 13 de outubro deste ano. Imagem mostra o interior da casa, onde cerca de 170 gatos foram deixados sozinhos pelo dono. O proprietário do imóvel está internado em um hospital com problemas de saúde. Foto: Kyodo News.

Muitos gatos estavam muito magros, quando encontrados pela organização. A casa estava toda fechada, e o cheiro de fezes de gato nos cômodos era insuportável. Também foi encontrado alguns gatinhos recém-nascidos com ferimentos.

A organização, chamada de Gunma Wan Nyan Network, foi avisada por um parente do homem hospitalizado, em 7 de setembro, sobre a situação dos gatos. Durante o forte calor do verão japonês, os felinos ficaram sem comida e sem água dentro da casa.

De acordo com os relatos da organização, o proprietário da casa, um idoso de 60 anos que mora sozinho, apresentou problemas de saúde no início do mês de agosto. O homem já está internado no hospital há mais de um mês.

Os membros da organização levaram mais da metade dos gatos para ser cuidados em outro local. Alimentação e castração dos felinos foram providenciados. Devido a grande quantidade de gatos, a organização está procurando por pessoas, ou entidades, que possam cuidar de alguns dos animais.

O dono dos gatos está se recuperando bem de sua saúde no hospital. Enquanto isso, os gatos estão sendo cuidados de forma voluntária por uma equipe da organização, até que o idoso receba alta hospitalar e volte para casa.

A presidente da Gunma Wan Nyan Network, Yukiko Iida, disse o seguinte sobre o caso: "Atualmente, torna-se difícil para a organização cobrir todas despesas com cirurgias de castração. Cada gato  castrado, é cobrado mais de 10.000 ienes (US$ 67) pelo veterinário.

Fonte: Kyodo News.

Tumulto em uma festa com mafiosos.

Briga, envolvendo membros de uma gangue, gera quebra-quebra em restaurante de um arranha-céu em Ikebukuro.

Tóquio - No domingo, 16 de outubro, a polícia foi chamada para apaziguar uma briga dentro de um restaurante francês, no 58ª andar do Sunshine 60, um arranha-céu no distrito de Ikebukuro, em Tóquio. Uma confusão em massa eclodiu entre os cerca de 100 clientes do restaurante, todos membros de um grupo ligado com o crime organizado da capital japonesa.

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Viatura da polícia de Tóquio em frente do arranha-céu Sunshine 60, no distrito de Ikebukuro. Na noite de domingo, 16 de outubro, uma briga entre membros de uma gangue gerou um quebra-quebra dentro de um restaurante do prédio. Foto: Shoko Mifune.

Por volta das 18h30, um funcionário do restaurante fez uma ligação de emergência para a polícia, depois que os membros da gangue começaram a festejar no local e, de repente, uma briga se iniciou. 

A polícia informou que as pessoas presentes no restaurante, membros de uma gangue chamada Chinese Dragon, estavam dando uma festa para comemorar a libertação de um parceiro da prisão. Os membros da gangue são, em sua maioria, descendentes (de segunda e terceira geração) de órfãos japoneses deixados na China, na época em que o Japão se retirou do território chinês no final da Segunda Guerra Mundial.

Quando os agentes policiais chegaram ao restaurante, eles encontraram várias garrafas e copos de cervejas quebrados, mas a maioria dos membros da gangue já havia se retirado do prédio. Havia um homem no local com um pequeno ferimento na cabeça, informou a polícia.

Nenhum funcionário do restaurante ficou ferido. O homem com o ferimento na cabeça foi levado para um hospital próximo. O incidente está sendo investigado pela polícia como um caso de tumulto com danos à propriedade privada.

Fonte: Kyodo News.

Idade não é problema para eles!

Equipe de 5 nonagenários bate seu próprio recorde mundial em competições de atletismo.

Aomori - Uma equipe composta por cinco velocistas da terceira idade, todos na casa dos 90 anos, provou que ainda não está pronta para se aposentar nos esportes. Recentemente, os senhores da velocidade quebraram seus próprios recordes mundiais, em duas provas de revezamento.

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Da esquerda para direita, Matashiro Tsuruga, Yuzo Kudo, Mitsuzo Mitsuya, Hiro Tanaka e Nobuo Miura. Eles demonstram que idade não é problema, estabelecendo novos recordes mundiais em duas corridas de revezamento. As provas ocorreram no Aomori Masters Track and Field Championship, na cidade de Hirosaki, província de Aomori. Foto: Kohei Watanabe.

Os cinco atletas bateram recordes nas provas de 4 x 100 metros e 4 x 400 metros, para homens com idade entre 90~94 anos. As provas aconteceram no Aomori Masters Track and Field Championship, na província de Aomori, realizado no dia 19 de setembro. Para o futuro próximo, eles já estão de olho nas competições de faixa etária entre 95 e 99 anos.

"Definitivamente, permaneceremos vivos e estabeleceremos novos recordes juntos", disse com otimismo o velocista Mitsuzo Mitsuya (91 anos).

Além do senhor Mitsuya, a equipe é formada por Yuzo Kudo (94 anos), Matashiro Tsuruga (93 anos), Hiro Tanaka (91 anos) e Nobuo Miura (90 anos). 

Todos esses senhores vêm de profissões diferentes, mas se apaixonaram pelo atletismo. Um deles, começou a correr como hobby após a aposentadoria e um outro foi maratonista amador quando jovem.

Os nonagenários geralmente treinam nas cidades onde moram. Apenas 2 vezes antes das competições, eles se reúnem para praticar as trocas de bastão no revezamento. Durante esse pouco tempo de treinamento em equipe, eles não apresentam nenhuma dificuldade na hora de passar o bastão um para o outro.

Na corrida dos 4 x 100 metros, a equipe venceu a prova com um tempo de 1 minuto e 33,52 segundos, melhorando em 10 segundos o recorde estabelecido em 2021. No início deste ano, o senhor Miura se juntou à equipe nesta prova, contribuindo para a melhora do tempo. 

 

Já na corrida dos 4 x 400 metros, o quinteto terminou a prova com um tempo de 9 minutos e 23,29 segundos. A equipe conseguiu reduzir o tempo em 33 segundos, quebrando o recorde do ano passado também. Os integrantes do 4 x 400 metros deste ano eram os mesmo de 2021.

"Foi ótimo. Fiz o melhor começo dos revezamentos de toda minha vida", disse o primeiro corredor das provas, o senhor Tsuruga.

"Fiz o meu melhor nas provas. Só posso dizer que foi um milagre estabelecer um novo recorde", disse o senhor Miura.

"É apenas mais um dia", disse modestamente o senhor Kudo. Embora não tenha dito muita coisa, ele demonstrou que estava feliz com os resultados das provas e sorriu, empunhando as mãos no ar.

"Seria bom se nós pudéssemos inspirar mais pessoas a perseverar nos esportes, olhando nosso trabalho nas pistas de atletismo", disse o senhor Tanaka, na esperança de que o quinteto possa ser modelo para outros idosos do país.

Fonte: The Asahi Shimbun.

Evitando o ciclismo perigoso na cidade.

Polícia endurece a fiscalização de ciclistas em Tóquio.

Tóquio - A polícia metropolitana da capital informou, semana passada, que começou a reprimir ciclistas imprudentes nas ruas, em meio a um aumento de violações de trânsito envolvendo bicicletas.

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Polícia de Tóquio iniciou uma fiscalização mais rígida para ciclistas que transitam nas ruas da capital. A intenção é reduzir os acidentes provocados por imprudentes que andam de bicicletas. Foto: NHK News.

Ciclistas furando o sinal vermelho em Tóquio pode, em breve, levar os infratores de duas rodas a uma penalização chamada "red ticket", ou seja, uma infração grave com multa.

Outras infrações, cometidas por ciclistas, incluem não parar nas placas de "Pare", andar do lado contrário do tráfego e não diminuir a velocidade quando se está andando de bicicleta na calçada.

Aqueles que receberem alguns "red tickets" ou cometerem violações graves de trânsito, poderão enfrentar um processo criminal.

Em abril do ano passado, um homem de 78 anos foi atropelado e morto em Tóquio, após ser atingido por um entregador que andava de bicicleta. O acidente aconteceu enquanto o idoso atravessa a rua pela faixa de pedestres, durante uma noite chuvosa. Segundo o boletim de ocorrência, o ciclista não acendeu as luzes e não reduziu a velocidade da bicicleta, quando ele passava apressadamente pelo local.

Com as fiscalizações nas ruas, os agentes de polícia estão tentando evitar qualquer tipo de acidente de bicicleta na capital. Um novo sistema de multas para ciclistas poderá entrar em vigor no final deste mês.

Fonte: NHK News.