domingo, 16 de abril de 2023

Mais detalhes sobre o atentado à bomba.

Kishida sofre um ataque a bomba em Wakayama. Ele sai ileso e um homem é preso.


Wakayama - O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, sofreu um ataque a bomba neste sábado, em um porto de pesca na província de Wakayama, região oeste do país. Kishida escapou ileso do incidente. O suspeito foi imediatamente preso pela polícia.

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Kishida sofre um ataque a bomba em Wakayama. Ele sai ileso e um homem é preso.
Momento em que Ryuji Kimura (ao centro, de blusa preta) é levado pelos policiais, até a delegacia de Wakayama. Na manhã deste sábado, 15 de abril, Kimura jogou um material explosivo em direção do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Felizmente, o político não se feriu no ataque. Foto: The Mainichi.

O homem que provocou o ataque foi identificado pela polícia, algumas horas depois de sua prisão. Ele se chama Ryuji Kimura, de 24 anos, morador da província de Hyogo. Segundo a polícia, Kimura trazia consigo dois artefatos explosivos, sendo que só uma foi detonada no incidente.

Um dos objetos explosivos, de 20 a 30 cm de comprimento, foi lançado na direção do primeiro-ministro por volta das 11h25, no meio de uma multidão de pessoas. Acredita-se que os artefatos explosivos de Kimura sejam de fabricação caseira. 

Durante o ataque, a câmera de uma equipe de televisão registrou o momento em que um explosivo é jogado em direção do primeiro-ministro japonês. Kishida estava de costas na hora que a bomba caiu ao seu lado. O político chegou a virar-se para ver o que tinha caído perto dele e, numa ação rápida, um policial usou uma maleta para cobrir a bomba. Como o artefato não detonou na hora, o mesmo policial a chutou para longe de Kishida.

Depois de 50 segundos que a bomba foi lançada por Kimura, uma forte explosão foi ouvida pela multidão. Uma densa fumaça branca se espalhou pelo local. Muitas pessoas entraram em pânico e houve correria e gritos.

Kimura planejava jogar outro artefato explosivo que estava em sua mão, mas pessoas próximas dele conseguiram detê-lo e o derrubaram no chão. Alguns policiais chegaram rapidamente no local e imobilizaram o homem. Ele foi preso na hora e levado para uma delegacia da cidade.

De acordo com a polícia, Kimura se recusou a responder as perguntas dos investigadores, exigindo a presença de um advogado. Ainda é desconhecido os motivos do ataque. Com os artefatos explosivos, o criminoso poderia ter matado o primeiro-ministro, e outras pessoas presentes no local, porque ele estava apenas 10 metros de distância de seu alvo (Kishida). 

No meio da confusão, o primeiro-ministro conseguiu sair ileso, sendo escoltado com segurança por policiais, até um carro próximo. Kishida foi conduzido ao quartel-general da polícia da província de Wakayama.  Ninguém do público se machucou e apenas um policial local se feriu levemente durante o ataque.

O discurso de Kishida, que seria feito no porto de pesca em Wakayama, foi cancelado. Depois de algumas horas, o primeiro-ministro já estava em outra cidade, ajudando seu partido na campanha eleitoral pelo Japão. "O incidente não deverá atrapalhar o processo eleitoral. Junto com todos vocês, temos que continuar a eleição", discursou Kishida. 

O secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, conversou com os repórteres no escritório do primeiro-ministro: "As eleições são a base da democracia. É extremamente imperdoável que tal violência tenha ocorrido dessa forma".

Naoya Tanimoto (31 anos), uma pessoa da multidão que aguardava o discurso de Kishida, disse que ouviu uma forte explosão, cerca de 10 segundos após Kimura ser contido pela polícia. "Normalmente é tranquilo o porto de pesca. Fiquei com muito medo no momento do ataque. Entramos todos em pânico", disse ele.

Mitsuru Fukuda, professor de emergência e gerenciamento de riscos e crises da Nihon University, examinou o vídeo do ataque e afirmou o seguinte: "O local escolhido para o discurso de Kishida, o porto de pesca, estava longe de ser o ideal. Para tal evento, deveria haver uma distância muito maior entre o primeiro-ministro e os espectadores".

"O incidente em Wakayama fere a credibilidade dos programas de proteção aos VIP (pessoas muito importantes, em inglês) da polícia japonesa, antes da cúpula do G7", disse Fukuda. 

A reunião do G7 ocorrerá no próximo mês, em maio, na cidade de Hiroshima. Autoridades de vários países estarão presentes nesse evento. Portanto, a segurança é fundamental para que a cúpula não seja um fracasso, e uma vergonha, para o Japão.


Fonte: Kyodo News.


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