Preocupações aumentam em Ishikawa, à medida que as doenças infecciosas se espalham.
Tóquio - Desde o grande terremoto que atingiu a Península de Noto no dia 1 de janeiro, cerca de 215 pessoas já morreram por causa do desastre. Acredita-se que 14 pessoas que foram evacuadas, para locais seguros, morreram por outras causas relacionadas ao terremoto.
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Especialistas em medicina alertam sobre as mortes pós-terremoto, que pode aumentar devido às más condições sanitárias nos abrigos improvisados.
Mais de 22 mil cidadãos das áreas atingidas pelo desastre estão vivendo em cerca de 380 abrigos municipais, incluindo ginásios escolares.
Abrigos na cidade de Shika foram atingidos por surtos de COVID-19 e gripe. Para evitar novas infecções, autoridades municipais decidiram reunir pacientes com doenças infecciosas, em uma única instalação. Duas enfermeiras ficam de plantão durante 24 horas por dia.
Em um hospital na cidade de Wajima, cerca de 10 pessoas por dia estão dando entrada na instituição com algum tipo de doença infecciosa. O hospital tem mais de 100 leitos disponíveis, mas os médicos temem que uma super lotação de doentes ocorra dentro de uma semana.
Kuniyuki Kawasaki, do Hospital Municipal de Wajima, disse: "Os abrigos públicos parecem estar enfrentando infecções em grupo. Os sintomas dos pacientes já aparecem piores antes de chegarem aqui. Isso está colocando uma pressão significativa em nosso trabalho médico."
Alguns lares de idosos, na província de Ishikawa, carecem de água e energia elétrica. Em uma dessas instalações, cerca de 27 idosos foram obrigados a permanecerem nos corredores, depois que o terremoto danificou parte do edifício. Sabendo disso, autoridades locais providenciaram a transferência dos idosos para outras instalações em áreas não afetadas pelo desastre.
Mais de 10 dias após o terremoto e tsunami, pelo menos 1.900 pessoas ainda estão isoladas, devido às estradas e ferrovias danificadas. Os trabalhos de recuperação foram prejudicados pela neve, chuva e tremores secundários na Península de Noto. As estradas da província de Ishikawa estão bloqueadas em mais de 80 locais.
A construção de habitações temporárias já foi iniciada. Pessoas que perderam suas casas poderão se mudar para essas moradias a partir de fevereiro. Os desabrigados poderão ficar nesse local até dois anos sem pagar aluguel.
Alguns estudantes do ensino médio, das áreas destruídas pelo terremoto, precisaram viajar para a cidade de Kanazawa. Eles irão fazer os exames padronizados de admissão à universidade, que ocorrem neste fim de semana. Estudantes das regiões do terremoto que não puderem fazer os exames de admissão neste sábado, 13 de janeiro, terão a oportunidade de fazer as provas duas semanas depois.
Fonte: NHK News.
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