terça-feira, 21 de novembro de 2023

Embarcação sequestrada.

Grupo rebelde anti-Israel apreende navio, operado por japoneses, no Mar Vermelho.


Jerusalém - Os Houthis, um grupo militar rebelde do Iêmen, sequestraram um navio de carga no mar Vermelho no sábado, dia 18 de novembro. O cargueiro é de propriedade britânica, operado por uma empresa japonesa. Os rebeldes afirmam que o navio pertence a Israel.

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Grupo rebelde anti-Israel apreende navio, operado por japoneses, no Mar Vermelho.
O grupo rebelde Houthi sequestrou um navio no Mar Vermelho, na noite do dia 18 de novembro. A embarcação britânica e operada por uma empresa japonesa. Foto: NHK News.

O porta-voz do grupo Houthi, Yahya Sarea, fez uma declaração em vídeo: "Reiteramos nosso alerta a todos os navios afiliados ao inimigo Israel, ou àqueles que trabalham com os israelenses. Todos eles se tornarão alvos legítimos de nossas forças". 

Yahya Sarea alertou que o grupo rebelde continuará a realizar operações contra Israel, até que a ofensiva militar israelense termine na Faixa de Gaza.

O cargueiro apreendido pelos rebeldes, chamado Galaxy Leader, é operado pela empresa japonesa Nippon Yusen, também conhecida como NYK Line. Israel já afirmou que o navio não é de seu país e que nenhum de seus cidadãos israelenses estavam a bordo.

No entanto, os principais meios de comunicação de Israel, como o Haaretz, o navio sequestrado é propriedade de uma empresa afiliada a um rico empresário israelense.

O grupo Hamas, da Faixa de Gaza, elogiou a captura do navio pelos Houthis, dizendo ao grupo do Iêmen que a ação foi um passo bem-vindo. O navio estava passando pela costa da Arábia Saudita na noite do último sábado quando perdeu o contato. 

A embarcação é utilizada para o transporte de automóveis por via marítima. Não havia carga no momento em que o navio foi sequestrado pelos rebeldes.

Um especialista japonês sobre assuntos do Oriente Médio e professor da Universidade de Keio, Koichiro Tanaka, disse que os Houthis tinham suas próprias razões para atacar o navio.

A empresa-mãe, dona do navio sequestrado, tem capital israelense em sua razão social. Os rebeldes devem ter feito várias pesquisas sobre a empresa, antes de atacar a embarcação. Segundo Tanaka, o navio poderá ser usado em futuras negociações, como moeda de troca.

Os Houthis estão baseados no Iêmen e o grupo rebelde cresceu com apoio do Irã. Acredita-se que esse grupo tenha cerca de 20 mil combatentes armados, possuindo até mísseis balísticos em seu poderio militar. Recentemente, esses rebeldes fizeram disparos de mísseis em direção a Israel, desde o início do conflito na Faixa de Gaza. O grupo também fez ataques com aeronaves não tripuladas contra os israelenses.

A navegação pelo Mar Vermelho, por embarcações estrangeiras, não é segura. Os Houthis têm intensificado suas atividades rebeldes nessa região do Oriente Médio contra Israel.

A Guarda Costeira do Japão emitiu avisos a todos os navios japoneses no Mar Vermelho, após o sequestro do Galaxy Leader. Autoridades de defesa do Japão estão coletando mais informações sobre o incidente, para tentar resolver esse incidente o mais breve possível.


Fonte: NHK News.


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