Família realiza um comício pedindo o retorno dos cidadãos japoneses sequestrados pela Coréia do Norte.
Kanagawa - A família Yokota realizou neste sábado, 2 de outubro, um comício na cidade de Kawasaki, província de Kanagawa, para lembrar dos 44 anos do sequestro sem solução de Megumi Yokota pelos norte-coreanos.
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Sakie Yokota (esquerda) e a foto de sua filha sequestrada na adolescência pela Coréia do Norte. Foto: Japan Forward.
Megumi Yokota era uma estudante de 13 anos quando desapareceu misteriosamente no dia 15 de novembro de 1977, na província de Niigata. Anos mais tarde, a família Yokota descobriu que Megumi foi sequestrada pelos norte-coreanos que agiam como espiões dentro do Japão. De acordo com as investigações da época, a estudante foi forçada pelos agentes norte-coreanos a seguir uma viagem de barco do Japão até a Coréia do Norte. A sua família nunca mais teve notícias dela.
Acredita-se que Megumi foi obrigada a aprender coreano e a cultura norte-coreana com o intuito de ensinar japonês numa universidade da Coréia do Norte, para que futuros espiões conseguissem se infiltrar no Japão.
Até hoje a família Yokota não sabe ao certo se Megumi está viva ou se morreu na Coréia da Norte. O governo norte-coreano afirmou em 2002 que Megumi se suicidou no ano de 1994. Depois de algum tempo, os restos mortais cremados de Megumi foram devolvidos para a sua família no Japão. Entretanto, os Yokota nunca acreditaram que as cinzas eram de Megumi e até exame de DNA foi feito no material devolvido pela Coréia do Norte.
No próximo dia 5 de outubro, Megumi completaria 57 anos se estivesse vivendo com sua família no Japão. Com a intenção de lembrar do sequestro de Megumi, todos os anos a sua família tem feito um comício na época do seu aniversário.
A mãe de Megumi, Sakie Yokota, 85 anos, disse no comício que o governo do Japão deve continuar a ver o caso dos sequestrados pela Coréia do Norte como uma questão importante para o país. Sakie quer que o futuro primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, se encontre com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, para resolver de uma vez por todas essa situação.
O irmão de Megumi, Takuya Yokota, falou no comício sobre ele e os anos de sofrimento que a sua família tem passado desde do sequestro de sua irmã. Ele afirmou que é cruel forçar os pais idosos dos sequestrados a continuarem na busca de informações de seus filhos desaparecidos. Ele pediu ao governo japonês que exerça uma diplomacia agressiva e tome medidas concretas, lembrando que o tempo é limitado. Ele também disse que o futuro primeiro-ministro do Japão tem que resolver a questão sem comprometer a busca do paradeiro de todos os japoneses sequestrados.
O governo japonês afirma que agentes norte-coreanos sequestraram pelo menos 17 cidadãos japoneses dentro do Japão, entre as décadas de 1970 e 1980. Cinco japoneses encontrados na Coréia do Norte foram repatriados após uma cúpula bilateral em 2002. Mas os outros japoneses sequestrados, incluindo Megumi Yokota, continuam misteriosamente desaparecidos.
Fonte: NHK News / Wikipedia.
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