quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Oskar Schindler do Japão.

Praça de Jerusalém é inaugurada em homenagem ao diplomata japonês que salvou judeus durante a Segunda Guerra Mundial.


Jerusalém - Na última segunda-feira, 11 de outubro, uma cerimônia foi realizada em Jerusalém para nomear uma praça em homenagem a um falecido japonês de grande importância na comunidade judaica. O homenageado, o ex-diplomata japonês Chiune Sugihara, salvou vários judeus durante a Segunda Guerra Mundial nos anos de 1940. 

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Praça de Jerusalém é inaugurada em homenagem ao diplomata japonês que salvou judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Nobuki Sugihara, filho do cônsul Chiune Sugihara, discursando durante a cerimônia de inauguração da praça que leva o nome de seu pai em Jerusalém. Foto: Kyodo. 

A praça Chiune Sugihara foi inaugurada no sudoeste de Jerusalém com a presença do prefeito da cidade, Moshe Lion, do atual embaixador do Japão em Israel, Koichi Mizushima, do filho do homenageado, Nobuki Sugihara, bem como o comparecimento de algumas das pessoas salvas pelo ex-diplomata e seus descendentes.

Chiune Sugihara foi um cônsul japonês na cidade de Kaunas, na Lituânia. O cônsul foi responsável pela emissão de mais de 2.000 vistos de trânsito para vários refugiados judeus em 1940. Por causa da sua ajuda, Sugihara é até hoje conhecido pelos judeus como "Schindler do Japão", em alusão à famosa história de Oskar Schindler, empresário alemão que também salvou vários judeus durante o nazismo na antiga Alemanha.

Embora exista vários locais que homenageia Sugihara em Israel, esta é a primeira vez que uma praça pública leva o seu nome.

O quarto filho do falecido cônsul, Nobuki Sugihara, atualmente morando na Bélgica, fez um discurso na cerimônia de inauguração exaltando a importância que o seu pai proporcionou aos judeus durante o período da guerra. Ele também disse que é importante esses fatos da história, presentes na memória dos sobreviventes do nazismo, sejam passadas para os seus descendentes com a intenção de construir um mundo melhor no futuro.

Desafiando as instruções do Ministério das Relações Exteriores do Japão na época da Segunda Guerra, Chiune Sugihara emitiu por conta própria vários vistos de trânsito para os judeus perseguidos pelos nazistas. Ele ajudou um grande número de judeus a sair da Europa e entrar no Japão temporariamente, com o propósito de que os refugiados procurassem outros países mais seguros para viver.

Um dos sobreviventes presentes na inauguração, Berl Schor, 94 anos, recebeu o visto de trânsito do cônsul Sugihara na década de 40. Ele fugiu pela União Soviética e entrou pelo Japão em um porto de Tsuruga, na província de Fukui.

"Sugihara era um homem muito bom. Ele viu as dificuldades das pessoas e percebeu que estávamos em apuros", disse Schor.


Fontes: The Mainichi / The Asahi Shimbun.



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