Estudante usa óculos inteligentes para colar as respostas do vestibular no Japão.
Tóquio - A polícia informou nesta quarta-feira, 15 de maio, que irá levar aos tribunais um estudante de 18 anos, acusado de colar no exame de admissão na prestigiada Universidade de Waseda, em Tóquio. O homem usou um par de óculos inteligente, equipado com câmera na lente.
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| Campus da Universidade de Waseda, em Tóquio. No início deste ano, um estudante de 18 anos teve os resultados de seu exame de admissão anulados, pois ele usou um par de óculos inteligente para que alguém de fora pudesse ajudá-lo a responder as questões. Foto: NHK News. |
Na época do exame, o acusado era um aluno do último ano do ensino médio de Tóquio. No dia 16 de fevereiro, o rapaz estava prestando o vestibular para a Escola de Ciências Criativas e Engenharia de Waseda. Durante a prova, ele usou seus óculos inteligentes para tirar fotos das questões, publicando-as nas redes sociais com seu smartphone.
Segundo a investigação, o rapaz pediu ajuda na rede social X para resolver os problemas do exame. Com base nas respostas dos usuários do miniblog, ele conseguiu solucionar as questões.
Quando foi interrogado pela polícia, o rapaz confessou que estava muito preocupado com a possibilidade de não entrar na universidade este ano. Ele também disse que teve mau desempenho em outros exames de admissão, sendo reprovado nos vestibulares de outras universidades do Japão.
O caso veio à tona depois que uma pessoa entrou em contato com a Universidade de Waseda. Ela disse que tinha respondido uma das perguntas do rapaz durante o período do exame.
A universidade entrou em contato com a polícia, depois que o "rapaz da cola" compareceu em outro exame de admissão, de outra universidade, em 21 de fevereiro. Um funcionário do vestibular percebeu que o estudante estava com uma pequena câmera na armação de seu óculos.
As diretrizes do exame de admissão da Universidade de Waseda exigem que todos os candidatos desliguem seus dispositivos eletrônicos (com capacidade de comunicação externa) e os guardem em bolsas. Isso também inclui telefones celulares e dispositivos eletrônicos vestíveis.
"Desde que se descobriu a trapaça do vestibulando, nós invalidamos os resultados de seu exame", disse um porta-voz da Universidade de Waseda.
Este foi o caso mais recente de outras tentativas de colas em exames de admissão para universidades do Japão. Em janeiro de 2022, uma estudante foi encaminhada para o Ministério Público, depois que ela enviou uma foto de uma questão de história mundial para um site, no meio da prova. A foto foi parar num site de aulas particulares, onde a jovem ficou na esperança de receber uma ajuda do grupo.
Em outro caso no mesmo ano de 2022, um cidadão chinês passou no exame de admissão para a Universidade de Hitotsubashi, em Tóquio. Naquela época, o estudante foi considerado culpado de obstrução empresarial. Ele havia gravado as questões do exame de matemática, através de uma microcâmera, e envio os problemas para uma rede social. Assim, os membros da rede deveriam responder as dúvidas e retornar o gabarito, para que o estudante preenchesse o cartão de respostas do vestibular.
Fonte: Kyodo News.
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