terça-feira, 27 de julho de 2021

O pesadelo da COVID-19 nas Olimpíadas.

Resultado positivo no teste de coronavírus acaba com o sonho de atleta chilena.


Tóquio - A chilena Fernanda Aguirre desejou que tudo não passasse de uma grande mentira quando assistiu às partidas olímpicas de taekwondo pela televisão. Era para ela estar lá no ginásio olímpico, lutando contra os seus adversários. No entanto, um teste positivo para o coronavírus mudou completamente o seu destino no Japão.

Resultado positivo no teste de coronavírus acaba com o sonho da atleta chilena.
A chilena Fernanda Aguirre, lutadora de taekwondo, cumprindo a quarentena em um quarto de hotel em Tóquio. Foto: Fernanda Aguirre.

A lutadora de taekwondo, de 23 anos, competiria na categoria até 57kg feminino, mas tudo deu errado assim que chegou ao Japão. Ao desembarcar no aeroporto internacional no dia 19 de julho, Aguirre fez um teste de reação em cadeia da polimerase (PCR) e um teste de antígeno para verificar se estava com COVID-19 ou não. Todos os testes feitos devem ser respeitados conforme as regras do "Playbook" olímpico dos Jogos de Tóquio. Resultado: os dois testes deram positivos.

Aguirre disse que não tem ideia de como ou onde contraiu o vírus. Ela tomou a segunda dose da vacina contra COVID-19 em abril. Nenhum dos seus colegas atletas ou treinadores deu resultado positivo no teste. Ela também fez três testes de PCR  antes de chegar ao Japão e todos deram negativo.

Atualmente, ela está isolada em um quarto de hotel com vista para as ruas de Tóquio. No dia 25 de julho, quando a sua primeira competição estava inicialmente agendada, Aguirre se encontrava sentada numa cama com os olho para a televisão. Ela assistia a uma transmissão ao vivo das partidas de taekwondo com os seus atletas rivais em jogo. Nenhum sintomas de coronavírus e nem mal-estar ela sente.

Devido ao período de quarentena obrigatória de 10 dias, o Comitê Olímpico do Chile decidiu que Aguirre estava fora das Olimpíadas de Tóquio. Ela não teria tempo hábil para começar a competir no dia 25 de julho.

"A decisão me deixou desesperada. Eu não conseguia parar de chorar. Era o meu sonho competir nas Olimpíadas. Passei anos me preparando para os jogos. Mas tudo deu em nada. De uma hora para outra", disse Aguirre.

Fernanda Aguirre começou a praticar taekwondo quando tinha 8 anos. Por ter sido uma jovem moleca, ela disse que isso lhe deu paz de espírito, . A sensação de realização que teve ao ganhar pontos em lutas a motivou a continuar no esporte.

Como resultado do seu trabalho árduo e do apoio da sua família, Aguirre alcançou o primeiro lugar em uma competição de 2019 na América Latina, qualificando-a para as Olimpíadas de Tóquio.

Mesmo depois dos Jogos Olímpicos terem atrasado um ano devido à pandemia, ela permaneceu positiva. Ela aumentou os seu treinos com o seu treinador em uma universidade local. Os músculos tensos do estômago são uma prova de seus esforços.

"Tudo virou de cabeça para baixo", disse Aguirre, enxugando as lágrimas com uma toalha.

Estando sozinha no quarto o tempo todo, o seu único apoio emocional são as mensagens de incentivo de sua família e amigos. Ela disse que parabenizou uma atleta da Costa Rica nas redes sociais que se classificou nos jogos em seu lugar. 

Ela fará aniversário de 24 anos no dia 29 de julho e espera que a sua quarentena acabe logo.

"No momento, eu só quero ir para casa o mais rápido possível. Eu sinto falta da minha família", disse Aguirre.


Fonte: The Asahi Shimbun.


Imagem das Olímpiadas de Tóquio 2020 - Segunda-feira dia 26.


Super Teens! As três medalhistas do skate feminino: a japonesa Momiji Nishiya (campeã com 13 anos de idade, ao centro); a brasileira Rayssa Leal (vice-campeã com 13 anos de idade, à esquerda) e a japonesa Funa Nakayama (terceira colocada com 16 anos de idade, à direita). Foto: Getty Images.



Abaixo, o quadro parcial de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 (Até o 29º colocado). Atualização: 26/07/2021.





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